RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Paulo Jorge Ferreira diz que a UA é um exemplo enquanto sistema binário em audiência na AR

Paulo Jorge Ferreira, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), sublinhou que o ensino superior português pode ser ainda mais “vantajoso” se mais instituições optarem por um sistema binário [universidades que congregam o ensino universitário com o ensino politécnico]. O presidente do CRUP apontou como exemplo o caso da Universidade de Aveiro (UA).

Paulo Jorge Ferreira diz que a UA é um exemplo enquanto sistema binário em audiência na AR
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
21 set 2024, 11:48
“A Universidade de Aveiro é talvez a instituição de ensino superior, pelo menos, uma das que melhor pode falar acerca das vantagens de ter ensino politécnico e universitário porque se assumiu há muito tempo como agregadora dos dois subsistemas”, frisou o também reitor da UA, na audição do CRUP, no âmbito do grupo de trabalho de avaliação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República (AR).
Em resposta aos deputados, Paulo Jorge Ferreira sublinhou que, atualmente, há uma diferenciação dos candidatos que escolhem o ensino politécnico e o universitário, na primeira fase de acesso ao ensino superior. “A nível nacional, 27% dos candidatos escolhem só cursos de natureza politécnica e 47% dos candidatos escolhem só universidades. Significa também que na Universidade de Aveiro, por exemplo, eu tenho estudantes que só escolhem subsistema politécnico e outros que só escolhem o universitário. Do lado dos candidatos há uma diferenciação”, expôs.
Para o presidente do CRUP, não existe confusão entre os dois subsistemas. “Podemos melhorar com certeza as leituras, mas os próprios candidatos que são os juízes da diferenciação já mostram alguma e estes números também”, realçou.
Na Universidade de Aveiro, “entre o meu Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) existe em ambas o curso de informática… Há cada vez menos sobreposição de candidatos comuns do que antes”, exemplificou.
Caso os subsistemas evoluam na direção da convergência, Paulo Jorge Ferreira alertou que haverá uma oferta formativa diferente. “As instituições que daí resultarem terão de se adaptar porque vai continuar a haver ensino mais profissionalizante e menos profissionalizante”, afirmou.
Questionado ainda sobre o alojamento para os estudantes, o também reitor da UA reforçou que, no caso da Universidade de Aveiro, os estudantes vêm cada vez de mais longe [o número de estudantes deslocados tem sucessivamente aumentado]. “É preciso uma atenção crescente no que toca à questão do alojamento por parte dos Serviços de Ação Social”, reforçou.

