RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Fenprof exige investimento na Educação e avisa que professores "não adormeceram"

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse hoje que “os professores não adormecem na almofada da recuperação do tempo de serviço”, exigindo maior investimento na Educação.

Fenprof exige investimento na Educação e avisa que professores "não adormeceram"
Redação

Redação

23 set 2024, 12:34
“O próximo Orçamento do Estado vai ser uma radiografia das intenções do Governo”, disse Mário Nogueira em Aveiro, advertindo que “os professores não adormeceram em cima da almofada da recuperação do tempo de serviço”, reivindicação do tempo da ‘troika’ que o Governo começou a resolver.
Mário Nogueira, em conferência de imprensa destinada a apresentar os resultados de um levantamento das condições no início do ano escolar, traçou as metas que os professores vão reivindicar.
A Fenprof quer que o próximo Orçamento do Estado espelhe “o caminho para atingir os 6% até ao final da legislatura” de investimento na Educação, passando de 3,2% para 4,5% já em 2025.
A par do aumento do investimento, a Federação Nacional de Professores exige a valorização das carreiras para atrair jovens para a profissão, na revisão do Estatuto da Carreira Docente.
As reivindicações começam hoje a ser discutidas em plenários distritais em Aveiro e Beja, estando agendados dois por dia, por ordem alfabética dos distritos, terminando em 03 de outubro em Viseu e Vila Real.
Após essa ronda distrital de plenários, a Fenprof convoca para 05 de outubro, Dia Mundial do Professor, os docentes a concentrarem-se em Lisboa, no Rossio, desfilando depois para o Largo de Camões.
Entre 12 e 20, correspondendo aos primeiros dias de atividade letiva nas escolas, a Fenprof recolheu informação sobre as condições de abertura, junto das direções de mais de 400 escolas.
“Em relação às medidas tomadas pelo Governo, não se nota diferença em relação ao ano anterior e neste momento são cerca de 100 mil os alunos sem professor”, afirmou o secretário-geral da Fenprof.
Os problemas detetados nesse levantamento “não se esgotam na falta de professores, sendo a causa principal a falta de investimento”.
A sobrelotação das escolas é um deles, com um fenómeno recente que é a frequência de filhos de imigrantes, que nalguns casos chegam a ser 14%, e faltam também professores de Português como língua não materna.
Outra das questões é o excesso de alunos por turma, com cerca de 42% das escolas inquiridas a admitirem que o número excede os limites legais, nomeadamente quando há alunos com necessidades especiais.
Faltam também, sobretudo a sul, professores de Educação Especial, e assistentes operacionais em 44,5% das escolas, “apesar da transferência de competências para os municípios”.
O amianto ainda presente em 8% das escolas, e as infiltrações de água, são dois problemas identificados quanto ao edificado.

Recomendações

Arranca recolha de alimentos para animais em risco e associações afetadas pelos incêndios
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Arranca recolha de alimentos para animais em risco e associações afetadas pelos incêndios

A associação sem fins lucrativos vai dar início à 35.ª edição do Banco Solidário Animal (BSA), “a maior campanha nacional de recolha de bens alimentares para animais em situação de risco”, disse à Lusa o presidente da Animalife, Rodrigo Livreiro, sublinhando que este ano a iniciativa será marcada também “pela urgência em apoiar os animais” e famílias afetadas pelos incêndios ocorridos na semana passada no norte e centro do país. A campanha decorrerá nos três próximos fins de semana em mais de mil hipermercados do norte a sul do país. Nos dias28 e 29 de setembroserá nas lojas do Continente; no fim de semana seguinte será nas lojas do Auchan, Pingo Doce e Mercadona e, nos dias 12 e 13 de outubro, será novamente no Mercadona e no Intermarché. Quem quiser ajudar poderá adquirir vales solidários ou doar diretamente alimentos e produtos essenciais para animais, como trelas, coleiras, comedouros, areia e produtos de limpeza. Os incêndios que devastaram o norte e centro do país atingiram famílias com animais, mas também as associações zoófilas, que “enfrentam agora a falta de alimentos e cuidados básicos”, contou à Lusa o presidente da Animalife. Em colaboração com diversas associações de proteção animal e voluntários, a Animalife “está a mobilizar-se para garantir que a ajuda chegue a todas as zonas mais afetadas”, acrescentou. "Estamos a viver tempos desafiantes e os incêndios só vieram agravar a situação de vulnerabilidade de muitas famílias e animais. Esta edição do Banco Solidário Animal é um apelo nacional para que ninguém fique para trás. Contamos com a solidariedade dos portugueses para nos ajudar a superar as metas e prestar um apoio decisivo a quem mais precisa”, acrescentou o presidente da associação fundada em 2011 com o propósito de combater o abandono animal. A Animalife tem como missão apoiar os animais errantes, mas também as famílias e pessoas carenciadas que têm animais a cargo. Os incêndios florestais da semana passada consumiram cerca de 135 milhectares, em especial na região de Viseu Dão Lafões (onde arderam cerca de 52 milhectares), Tâmega e Sousa (mais de 25 mil hectares), região de Aveiro (mais de 24 mil), seguido da Área Metropolitana do Porto, Alta Tâmega e Ave, com uma área ardida superior a nove mil hectares cada.

