RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real
Universidade

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real

A ZLT Aveiro é criada através de uma portaria conjunta da ministra da Administração Interna, do ministro da Educação, Ciência e Inovação, do ministro das Infraestruturas e Habitação e do secretário de Estado da Economia. A ZLT agora criada pretende ser “um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta”. Liderada pela Universidade de Aveiro, a ZLT visa “impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço”. A ZLT Aveiro permitirá testar novas tecnologias de comunicação em ambiente real, “incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos”. “O objetivo é criar um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias”, refere o respetivo regulamento. A Universidade de Aveiro será a entidade gestora da ZLT, responsável pela sua operação e manutenção. “A Zona Livre Tecnológica pretende atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades”, adianta. A sua delimitação “abrangerá diversos ambientes, incluindo áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais”. “A criação da ZLT Aveiro faz parte da estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação”, justifica a portaria. De acordo com a portaria, que entra em vigor na quarta-feira, os setores de atividade privilegiados para a realização de testes incluem, mas não só, cidades e portos inteligentes, aeronáutica e espaço, mobilidade e transportes, incluindo a ferrovia, outros setores como a indústria, turismo, saúde, ambiente e energia, agricultura e pescas e administração pública e do território. "Os promotores de testes são as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, independentemente da sua natureza jurídica, que requeiram a realização de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores de base tecnológica, alinhadas com a missão da ZLT - Aveiro (...), com potencial de viabilidade técnica, económica ou comercial, ou interesse para prossecução de objetivos de interesse geral ou para enriquecimento do conhecimento técnico ou científico", lê-se ainda no documento.

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages
Opinião

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages

Os números não mentem: em 2023 foram pedidas por entidades portuguesas 329 patentes junto do European Patent Office. Ainda abaixo de uma patente por dia, mas será este um objetivo adequado? Num recente episódio do ainda novo podcast do Expresso “Liga dos Inovadores”, o antigo ministro da Economia, António Costa e Silva, divulgou que tinha o sonho de que o país fosse capaz de “registar” uma patente por dia. Temos vindo a percorrer um caminho lento e sustentado, mas será este um sonho ajustado à nossa realidade e capacidade? Existem diversos fatores que podem impactar o número de pedidos de patente que cada país soma anualmente. O Sistema Nacional de Inovação tem a sua influência neste número e o investimento em I&D, individualmente considerado, é um desses fatores. Tendo em conta que no ano de 2021 Portugal investiu 3,57 mil milhões de euros em I&D, qual é que seria um número de patentes equiparável à média europeia? Quanto investiram em I&D e quantas patentes pediram nestes anos os nossos “parceiros” europeus? (Dados Pordata vs EPO) • Alemanha – 110 mil M€ em I&D | 24.966 patentes (227 por mil M€) • França – 65 mil M€ em I&D | 10.814 patentes (166 por mil M€) • Suécia – 18,4 mil M€ em I&D | 5.139 patentes (279 por mil M€) • Países Baixos – 18 mil M€ em I&D | 7.033 patentes (391 por mil M€) • Dinamarca – 9,5 mil M€ em I&D | 2.596 patentes (273 por mil M€) • Finlândia – 7,5 mil M€ em I&D | 2.336 patentes (311 por mil M€) • Portugal – 3,57 mil M€ em I&D | 329 patentes (92 por mil M€) O indicador anterior aponta uma clara dificuldade da economia portuguesa traduzir em patentes a I&D realizada. Essa dificuldade pode efetivamente estar relacionada com o perfil da nossa estrutura produtiva, à qual ainda se reconhece uma baixa ou moderada intensidade tecnológica. Por outro lado, importa salientar que nem sempre as patentes são a solução que permite maximizar a vantagem competitiva. Há diversos modelos cujo alinhamento com o sistema de patentes não é o mais linear, como por exemplo os modelos de ciclo de inovação rápido onde a inovação evolui rapidamente, modelos suportados em segredo industrial ou estratégias de open innovation. Certo é que a estratégia de PI definida para uma dada tecnologia/produto vai influenciar diretamente a sua competitividade e o retorno do investimento efetuado, pelo que é necessário desde logo prudência. As patentes continuam a ser, inegavelmente, o melhor instrumento para proteção de tecnologias disruptivas sendo, por isso, extraordinários indicadores de potencial tecnológico. Do ponto de vista do mercado e da competitividade internacional, conferem direitos de exclusividade (monopólio) para além do seu valor económico próprio, transferível e transacionável. Os Países Baixos, a Finlândia, a Suécia e a Dinamarca demonstram que é possível ter altas taxas de pedidos de patente por investimento em I&D. Esse investimento é desde logo a chave (média ~3% PIB), juntamente com uma clara perceção da rentabilidade associada à proteção, quer nas empresas quer nas políticas públicas, um setor económico de alta especialização e intensidade tecnológica, mas também com uma forte estratégia de internacionalização. Como podemos então aproximar-nos desta trajetória? Será através de políticas que reforcem o perfil de especialização e a intensidade tecnológica, que incentivem a colaboração entre setores estratégicos, que promovam a transformação de conhecimento em inovação real e que maximizem o impacto do investimento, como por exemplo: • Vincular incentivos à inovação ou internacionalização a indicadores de proteção de propriedade intelectual; • Maximizar o benefício fiscal em incentivos como o SIFIDE, através de critérios associados à conversão e proteção dos resultados dos projetos de I&D; • Facilitar o acesso ao patent box para promover retornos através de licenciamentos de patentes; • Ampliar o apoio direto à proteção da propriedade intelectual, designadamente junto de startups e PME’s inovadoras; • Promover auditorias de PI junto de PME’s para guiar as empresas na identificação de oportunidades de proteção e capitalização da sua inovação. Portugal tem feito vindo a fazer um caminho relevante, demonstrando talento e capacidade de inovação. O desafio está em acelerar a transformação desse potencial em competitividade global. E ambicionar um pouco mais, apontando às 2 patentes por dia.

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby
Universidade

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby

Por ocasião da investidura do novo Núcleo, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, partilhou a “satisfação por ver nascer este Núcleo, ancorado numa enorme vontade da coordenação em congregar os antigos alunos. Tendo como mote a prática do rugby, uma modalidade em expansão no panorama nacional” razão pela qual desejou “um bom trabalho” à coordenação designada, a quem agradeceu a “disponibilidade e o voluntarismo para este desafio”. O Núcleo é coordenado por Ivan Portela, ex-jogador de rugby da Universidade de Aveiro (UA). Paulo Fontes, antigo presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e ex-jogador de rugby, foi designado responsável financeiro e Daniel Rainho, antigo coordenador do Núcleo de Rugby da AAUAv, é o vogal do novo núcleo. Ivan Portela partilhou que a ideia de criar o Núcleo Alumni de Rugby surgiu pela competição da modalidade “ter-se iniciado na nossa academia, precisamente, há 40 anos”. “No entanto, a missão do Núcleo não passa unicamente por relembrar o passado, que é importante, mas principalmente para estimular a prática da modalidade entre os Alumni, estimular os jovens alunos que neste ano letivo 2024/2025 voltaram a praticar a modalidade no Campus da UA e estimular toda a academia a experimentar a prática da modalidade”, acrescentou Ivan. O coordenador do novo núcleo considera ainda que o estímulo para a prática da modalidade se faz “sobretudo na passagem de um legado, da partilha de vivências e de histórias do Rugby Universidade de Aveiro, no ensinamento dos valores do desporto e do rugby e também pela partilha de conhecimento técnico da modalidade, na prática desportiva entre os antigos alunos e novos alunos”. A coordenação do Núcleo pretende realizar anualmente um evento da modalidade, onde haverá um conjunto de jogos de rugby, touch rugby e ‘walking rugby’, uma nova vertente da modalidade. A iniciativa pretende ainda fomentar o convívio entre todos os participantes, “na conhecida terceira parte do rugby”, referem. Além de Pedro Oliveira, presidente da Direção da AAAUA, estiveram presentes na sessão de tomada de posse do novo Núcleo Rui Semião, secretário e Manuela Nunes e Margarida Ferreira, vogais da associação.

UNIVERSIDADE

UA vai ter novo Laboratório de Inovação e Experimentação Alimentar
Universidade

UA vai ter novo Laboratório de Inovação e Experimentação Alimentar

Com o objetivo de divulgar o novo curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, o DQ vai inaugurar, na próxima quinta-feira, dia 27, um laboratório de inovação e experimentação alimentar. A inauguração, aberta às empresas da fileira alimentar, pretende também ser uma mostra das competências dos investigadores e professores da Universidade de Aveiro na área e vai reunir vários especialistas do setor numa mesa-redonda sobre a importância da Inovação na área alimentar, com foco nos desafios atuais e oportunidades na perspetiva de diferentes players nacionais. O evento decorrerá pelas 17h30 no DQ e a mesa-redonda trará Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, Marlos Silva, diretor do R&D e Inovação da SONAE, Natacha Fontes, Gestora I&D|R&D da Sogrape e Ana Tasso Rosa, ex-estudante de licenciatura e mestrado do DQ e atual R&DI diretora da Casa Mendes e Gonçalves à UA. As inscrições para assistir à sessão já se encontram abertas. O evento pretende ainda divulgar o curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, um curso que pretende proporcionar “uma formação avançada, especializada e modular, em que cada estudante cria o seu percurso formativo, dirigido a quadros superiores de empresas ou entidades públicas e privadas”, lê-se em nota enviada às redações. O curso foi construído “tendo em consideração as necessidades atuais de formação continua e integrada nas diversas áreas da fileira alimentar, com especial foco na sustentabilidade e inovação, e numa Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), em que os estudantes adquirem conhecimentos e competências teóricas e práticas ao trabalhar nos seus próprios projetos, que podem trazer do seu mundo real de trabalho”, indica a mesma nota.  O laboratório de inovação e experimentação alimentar e o novo curso de especialização foram financiados por verbas dos investimentos Incentivo Adultos e Impulso Jovens STEAM do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR).

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby
Universidade

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby

Por ocasião da investidura do novo Núcleo, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, partilhou a “satisfação por ver nascer este Núcleo, ancorado numa enorme vontade da coordenação em congregar os antigos alunos. Tendo como mote a prática do rugby, uma modalidade em expansão no panorama nacional” razão pela qual desejou “um bom trabalho” à coordenação designada, a quem agradeceu a “disponibilidade e o voluntarismo para este desafio”. O Núcleo é coordenado por Ivan Portela, ex-jogador de rugby da Universidade de Aveiro (UA). Paulo Fontes, antigo presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e ex-jogador de rugby, foi designado responsável financeiro e Daniel Rainho, antigo coordenador do Núcleo de Rugby da AAUAv, é o vogal do novo núcleo. Ivan Portela partilhou que a ideia de criar o Núcleo Alumni de Rugby surgiu pela competição da modalidade “ter-se iniciado na nossa academia, precisamente, há 40 anos”. “No entanto, a missão do Núcleo não passa unicamente por relembrar o passado, que é importante, mas principalmente para estimular a prática da modalidade entre os Alumni, estimular os jovens alunos que neste ano letivo 2024/2025 voltaram a praticar a modalidade no Campus da UA e estimular toda a academia a experimentar a prática da modalidade”, acrescentou Ivan. O coordenador do novo núcleo considera ainda que o estímulo para a prática da modalidade se faz “sobretudo na passagem de um legado, da partilha de vivências e de histórias do Rugby Universidade de Aveiro, no ensinamento dos valores do desporto e do rugby e também pela partilha de conhecimento técnico da modalidade, na prática desportiva entre os antigos alunos e novos alunos”. A coordenação do Núcleo pretende realizar anualmente um evento da modalidade, onde haverá um conjunto de jogos de rugby, touch rugby e ‘walking rugby’, uma nova vertente da modalidade. A iniciativa pretende ainda fomentar o convívio entre todos os participantes, “na conhecida terceira parte do rugby”, referem. Além de Pedro Oliveira, presidente da Direção da AAAUA, estiveram presentes na sessão de tomada de posse do novo Núcleo Rui Semião, secretário e Manuela Nunes e Margarida Ferreira, vogais da associação.

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real
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Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real

A ZLT Aveiro é criada através de uma portaria conjunta da ministra da Administração Interna, do ministro da Educação, Ciência e Inovação, do ministro das Infraestruturas e Habitação e do secretário de Estado da Economia. A ZLT agora criada pretende ser “um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta”. Liderada pela Universidade de Aveiro, a ZLT visa “impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço”. A ZLT Aveiro permitirá testar novas tecnologias de comunicação em ambiente real, “incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos”. “O objetivo é criar um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias”, refere o respetivo regulamento. A Universidade de Aveiro será a entidade gestora da ZLT, responsável pela sua operação e manutenção. “A Zona Livre Tecnológica pretende atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades”, adianta. A sua delimitação “abrangerá diversos ambientes, incluindo áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais”. “A criação da ZLT Aveiro faz parte da estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação”, justifica a portaria. De acordo com a portaria, que entra em vigor na quarta-feira, os setores de atividade privilegiados para a realização de testes incluem, mas não só, cidades e portos inteligentes, aeronáutica e espaço, mobilidade e transportes, incluindo a ferrovia, outros setores como a indústria, turismo, saúde, ambiente e energia, agricultura e pescas e administração pública e do território. "Os promotores de testes são as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, independentemente da sua natureza jurídica, que requeiram a realização de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores de base tecnológica, alinhadas com a missão da ZLT - Aveiro (...), com potencial de viabilidade técnica, económica ou comercial, ou interesse para prossecução de objetivos de interesse geral ou para enriquecimento do conhecimento técnico ou científico", lê-se ainda no documento.

Fórum AAUAv: Direção e Núcleos querem que notas dos momentos de avaliação sejam divulgadas mais cedo
Universidade

Fórum AAUAv: Direção e Núcleos querem que notas dos momentos de avaliação sejam divulgadas mais cedo

Pela primeira vez presente na qualidade de presidente da direção da AAUAv, Joana Regadas, exprimiu à Ria que foi um Fórum “muito feliz”. “Acho que é o sentimento que pode melhor descrever aquilo que se passou. Foi um fim de semana muito produtivo e muito bom para a estrutura”, afirmou. O “Fórum@AAUAv” juntou a direção da AAUAv com os diferentes núcleos, na Casa do Estudante, e procurou, ao longo dos dois dias, refletir sobre algumas das problemáticas dos estudantes e da UA. “No sábado, de manhã, discutimos o regulamento de estudos UA e tivemos em discussão alguns artigos sobre os momentos e os métodos de avaliação. [Para tal], contamos com a presença do provedor de estudante e com a professora Ana Balula, em representação do Conselho Pedagógico. [Com ela], tivemos a oportunidade de partilhar algumas das coisas que na ótica dos estudantes (…) não estão em conformidade e que se calhar não dão resposta às necessidades do ponto de vista dos estudantes”, avançou Joana Regadas. Ainda entre os pontos em discussão esteve também o “cumprimento de prazos para a divulgação das notas”. “Há uma sugestão por parte da estrutura que irá sair também, em breve, de antecipar o período de entrega de notas na época de exames para que as pessoas possam ter a oportunidade de se preparar para a época de recurso, caso seja necessário. Acabamos também por falar sobre a divulgação dos métodos de correção para os estudantes, entre outros tópicos”, continuou. A presidente da direção da AAUAv explicou à Ria que estiveram também em reflexão algumas questões relacionadas com as “dissertações, estágios e projetos”. “Foi bom para verificar que a realidade é diferente entre alguns dos departamentos, institutos e escolas que temos na universidade. Falamos ainda sobre a atribuição dos horários e sobre as escolhas das turmas que é uma coisa que apesar de estar automatizada ainda não ocorre da melhor forma… Percebemos que os critérios utilizados ainda não estão bem explícitos”, sublinhou. Também “a atribuição do papel de dirigente associativo aos núcleos” esteve em discussão, marcando ainda presença na iniciativa dois antigos presidentes da AAUAv - Luís Ricardo Ferreira e Tiago Alves – que refletiram também sobre esta estrutura. No domingo, o jogo do Beira-Mar, frente ao Salgueiros, no Estádio Mário Duarte, deu o ‘pontapé final’ ao “Fórum@AAUAv”. “Aqui também um agradecimento à estrutura do Beira-Mar por nos oferecer os bilhetes (…) para apoiarmos, de forma muito calorosa, a equipa da cidade que acabou por ganhar 2-0. Acho que fomos nós que demos a boa sorte para eles ganharem ao Salgueiros”, brincou a presidente da AAUAv. “O fórum é um momento de muita reflexão, de pensamento para os dirigentes, no entanto, também é um momento para a criação de laços e também de retribuição para a cidade que nos acolhe… Temos de começar também a caminhar nessa direção. Este foi um pequeno passo que acredito que fará diferença”, finalizou.