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Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”
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“Convidaram-nos para aqui, é um desafio assim meio diferente, estou a gostar!” contou Margarida, estudante do primeiro ano de Ciências Biomédicas. Rodrigo Saraiva partilhou da mesma opinião. O capitão da equipa do curso de Engenharia e Gestão industrial referiu ainda que a atividade “é uma boa iniciativa” porque lhe permitiu conhecer “muitas mais pessoas” não só do seu curso como de outros. À Ria contou também que a equipa tinha conseguido “acabar a primeira fase em 5º lugar”. O objetivo de passar a segunda fase concretizou-se e a equipa acabou por ficar em terceiro lugar. O ouro – os barris de cerveja - acabou por ser conquistado pela equipa do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e a prata foi entregue ao curso de Gestão e Planeamento em Turismo. O curso de Biologia foi também destacado como tendo a melhor mascote e a Escola Superior de Aveiro - Norte (ESAN) venceu na categoria de equipa mais disciplinada. “O que nós pretendemos é promover o desporto, que é muito amado aqui na nossa universidade” explica Luzia Ferreira, vogal do sector do desporto e bem-estar da AAUAv. Tomás Oliveira, também vogal do referido sector concorda e acrescenta que a iniciativa é “uma maneira de conectar os novos estudantes aos núcleos de estudantes dos vários departamentos e dos vários cursos”. Este ano competiram 23 equipas, com 10 alunos cada, perfazendo 230 participantes em competição. O destaque vai, no entanto, para as claques e as mascotes que enchiam o pavilhão desportivo e faziam ecoar cânticos de apoio ao seu respetivo curso. Tomás Oliveira nota que o número de participantes se manteve em relação ao ano anterior, mas que se verificou um maior “esforço” no que diz respeito à preparação das mascotes e das claques. Apesar da iniciativa ter sido alterada para o Pavilhão Aristides Hall “por causa do tempo”, explica Luzia, os objetivos foram cumpridos. A animação era mais do que visível no rosto de todos e em especial no de Tomás que considera ser “sempre bonito ver o pavilhão cheio com atividades promovidas pela AAUAv”.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
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A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar
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A abertura do curso de medicina na UA era já um objetivo de longa data. Quem o assegurou foi Artur Silva, vice-reitor para as matérias relativas à investigação, inovação, formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos na UA. Segundo o mesmo, desde o “final do século 20”, que havia essa ambição por parte “dos gestores desta casa [UA]”. A história mais recente para a criação do curso começou no ano de 2010. A ideia era ter um curso de medicina, dirigido a alunos licenciados, com a duração de 4 anos (em vez dos 6 anos do “modelo tradicional”). O curso resultava de uma parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), mas falhou. Apesar de ter decorrido durante dois anos letivos e um semestre, Artur Silva, admitiu que “alguns problemas de organização e entendimento”, bem como a dependência da UA em relação ao ICBAS, acabaram por ditar que o projeto findasse. A Ordem dos Médicos referia também em comunicado, na altura do encerramento deste primeiro curso – em outubro de 2012 - , que “a decisão de criação do curso de medicina de Aveiro foi precipitada e exclusivamente política”. A organização tecia alguns comentários, afirmando que a criação do referido curso “não obedeceu sequer a uma necessidade ou vantagem de aumentar a formação de recursos humanos a curto, médio ou longo prazo”. Acrescentava ainda que não faria sentido que, na realidade de “crise económica e social” sentida na altura, “o Governo financie, a quem já tem uma licenciatura/mestrado, um curso de medicina de qualidade questionável e totalmente desnecessário ao país”. Em 2022, uma década depois, o objetivo de lecionar medicina em Aveiro foi retomado, mas, dessa vez, falhou na acreditação. Sendo a Medicina uma área “muito sensível”, Artur Silva considerou que tem de “haver sustentabilidade” para a construir. No caso da UA, as bases foram sendo estabelecidas, ao longo do tempo, “com a criação da nossa escola de saúde [ESSUA] e depois com a nossa Secção Autónoma de Ciências da Saúde [SACS/DCM]”, referiu o vice-reitor. “Na equipa reitoral anterior [a 2018] havia também uma ideia de um determinado curso de medicina” que diferia da atual, garantiu. A estratégia passou então “pela criação e consolidação do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance”, contou. No âmbito desse projeto foram-se criando pontes que cobriam três centros hospitalares e vários Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) – “desde a sul do Douro a norte do Mondego”, explicou o vice-reitor. A partir daí, com o apoio da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e com alguns acordos com a Universidade do Minho, foi submetida uma candidatura “em novembro de 2022” à A3ES. Foi nomeada uma comissão