Motoristas e parceiros TVDE rumam ao parlamento em protesto
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Motoristas e parceiros TVDE rumam ao parlamento em protesto

Os motoristas e parceiros associados da Associação Movimento Nacional (AMN) TVDE, organizadora do protesto, seguiram em conjunto pelas 10:00 para “dar visibilidade” às suas reivindicações. Os carros levam bandeiras que identificam a atividade de TVDE e balões pretos que simbolizam o descontentamento. Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Movimento Nacional (AMN) - TVDE, Victor Soares, referiu que o descontentamento do setor se prende, sobretudo, com a falta da revisão da lei que regula o setor, prevista para 2022 e que ainda não avançou, apesar de o assunto ter estado por várias vezes na agenda pública. Ricardo Luendo, motorista há cerca de ano e meio, iniciou hoje, pelas 07:00, uma greve de fome e promete assim ficar até que o Governo lhes dê resposta. Entre as reivindicações, Victor Soares apontou a criação de um valor mínimo por quilómetro, considerando também o tempo de recolha de clientes. Além disso, defendeu a obrigatoriedade de os exames de admissão de novos motoristas serem efetuados no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), bem como a renovação de cartão de motorista já existente, e que os testes devem ser efetuados em língua portuguesa. A criação de um selo holográfico a ser emitido pelo IMT na placa de TVDE, com o número de matrícula e o número de operador, é também uma das reivindicações.

Cada português gasta 350 euros por ano em alimentos que não come
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Cada português gasta 350 euros por ano em alimentos que não come

A propósito do Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar, que se assinala no dia 29, a empresa “Too Good to Go” promove a partir de hoje e até ao próximo domingo (dia 29) uma semana de sensibilização e mobilização da sociedade para o problema do desperdício. Cada português desperdiça 2,38 quilos de alimentos por semana, alerta a plataforma de impacto social que combate o desperdício alimentar. Os dados estatísticos indicam que os 184 quilos de alimentos desperdiçados por ano ‘per capita’ fazem de Portugal o quarto país da União Europeia que mais desperdiça. “Estes resíduos alimentares geram mais de seis quilos de dióxido de carbono (CO2) e o desperdício desnecessário de 1.928 litros de água por cada português, numa semana”, alerta a entidade num comunicado. Baseando a análise nos dados do Eurostat, a “Too Good To Go” destaca que cada pessoa desperdiça por mês mais de 10 quilos de comida. E a empresa faz mais contas: Se cada português desperdiça em casa 336 euros em comida por ano, e se cada um gasta em média, em alimentação e bebidas, 3.091 euros por ano, então 3,4% deste orçamento “é gasto em alimentos que estão a ser desperdiçados” todos os anos. “Num contexto em que a preocupação com o nosso planeta e o ambiente se está a tornar uma prioridade, e o custo de vida é cada vez mais significativo, reduzir o desperdício é uma urgência”, salienta a plataforma no comunicado. No dia 29 de setembro, a organização faz uma “chamada de atenção sobre a magnitude do desperdício alimentar e o trabalho que está a ser feito para o erradicar”. “Meio quilo de comida desperdiçada por uma pessoa durante uma semana pode parecer pouco, mas se multiplicarmos pelos 10 milhões de habitantes, em Portugal são mais de cinco milhões de quilos desperdiçados por semana”, alerta. O objetivo da Semana sem Desperdício Alimentar é “inspirar as pessoas a agirem”, disse Maria Tolentino, diretora da Too Good to Go para Portugal, citada no documento. Na semana contra o desperdício, uma iniciativa que envolve nove dos 19 países onde opera a “Too good to Go”, as pessoas são convidadas a seguir um conselho diário a ser posto em prática em casa. A empresa também sensibiliza e fornece informação e conteúdos às marcas e estabelecimentos com os quais trabalha. Num manifesto público, a empresa também pede que o combate ao desperdício alimentar seja uma prioridade na agenda política. O manifesto defende três medidas: a definição de objetivos “concretos e ambiciosos de redução de resíduos” a nível nacional, a contabilização dos resíduos ao longo de toda a cadeia de valor, e o estabelecimento de uma hierarquia obrigatória para “alcançar reduções e resultados tangíveis e eficazes”. No documento, a “Too Good to Go” diz estar ciente de que as empresas podem ser um grande agente de impacto, mas frisa que a legislação, “e tudo relacionado com aspetos regulamentares”, pode “acelerar significativamente as soluções”. A empresa, criada na Dinamarca em 2016 quando um grupo de amigos viu ser deitada fora toda a comida que não tinha sido consumida num restaurante, faz, através de uma aplicação, a ligação entre consumidores e restaurantes, supermercados, mercearias e hotéis, permitindo aos utilizadores comprar a preços mais baixos produtos que não iam ser usados. Este Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar foi proclamado pela Resolução 74/209 da Assembleia Geral da ONU em 19 de dezembro de 2019.