UA acolheu quase dois mil alunos na 18ª edição do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos
Universidade

UA acolheu quase dois mil alunos na 18ª edição do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos

Quase dois mil alunos rumaram ontem, dia 14, das várias escolas do país até à Universidade de Aveiro para participar no Campeonato Nacional de Jogos Matemática. “Correu bem? Divertiste-te?”, ia-se ouvindo à medida que os alunos iam saindo do recinto. Alguns vinham felizes por terem participado, outros tristes com a derrota e outros chateados por não terem ficado apurados para as finais. Maria de Jesus, professora do primeiro ciclo da turma do quarto ano da Escola Básica Latino Coelho de Rio Maior, do agrupamento de Escolas Marinhas do Sal, Rio Mario trouxe consigo três alunos. Jogaram Dominório, Gatos & Cães e Rastros. “Gostavam de cá vir novamente?”, perguntou a professora aos alunos. “Sim”, responderam em uníssono. “Este tipo de eventos ajuda a que as crianças percebam que a matemática não é aquele bicho de sete cabeças, portanto eu quando propus foi exatamente para podermos mostrar que a matemática tem um lado divertido”, frisou a professora. Também Jorge Nuno, diretor da Associação Ludos e a pessoa por detrás da iniciativa, encara o Campeonato como uma forma de cativar os alunos para a disciplina de Matemática. “Nós incentivamos os alunos com o gosto de pensar rigorosamente e com criatividade, e isso é exatamente a matemática, é o rigor e a criatividade”, sublinhou. Além de cativar o interesse dos alunos para a matemática, o presidente da Ludus destaca ainda a inclusividade alcançada com o projeto ao longo dos anos. “Temos hoje a participação dos jogadores invisuais, que é uma coisa absolutamente única no mundo”, referiu Jorge Nuno que conta que a professora Carlota Brasileiro foi “ao longo dos anos (…) adaptando os materiais e trabalhando com os alunos invisuais, de maneira que hoje em dia eles participam exatamente em pé de igualdade”. A competição é promovida anualmente desde 2004, pela Associação Ludus, a Associação de Professores de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Agência Ciência Viva. Pelo terceiro ano consecutivo, a organização é assegurada pela UA, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e do Departamento de Matemática. Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro não esconde o orgulho na inciativa e refere que a mesma tem crescido ao longo dos anos. Atingiu na 18ª edição um pico de participantes que Pedro Pombo salienta como “muito importante” e que espera manter. “Este programa está enraizado nas escolas, ele funciona por si, (…) nós estamos aqui a ver 1.812 jovens a competir nesta final, mas já competiram dezenas de milhares de jovens nas escolas: cada um destes representa cerca de 20 ou 25 meninos”, frisou o diretor da Fábrica para sublinhar a dimensão do projeto. A iniciativa contou ainda com a realização, ao longo do dia, de várias atividades paralelas que foram sendo desenvolvidas pelo campus da UA. Inserida nas comemorações do Dia Internacional da Matemática e do Dia do Pi, a iniciativa contou com a disputa de seis jogos (Gatos & Cães, Rastros, Produto, Dominório, Atari Go e Nex), distribuídos por doze categorias, tendo sido apurados, no final do dia de ontem, 12 campeões nacionais nos Jogos Matemáticos.

UA: João Garcia Neto quer chegar com a “máquina” do GrETUA até “mais pessoas”
Universidade

UA: João Garcia Neto quer chegar com a “máquina” do GrETUA até “mais pessoas”

Cerca de dois meses após ter assumido a direção artística do GrETUA, face à saída de Bruno dos Reis, João Garcia Neto admitiu à Ria que “não esperava de todo” o convite para ocupar este lugar. “O Bruno falou-me disso a primeira vez no verão do ano passado, mas eu até demorei um bocadinho a perceber que resposta é que ia dar porque não estava de todo à espera que isso fosse acontecer…”, confidenciou. Entre os motivos para esse impasse, João Garcia apontou a responsabilidade da tarefa. “Tenho um respeito muito grande pelo GrETUA… Mesmo. O GrETUA para mim, como para muita gente, (…) acho que é responsável por criar um vínculo muito grande das pessoas à cidade de (…) e, antes disto tudo, obviamente, na Universidade”, explicou. Isto é uma tarefa muito séria. Este também já é um lugar que me merece muito carinho e eu percebo essa importância. Por isso vem daí essa preocupação em querer fazer bem”, continuou. Questionado pela Ria sobre que GrETUA encontrou, desde que assumiu a direção artística, o jovem de 26 anos frisou que, neste momento, esta é uma estrutura com uma presença “muito forte” e com uma projeção na cidade “muito grande”. “Essa projeção foi ganha com muita força nos últimos anos em que o GrETUA se cumpriu como uma estrutura cultural que oferece, com uma regularidade e uma qualidade muito grande, uma programação artística semanal (…) e, portanto, encontro um pequeno equipamento cultural, mas muito capacitado sobretudo pela carolice de quem lá está. Mas a verdade é que nos últimos anos conquistou apoios e esse reconhecimento. Portanto, há uma máquina, há uma estrutura que já está a andar”, considerou. Sobre que rumo seguirá essa máquina? João Garcia respondeu que o objetivo será sempre “chegar a mais pessoas” e de conseguir estabelecer um “diálogo ainda mais aberto com a Universidade”. “Há uma preocupação em conseguir convocar mais alunos e estabelecer um diálogo até mais direto com diferentes departamentos e até com diferentes áreas de conhecimento”, exprimiu. Com um olhar mais atento sobre a programação do próximo trimestre do GrETUA, o novo diretor artístico desvendou que haverá uma continuidade, do que tem vindo a ser feito, assim como algumas novidades. “Uma das coisas de que posso falar já para a programação a partir do próximo trimestre tem a ver com uma adição às dinâmicas dos ciclos de cinema [em que] há esta vontade de criar conversas depois das projeções com pessoas que façam parte da Universidade, explorando temas que os filmes convocam. Portanto, expandindo o momento da projeção a partir do filme, mas para lá do filme. Poder trazer investigadores, professores, alunos que venham conversar sobre as temáticas que cada filme pode convocar (…)”, apontou. No entretanto, João Garcia desvendou ainda que decorrerá no próximo dia 20 de março, pelas 21h00, no Auditório Renato Araújo, na Universidade de Aveiro (UA), com entrada gratuita, a antestreia do documentário “Antes de mais, parabéns atrasados”. “É o culminar de mais de um ano. Desde o início do ano de 2024, que iniciámos este processo monumental de querer fazer um filme sobre os 45 anos de história do GrETUA e de o fazer com um empenho muito grande (…) Nós recolhemos o testemunho de quase 40 pessoas. São 20 e tal entrevistados que aparecem no registo convencional da entrevista do filme. Depois há alguns registos que aparecem no off de outras pessoas, mas foi um processo muito intenso de recolha de testemunhos”, explicou. “(…) Esperemos que o filme depois possa ter a sua estreia formal em algum festival de cinema”, esperançou. Numa outra etapa da conversa, o diretor artístico reconheceu ainda que a cidade de Aveiro valoriza o GrETUA ainda que admita não ter “existido até aqui” uma proximidade “tão grande” com o Município. “(…) Há uma relação que é mediada pelo Teatro Aveirense e que tem sido sólida, mas de facto o GrETUA quer ter essa presença muito bem marcada (…) a partir da Universidade, mas marcando também presença na cidade (…) Espero que a partir de agora possamos estreitar também essas relações e possamos colaborar, coproduzir mais com o Município e sentirmo-nos também mais apoiados e com um diálogo mais estabelecido”, afirmou. Dando como exemplo a Capital Portuguesa da Cultura [que decorreu no ano passado, em Aveiro], João sugeriu que poderia ter “acontecido uma criação do GrETUA”. Relativamente à postura da UA no campo da cultura, João Garcia defendeu que “existem uma série de dinâmicas novas” desde que finalizou a licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação [agora Multimédia e Tecnologias da Comunicação] na mesma instituição. “Acho que há uma série de festivais, por exemplo, e uma série de dinâmicas que se têm criado e que produziram um movimento novo nesse sentido (…) Também é uma alteração muito significativa o reconhecimento que a Universidade fez do GrETUA nos últimos anos e que se traduziu de várias formas (…)”, opinou. “(…) Há um apoio que surge ao GrETUA e isso (…) é fundamental para que o espaço possa ter de facto esta consistência de programação e (…) estas propostas artísticas que oferece à comunidade académica e à cidade”, considerou o diretor artístico. Sobre o diálogo do GrETUA com a Universidade caraterizou-o ainda de “muito feliz”. “Eu já prolonguei esse diálogo com o pouco tempo que estou aqui e sinto isso…. Há uma abertura, há canais de comunicação com a Reitoria que são muito bons e parece-me que há uma vontade de lá em colaborar em projetos mais pontuais (…) Claro que (…) haverá sempre margem para melhorar, mas lá está a máquina continua”, sublinhou. Numa etapa final, a Ria questionou ainda João Garcia Neto de onde se imaginava a estar daqui a dez anos ao que este respondeu “não saber”, ainda que não tenha descartado da equação a cidade que o viu crescer [Aveiro]. “Eu só consigo pensar na vontade que tenho de estar cá agora e de fazer coisas agora. Tinha na minha cabeça (…) a possibilidade de voltar a estudar, de seguir para doutoramento, não sei se isso aconteceria cá…. Eu também não gosto muito de fazer previsões. Gosto de pensar também que a cidade de Aveiro vai continuar a crescer também culturalmente e artisticamente e que vai ser ainda mais aliciante ficar e querer fazer parte desse ecossistema…”, exprimiu.

GrETUA apresenta antestreia do documentário "Antes de mais, Parabéns Atrasados" na UA
Universidade

GrETUA apresenta antestreia do documentário "Antes de mais, Parabéns Atrasados" na UA

Numa nota enviada à Ria e como sinopse do documentário, o GrETUA relembra que é “há 45 anos (mais qualquer coisa), um grupo a tentar sê-lo, a experimentar”. “Essa experiência é o mote para pensar sobre o que é um grupo, no espaço e no tempo, as relações de que se faz, as ideias que o unem e o transformam, de ano em ano, de mão em mão. Mais do que do teatro, da cidade, da universidade ou do tão teatral aniversário, é disso, a que poderíamos apelidar de amor, que se trata. Antes de mais, parabéns atrasados”, refere. Relativamente ao “atraso” [do aniversário], adianta ainda que “pode não ser mais do que uma demora que nos permite perspetiva”. “O tempo revela um caminho como a fotografia se revela no tempo. A propósito de um aniversário que não o é, documentar algo impossível talvez seja a chave para um teste à nossa capacidade de descrever ou registar”, realça a nota. A antestreia do documentário, no dia 20 de março, na UA, terá entrada livre, sendo necessário efetuar a reserva.

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Autárquicas: PS Aveiro discute este sábado “Educação, Inteligência Artificial e Ética”
Cidade

Autárquicas: PS Aveiro discute este sábado “Educação, Inteligência Artificial e Ética”

“A Inteligência Artificial oferece claramente um grande potencial na Educação, mas precisa de uma análise de impacto aprofundada e pode suscitar considerações éticas. Este encontro pretende destacar as competências emergentes e os termos ou técnicas essenciais a desenvolver no domínio da Educação, identificando considerações e requisitos éticos”, realça uma nota de imprensa da concelhia do PS Aveiro. Vânia Carlos, professora auxiliar e membro da Comissão Executiva do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e Rui L. Aguiar, professor Catedrático na Universidade de Aveiro, responsável pela área de Redes e Sistemas, serão os palestrantes convidados desta sessão. O evento, aberto à participação de todos os aveirenses, tem como “objetivo a partilha de pontos de vista, dados e experiências que poderão contribuir para uma melhor utilização da Inteligência Artificial nas políticas de Educação”.

Aveiro entre os distritos com maior taxa média de novos diagnósticos de infeção por VIH
Cidade

Aveiro entre os distritos com maior taxa média de novos diagnósticos de infeção por VIH

De acordo com o mesmo estudo, à frente do distrito de Aveiro surge apenas a Área Metropolitana de Lisboa com “16.1 casos por 100 mil habitantes” e a região do Algarve com “10.2 casos por 100 mil habitantes”, sendo que a taxa média nacional determinada para este período [2019 a 2023] foi de “9,4 casos por 100 mil habitantes”. Entre os centros de deteção do VIH [Vírus da Imunodeficiência Humana que causa a SIDA], em Aveiro, no ativo, está o “CAD-Aveiro” localizado no Centro de Saúde. Atualmente, o rastreio é feito através de um teste rápido de quarta geração. Confrontada com estes números, na região de Aveiro, Rosário Fontes, psicóloga do CAD, assegurou que Aveiro “sempre” teve dados “elevados” relativamente a outros distritos, pelo que a média apresentada não lhe causou estranheza. Questionada sobre quem são estes novos casos, Rosário explicou que da “amostra” do CAD acaba por ser a “população portuguesa”, prevalecendo os “heterossexuais” e os “homens”. [Estes homens] “foram classificados como heterossexuais o que não invalida que também estejam naquele grupo de homens que têm sexo com outros homens (…) Em termos de sexo, os homens sempre tiveram mais prevalência de infeções mesmo por VIH… Agora está a crescer dentro dos homens os (…) que embora se identifiquem como héteros por alguma razão têm sexo com outros homens”, assinalou. No que toca às idades destes novos casos, a psicóloga realçou que, na sua opinião, há uma prevalência na camada jovem, tal como se verifica a nível nacional, “até aos 30 e tal anos”. “Não só na área do VIH, mas também noutras doenças de saúde pública (…) Estatisticamente, está a haver uma grande afluência de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)”, explicou. Apesar do relatório fazer distinção do número de novos casos por diferentes regiões, no caso de Aveiro, Rosário alertou à Ria que nem sempre estes números significam que são, efetivamente, da população de Aveiro. “Tínhamos muitos casos [fora daqui] em que vinham fazer o teste, precisamente, ao CAD para manterem o anonimato. [Por exemplo], provavelmente, nós aqui a nível da faixa etária dos jovens temos a Universidade…. Podem residir aqui, pontualmente”, opinou. Relativamente às razões que podem explicar este número elevado de novos diagnósticos de infeção por VIH, em Aveiro, a psicóloga defendeu que já há uma “banalização” deste vírus. “Já é crónico… Não há cura, mas tem tratamento. Há uma banalização e quase uma levidade na abordagem deste tema”, exprimiu. “O que eu noto, às vezes, é aqui nesta população e nos jovens também, nomeadamente, da Universidade de Aveiro…. Têm comportamentos de risco. Antigamente, quando os tinham havia mais preocupação em ir fazer logo o teste…”, relembrou. Apesar desta “banalização”, Rosário Fontes recordou que a infeção por VIH tem consequências no “sistema imunitário” ainda que as mesmas tenham vindo a “diminuir” face ao despiste [do VIH] cada vez mais “precoce”. “A evolução dos casos para SIDA também tem diminuído”, reforçou. Em jeito de desabafo, a psicóloga garantiu ainda à Ria que estes novos casos de infeção em jovens não acontecem por falta de informação, mas sim pelas “práticas sexuais de atualmente (…) mais desprotegidas”. “É mesmo por esta banalização… É quase como assumidamente, não é por esquecimento, têm estas práticas desprotegidas”, frisou.