de avaliação externa e “por volta de junho” chegou o resultado. “Estava muito confiante porque eu achava que tínhamos um bom curso, mas infelizmente isso não veio a acontecer”, lamentou Artur Silva. No parecer do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica, à altura do chumbo do projeto, lê-se que “apesar de ser a mais robusta do conjunto de candidaturas que nos foram apresentadas até à data” a proposta aveirense “continua a manifestar uma grave insuficiência de recursos humanos para garantir um ensino médico de qualidade”. A instituição referia ainda preocupações com a “distância entre as instituições de ensino” e “a falta de clareza sobre como se irá processar a articulação entre as mesmas e a deficiente formação pedagógica de docentes que irão lecionar ativamente no ciclo clínico”. Apesar da resposta negativa, a vontade de criar o Mestrado Integrado em Medicina não esmoreceu. Em novembro de 2023, é submetido, novamente, na A3ES, “o mesmo curso com melhoramentos”, recordou Artur Silva. Segundo o docente, a lista de melhorias era curta e prendia-se com “pequenos detalhes”, como “respostas de como é que os estudantes se vão deslocar daqui [UA] para os centros de saúde e para os hospitais”, exemplificou o vice-reitor. A maior diferença que notou, e faz questão de reforçar, prendeu-se com a comissão de avaliação nomeada. “Eu defendia que a nova comissão de avaliação fosse essencialmente estrangeira e foi mais ou menos o que aconteceu: e o resultado foi completamente diferente”, declarou Artur Silva. Em junho de 2024 é tornado oficial que Aveiro iria voltar a ter medicina, desta vez o curso tradicional de 6 anos e inteiramente dirigido pela UA. Três meses separam a notícia da aprovação do curso e do arranque do ano letivo corrente. Três meses de trabalho “fora de horas” com “muitas reuniões online para que acontecesse” recordou Artur Silva. O vice-reitor fez questão também de sublinhar a importância de Firmino Machado, atual diretor do Mestrado Integrado em Medicina, que teve como principal função ser a “cola” e a montagem de todo o processo e referiu a relevância da ativação das colaborações “estabelecidas lá atrás” com a Universidade do Minho e com a Universidade de Utrech. Não deixou de fora também todos os profissionais de saúde envolvidos e os “presidentes dos conselhos de administração que libertaram alguns médicos para fazer alguma formação extraordinária”, relembrou. O novo ciclo de estudos de Aveiro está já a decorrer e acolheu 40 alunos. É o segundo curso com a média mais alta da UA (18,2), ficando atrás apenas da licenciatura de Engenharia Aeroespacial (18,35). A nível nacional existem dez cursos de Medicina sendo que Aveiro tem a quarta média mais alta de entrada. Fica no pódio o ICBAS (18,55), a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,48) e a Universidade do Minho (18,38), mas fica à frente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “A ideia é ir crescendo progressivamente com a entrada de dez novos alunos até ser atingido o limite máximo de 100 alunos”, esclareceu o vice-reitor. Relativamente ao futuro, o objetivo é “mantermos a qualidade que nós idealizamos fazer”, garantiu Artur Silva. O vice-reitor avançou ainda que, nos próximos anos, “temos de ter espaço disponível para a formação e para a investigação”, na área da saúde, e para a “internacionalização do curso”, nomeadamente, através do programa Erasmus. Realçou também que apesar de estar a decorrer a “adaptação de um edifício” para acolher um teatro anatómico a empreitada estará pronta aquando da primeira aula de anatomia - prevista para a segunda semana de novembro. “Está tudo conforme planeado”, afirmou.

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas
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Com o objetivo de mostrar o espaço do GrETUA aos novos alunos, o “Regresso às Jaulas” nasce de “uma brincadeira” com o sotaque aveirense e “com o facto de existirmos atrás da prisão [GrETUA]”, explica o grupo em comunicado de imprensa. A programação promete abrir com uma viagem aos anos 90 com a sonoridade do grupo Marquise. João Borsch fica responsável por fazer o público navegar “pelo escandaloso e pela folia” com a apresentação de ‘É só Harakiri, Baby’, o seu trabalho mais recente, deixando Maria Vai com Todas encarregue por fechar a noite com as suas escolhas musicais. As reservas para o evento podem ser efetuadas aqui. A inscrição é gratuita para os alunos da Universidade de Aveiro (UA) e tem um custo de três euros para o público em geral. O GrETUA é uma secção autónoma da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e assume a missão de promover a cultura, a formação e a criação artística junto da comunidade académica desde 1979, data da sua fundação.

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Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

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Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

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O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

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