Um em cada cinco condutores foge do local do acidente
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Um em cada cinco condutores foge do local do acidente

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública indica que registou 151.647 acidentes nos últimos três anos, que resultaram em 193 vítimas mortais, 2.005 feridos graves e 45.997 feridos ligeiros, sendo a colisão entre viaturas o resultado da maioria dos desastres. Dos 151.647 acidentes que ocorreram desde 2022 até 31 de agosto deste ano, 31.166 envolveram a fuga do condutor, ou seja, 20% dos automobilistas fugiram do local do desastre. “Dos acidentes registados este ano, 8.427 envolveram a fuga do condutor. Isto significa que cerca de 22% dos condutores intervenientes em acidentes com feridos ou vítimas mortais fogem do local, não solicitando auxílio para as vítimas e eximindo-se à identificação por parte das autoridades policiais”, salienta aquela força de segurança. Em todo o ano de 2022, a PSP registou na sua área de responsabilidade, os centros urbanos, 11.130 acidentes com fuga e em 2023 contabilizou 11.832. Aquela polícia dá também conta de que em 2022 ocorreram 337 atropelamentos em que o condutor fugiu do local, em 2023 registou 359 e até 31 de agosto deste ano foram 223 os atropelamentos com fuga, totalizando 919 em três anos. Na nota, a PSP faz igualmente um balanço dos crimes rodoviários dos últimos três anos, indicando que efetuou 33.137 detenções, o que equivale a uma média anual superior a 11.000. Segundo aquela polícia, a maioria das detenções é por condução sob efeito do álcool (18.046) e condução sem habilitação legal (15.015) seguido de condução perigosa (71) e homicídio por negligência em acidente de viação (4). No total, a PSP registou 38.840 crimes rodoviários em três anos, que resultaram em 33.137 detenções. A PSP apela ainda aos condutores para que não conduzam em excesso de velocidade, sob o efeito do álcool e/ou de substâncias psicotrópicas, bem como não usarem o telemóvel durante a condução.

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Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”
Universidade

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“Convidaram-nos para aqui, é um desafio assim meio diferente, estou a gostar!” contou Margarida, estudante do primeiro ano de Ciências Biomédicas. Rodrigo Saraiva partilhou da mesma opinião. O capitão da equipa do curso de Engenharia e Gestão industrial referiu ainda que a atividade “é uma boa iniciativa” porque lhe permitiu conhecer “muitas mais pessoas” não só do seu curso como de outros. À Ria contou também que a equipa tinha conseguido “acabar a primeira fase em 5º lugar”. O objetivo de passar a segunda fase concretizou-se e a equipa acabou por ficar em terceiro lugar. O ouro – os barris de cerveja - acabou por ser conquistado pela equipa do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e a prata foi entregue ao curso de Gestão e Planeamento em Turismo. O curso de Biologia foi também destacado como tendo a melhor mascote e a Escola Superior de Aveiro - Norte (ESAN) venceu na categoria de equipa mais disciplinada. “O que nós pretendemos é promover o desporto, que é muito amado aqui na nossa universidade” explica Luzia Ferreira, vogal do sector do desporto e bem-estar da AAUAv. Tomás Oliveira, também vogal do referido sector concorda e acrescenta que a iniciativa é “uma maneira de conectar os novos estudantes aos núcleos de estudantes dos vários departamentos e dos vários cursos”. Este ano competiram 23 equipas, com 10 alunos cada, perfazendo 230 participantes em competição. O destaque vai, no entanto, para as claques e as mascotes que enchiam o pavilhão desportivo e faziam ecoar cânticos de apoio ao seu respetivo curso. Tomás Oliveira nota que o número de participantes se manteve em relação ao ano anterior, mas que se verificou um maior “esforço” no que diz respeito à preparação das mascotes e das claques. Apesar da iniciativa ter sido alterada para o Pavilhão Aristides Hall “por causa do tempo”, explica Luzia, os objetivos foram cumpridos. A animação era mais do que visível no rosto de todos e em especial no de Tomás que considera ser “sempre bonito ver o pavilhão cheio com atividades promovidas pela AAUAv”.

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”

Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

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Região

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O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
Universidade

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais

A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).