Escolha de deputados à AR: intensas negociações previstas no PS e no PSD para as próximas semanas
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Escolha de deputados à AR: intensas negociações previstas no PS e no PSD para as próximas semanas

No caso do Partido Social Democrata (PSD), os seus estatutos estabelecem que as estruturas concelhias devem emitir um parecer sobre as candidaturas, enquanto as distritais têm a responsabilidade de propor os candidatos à Comissão Política Nacional. Esta, por sua vez, para além de definir o cabeça de lista, detém o poder de escolher até dois terços dos candidatos nos círculos com mais de dois deputados, como é o caso de Aveiro. O Partido Socialista (PS) segue um processo semelhante e igualmente centralizado. A Comissão Política da Federação tem o papel de coordenar a designação dos candidatos. Contudo, a Comissão Política Nacional, sob proposta do secretário-geral, pode intervir e designar até 30% do total de deputados eleitos na última eleição em cada círculo eleitoral. Além disso, esta estrutura tem o poder de avocar e modificar listas distritais que não cumpram os critérios definidos pelo partido. Com apenas três semanas para a definição das listas, espera-se intensa negociação interna nos principais partidos e Aveiro não será exceção. Nos próximos dias, as direções das concelhias, distritais e nacionais irão reunir para tratar destes dossiers. A Ria preparou-lhe um resumo com os nomes mais falados nas concelhias do PS e do PSD. Conheça aqui. É atualmente deputada à Assembleia da República, presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e vice-presidente da Comissão Política do PSD-Aveiro. Depois de 12 anos na liderança da freguesia, atinge este ano o limite de mandatos e, por isso, não será recandidata. Vista como uma pessoa próxima de Ribau Esteves, mostrou-se indisponível para assumir a liderança da concelhia do PSD-Aveiro, depois da demissão de Simão Santana, alegando motivos pessoais e familiares. Esta decisão foi encarada por alguns militantes sociais-democratas como uma forma de não se vincular à escolha de Luís Souto como candidato à CMA, mantendo lealdade ao núcleo duro de Ribau Esteves. Falta perceber se Ângela Almeida, apesar destes condicionalismos pessoais e familiares, mantém o interesse em continuar por Lisboa na Assembleia da República e, tendo essa disponibilidade, que apoios reuniria dentro da Comissão Política local, num contexto em que Simão Santana, Rogério Carlos, Paulo Páscoa e Rui Félix Duarte já apresentaram a sua demissão. É presidente da Junta de Freguesia de Aradas e assumiu a presidência da Mesa da Assembleia do PSD-Aveiro, depois da demissão de Ribau Esteves. Nos processos eleitorais para a Nacional do PSD esteve sempre com Luís Montenegro. Quando foi anunciada a escolha de Luís Souto como candidato do partido à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) foi a primeira a defender a opção de Luís Montenegro. É próxima de Firmino Ferreira, atual presidente do PSD-Aveiro, com quem chegou a equacionar uma candidatura à concelhia nas últimas eleições. No caso de estar disponível para integrar a lista do partido à Assembleia da República, terá ainda que ultrapassar a dificuldade de reunir o apoio da maioria dos membros da Comissão Política do PSD-Aveiro. É deputado à Assembleia da República há praticamente 16 anos e, por isso, um dos deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) com mais anos de atividade parlamentar. Apoiou recentemente a candidatura de Jorge Sequeira, atual presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, à liderança da Federação Distrital de Aveiro do PS. Apesar do apoio, Jorge Sequeira acabaria por perder as eleições para Hugo Oliveira, deputado à Assembleia da República natural de Estarreja. Filipe Neto Brandão é visto como uma pessoa próxima de Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, e de Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de aveiro. Foi o candidato do PS-Aveiro nas últimas eleições autárquicas de 2017 e 2021. Durante esse período liderou também a concelhia do partido, tendo perdido as eleições internas para Paula Urbano Antunes depois das últimas autárquicas. Recentemente, apoiou Hugo Oliveira que venceu as eleições para a distrital de Aveiro do PS. Com essa vitória, Manuel Sousa foi escolhido para vice-presidente do secretariado da federação, tendo por isso a vantagem de ser uma pessoa próxima de Hugo Oliveira. A sua inclusão na lista de deputados do PS do círculo de Aveiro poderia funcionar como uma garantia de união do partido para as próximas autárquicas no Município de Aveiro.

Cultura Perto de Si com música e novo circo em março e abril
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Cultura Perto de Si com música e novo circo em março e abril

A Orquestra Filarmonia das Beiras vai percorrer algumas freguesias para se apresentar em concerto. Esta sexta-feira, dia 21, a Orquestra estará presente, pelas 21h30, no edifício Polivalente de Eirol. No dia seguinte, sábado 22, também pelas 21h30, a música será levada ao edifício Polivalente de Nossa Senhora de Fátima e no dia 23, pelas 17h00 a Orquestra poderá ser ouvida no Salão Paroquial de São Jacinto. Na área do circo, à semelhança do que se passou na passada sexta-feira, dia 14, a antiga Escola Primária de Verba, em Nariz receberá a companhia Marimbondo que trará à cidade o seu mais recente espetáculo de novo circo Lari-Fari. O espetáculo está marcado para o dia 30 de abril. ‘Cultura Perto de Si’ é um Programa Municipal que, desde 2018, tem por missão “promover, divulgar e descentralizar a cultura no Município de Aveiro” assim como “criar laços entre as instituições envolvidas e a comunidade, cimentando redes de itinerância e troca de experiências culturais”, lê-se em nota de imprensa enviada às redações.

‘A cultura faz bem’ traz iniciativas culturais dedicadas aos seniores
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‘A cultura faz bem’ traz iniciativas culturais dedicadas aos seniores

O projeto, iniciado em 2024, pretende proporcionar “aos seniores que integram as instituições da Rede Aveiro Sénior a oportunidade de participar em diferentes ações culturais”, refere a Câmara em nota enviada às redações. A iniciativa conta com atividades como espetáculos, visitas aos Museus de Aveiro, workshops no Arquivo Municipal e histórias contadas sob o formato ‘Conversas D’Alguidar’. A última segunda-feira de todos os meses conta com a realização de um espetáculo. A última segunda-feira do mês de março, dia 31, contará com a realização, pelas 14h30, de um Baile à Moda Antiga, com o grupo AVNorte. A iniciativa pretende recriar estórias na atualidade, contando com a partilha de danças e respetivos modos, bem como vestuário e recolha. Já a última segunda-feira de abri a atividade a decorrer vai ser a exibição do filme “Curral de Moinas: os Banqueiros do Povo”, pelas 14h30. Todas as iniciativas são realizadas na Casa de Música: Quarteirão de Artes e Cultura de Aveiro. As terças-feiras têm também atividades marcadas. Festas e Romarias e Música serão os temas abordados, nos meses de março e abril, nas Conversas D’Alguidar – sessões de conversa que visam estimular “a troca de saberes e histórias do imaginário e vivência dos idosos”, lê-se na nota de imprensa da CMA. Os interessados poderão obter mais informações através do endereço de email [email protected].

Alberto Souto de Miranda quer trazer música até às “praças, jardins e zonas pedonais”
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Alberto Souto de Miranda quer trazer música até às “praças, jardins e zonas pedonais”

Na publicação, o socialista começa por referir que Aveiro tem “várias bandas filarmónicas, orquestras, grupos de música ligeira, grupos corais, ranchos folclóricos e grupos de jazz”, apelando que é necessário “valorizar os nossos, sem prejuízo do acolhimento das expressões culturais de outras latitudes e universais”. “As nossas praças, jardins e zonas pedonais podem e devem ser lugares de alegria e fruição coletiva, musical e artística. As nossas bandas e grupos musicais diversos precisam de mais palcos, mais apoio, mais oportunidades de se exibirem. Dessa forma aumentam as suas receitas e contribuem para criar novos públicos e captar novos intérpretes”, escreve. Assim, Alberto Souto de Miranda propõe criar um “Programa Municipal de Música no Espaço Público, protocolando com o Conservatório, com todas as escolas de música, a Orquestra das Beiras, bandas, grupos corais, de jazz, fanfarra e ranchos folclóricos, o financiamento regular de atuações”. Entre as atividades deste programa municipal estão: “Domingos no Parque” com concertos no Coreto do Parque Infante D. Pedro, todos os domingos; “Sábados nas Praças de todas as freguesias e zonas pedonais” com concertos e animação musical diversificada; “Jardins com música”, aos sábados e domingos, “nos parques e jardins que vamos fazer (Esgueira, Barrocas, Central, S. Bernardo, Sta Joana, Bonsucesso, Lota)” e “Canais com Música” com animação musical regular num mercantel ao longo dos canais. A publicação na íntegra pode ser consultada aqui

IPSS de Nariz recebe mais de 82 mil euros para obras de qualificação
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IPSS de Nariz recebe mais de 82 mil euros para obras de qualificação

“Esta ação da CMA, assume como pilar estratégico da sua intervenção, a aposta no investimento em equipamentos sociais, apresentando como objetivos primordiais, promover o licenciamento da rede institucional existente no Município, visando o cumprimento da lei, a qualidade dos equipamentos, bem como contribuir para a melhoria das condições de vida e bem-estar dos cidadãos e das famílias perante o acesso a respostas de apoio social mais robustas”, afirmou Ribau Esteves De acordo com uma nota de imprensa do Município, a direção da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) “enalteceu e agradeceu o relevante apoio da CMA no investimento em causa no protocolo assinado”, tendo sido feito uma visita às instalações do Centro Social. Na nota, a CMA recordou ainda que “aprovou os apoios financeiros para investimento em Equipamentos Sociais, num total de 2.438.500,00 euros para nove Associações, com perspetiva de execução em 2024 e 2025”.

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Ílhavo lança concurso para criação de escultura de homenagem aos cardadores em Vale de Ílhavo
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Ílhavo lança concurso para criação de escultura de homenagem aos cardadores em Vale de Ílhavo

A criação desta peça de arte visa celebrar e eternizar esta figura identitária do Carnaval de Vale de Ílhavo, que tem levado o nome do município além-fronteiras, pelas suas características e rituais tão peculiares. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o concurso de ideias é realizado em anonimato e é aberto a pessoas singulares ou coletivas, obedecendo a seis critérios de avaliação: “qualidade da proposta; coerência e adequação à paisagem urbana; grau de conexão com a temática dos Cardadores e a valorização da identidade comunitária; viabilidade económica, sustentabilidade, viabilidade técnica/exequibilidade, perenidade e custos de manutenção; inovação, criatividade, originalidade conceptual, clareza visual e estética; custo e prazo de execução”. A obra será implantada junto à sede da 'Associação Os Cardadores de Vale de Ílhavo'. “O valor máximo que o Município de Ílhavo se dispõe a pagar pelo procedimento por ajuste direto para execução e implementação da escultura é de 40.650 euros, acrescidos de IVA”, avança a nota. O primeiro classificado receberá um prémio no valor de 5000 euros e o segundo classificado, 2500 euros. Aos autores dos restantes trabalhos, que se distingam pela sua singularidade, poderão ser atribuídas menções honrosas, de natureza não pecuniária. Reserva-se ao júri o direito de não atribuir qualquer prémio caso considere que a qualidade dos trabalhos não o justifique. Os interessados em concorrer deverão consultar as peças do procedimento na Plataforma Eletrónica acinGov. As propostas devem ser apresentadas até ao dia 9 de abril, na Câmara Municipal de Ílhavo, pessoalmente ou via postal. O júri do concurso é constituído por João Campolargo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo; Gonçalo Gomes, representante do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro; Paulo Lousinha, vencedor da 1.ª Edição do Prémio Municipal de Arquitetura – António Sarrico; José Miguel Estrela, engenheiro civil em representação da Ordem dos Engenheiros e da Delegação Distrital de Aveiro; e João Pinho, presidente de direção de “Os Cardadores de Vale de Ílhavo - Associação Cultural e Recreativa”. Posteriormente, o Município de Ílhavo vai promover uma exposição com os projetos admitidos a concurso, em data e local a definir, onde serão, também, atribuídos os prémios. De origem perdida no tempo, os Cardadores são um grupo secreto exclusivamente masculino, que sai à rua no Carnaval, envergando uma máscara imponente, feita de cotim, pele de carneiro, cortiça, bigodes de vaca ou de boi, duas asas e fitas coloridas – tudo isto perfumado com “Tabu”. Além da máscara, usam roupa interior de mulher – uma combinação – um lenço de tricana, meias até ao joelho e um cinto com sinos. Utilizam cardas – objetos tradicionalmente utilizado para a tecelagem de lã – para “cardar as raparigas”, entre saltos, corridas e urros.

Autárquicas: João Campolargo recandidata-se à Câmara de Ílhavo
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Autárquicas: João Campolargo recandidata-se à Câmara de Ílhavo

“O Movimento Unir para Fazer encontra-se em condições de anunciar, desde já, o cabeça de lista a cada órgão autárquico”, refere um comunicado, em que é apontado como candidato à câmara municipal o atual presidente, João Campolargo. João Campolargo, de 53 anos, é desde 17 de outubro de 2021 presidente da Câmara Municipal de Ílhavo e havia sido, entre 2013 e 2021, presidente da Junta de Freguesia de São Salvador, pelo PS. Licenciado em Gestão e com uma pós-graduação em Engenharia da Gestão Industrial, João Campolargo desempenhou cargos de direção em empresas e esteve ligado ao associativismo local. A escolha dos candidatos autárquicos teve lugar num “encontro alargado” do movimento que decorreu durante o fim de semana na Vista Alegre. Segundo o comunicado, o Unir para Fazer irá apresentar candidaturas a todos os órgãos autárquicos do Município de Ílhavo nas eleições autárquicas de 2025. “O Unir para Fazer está a construir uma candidatura forte, com o objetivo de conquistar todos os órgãos autárquicos para prosseguir o seu trabalho de modernização do concelho de Ílhavo, fomentando a coesão social, o progresso do território e a qualidade de vida dos munícipes”, salienta.   Nas eleições autárquicas de 2021, o movimento Unir para Fazer venceu as eleições em Ílhavo sem maioria absoluta com 33,46% dos votos, alcançando três mandatos, o mesmo número de mandatos do PSD que obteve 31,63% dos votos. Na terceira posição ficou o PS (20,80%), com um mandato. Foram já anunciadas as candidaturas de Rui Dias (PSD) e de Sónia Fernandes (PS) como cabeças de lista para presidir à Câmara de Ílhavo.

Museu Marítimo de Ílhavo assinala o Dia Mundial da Água a 21 e 22 de março
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Museu Marítimo de Ílhavo assinala o Dia Mundial da Água a 21 e 22 de março

As atividades arrancam no dia 21 de março, às 21h30, com a inauguração da exposição temporária ‘Património em Rede: Um Peixe, Uma Comunidade, Dois Países’, do fotógrafo documental Eduardo Martins. A mostra resulta de um projeto fotográfico sobre o atum-rabilho do Atlântico, uma espécie migratória de relevância ecológica e económica. O trabalho de Eduardo Martins documenta a extinção da pesca deste peixe na costa algarvia desde 1972 e a sua reabilitação nos anos 90 por uma empresa japonesa. A exposição revela a fusão entre técnicas tradicionais de pesca com armações e métodos inovadores de captura japoneses, ilustrando a adaptação dos saberes ancestrais ao mundo contemporâneo. A exposição estará patente até dia 25 de maio. Ainda na noite de 21, realiza-se a ‘Conversa de Mar’ sobre o tema ‘Mulheres, Água e Responsabilidade Ambiental’. O painel contará com a participação de Cris Marcondes, que vai apresentar o projeto ‘Aguadeiras’.  No dia 22 de março, entre as 10h00 e as 13h00, dá-se início a um ciclo de sessões de formação sobre Literacia do Oceano, destinado à comunidade docente e a outros interessados. A primeira sessão será conduzida pela bióloga Diana Feijó, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e abordará a importância da sustentabilidade marinha e das boas práticas para um consumo sustentável de pescado. Esta formação de curta duração é certificada pelo Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos de Ílhavo, Vagos e Oliveira do Bairro. As inscrições podem ser efetuadas através do site oficial. Para os mais pequenos, às 10h30, a Bebeteca da Biblioteca Municipal de Ílhavo desloca-se ao Museu Marítimo para dinamizar a leitura da história "Aprende com os Animais: Quem Come o Quê?", de Katerina Gorelik. À noite, a partir das 21h00, o Museu recebe crianças dos 6 aos 12 anos para dormir na companhia dos bacalhaus. Antes do merecido descanso, os participantes terão a oportunidade de aprender mais sobre esta espécie que habita o aquário. Para mais informações ou inscrições, os interessados podem contactar o Museu Marítimo de Ílhavo através do e-mail [email protected] ou do telefone 234 329 990.

Plano de mobilidade de Águeda prevê três novos apeadeiros na Linha do Vouga
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Plano de mobilidade de Águeda prevê três novos apeadeiros na Linha do Vouga

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) de Águeda, já aprovado pela Câmara e pela Assembleia Municipal, prevê a execução de um total de 46 ações com um investimento total de cerca de 90 milhões de euros, dos quais 58% poderão ser financiados por fundos comunitários. De acordo com uma nota de imprensa da autarquia, a otimização da rede de autocarros, a melhoria do serviço de transporte a pedido e a implementação de uma plataforma tecnológica de gestão são algumas das medidas apontadas. Está também prevista a implementação de “zonas 30” e de coexistência nos aglomerados residenciais do concelho, a construção de novas ligações rodoviárias estruturantes e a melhoria das ligações intermunicipais. Uma das vertentes do plano que deverá ser concretizada a curto prazo é a expansão da rede de bicicletas elétricas partilhadas, as BeÁgueda, com a instalação de novas estações no centro urbano e em localidades periféricas como Á-dos-Ferreiros, Barrô, Fermentelos e Belazaima do Chão. Nessa expansão, o centro de Águeda será o principal foco, com novas estações previstas para o Centro de Artes, Piscinas Municipais, Mercado Municipal e Jardim 1º de Maio. Segundo o vice-presidente da Câmara de Águeda, Edson Santos, o PMUS é “um documento ambicioso, que define metas e investimentos, e a prova do compromisso municipal com a mobilidade”. “A mobilidade sustentável não é uma opção, é uma prioridade estratégica para o Município de Águeda que, há vários anos, tem vindo a implementar medidas e boas práticas na área da sustentabilidade, tanto ambiental como de mobilidade”, comentou Edson Santos.

Segredos das padas de Vale de Ílhavo revelados na Porta Aberta da Festa do Pão
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Segredos das padas de Vale de Ílhavo revelados na Porta Aberta da Festa do Pão

A Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas” promove a iniciativa “Porta Aberta”, em que os participantes vão aprender “os segredos” da confeção artesanal do pão. No Jardim Henriqueta Maia, a festa começa no dia 28, com atividades para escolas e seniores, e a venda de pão com chouriço ou bacalhau. A abertura oficial acontece no sábado, dia 29, durante a qual estão presentes padeiras e moagens participantes, conforme dá conta a Câmara de Ílhavo numa nota municipal. Pela primeira vez, o evento recebe como convidados os municípios de Albergaria-a-Velha e Guarda, que terão um espaço dedicado para venda dos seus produtos. Durante o fim de semana, as padeiras vendem pão e folar no recinto da Festa, que será animado pelos Cardadores do Vale de Ílhavo, gaitas de foles e estátuas vivas. Uma das novidades deste ano são os "showcookings" de “tapas”, com a participação de Bárbara Pereira e Filomena Grave. No domingo de manhã, realiza-se uma visita interpretativa a Vale de Ílhavo para dar a conhecer o património material e imaterial desse lugar, que foi recentemente integrado na rede “Aldeias de Portugal”.

Município de Ílhavo investe 347.500,00 euros nos Contratos Interadministrativos
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Município de Ílhavo investe 347.500,00 euros nos Contratos Interadministrativos

A celebração destes contratos contempla um aumento de 15%, face a 2024, no apoio do Município atribuído às Juntas de Freguesia de São Salvador, Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação e Gafanha do Carmo, conforme já tinha sido previsto no Orçamento aprovado para 2025. O valor global a investir pelo Município de Ílhavo, neste ano de 2025, por via dos Contratos nas Juntas de Freguesia é de 347.500,00 euros. O valor a aplicar nos projetos a executar pelas Juntas de Freguesia ascende aos 317.500,00 euros e, à semelhança de 2024, a este valor acrescem 20.000,00 euros para trabalhos no âmbito da sustentabilidade ambiental, bem como um investimento de 10.000,00 euros na aquisição de compostores a atribuir, por candidatura, aos munícipes das quatro freguesias. A assinatura dos contratos vai decorrer no Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, pelas 11h.

Ilustrador Nuno Saraiva inaugura este sábado exposição “Fados Riscados” em Ílhavo
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Ilustrador Nuno Saraiva inaugura este sábado exposição “Fados Riscados” em Ílhavo

A exposição reúne, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, uma parte do trabalho de ilustração de Nuno Saraiva “dedicado ao universo do fado, em que o ilustrador incorpora tanto os velhos tempos da Severa e das tabernas, da Rua do Capelão com desgarradas acabadas à porrada ou em amor desenfreado, como incorpora os tempos presentes do glamour fashion chic, que tanto delicia os turistas. Pelo meio, aborda, ainda, Carlos Paredes”. “Fados Riscados” contempla cartazes, ilustrações, bandas desenhadas, capas de discos e livros, desenhados a partir de investigações aturadas e muito trabalho de campo, desde os anos 2000 até hoje. Patente até 26 de abril, a exposição inclui ilustrações dos livros “Tudo isto é Fado!” e “Crónicas de Lisboa”, histórias do fado do álbum português de banda desenhada, distinguido no Festival de BD da Amadora, com curtas narrativas de BD publicadas no semanário “Sol”, que revelam histórias, personagens e personalidades do universo do fado, de Amália Rodrigues a Alfredo Marceneiro. Logo após a exposição, Nuno Saraiva dinamizará a oficina "Ilustrar um Cartaz com Fado", em que propõe realizar desenho e colagem, com a exploração de diferentes técnicas e construção de diferentes modelos de cartazes em banda desenhada. A oficina é dirigida a adultos e jovens a partir dos 12 anos. Os interessados podem inscrever-se através do email [email protected] ou pelo número de telefone 234 321 103. Nuno Saraiva colaborou, como ilustrador editorial, com praticamente toda a imprensa portuguesa, com especial destaque para o Inimigo Público, Expresso, Observador, Público, a Time Out e Mensagem de Lisboa, onde é ilustrador residente. É professor de Banda Desenhada e de Cartoon Político nas escolas de arte Ar.Co e World Academy. Coordenador do Curso de Ilustração Digital da Lisbon School of Design. Concebeu a imagem das Festas de Lisboa entre 2014 e 2018 e, desde então, os troféus das Marchas Populares. Participa na coleção Sardinha by Bordallo com a sua Sardinha do Golaço. O seu livro “Tudo Isto é Fado!” (Museu do Fado), foi galardoado com o prémio Melhor Livro de BD 2016.

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Governo disponibiliza 1 milhão de euros para modernizar transportes públicos
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Governo disponibiliza 1 milhão de euros para modernizar transportes públicos

Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação, tutelado por Miguel Pinto Luz, refere que esta verba, disponibilizada no âmbito do Fundo de Transportes, tem como objetivo combater a exclusão e pobreza de mobilidade fora das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. No total, a verba a disponibilizar é de 1 milhão de euros, 750 mil para a aquisição e instalação de abrigos e os restantes 250 mil para o desenvolvimento e produção de informação ao público, nomeadamente mapas de rede, horários, tarifários e outras informações. “Trazer mais pessoas para o transporte público, um dos desígnios deste Governo, passa também por criar condições atrativas, seja com a oferta de mais material circulante, tarifas mais baixas, mais qualidade dos equipamentos como os abrigos ou oferta de informação”, afirma o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, citado na nota. As entidades beneficiárias são municípios, Comunidades Intermunicipais e operadores de transporte público se forem responsáveis pelas infraestruturas. “Este valor pode vir a ser reforçado, sob decisão da tutela, mediante a procura efetiva que vier a verificar-se”, acrescenta ainda a nota.

Ministra acredita que políticas culturais do Governo vão ter “continuidade garantida”
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Ministra acredita que políticas culturais do Governo vão ter “continuidade garantida”

À margem da abertura do Congresso Internacional “Camilo Castelo Branco, 200 anos depois”, questionada pelos jornalistas sobre o impacto da queda do Governo, Dalila Rodrigues disse que o que estão em causa “são políticas culturais de caráter estruturante que respondem a necessidades elementares do tecido cultural português”. “Por exemplo, dinamizar as bibliotecas municipais, há 303 municípios que têm bibliotecas. Temos o objetivo de dotar todos os [308] municípios de bibliotecas municipais. Este objetivo é um objetivo muito nobre. Não é possível? Não é aceitável que cada município não tenha a sua biblioteca municipal”, afirmou a ministra, repetindo um dos temas que percorreu o seu mandato, sobre a necessidade de potenciar a ação das bibliotecas enquanto unidades patrimoniais do território. Questionada sobre se estaria disponível para fazer parte de um novo Governo, após as eleições legislativas de 18 de maio, a ministra afastou uma resposta: “Estamos a fechar um ciclo. Há tantos fatores que podem interferir nessa previsão que não vou evidentemente dizer nada a esse respeito. Eu estou muito motivada e vou continuar a cumprir a minha missão”. Em relação às declarações do seu antecessor, Pedro Adão e Silva, que na quinta-feira classificou o ano de mandato de Dalila Rodrigues como “um ano perdido para as políticas culturais”, a ministra reagiu dizendo: "Todos somos poucos para afirmar a Cultura. Não vou comentar um comentário de uma pessoa que faz comentário político". As eleições legislativas antecipadas vão realizar-se a 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo PSD/CDS-PP, anunciou o Presidente da República na quinta-feira. Numa comunicação ao país após uma reunião do Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa pediu um "debate claro, digno" nos mais de 60 dias que faltam para o ato eleitoral. Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dissolvido a Assembleia da República em dezembro de 2021 e em 09 de novembro de 2023.

Passageiros nos aeroportos nacionais aumentam 6% em janeiro para 4,2 milhões
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Passageiros nos aeroportos nacionais aumentam 6% em janeiro para 4,2 milhões

O Humberto Delgado, em Lisboa, movimentou 56,9% do total de passageiros (2,4 milhões), registando um aumento de 6,9% em comparação com janeiro de 2024, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), O aeroporto de Faro teve um crescimento de 6,1% para 309,9 mil e o do Porto concentrou 22,4% do total de passageiros movimentados (949,6 mil), um incremento de 2,1%. Como o INE destaca, a infraestrutura aeroportuária do Funchal foi a terceira com maior movimento de passageiros em janeiro de 2025, tendo superado o aeroporto de Faro. No total, em janeiro, o aeroporto do Funchal movimentou 330 mil passageiros, uma subida de 9,3%. Olhando para o panorama nacional, continuou a verificar-se um máximo histórico no valor mensal, “tendo-se registado o desembarque médio diário de 65,6 mil passageiros em janeiro de 2025, valor superior ao registado em janeiro de 2024 (61,4 mil)”, conclui o gabinete de estatística. França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado um aumento de crescimentos no número de passageiros desembarcados e embarcados face a janeiro de 2024 de 6,5% e 1,9%, respetivamente. Espanha e Reino Unido ocuparam o segundo e terceiro lugar como principais países de origem. Pelo contrário, em janeiro de 2025, registou-se um ligeiro decréscimo de 0,5% no movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais. O aeroporto de Lisboa representou 76,9% do total, atingindo 14,0 mil toneladas (+0,6% face a janeiro de 2024), enquanto no conjunto dos restantes aeroportos, o movimento de carga e correio diminuiu 4%.

Parlamento aprova alargamento de apoio a todos os professores deslocados
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Parlamento aprova alargamento de apoio a todos os professores deslocados

O diploma, que resulta de uma proposta do BE, foi aprovado com o apoio do Chega, PAN, PS, Livre e PCP, a abstenção da Iniciativa Liberal e votos contra do PSD e CDS-PP. Em setembro, o Governo criou um apoio extraordinário à deslocação para professores colocados a mais de 70 quilómetros de casa, cujo valor varia entre 150 e 450 euros mensais, conforme a distância. No entanto, o apoio destina-se apenas a docentes colocados em escolas consideradas carenciadas, ou seja, onde houve alunos sem aulas durante, pelo menos, 60 dias consecutivos nos últimos dois anos letivos. A proposta do BE altera o decreto-lei do Governo, alargando o apoio a todos os professores deslocados, mesmo àqueles que não estão colocados em escolas carenciadas. Durante a discussão em sede de especialidade, que decorreu durante a sessão plenária por requerimento do BE, a deputada bloquista Joana Mortágua defendeu que a alteração responde a uma “expectativa legítima” dos professores deslocados para pôr fim ao que descreveu como uma injustiça. “Sabemos que se estes professores não se deslocassem, todas as escolas seriam carenciadas. É um paradoxo, uma injustiça”, classificou. Também o PS, PCP, Livre e Chega consideram que as regras definidas pelo executivo são injustas, enquanto Carolina Marques, do PSD, recordou as negociações que estavam em curso para a revisão do estatuto da carreira docente, acusando o BE de desrespeito, e Paulo Núncio, do CDS-PP, descreveu a iniciativa do Bloco como o “pináculo da hipocrisia”.

BE critica Governo por preterir ligação ferroviária de alta velocidade Aveiro-Salamanca
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BE critica Governo por preterir ligação ferroviária de alta velocidade Aveiro-Salamanca

"Na reunião do Conselho de Ministros de segunda-feira, na véspera da discussão da moção de confiança, o Governo pediu estudos para ligações ferroviárias de alta velocidade a Espanha, dando prioridade a duas ligações: Porto-Vila Real-Bragança e outra no Algarve. Já a ligação Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca aparece preterida", refere um comunicado do BE. Os bloquistas lamentam que o Governo liderado por Luís Montenegro tenha tido como uma das suas últimas iniciativas "abandonar novamente a região de Aveiro, afetando drasticamente as populações e a economia da região". "Esta é, em poucos dias, a segunda decisão danosa do Governo PSD para com os interesses da região de Aveiro, depois de também abandonar a expansão do Hospital de Aveiro", refere a mesma nota. O Bloco promete ainda continuar a lutar pela construção desta linha ferroviária de Aveiro a Espanha, que permitirá dar centralidade a Aveiro, dinamizar o respetivo porto e descarbonizar a mobilidade. O Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com estudos para vários investimentos ferroviários, incluindo na linha do Vouga, linha do Oeste e reforço de ligações a Espanha, segundo um comunicado divulgado na terça-feira. Estes estudos são anunciados depois de o Governo ter aprovado, na segunda-feira, em Conselho de Ministros, o Plano Ferroviário Nacional. De acordo com a nota do Ministério das Infraestruturas e Habitação, o executivo deu conta de que mandatou a Infraestruturas de Portugal “para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão" relativamente a vários investimentos neste domínio. Estes projetos passam pela “modernização e eletrificação a Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade”, e pela “avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura”. Será ainda estudado o “reforço das ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva”. Além disso, a resolução do Conselho de Ministros aprovada na segunda-feira “confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade atualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid), bem como da rede ferroviária convencional”.

Cinemas perderam em fevereiro quase 300 mil espectadores face a janeiro
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Cinemas perderam em fevereiro quase 300 mil espectadores face a janeiro

As estatísticas mensais do ICA, de consumo de cinema no circuito comercial, indicam que nos 28 dias de fevereiro, a exibição de filmes contou com 781.809 espectadores, o que representou 4,9 milhões de euros de receita bruta de bilheteira. Comparando com os 31 dias de janeiro, estes valores representam uma quebra de 1,9 milhões de euros e 296.246 entradas. Na comparação de fevereiro passado com o mês homólogo de 2024, os valores também são de perda, de 8,7% de audiência e 4,1% de receita de bilheteira. A soma dos dados de exibição de janeiro e fevereiro deste ano, no entanto, superam os do período homólogo de 2024, com acréscimos de 1,3 milhões de euros de receita (para um total de 11,8 milhões de euros) e de 123 mil bilhetes emitidos (para um total de 1.859.864 espectadores). Dos filmes estreados e exibidos em janeiro e fevereiro, o mais visto foi “Ainda estou aqui”, do realizador brasileiro Walter Salles, que conquistou 293.267 espectadores e 1,8 milhões de euros de bilheteira. Neste período, o filme que valeu a Fernanda Torres um Globo de Ouro e foi premiado com um Óscar de Melhor Filme Internacional superou “Mufasa: O Rei Leão”, de Barry Jenkins, e “Sonic 3: O filme”, de Jeff Fowler, tanto em audiência como em receita. “Banzo”, da realizadora Margarida Cardoso, foi o filme português mais visto este ano nos cinemas, com 2.264 espectadores e 12.326 euros de receita. Do total de 1,8 milhões de entradas registadas em janeiro e fevereiro, cada sessão de cinema contou, em média, com 22 espectadores. Em fevereiro, o circuito de exibição comercial de cinema contava com 512 salas, das quais 218 (42,6%) são exploradas pela NOS Lusomundo Cinemas e 58 (11,3%) pertencem à exibidora Cineplace.

Moção de confiança chumbada: Governo cai e eleições antecipadas nas mãos do Presidente da República
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Moção de confiança chumbada: Governo cai e eleições antecipadas nas mãos do Presidente da República

O Governo foi esta terça-feira derrubado na Assembleia da República, depois da moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro ter sido chumbada pela maioria dos deputados presentes. A decisão passa agora para as mãos do Presidente da República, que terá de decidir entre a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas ou, em alternativa, a tentativa de viabilizar um novo Governo: uma missão extremamente difícil no atual quadro parlamentar. Desta forma, o Presidente da República deverá avançar para eleições antecipadas, apontadas para 11 ou 18 de maio deste ano.

OPINIÃO

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages
Opinião

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages

Os números não mentem: em 2023 foram pedidas por entidades portuguesas 329 patentes junto do European Patent Office. Ainda abaixo de uma patente por dia, mas será este um objetivo adequado? Num recente episódio do ainda novo podcast do Expresso “Liga dos Inovadores”, o antigo ministro da Economia, António Costa e Silva, divulgou que tinha o sonho de que o país fosse capaz de “registar” uma patente por dia. Temos vindo a percorrer um caminho lento e sustentado, mas será este um sonho ajustado à nossa realidade e capacidade? Existem diversos fatores que podem impactar o número de pedidos de patente que cada país soma anualmente. O Sistema Nacional de Inovação tem a sua influência neste número e o investimento em I&D, individualmente considerado, é um desses fatores. Tendo em conta que no ano de 2021 Portugal investiu 3,57 mil milhões de euros em I&D, qual é que seria um número de patentes equiparável à média europeia? Quanto investiram em I&D e quantas patentes pediram nestes anos os nossos “parceiros” europeus? (Dados Pordata vs EPO) • Alemanha – 110 mil M€ em I&D | 24.966 patentes (227 por mil M€) • França – 65 mil M€ em I&D | 10.814 patentes (166 por mil M€) • Suécia – 18,4 mil M€ em I&D | 5.139 patentes (279 por mil M€) • Países Baixos – 18 mil M€ em I&D | 7.033 patentes (391 por mil M€) • Dinamarca – 9,5 mil M€ em I&D | 2.596 patentes (273 por mil M€) • Finlândia – 7,5 mil M€ em I&D | 2.336 patentes (311 por mil M€) • Portugal – 3,57 mil M€ em I&D | 329 patentes (92 por mil M€) O indicador anterior aponta uma clara dificuldade da economia portuguesa traduzir em patentes a I&D realizada. Essa dificuldade pode efetivamente estar relacionada com o perfil da nossa estrutura produtiva, à qual ainda se reconhece uma baixa ou moderada intensidade tecnológica. Por outro lado, importa salientar que nem sempre as patentes são a solução que permite maximizar a vantagem competitiva. Há diversos modelos cujo alinhamento com o sistema de patentes não é o mais linear, como por exemplo os modelos de ciclo de inovação rápido onde a inovação evolui rapidamente, modelos suportados em segredo industrial ou estratégias de open innovation. Certo é que a estratégia de PI definida para uma dada tecnologia/produto vai influenciar diretamente a sua competitividade e o retorno do investimento efetuado, pelo que é necessário desde logo prudência. As patentes continuam a ser, inegavelmente, o melhor instrumento para proteção de tecnologias disruptivas sendo, por isso, extraordinários indicadores de potencial tecnológico. Do ponto de vista do mercado e da competitividade internacional, conferem direitos de exclusividade (monopólio) para além do seu valor económico próprio, transferível e transacionável. Os Países Baixos, a Finlândia, a Suécia e a Dinamarca demonstram que é possível ter altas taxas de pedidos de patente por investimento em I&D. Esse investimento é desde logo a chave (média ~3% PIB), juntamente com uma clara perceção da rentabilidade associada à proteção, quer nas empresas quer nas políticas públicas, um setor económico de alta especialização e intensidade tecnológica, mas também com uma forte estratégia de internacionalização. Como podemos então aproximar-nos desta trajetória? Será através de políticas que reforcem o perfil de especialização e a intensidade tecnológica, que incentivem a colaboração entre setores estratégicos, que promovam a transformação de conhecimento em inovação real e que maximizem o impacto do investimento, como por exemplo: • Vincular incentivos à inovação ou internacionalização a indicadores de proteção de propriedade intelectual; • Maximizar o benefício fiscal em incentivos como o SIFIDE, através de critérios associados à conversão e proteção dos resultados dos projetos de I&D; • Facilitar o acesso ao patent box para promover retornos através de licenciamentos de patentes; • Ampliar o apoio direto à proteção da propriedade intelectual, designadamente junto de startups e PME’s inovadoras; • Promover auditorias de PI junto de PME’s para guiar as empresas na identificação de oportunidades de proteção e capitalização da sua inovação. Portugal tem feito vindo a fazer um caminho relevante, demonstrando talento e capacidade de inovação. O desafio está em acelerar a transformação desse potencial em competitividade global. E ambicionar um pouco mais, apontando às 2 patentes por dia.

"O dia “D”, de democracia", opinião de Miguel Pedro Araújo
Opinião

"O dia “D”, de democracia", opinião de Miguel Pedro Araújo

A dinâmica da democracia tem esta nobre essência: devolver ao povo a legítima e soberana de escolherem o destino do país. As crises políticas fazem parte da vivência democrática de um Estado de Direito. Neste contexto, não são os cidadãos que têm ou devem ter medo de exercer o seu direito político e o seu dever cívico. O uso da narrativa do “ninguém quer eleições” é falaciosa e demagoga. Esta apropriação da vontade coletiva é abusiva e inconsistente. Quem sempre pareceu ter receio de um processo eleitoral, paradoxalmente, foi o Governo e o PSD (que foram quem colocou o cenário para ponderação da Assembleia da República) ou aqueles que se deparam com o risco factual e real de perderem o seu lugar parlamentar ou governativo. O país não parará por três meses, as empresas não deixarão de produzir, os serviços, de uma forma, eventualmente, mais lenta, não deixarão de prosseguir as suas funções. O mundo não mudará o seu ciclo (neste momento, infelizmente, de pernas para o ar) por causa das eleições em Portugal. Basta recordar que a Alemanha, em plena crise geopolítica global, ainda há pouco mais de duas semanas teve um processo eleitoral (também fruto de uma crise política interna), sem qualquer tipo de constrangimento. Não haverá paralisia funcional do país só porque há eleições… Pode, de facto, haver alguns atrasos, que podem impactar, por exemplo, com o PRR ou outras temáticas deliberativas (por exemplo, a revisão do RJIES… embora, neste caso, até possa ser uma boa notícia). Portanto, o país vai para eleições porque a democracia assim o determina, a ética política assim o exige, a transparência a isso o obriga. Aqui chegados, temos que ser claros. Os únicos responsáveis pela crise política e pela queda do Governo são Luís Montenegro e o PSD. Acho que não vale a pena trazer para aqui a “fita do tempo” sobre o que trouxe o estado de alma da política nacional até ao dia de hoje: o primeiro-ministro teve todas as oportunidades, primeiro de forma proativa, depois por pressão da oposição para esclarecer e limpar todo o contexto que poderia levantar e levantou suspeitas do não cumprimento da exclusividade a que está obrigada a sua função; para clarificar dúvidas sobre transparência e imparcialidade; sobre eventual e alegado incumprimento fiscal e ético. Não é inócuo o que a Entidade da Transparência já afirmou, o que alguns constitucionalistas já proferiram ou a ação que a Procuradoria-geral da República já está a desenvolver (após denúncia) e que, há pouco mais de um ano, foi motivo semelhante para a “emissão de um parágrafo palaciano”. Ora, a apresentação, por parte do Governo, da moção de confiança que foi chumbada foi, para além de um enorme tiro no pé, querer condicionar a democracia e querer limitar a Assembleia da República. Não vale a pena o esforço inglório do PSD querer sacudir a água do capote, passar a terceiros a responsabilidade que só a eles lhe cabe. O cenário era por demais conhecido, pelo menos há um ano. Face ao quadro parlamentar vigente, qualquer moção de confiança era, à partida, um processo morto à nascença. O Partido Socialista sempre o deixou bem claro: não passariam moções de censura, como nunca viabilizaria uma moção de confiança. O que se assistiu hoje [ontem], na Assembleia da República, foi um mau exercício da nobre função política e uma afronta à democracia. Usar um mecanismo parlamentar para esconder as responsabilidades de transparência e de ética (pelo menos) do primeiro-ministro, revertendo a temática em causa e em debate (a moção) em subterfúgios políticos (querendo discutir o que não estava em discussão: a Comissão Parlamentar de Inquérito; ainda por cima invertendo todas as regras, competências, funcionamentos e procedimentos regimentais e legais), criando, com isso, uma crise política e a queda do Governo, é um ato político que cabe, única e exclusivamente, ao Governo. Toda a oposição (com a exceção demonstrada pela IL e pelo CDS) foi apenas coerente com as suas posições. Aliás, o PSD e o Governo usarem o PS como bandeira da irresponsabilidade é um deplorável ato de baixa política e de desespero partidário. O PS, até à data, por exemplo, viabilizando o Orçamento do Estado, deu todas as condições para o Governo e o PSD governarem. Num momento de fragilidade política, o primeiro-ministro preferiu criar uma crise política e escamotear as suas responsabilidades, e, claramente, autodemitiu-se, a si e ao seu Governo. Mais do que o povo ter medo de eleições (que não tem), o que o povo receia, mesmo, é a deterioração da democracia e do Estado de Direito, e o que o povo não quer, garantidamente, é voltar a assistir ao ignóbil circo que hoje se assistiu na Assembleia da República, como joguinhos estratégicos, com manobras e truques que só tinham como objetivo condicionar a democracia e enganar os portugueses. Posto isto, o futuro estará, democraticamente, nas mãos dos portugueses. Não vale a pena estarmos a tecer cenários, mesmo com o que as últimas sondagens revelam. No dia 11 ou 18 de maio logo saberemos a superior decisão democrática dos portugueses e o povo sempre soube - e sempre saberá escolher - livre e legitimamente. Mas voltemos aos impactos das eleições no país. Há, apesar do que acima referi, uma influência direta das eleições: até maio, infelizmente, as eleições autárquicas serão secundarizadas e relegadas para um plano, mediático e partidário, inferior. Com outro contexto: os resultados eleitorais (independentemente do cenário que daí surgir) terão impacto nas narrativas e propagandas no decurso da campanha autárquica e, possivelmente, em alguns resultados locais. No caso de Aveiro, confirmadas as candidaturas já anunciadas pela Comissão Política Distrital, nomeadamente a do PSD Aveiro, não é expetável que, a poucos meses do processo eleitoral de setembro/outubro deste ano, haja alterações, porque se afigurariam processos debilitados. No entanto, face ao que foi o processo de escolha do candidato do PSD Aveiro, face aos impactos que teve na estrutura concelhia local, face ao que foram já as recentes declarações públicas do ex-presidente da Mesa da Assembleia/Plenário de Militantes do PSD Aveiro [Ribau Esteves], uma derrota do PSD, a nível nacional, fragilizará, ainda mais, a candidatura de Luís Souto à presidência da Câmara Municipal de Aveiro. É importante não esquecer que esta candidatura foi uma opção polémica de Luís Montenegro e da Comissão política Nacional do PSD. Esse resultado terá um impacto direto na aposta, não consensual e destabilizadora, do PSD à presidência da autarquia aveirense, mais, até, do que uma vitória do PS no desenrolar da campanha de Alberto Souto. A verdade é que, seja qual for o contexto, o processo e os resultados, será sempre a democracia a funcionar e a vontade do povo, legitimamente, a ditar os destinos do país e dos municípios. Sem medos…

"Novo RJIES: Uma luz ao fundo do túnel que perdeu a incandescência na reta final", Joana Regadas
Opinião

"Novo RJIES: Uma luz ao fundo do túnel que perdeu a incandescência na reta final", Joana Regadas

A 19 de dezembro surgiu, com 11 anos de atraso, uma luz ao fundo do túnel que prometia ser um momento de viragem no processo de revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES). A tão aguardada proposta de revisão via a luz do dia e apresentava alterações fundamentais ao documentado apresentado pela primeira vez em 2007, com três grandes frentes de ataque: autonomia das Instituições de Ensino Superior (IES), processo de eleição do reitor/presidente e clarificação do sistema binário [universidade vs politécnico]. A proposta apresentada mostrava coragem, principalmente na alteração do modelo de voto da eleição do reitor, que deixava de ser uma decisão exclusiva do Conselho Geral (no caso da Universidade de Aveiro feita por 19 membros), mas antes de toda a comunidade. Além disso, as mudanças não se ficavam exclusivamente pelo modelo de voto, verificavam-se também nas percentagens atribuídas à comunidade: docentes e investigadores passavam a ter no mínimo 30% dos votos, estudantes com, no mínimo, 25%, pessoal não docente e não investigador com pelo menos 10%, e a outra grande alteração - antigos alunos com, pelo menos, 25%. O rumo desta revisão parecia de facto promissor, com muitas questões ainda por resolver garantidamente, mas verificava-se finalmente uma vontade em devolver às IES a sua autonomia, em valorizar toda a comunidade e reconhecer a voz dos estudantes. No entanto, na segunda proposta tornada pública no passado dia 6 de fevereiro, a luz promissora de dezembro perdeu a sua incandescência, e surge a grande questão: o que mudou em menos de dois meses para que fosse reduzido o peso da voz dos alunos e antigos alunos e fosse alocado na sua totalidade aos docentes e investigadores, que passam a ter um peso de pelo menos 50% na eleição do reitor? Esta perda de força na reta final surge por pressões dos representantes dos setores? Deixamos de considerar relevante transmitir uma mensagem de futuro a esta geração? O que mudou? Por outro lado, se algumas mudanças na segunda proposta tornada pública suscitam questões sobre a grande diferença com a proposta original, é importante reconhecer que uma das preocupações apresentadas pela AAUAv - o mandato único de 6 anos do reitor/presidente - foi reconsiderada e na segunda proposta mantém-se o cenário atual de um mandato de 4 anos renovável uma vez. Este passo atrás vai permitir que estudantes que completem dois ciclos de estudo nas IES tenham oportunidade de, pelo menos uma vez, darem um contributo para a eleição do reitor/presidente, algo que não acontecia na proposta original, para além de permitir um escrutínio do trabalho desenvolvido nos primeiros 4 anos. Outra das grandes preocupações que a primeira proposta apresentada tentava também atenuar era a endogamia, sendo a proposta original a proibição de contratação nos três anos subsequentes à finalização do grau de doutor por parte da instituição que lhe conferiu o grau. Esta medida suscitou novamente alguma apreensão dado que limitava as IES, podendo inclusive ser prejudicial. Este receio apresentado pela AAUAv e partilhado por todo o movimento estudantil foi ouvido e na nova proposta, apesar de ainda serem necessários ajustes, já é estabelecido um índice máximo de endogamia para as IES, e apenas nesses casos é que não poderá haver contratação. Ainda assim, surge a questão de até que ponto esta medida não retira autonomia às IES, que investiram ao longo dos últimos anos nestes estudantes e não podem ao final deste tempo usufruir do grande investimento que foi feito. Por fim, apesar da proposta já ter sido aprovada em Conselho de Ministros são necessários diversos esclarecimentos, nomeadamente relativamente à participação dos antigos alunos na eleição do reitor/presidente. O afastamento de 5 anos até poderem para participar na eleição promove o distanciamento necessário para a construção de uma visão externa e crítica, próxima da realidade da comunidade, no entanto é necessário garantir que quando são chamados, os antigos alunos que se proponham a votar não sejam apenas aqueles que ficaram nas imediações das IES, limitando assim a visão externa que se pretende trazer com os antigos alunos. É ainda necessário esclarecer como é que os antigos alunos irão exercer o seu direito de voto, de forma eletrónica, por correspondência? Como se pode garantir que temos uma eleição ambiciosa e participada? Ficará apenas ao encargo dos candidatos a reitor/presidentes, ou será competência das IES trabalhar numa aproximação contínua e comunicação atempada? Surge uma outra questão final relativamente ao cruzamento dos cadernos eleitorais, dado que muitos antigos alunos são docentes ou pessoal não docente da própria instituição, nesse caso qual dos títulos prevalece e como garantimos que não a sua voz não é duplicada? Esta longa caminhada vê finalmente a reta final, resta saber se a proposta aprovada em Conselho de Ministros será aprovada em Assembleia da República e se ainda há possibilidade de recuperar a incandescência no último passo, ou se vivenciámos um fugaz momento de coragem.

"Portagens da A25 – A Oportunidade Perdida", opinião de João Manuel Oliveira
Opinião

"Portagens da A25 – A Oportunidade Perdida", opinião de João Manuel Oliveira

Corria o final do ano de 2024. Em todo o país, anunciava-se que às primeiras badaladas, as portagens num conjunto de autoestradas tinham acabado, devido ao esforço do PS, como lembrou Pedro Nuno Santos no X [rede social]. No entanto, uma cidade capital de distrito ficava a saber que afinal há duas A25. Fica aqui a crónica de uma oportunidade perdida, de um engano, da permanência de uma injustiça. E não há partidos políticos ou deputados que fiquem bem nesta fotografia. Vamos a factos. O PS, que nos últimos oito anos nunca quis o fim das portagens – embora tenha feito descontos - entendeu, passado três meses, que afinal era fundamental para a coesão nacional que as autoestradas que ligam o Interior ao Litoral (ok, e a Autoestrada do Algarve e a A28, numa parte) deixassem de ser portajadas. A razão? “São eliminadas as taxas de portagem cobradas aos utilizadores nos lanços e sublanços das seguintes autoestradas do Interior correspondentes a antigas autoestradas em regime SCUT - Sem Custos para o Utilizadores ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”. Em Aveiro e na região, desde que foi “destruída” a IP5 – e surgiu a A25, que múltiplos políticos e a sociedade civil tentaram que o início da A25, entre a Barra e Albergaria, não tivesse pórticos. Apenas se conseguiu evitar um troço – aquele que ligava Aveiro às praias. Mas ficámos com a situação mais caótica: ter uma zona industrial que é obrigatório ultrapassar para não pagar num pórtico e ter duas onde camiões passam diariamente para poupar dois pórticos. Tudo isto porque a A25 é portajada em zonas de distribuição de tráfego e acesso a outras autoestradas. Lembro-me, com saudade, da vontade de um deputado municipal, o grande Raúl Martins, sugerir que o pórtico “do Estádio” deveria ser destruído, nem que fosse com uma motosserra… Nem com motosserra e muito menos com o PS. Por muito que Filipe Neto Brandão [deputado pelo PS na Assembleia da República e natural de Aveiro] votasse contra o seu partido ao longo de algumas tentativas, o PS e o PSD nunca alteraram a situação. Continuámos a ter o acesso ao Estádio e o acesso ao Porto de Aveiro portajado. Mas chegados a junho, ao PS juntou-se o Chega, o BE, o PCP, o Livre e o PAN. Com a abstenção da IL e o voto contra dos partidos do Governo, PSD e CDS, a Lei 37/2024 passou. E achávamos todos – alguns até ontem – que o assunto estava resolvido de vez. No entanto, tal não era verdade. Os deputados do PS proponentes da Lei, onde não está nenhum de Aveiro, escreveram explicitamente “A25 – Beiras Litoral e Alta”. Ora, esse troço/lanço é um concessionado respeitante apenas à parte desde Albergaria até Vilar Formoso. Já o troço Albergaria – Barra (e os seus três pórticos) fazem parte da concessão da Costa de Prata. E não estão contemplados. Com este monumental erro – espero que por ignorância e não por má-fé, Aveiro fica condenado, mais uma vez, a ter nas suas estradas municipais - e “onde não existem vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança” - os carros que evitam pagar portagens. É um erro monstruoso, que não ajuda ao investimento, ao fluxo de bens e pessoas, à segurança e à melhoria do próprio Porto de Aveiro. O PS não pode dizer que não sabia. No debate, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, lembrou explicitamente Pedro Nuno Santos ao dizer que com a proposta “não resolvia os acessos a Aveiro”. Os deputados do PSD e do CDS oriundos da região de Aveiro, mesmo defendendo o princípio do utilizador-pagador e mesmo estando no poder, deveriam ter sido audíveis a denunciar a situação. Em especial Ângela Almeida, a ainda presidente da Junta de Freguesia de Esgueira, território onde estão dois acessos e um pórtico. Mas ninguém fica livre da vergonha de não terem percebido o que estava implícito na Lei e andado a espalhar “fake news”. Fica assim demonstrada a inutilidade de deputados que de Aveiro só têm o círculo por onde foram eleitos – sim, estou a falar do CHEGA, e do lado do PS, gostava que tivessem olhado com mais atenção para uma lei que poderia ter sido fundamental para o nosso desenvolvimento como cidade e região – ou isso ou nunca tiveram força para conseguir e por isso nem pediram para assinar. Este artigo não é sobre o princípio do pagamento. É sobre como 230 deputados, na Assembleia da República, alguns dos quais conhecedores do território e outros de leis, decidiram manter e agravar a injustiça que temos no nosso território. Uma oportunidade perdida para os próximos anos. Em 2030 acaba a Concessão Costa de Prata e em 2031 a Concessão Beira Litoral e Alta. Será nessa altura?

A Evolução Imparável da Eletrónica: Miniaturização, Biologia e Humanidade
Opinião

A Evolução Imparável da Eletrónica: Miniaturização, Biologia e Humanidade

Uma viagem do chip ao grafeno, do IoT à bioeletrónica e o futuro da Humanidade Recordo-me da minha surpresa quando, ainda na universidade, me deparei com a Lei de Moore e a previsão de um crescimento exponencial no número de transístores nos chips. Na altura, questionei-me sobre os limites dessa miniaturização. Surpreendentemente, essa tendência continua desafiando as fronteiras da física e impulsionando avanços tecnológicos inimagináveis. No entanto, a complexidade e os custos crescentes do processo de fabrico em nano escala, juntamente com os desafios da mecânica quântica, dos limites da ética e da Humanidade, exigem novas abordagens e soluções inovadoras. A Lei de Moore, que previu a duplicação do número de transístores em chips a cada dois anos, tem sido um motor da inovação na eletrónica durante décadas. No entanto, esta miniaturização está a atingir os seus limites físicos. À medida que os componentes diminuem para a escala nanométrica, os efeitos quânticos, começam a interferir no funcionamento dos circuitos, exigindo novas técnicas de controlo e isolamento. Além disso, o processo de fabrico em nano escala torna-se cada vez mais complexo e dispendioso, impulsionando a investigação de novos materiais e métodos de produção. A litografia ultravioleta extrema (EUV) é um exemplo de tecnologia de ponta que permite a criação de padrões mais pequenos nos chips, mas o seu custo elevado é um obstáculo à sua adoção generalizada. A Internet das Coisas (IoT) é uma rede de dispositivos interconectados que comunicam entre si e com a internet, permitindo a recolha e troca de dados em tempo real. Para a IoT tornar-se uma realidade ubíqua, são necessários componentes eletrónicos cada vez menores, mais eficientes e com maior capacidade de processamento. A miniaturização permite a integração de sensores e dispositivos em qualquer objeto do nosso quotidiano, desde eletrodomésticos a vestuário, criando um ecossistema de dispositivos conectados e autónomos. No entanto, a IoT também apresenta desafios significativos em termos de segurança e privacidade, uma vez que a proliferação de dispositivos conectados aumenta o universo para ciberataques. A nanotecnologia permite a manipulação de materiais em escala atómica e molecular, abrindo um leque de possibilidades para a eletrónica. Nesta escala, os materiais exibem propriedades únicas que podem ser exploradas para criar dispositivos mais pequenos, mais rápidos e com menor consumo de energia. O grafeno, uma forma de carbono com uma estrutura bidimensional, tem despertado grande interesse devido às suas propriedades excepcionais, como a alta condutividade elétrica e a resistência mecânica. Os transístores à base de grafeno, por exemplo, são muito mais rápidos e eficientes do que os transístores de silício convencionais, abrindo caminho para uma nova geração de dispositivos eletrónicos. A somar a tudo isto, as telecomunicações também têm vindo a desempenhar um papel fundamental na era digital, ligando pessoas e dispositivos em todo o mundo. A procura por velocidades mais rápidas e com menor latência impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, como o 5G e o 6G. Estas tecnologias permitem a transmissão de grandes volumes de dados em tempo real, abrindo caminho para aplicações como a realidade virtual e aumentada, os hologramas e a Internet das Coisas industrial. Por fim, na indústria 4.0, a automação e a robótica estão a transformar os processos de produção, aumentando a eficiência e a produtividade. Robots autónomos e inteligentes trabalham lado a lado com humanos, realizando tarefas complexas e perigosas e chegando a lugares onde os humanos não chegam. A conectividade entre máquinas e sistemas tem vindo a permitir a otimização da produção e decisões praticamente em tempo real. A eletrónica flexível permite a criação de dispositivos que podem ser dobrados, torcidos e esticados, adaptando-se a diferentes formas e superfícies. Esta tecnologia tem aplicações em diversas áreas, como eletrodomésticos, vestuário e dispositivos médicos implantáveis. A bioeletrónica, por sua vez, combina a eletrónica com a biologia, permitindo a criação de dispositivos que interagem com o corpo humano. Sensores biométricos flexíveis podem ser integrados em tecidos e utilizados para monitorizar sinais vitais, como a frequência cardíaca e a temperatura corporal. A bioeletrónica tem o potencial de revolucionar a medicina, permitindo o diagnóstico e tratamento de doenças de forma mais precisa e personalizada. A interseção entre a biologia e a eletrónica está a dar origem a inovações extraordinárias. Dispositivos eletrónicos implantáveis permitem a monitorização contínua de parâmetros fisiológicos, fornecendo informações valiosas para o diagnóstico e tratamento de doenças. Próteses inteligentes controladas pelo cérebro estão a restaurar a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência. Interfaces cérebro-máquina permitem a comunicação direta entre o cérebro e dispositivos eletrónicos, abrindo caminho para o controlo de computadores e outros dispositivos com o pensamento. A inteligência artificial está a ser integrada em dispositivos médicos, permitindo a análise de dados e a tomada de decisão autónoma, o que pode melhorar a eficácia dos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes. A crescente procura por dispositivos eletrónicos levanta preocupações sobre o seu impacto ambiental. A produção de eletrónica requer grandes quantidades de energia e recursos naturais, e a destruição inadequada de dispositivos eletrónicos pode contaminar os solos e a água. Para enfrentar estes desafios, a indústria eletrónica está a investir em tecnologias mais eficientes e sustentáveis. A utilização de materiais reciclados e biodegradáveis, o desenvolvimento de processos de fabricação mais limpos e a concepção de dispositivos com maior durabilidade são algumas das estratégias adotadas. A eficiência energética também é uma prioridade, com o desenvolvimento de dispositivos que consomem menos energia e de tecnologias de recolha de energia ambiente, como a energia solar. De facto, constatamos que electrónica está em todo o lado - Electronics is Everywhere - e tem o potencial de melhorar a vida das pessoas de inúmeras maneiras, mas é essencial que seja utilizada de forma responsável e ética. A inteligência artificial, por exemplo, levanta questões sobre o seu impacto no emprego, na privacidade e na tomada de decisão. É importante garantir que a tecnologia seja desenvolvida e utilizada de forma a beneficiar a humanidade como um todo, promovendo a igualdade, a justiça e a sustentabilidade. A educação e o diálogo são fundamentais para que a sociedade esteja preparada para os desafios e oportunidades da era digital. A electrónica não é uma solução mágica para todos os problemas da humanidade, mas pode ser uma ferramenta poderosa para construir um futuro melhor.

"Oposição nas Assembleias de Freguesia: Missão e Serviço Público", opinião de Rosa Aparício
Opinião

"Oposição nas Assembleias de Freguesia: Missão e Serviço Público", opinião de Rosa Aparício

A ordem jurídica portuguesa é uma das poucas no mundo que, no plano das Autarquias Locais, adota um modelo em que o direito de oposição está consagrado na Constituição e é desenvolvido, também, por via de uma lei especificamente dedicada a esta matéria, a Lei n.º 24/98, de 26 de Maio. Esta foi uma lei que surgiu, por proposta do PS, num contexto de reforma e forte modernização das Autarquias Locais. Uma boa governação de freguesia produz melhores resultados quanto melhor for o desempenho da sua oposição, desempenho esse que deve ter como princípio basilar a representação dos eleitores, e sobretudo o sentido de serviço à comunidade através da sua proximidade no contacto direto com as exigências das pessoas Efetivamente, se não houver uma oposição firme, organizada e atenta, o desempenho das lideranças das Juntas de Freguesia, particularmente em mandatos onde a governação é suportada por uma maioria, tendem a ser menos eficientes e menos cumpridoras das suas competências e responsabilidades ao serviço da freguesia. Cabe à oposição, que, a nível das Freguesias, tem o seu papel centrado na presença nas Assembleias de Freguesia, exercer uma (o)posição critica, fiscalizadora e assertiva, através de eleitos locais bem preparados e informados, para poderem exercer a sua missão de modo adequado. Contudo, uma das grandes dificuldades sentidas pela oposição, a nível local, prende-se com a impotência para a realização de um trabalho com rigor. Efetivamente, a oposição nas freguesias é realizada por autarcas cuja dedicação à Freguesia é feita em acumulação com um horário de trabalho a tempo inteiro, numa outra atividade profissional. Estes autarcas que exercem a importante e exigente função de oposição fazem-no sem qualquer remuneração pelo seu trabalho autárquico. No entanto, o trabalho, a preocupação e o empenho são permanentes e o escrutínio da sua atividade é constante. O que não pode acontecer é a oposição, com maior ou menor número de membros, estar calada sem lutar pela melhoria da sua freguesia e daqueles que em si acreditaram e depositaram o seu voto, elegendo-o como seu representante nos destinos da freguesia. Se nada fizerem, tal revelará a sua debilidade, a sua falta de visão do que é a democracia local e os eleitores bem poderão perguntar se não merecem melhores representantes. Todavia, para que a oposição alcance um trabalho com maior e melhor desempenho é fundamental que os executivos das Juntas de Freguesia permitam esse mesmo desempenho, o que muitas vezes não acontece. De facto, se os executivos partilharem com a oposição os documentos a serem trabalhados, em contexto de Assembleia de Freguesia, não com o mínimo de tempo previsto nos regimentos (48h), como o fazem, mas sim com uma margem de tempo maior e mais justa, seguramente que a oposição terá outras ferramentas para dar um melhor contributo em prol da freguesia. E, se as sugestões de melhoria e as atividades propostas pela oposição, quer seja através dos contributos para as Grandes Opções do Plano, quer seja através das propostas apresentadas nas Assembleias de Freguesia, forem recebidas como uma mais valia para a freguesia e seus habitantes e não como matéria a desvalorizar, pelo simples facto de serem indicadas pela oposição, teremos melhores desempenhos políticos, melhores freguesias e melhor qualidade na vida da população a quem, por sufrágio, fomos eleitos para servir. Por fim, será importante ressalvar que o exercício da democracia não se esgota no trabalho dos autarcas, mas também pela participação dos cidadãos nas Assembleias de Freguesia. E, nos dias de hoje, os mecanismos colocados à disposição dos cidadãos permitem diversas formas do seu envolvimento nas decisões locais. Esta democracia participativa é uma forma muito objetiva de promoção da aproximação dos cidadãos aos políticos como forma de contrariar a tendência de afastamento dos cidadãos da política, quer pela indiferença, quer por um certo descredito em relação à política e até mesmo à democracia. Como é evidente, nas autarquias decide-se sobre a qualidade de vida do dia-a-dia da comunidade pelo que a participação das pessoas nessas opções contribui para decisões mais dialogadas e mais participadas. Esta é sem dúvida uma condição para o bom governo de uma comunidade mais esclarecida, mais comprometida e mais solidária. Em suma, ser oposição nas freguesias é uma missão de serviço público onde tem de imperar a responsabilidade, o compromisso, e sentido de missão.

"A (Re)Ação que fez Abril Avançar", opinião de Marcos Sousa
Opinião

"A (Re)Ação que fez Abril Avançar", opinião de Marcos Sousa

A ação, em boa hora levada a cabo pelos militares do Movimento das Forças Armadas (MFA) na madrugada de 25 de abril, prometeu aos portugueses, entre outras medidas, a restituição do respeito pelas liberdades individuais que outrora lhes tinha sido retirada pelo regime não democrático encabeçado por Salazar e, mais tarde, por Marcello Caetano. Contudo, desde abril de 1974 a novembro de 1975 o país atravessou um período de enorme conturbação social entre aqueles que apoiavam a revolução e, eventualmente, ambicionavam que esta fosse mais longe e entre os outros que não estavam satisfeitos com a forma como a revolução os tratou. No período anteriormente mencionado, foram efetuadas duas movimentações civis e militares de grande escala, sendo a primeira, a 28 de setembro de 1974, e já depois do I Governo Provisório (de tendência social-democrata), liderado por Palma Carlos ter caído e do mesmo ter sido substituído por Vasco Gonçalves, que liderou quatro governos provisórios de tendência mais comunista, o General Spínola, Presidente da República à época, e alguns setores mais conservadores da sociedade convocam aquela que ficaria conhecida como a manifestação da “maioria silenciosa”, que tinha como grandes objetivos, o reforço dos poderes presidenciais e, também, a contenção do Processo Revolucionário em Curso (PREC). A movimentação fracassou e o Presidente da República tentou reforçar o poder da junta de salvação nacional, porém a Comissão Coordenadora do MFA ordena-lhe que demita os três generais mais conservadores, o que levou, inevitavelmente, à sua resignação no dia 30 de setembro de 1974, sendo substituído por Costa Gomes. A segunda movimentação, desta feita, mais militarizada, surge a 11 de março de 1975, em que o General Spínola tenta retomar o poder de forma violenta, contudo, esta intenção também falhou e, como consequência, o povo galvanizou-se uma vez mais, nomeadamente contra as forças estrangeiras (nomeadamente a americana) que, julga-se, tenha estado em contacto com Spínola com o objetivo de o ajudar a recuperar o poder. Segue-se, como uma soma de acontecimentos marcantes, o Verão Quente, um período marcado por sucessivas ocupações de terra e nacionalizações de setores estratégicos por parte do governo. A radicalização de ambos os lados tornava-se cada vez mais notória e pode ser verificada pelos sucessivos ataques a sedes do Partido Comunista, ao assassinato do padre Max e de uma estudante, ambos simpatizantes da UDP (partido de esquerda), por parte de militantes do MDLP (partido de extrema-direita) e, por outro lado, os célebres mandatos em branco, atribuídos ao COPCON para prender e, se necessário, matar todos aqueles que não estavam alinhados com Vasco Gonçalves e com o MFA, sendo que, esse período de forte contestação levou ao pedido de demissão de Vasco Gonçalves. Portanto, chegando ao 25 de novembro de 1975, os setores mais à esquerda do MFA conduzem uma grande operação militar, sendo que não há evidências práticas de que tal se tratava de uma tentativa de golpe de estado, nem do envolvimento do PCP ou de Otelo Saraiva de Carvalho, que fora substituído por Vasco Lourenço no comando da Região Militar de Lisboa. Após a reunião que o substituiu no comando da Região Militar de Lisboa, Otelo desloca-se ao COPCON para dar conta do ocorrido e, Costa Martins, da Força Aérea declara que os paraquedistas não aceitariam tal decisão. A partir daí, Otelo fica incomunicável o resto do dia e com “o golpe na rua”, o Grupo dos Nove, que se formou após publicar um documento que visava clarificar as posições políticas e ideológica, opondo-se às perspectivas mais radicais que estavam a ganhar força na época, liderado por Melo Antunes vai até ao Belém, para poder auxiliar o presidente Costa Gomes a inverter uma situação militar que parecia descontrolada. A reação dos Moderados acabou por ser bem-sucedida, graças às intervenções de Jaime Neves e Ramalho Eanes que, tendo uma maior força civil e militar acabaram por dominar os revoltosos, através da mobilização de massas e de um plano bem definido, evitando dessa forma, uma situação que estava a caminhar para aquilo que muitos consideravam ser o início de uma guerra civil. Para finalizar, gostaria de deixar algumas notas de comentário, uma vez que acredito que a história desse dia tem sido alvo constante de um certo frenesim revisionista e de uma retórica política que convém aos partidos mais centristas e à direita, em prejuízo dos partidos mais à esquerda, nomeadamente do PCP. Não há qualquer evidência histórica palpável que possa comprovar que o partido esteve por trás desta operação, bem como não existe qualquer dado que possa indicar que Otelo tenha sido o responsável por tal mobilização, uma vez que, segundo a historiadora Raquel Varela, “os trabalhadores em apoio aos quartéis não tinham qualquer comando operacional, nem da esquerda afeta ao COPCON.” Em segundo lugar, gostaria de destacar as palavras de Melo Antunes que disse, durante uma transmissão televisiva, que o “PCP é indispensável para construir a democracia portuguesa”, indo, com essas declarações, contra a vontade do Partido Socialista e da direita que pediam a ilegalização do partido. E, por fim, gostaria de afirmar que, à luz das evidências apresentadas, o 25 e novembro foi a re[ação] que fez avançar abril, na promessa de uma democracia liberal, representativa, com eleições livres e com um sistema multipartidário livre. Também a restituição das liberdades, nomeadamente de expressão e de manifestação política, são fatores que devemos ao 25 de novembro de 1975, uma vez que foi a partir desse dia que a democracia como hoje a conhecemos se pôde desenvolver. Referências Bibliográficas: Varela, R. (2012). O Partido Comunista Português e a esquerda militar. Ler História, 63, 49–73.

ESTAGIÁRIO

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
Estagiário

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025

“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Estagiário

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro

Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou.  O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
Estagiário

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro

"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.

Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria
Estagiário

Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria

No restante campus, a realidade é bem mais glacial. Nos departamentos, estudantes, funcionários e docentes testam, involuntariamente, o conceito de "resiliência climática". Cobertores, luvas e até gorros de lã fazem agora parte do novo traje académico da Universidade de Aveiro. “Estamos a trabalhar na técnica do pinguim: encostadinhos uns aos outros para preservar o calor", revelou um estudante de Engenharia Mecânica, enquanto bufava nas mãos. Mas nem todos têm essa sorte. Em alguns departamentos, mesmo que ligassem o aquecimento o efeito seria mais simbólico do que prático, fruto do estado dos equipamentos. “Temos consciência disso, mas mesmo assim o calor na UA escapa mais rápido do que o nosso orçamento anual”, desabafou um funcionário da área da manutenção dos Serviços de Gestão Técnica. Os aquecedores, que não sentem uma revisão desde o tempo do Renato Araújo (primeiro reitor eleito da UA), são hoje peças de museu que só aquecem corações… de saudade. Quando questionada sobre a disparidade climática entre a Reitoria e o resto do campus, uma fonte anónima (que se identificou apenas como "Manuel Mãos Frias") disse: “É uma questão de prioridades. As decisões importantes para a universidade precisam de mentes quentes e corações confortáveis. Os estudantes? Esses que usem cachecol." Entretanto, os estudantes preparam um novo protesto, já batizado de "Marcha dos Pinguins", para exigir "calor para todos" e "mantas polares para cada departamento". “Se isto continuar assim, o meu próximo Erasmus vai ser no Polo Norte. Ao menos lá, sabemos ao que vamos”, afirmou uma estudante de Economia, enquanto tentava escrever com luvas de ski. Enquanto isso, o Estagiário da Ria recomenda: se for para a Reitoria, leve protetor solar. Nos departamentos? Gorros, cachecóis e, se possível, um saco de água quente.

Ribau Esteves avalia compra da SAD do Beira-Mar
Estagiário

Ribau Esteves avalia compra da SAD do Beira-Mar

“Se já consegui pôr Aveiro no mapa com a ria, os moliceiros e o monumento do Siza, imaginem o que posso fazer com um clube de futebol. Isto é uma oportunidade para internacionalizar a marca Ribau”, terá dito o presidente entre vários apertos de mão ao adeptos do Beira-Mar. Entre as ideias mais arrojadas está a escolha de Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal, para treinador principal. "É a oportunidade perfeita para ele ganhar notoriedade. Eu tenho-lhe dado mais palco, mas com uma época desastrosa no futebol é certo que o nome dele vai estar em todas as capas de jornal. O futebol é o palco ideal para ele aprender a lidar com pressão…”, afirmou Ribau Esteves. “E se falhar?”, perguntaram os jornalistas. “É só dizer que o árbitro estava comprado”, respondeu prontamente Ribau. Rogério, por sua vez, mostrou entusiasmo contido: "Eu adoro futebol… Embora seja mais de ver do que de jogar. Ainda recentemente meti-me em aventuras e fui parar ao bloco operatório”, brincou o provável futuro treinador principal que tem aparecido em público com muletas. Quem já reagiu a esta novidade foi a presidente da concelhia do PS-Aveiro. "Não há palavras para mais uma tentativa de Ribau Esteves secar tudo à sua volta. Mas bem, se ele conseguir manter o Beira-Mar nos nacionais, já é mais do que aquilo que fez na Câmara", ironizou Paula Urbano Antunes. Nuno Quintaneiro, atual presidente do clube, tem resistido ao tradicional “braço longo” de Ribau e insiste em gerir o clube com independência. “Nós queremos um Beira-Mar sustentável, não um palco político”, declarou recentemente. Contudo, segundo rumores, essa postura mais firme pode ter acelerado os planos de Ribau tomar as rédeas da SAD. "O Quintaneiro está sempre a falar de sustentabilidade financeira, mas o que é isso comparado com um plano de expansão mediática? O Beira-Mar precisa de mediatismo e eu sou o único que pode garantir isso", terá dito Ribau numa reunião privada. Enquanto Ribau sonha com o Beira-Mar a brilhar nos palcos internacionais, os aveirenses esperam para ver se este novo projeto será um golaço ou mais um remate ao lado. A única certeza? Com Ribau no jogo, o espetáculo está garantido – com ou sem eucaliptos no relvado.

Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus
Estagiário

Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus

O reitor da Universidade de Aveiro surpreendeu a comunidade académica ao declarar, sem apresentar qualquer dado concreto, que o aumento da insegurança no campus está ligado ao crescente número de estudantes internacionais. “Nunca tivemos tantos estudantes internacionais. Coincidência? Não acredito em coincidências”, afirmou, com ar sério, enquanto segurava um relatório... em branco. “Não há razões para alarme. Os vigilantes estão a ser treinados para identificarem ‘comportamentos suspeitos’, como por exemplo estudantes que falem idiomas que não sejam português”, afirmou José Russo Ferreira, responsável pela segurança no campus, que ignorou o facto do seu próprio apelido causar insegurança no campus. A comunidade internacional não demorou a reagir. “Cheguei aqui há três meses e a única coisa que aumentei foi a venda de pastéis de nata no CUA. Insegurança? Só sinto quando tenho exames de Cálculo”, comentou uma estudante vinda da Polónia. Esta medida já foi muito elogiada pelo diretor do Departamento de Física da UA que terá agora os seus meios reforçados para percorrer todas as salas do seu departamento à procura de estudantes que estejam a utilizar as salas de estudo para jogar League of Legends. Já Wilson Carmo, presidente da Associação Académica, rapidamente reagiu à declaração do reitor, classificando-a como “criativa, mas desinformada”. “Queremos dados concretos ou, pelo menos, uma explicação plausível para a correlação entre o aumento de insegurança e os estudantes internacionais. Não vamos aceitar que o barulho de um estudante espanhol a pedir uma caña seja considerado ‘ameaça ao bem-estar do campus’.” Entretanto Manuel Assunção, antigo reitor da UA, veio a público afirmar que a compra já estava prevista nos mandatos anteriores, com um sorriso que parecia ensaiado em frente ao espelho. A Ria sabe que os atrasos no processo de compra das trotinetes foram atribuídos à burocracia habitual da contratação pública, com piadas de bastidores a sugerirem que os vigilantes receberão as trotinetes na mesma altura em que terminarem as filas nos almoços da cantina – ou seja, nunca.

Ribau Esteves ordena abate de árvore de Natal de Aveiro
Estagiário

Ribau Esteves ordena abate de árvore de Natal de Aveiro

A árvore, feita inteiramente de ferro e luzes LED, foi classificada como "um insulto à paisagem urbana" pelo próprio presidente. "Não importa que seja metálica. Árvore é árvore e árvore, em Aveiro, tem um destino: a motosserra!", declarou. A decisão foi tão desoladora que Rosinha, curadora do Herbário do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, teve de ser internada de urgência no hospital. Médicos confirmaram tratar-se de uma "síncope botânica", provocada por stress arborístico extremo. Já Pedro Pires da Rosa, ou simplesmente PPR para os seus fãs, mostrou-se dividido. Morador ao lado da estrutura, celebrou o regresso da sua vista panorâmica para a ria, mas lamentou a perda de um dos seus melhores temas para as redes sociais. "Agora vou ter de voltar a tirar fotos a rotundas e, francamente, aquilo não me dá tanto engajamento", desabafou. Fontes próximas da Câmara Municipal garantem que o ferro da árvore será reciclado para aumentar o monumento evocativo da muralha da cidade, pois Ribau considera que “ainda não é suficientemente grande para esconder a Sé de Aveiro”. Já a secção local do PSD sugeriu outra aplicação: "Que tal uma escultura representando as dívidas deixadas pelos socialistas? Assim fazemos algo artístico e educativo", declarou Simão Santana com brilho nos olhos. A Ria já tentou contactar a presidente da concelhia do PS-Aveiro, mas Paula Urbano Antunes pediu mais uns dias para responder a estas acusações, pois os serviços de consultoria de Alberto Souto de Miranda estão suspensos para preparação do seu novo livro. Ribau, por sua vez, já confirmou presença no evento de lançamento do livro. “É uma homenagem ao meu antecessor e à sua capacidade única de transformar a realidade em ficção literária”, declarou com um sorriso irónico. “Espero que o livro venda bem, porque alguém tem de ajudar a pagar as dívidas antigas.” A plateia riu, mas ninguém conseguiu perceber se era ironia, nostalgia ou apenas o espírito natalício em Aveiro.

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Ria-Check: Constituição do SC Beira-Mar como sociedade desportiva
Ria-Check

Ria-Check: Constituição do SC Beira-Mar como sociedade desportiva

"Para o SC Beira-Mar participar nas competições profissionais de futebol tem que se constituir, obrigatoriamente, como uma sociedade desportiva." A afirmação é: VERDADEIRA. Com este momento muito importante na vida do clube, acende-se novamente o debate sobre a relevância da criação de uma sociedade desportiva, muitas vezes levando à desinformação dos sócios, simpatizantes ou simples cidadãos. Ora, segundo a Lei n.º 39/2023, de 4 de agosto, que estabelece o novo regime jurídico das sociedades desportivas, “a participação em competições profissionais de modalidades coletivas é reservada a sociedades desportivas”. A par disso, segundo o artigo 9.º do Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, “os clubes participantes na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro devem constituir-se, nos termos da lei, sob a forma de sociedade desportiva”. Deste modo, se o SC Beira-Mar atingir competições como a segunda e primeira liga de futebol – que são ambições conhecidas dos órgãos sociais do clube, bem como dos seus sócios e adeptos – terá que obrigatoriamente estar constituído como sociedade desportiva. Recorde-se, neste ponto, que as imposições legais em vigor no que diz respeito à constituição de sociedades desportivas sofreram alterações durante o ano de 2023, precisamente para evitar situações como aquelas que ocorreram no passado com o SC Beira-Mar. No momento da aprovação do novo regime jurídico das sociedades desportivas, o Governo deu nota que que “cerca de 20% das sociedades anónimas desportivas” constituídas até então foram ou estavam “a caminho da extinção, insolvência ou dissolução”. Para evitar que estes cenários se repitam foram várias as alterações introduzidas nesse sentido, destacando-se as seguintes: os investidores passam a ter de demonstrar capacidade económica para fazer o investimento; os detentores de participações sociais e os órgãos de administração não podem ter sido condenados em processos-crime por uma série de crimes; o administrador nomeado pelo clube tem direito a participar em todas as reuniões da sociedade desportiva (uma coisa que até então não estava clara); a introdução de uma figura de um observador (sem direito de voto) nomeado pelos sócios; a impossibilidade de participação em competições a todas as sociedades desportivas que violem de forma grave e continuada os acordos parassociais que celebraram com o clube; ou ainda o facto relevante de que, se a sociedade desportiva não tiver a situação tributária regularizada, isso não irá prejudicar o direito do clube desportivo obter apoio desportivo para outras modalidades.

Ria lança projeto de fact-check e dedica estreia à polémica das portagens de Aveiro na A25
Ria-Check

Ria lança projeto de fact-check e dedica estreia à polémica das portagens de Aveiro na A25

A afirmação é falsa. “O próprio PSD e o CDS votaram contra porque viram logo na proposta inicial que ela não era justa, porque não contemplava este três pórticos”, afirmou ontem Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e vogal da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro, em declarações à SIC, depois de criticar Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, pela não inclusão da concessão da Costa de Prata da A25 (que liga a Barra a Albergaria-a-Velha e inclui três pórticos com portagens durante o seu troço) na proposta para a abolição das portagens em várias autoestradas do país. Na ata da reunião plenária da Assembleia da República, datada de 2 de maio de 2024, onde se procedeu à discussão do Projeto de Lei n.º 72/XVI do Partido Socialista, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, os deputados do PSD Hugo Soares e Cristóvão Norte afirmam que o seu partido defende “um sistema integrado que respeite o princípio do utilizador-pagador” e uma “redução gradual” das portagens. Na mesma ata não é referido, em nenhum momento, que PSD/CDS iriam votar contra a proposta do PS por esta não incluir os pórticos de Aveiro. Recorde-se que, tal como noticiou a Resnascença, Hugo Soares, líder da bancada do PSD, durante uma reunião do seu grupo parlamentar, invocou “disciplina de voto” a todos os deputados do seu partido, argumentado que “o PSD nunca defendeu a eliminação imediata das portagens e que o projeto de lei da AD que irá a votos no debate prevê a redução de 50% e que a abolição significa uma despesa na ordem dos 200 milhões de euros”. A afirmação é verdadeira. A atual deputada do PSD à Assembleia da República que é ainda presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e vice-presidente da Comissão Política da Secção do PSD-Aveiro é uma das autoras do Projeto de Resolução nº 61/XVI/1ª com o título “Pela redução gradual e financeiramente responsável de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas”, datado de 26 de abril de 2024. Neste Projeto de Resolução, os grupos parlamentares do PSD e CDS-PP recomendam ao Governo “uma redução de portagens ambiciosa”, “com respeito pela sustentabilidade das finanças públicas” e que não coloque “em causa os princípios do utilizador-pagador e poluidor-pagador (...) contemplando as vias A22, A23, A24, A25, A28, A4, A13”. A afirmação é verdadeira. No Projeto de Lei n.º 72/XVI, com o título “Elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, datado de 22 de abril de 2024, o Partido Socialista (PS) apenas colocou na proposta a abolição das portagens no troço da A25 – Beiras Litoral e Alta que liga Albergaria-a-Velha a Vilar Formoso. Durante a discussão na reunião plenária da Assembleia da República, como se pode ler na ata, o líder da bancada do PSD, Hugo Soares, aproveitou para atacar diretamente Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, por este ser deputado pelo círculo de Aveiro e se ter esquecido de colocar os acessos a Aveiro no projeto de lei do PS para abolição das portagens.

18 MAR 2025

UA vai ter novo Laboratório de Inovação e Experimentação Alimentar
Universidade

UA vai ter novo Laboratório de Inovação e Experimentação Alimentar

Com o objetivo de divulgar o novo curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, o DQ vai inaugurar, na próxima quinta-feira, dia 27, um laboratório de inovação e experimentação alimentar. A inauguração, aberta às empresas da fileira alimentar, pretende também ser uma mostra das competências dos investigadores e professores da Universidade de Aveiro na área e vai reunir vários especialistas do setor numa mesa-redonda sobre a importância da Inovação na área alimentar, com foco nos desafios atuais e oportunidades na perspetiva de diferentes players nacionais. O evento decorrerá pelas 17h30 no DQ e a mesa-redonda trará Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, Marlos Silva, diretor do R&D e Inovação da SONAE, Natacha Fontes, Gestora I&D|R&D da Sogrape e Ana Tasso Rosa, ex-estudante de licenciatura e mestrado do DQ e atual R&DI diretora da Casa Mendes e Gonçalves à UA. As inscrições para assistir à sessão já se encontram abertas. O evento pretende ainda divulgar o curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, um curso que pretende proporcionar “uma formação avançada, especializada e modular, em que cada estudante cria o seu percurso formativo, dirigido a quadros superiores de empresas ou entidades públicas e privadas”, lê-se em nota enviada às redações. O curso foi construído “tendo em consideração as necessidades atuais de formação continua e integrada nas diversas áreas da fileira alimentar, com especial foco na sustentabilidade e inovação, e numa Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), em que os estudantes adquirem conhecimentos e competências teóricas e práticas ao trabalhar nos seus próprios projetos, que podem trazer do seu mundo real de trabalho”, indica a mesma nota.  O laboratório de inovação e experimentação alimentar e o novo curso de especialização foram financiados por verbas dos investimentos Incentivo Adultos e Impulso Jovens STEAM do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR).

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby
Universidade

AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby

Por ocasião da investidura do novo Núcleo, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, partilhou a “satisfação por ver nascer este Núcleo, ancorado numa enorme vontade da coordenação em congregar os antigos alunos. Tendo como mote a prática do rugby, uma modalidade em expansão no panorama nacional” razão pela qual desejou “um bom trabalho” à coordenação designada, a quem agradeceu a “disponibilidade e o voluntarismo para este desafio”. O Núcleo é coordenado por Ivan Portela, ex-jogador de rugby da Universidade de Aveiro (UA). Paulo Fontes, antigo presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e ex-jogador de rugby, foi designado responsável financeiro e Daniel Rainho, antigo coordenador do Núcleo de Rugby da AAUAv, é o vogal do novo núcleo. Ivan Portela partilhou que a ideia de criar o Núcleo Alumni de Rugby surgiu pela competição da modalidade “ter-se iniciado na nossa academia, precisamente, há 40 anos”. “No entanto, a missão do Núcleo não passa unicamente por relembrar o passado, que é importante, mas principalmente para estimular a prática da modalidade entre os Alumni, estimular os jovens alunos que neste ano letivo 2024/2025 voltaram a praticar a modalidade no Campus da UA e estimular toda a academia a experimentar a prática da modalidade”, acrescentou Ivan. O coordenador do novo núcleo considera ainda que o estímulo para a prática da modalidade se faz “sobretudo na passagem de um legado, da partilha de vivências e de histórias do Rugby Universidade de Aveiro, no ensinamento dos valores do desporto e do rugby e também pela partilha de conhecimento técnico da modalidade, na prática desportiva entre os antigos alunos e novos alunos”. A coordenação do Núcleo pretende realizar anualmente um evento da modalidade, onde haverá um conjunto de jogos de rugby, touch rugby e ‘walking rugby’, uma nova vertente da modalidade. A iniciativa pretende ainda fomentar o convívio entre todos os participantes, “na conhecida terceira parte do rugby”, referem. Além de Pedro Oliveira, presidente da Direção da AAAUA, estiveram presentes na sessão de tomada de posse do novo Núcleo Rui Semião, secretário e Manuela Nunes e Margarida Ferreira, vogais da associação.

Ílhavo lança concurso para criação de escultura de homenagem aos cardadores em Vale de Ílhavo
Região

Ílhavo lança concurso para criação de escultura de homenagem aos cardadores em Vale de Ílhavo

A criação desta peça de arte visa celebrar e eternizar esta figura identitária do Carnaval de Vale de Ílhavo, que tem levado o nome do município além-fronteiras, pelas suas características e rituais tão peculiares. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o concurso de ideias é realizado em anonimato e é aberto a pessoas singulares ou coletivas, obedecendo a seis critérios de avaliação: “qualidade da proposta; coerência e adequação à paisagem urbana; grau de conexão com a temática dos Cardadores e a valorização da identidade comunitária; viabilidade económica, sustentabilidade, viabilidade técnica/exequibilidade, perenidade e custos de manutenção; inovação, criatividade, originalidade conceptual, clareza visual e estética; custo e prazo de execução”. A obra será implantada junto à sede da 'Associação Os Cardadores de Vale de Ílhavo'. “O valor máximo que o Município de Ílhavo se dispõe a pagar pelo procedimento por ajuste direto para execução e implementação da escultura é de 40.650 euros, acrescidos de IVA”, avança a nota. O primeiro classificado receberá um prémio no valor de 5000 euros e o segundo classificado, 2500 euros. Aos autores dos restantes trabalhos, que se distingam pela sua singularidade, poderão ser atribuídas menções honrosas, de natureza não pecuniária. Reserva-se ao júri o direito de não atribuir qualquer prémio caso considere que a qualidade dos trabalhos não o justifique. Os interessados em concorrer deverão consultar as peças do procedimento na Plataforma Eletrónica acinGov. As propostas devem ser apresentadas até ao dia 9 de abril, na Câmara Municipal de Ílhavo, pessoalmente ou via postal. O júri do concurso é constituído por João Campolargo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo; Gonçalo Gomes, representante do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro; Paulo Lousinha, vencedor da 1.ª Edição do Prémio Municipal de Arquitetura – António Sarrico; José Miguel Estrela, engenheiro civil em representação da Ordem dos Engenheiros e da Delegação Distrital de Aveiro; e João Pinho, presidente de direção de “Os Cardadores de Vale de Ílhavo - Associação Cultural e Recreativa”. Posteriormente, o Município de Ílhavo vai promover uma exposição com os projetos admitidos a concurso, em data e local a definir, onde serão, também, atribuídos os prémios. De origem perdida no tempo, os Cardadores são um grupo secreto exclusivamente masculino, que sai à rua no Carnaval, envergando uma máscara imponente, feita de cotim, pele de carneiro, cortiça, bigodes de vaca ou de boi, duas asas e fitas coloridas – tudo isto perfumado com “Tabu”. Além da máscara, usam roupa interior de mulher – uma combinação – um lenço de tricana, meias até ao joelho e um cinto com sinos. Utilizam cardas – objetos tradicionalmente utilizado para a tecelagem de lã – para “cardar as raparigas”, entre saltos, corridas e urros.

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real
Universidade

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real

A ZLT Aveiro é criada através de uma portaria conjunta da ministra da Administração Interna, do ministro da Educação, Ciência e Inovação, do ministro das Infraestruturas e Habitação e do secretário de Estado da Economia. A ZLT agora criada pretende ser “um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta”. Liderada pela Universidade de Aveiro, a ZLT visa “impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço”. A ZLT Aveiro permitirá testar novas tecnologias de comunicação em ambiente real, “incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos”. “O objetivo é criar um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias”, refere o respetivo regulamento. A Universidade de Aveiro será a entidade gestora da ZLT, responsável pela sua operação e manutenção. “A Zona Livre Tecnológica pretende atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades”, adianta. A sua delimitação “abrangerá diversos ambientes, incluindo áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais”. “A criação da ZLT Aveiro faz parte da estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação”, justifica a portaria. De acordo com a portaria, que entra em vigor na quarta-feira, os setores de atividade privilegiados para a realização de testes incluem, mas não só, cidades e portos inteligentes, aeronáutica e espaço, mobilidade e transportes, incluindo a ferrovia, outros setores como a indústria, turismo, saúde, ambiente e energia, agricultura e pescas e administração pública e do território. "Os promotores de testes são as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, independentemente da sua natureza jurídica, que requeiram a realização de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores de base tecnológica, alinhadas com a missão da ZLT - Aveiro (...), com potencial de viabilidade técnica, económica ou comercial, ou interesse para prossecução de objetivos de interesse geral ou para enriquecimento do conhecimento técnico ou científico", lê-se ainda no documento.

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages
Opinião

"Inovação em Portugal: Podemos Alcançar uma Patente por Dia?", opinião de Pedro Lages

Os números não mentem: em 2023 foram pedidas por entidades portuguesas 329 patentes junto do European Patent Office. Ainda abaixo de uma patente por dia, mas será este um objetivo adequado? Num recente episódio do ainda novo podcast do Expresso “Liga dos Inovadores”, o antigo ministro da Economia, António Costa e Silva, divulgou que tinha o sonho de que o país fosse capaz de “registar” uma patente por dia. Temos vindo a percorrer um caminho lento e sustentado, mas será este um sonho ajustado à nossa realidade e capacidade? Existem diversos fatores que podem impactar o número de pedidos de patente que cada país soma anualmente. O Sistema Nacional de Inovação tem a sua influência neste número e o investimento em I&D, individualmente considerado, é um desses fatores. Tendo em conta que no ano de 2021 Portugal investiu 3,57 mil milhões de euros em I&D, qual é que seria um número de patentes equiparável à média europeia? Quanto investiram em I&D e quantas patentes pediram nestes anos os nossos “parceiros” europeus? (Dados Pordata vs EPO) • Alemanha – 110 mil M€ em I&D | 24.966 patentes (227 por mil M€) • França – 65 mil M€ em I&D | 10.814 patentes (166 por mil M€) • Suécia – 18,4 mil M€ em I&D | 5.139 patentes (279 por mil M€) • Países Baixos – 18 mil M€ em I&D | 7.033 patentes (391 por mil M€) • Dinamarca – 9,5 mil M€ em I&D | 2.596 patentes (273 por mil M€) • Finlândia – 7,5 mil M€ em I&D | 2.336 patentes (311 por mil M€) • Portugal – 3,57 mil M€ em I&D | 329 patentes (92 por mil M€) O indicador anterior aponta uma clara dificuldade da economia portuguesa traduzir em patentes a I&D realizada. Essa dificuldade pode efetivamente estar relacionada com o perfil da nossa estrutura produtiva, à qual ainda se reconhece uma baixa ou moderada intensidade tecnológica. Por outro lado, importa salientar que nem sempre as patentes são a solução que permite maximizar a vantagem competitiva. Há diversos modelos cujo alinhamento com o sistema de patentes não é o mais linear, como por exemplo os modelos de ciclo de inovação rápido onde a inovação evolui rapidamente, modelos suportados em segredo industrial ou estratégias de open innovation. Certo é que a estratégia de PI definida para uma dada tecnologia/produto vai influenciar diretamente a sua competitividade e o retorno do investimento efetuado, pelo que é necessário desde logo prudência. As patentes continuam a ser, inegavelmente, o melhor instrumento para proteção de tecnologias disruptivas sendo, por isso, extraordinários indicadores de potencial tecnológico. Do ponto de vista do mercado e da competitividade internacional, conferem direitos de exclusividade (monopólio) para além do seu valor económico próprio, transferível e transacionável. Os Países Baixos, a Finlândia, a Suécia e a Dinamarca demonstram que é possível ter altas taxas de pedidos de patente por investimento em I&D. Esse investimento é desde logo a chave (média ~3% PIB), juntamente com uma clara perceção da rentabilidade associada à proteção, quer nas empresas quer nas políticas públicas, um setor económico de alta especialização e intensidade tecnológica, mas também com uma forte estratégia de internacionalização. Como podemos então aproximar-nos desta trajetória? Será através de políticas que reforcem o perfil de especialização e a intensidade tecnológica, que incentivem a colaboração entre setores estratégicos, que promovam a transformação de conhecimento em inovação real e que maximizem o impacto do investimento, como por exemplo: • Vincular incentivos à inovação ou internacionalização a indicadores de proteção de propriedade intelectual; • Maximizar o benefício fiscal em incentivos como o SIFIDE, através de critérios associados à conversão e proteção dos resultados dos projetos de I&D; • Facilitar o acesso ao patent box para promover retornos através de licenciamentos de patentes; • Ampliar o apoio direto à proteção da propriedade intelectual, designadamente junto de startups e PME’s inovadoras; • Promover auditorias de PI junto de PME’s para guiar as empresas na identificação de oportunidades de proteção e capitalização da sua inovação. Portugal tem feito vindo a fazer um caminho relevante, demonstrando talento e capacidade de inovação. O desafio está em acelerar a transformação desse potencial em competitividade global. E ambicionar um pouco mais, apontando às 2 patentes por dia.

17 MAR 2025

Autárquicas: PS Aveiro discute este sábado “Educação, Inteligência Artificial e Ética”
Cidade

Autárquicas: PS Aveiro discute este sábado “Educação, Inteligência Artificial e Ética”

“A Inteligência Artificial oferece claramente um grande potencial na Educação, mas precisa de uma análise de impacto aprofundada e pode suscitar considerações éticas. Este encontro pretende destacar as competências emergentes e os termos ou técnicas essenciais a desenvolver no domínio da Educação, identificando considerações e requisitos éticos”, realça uma nota de imprensa da concelhia do PS Aveiro. Vânia Carlos, professora auxiliar e membro da Comissão Executiva do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e Rui L. Aguiar, professor Catedrático na Universidade de Aveiro, responsável pela área de Redes e Sistemas, serão os palestrantes convidados desta sessão. O evento, aberto à participação de todos os aveirenses, tem como “objetivo a partilha de pontos de vista, dados e experiências que poderão contribuir para uma melhor utilização da Inteligência Artificial nas políticas de Educação”.

Aveiro entre os distritos com maior taxa média de novos diagnósticos de infeção por VIH
Cidade

Aveiro entre os distritos com maior taxa média de novos diagnósticos de infeção por VIH

De acordo com o mesmo estudo, à frente do distrito de Aveiro surge apenas a Área Metropolitana de Lisboa com “16.1 casos por 100 mil habitantes” e a região do Algarve com “10.2 casos por 100 mil habitantes”, sendo que a taxa média nacional determinada para este período [2019 a 2023] foi de “9,4 casos por 100 mil habitantes”. Entre os centros de deteção do VIH [Vírus da Imunodeficiência Humana que causa a SIDA], em Aveiro, no ativo, está o “CAD-Aveiro” localizado no Centro de Saúde. Atualmente, o rastreio é feito através de um teste rápido de quarta geração. Confrontada com estes números, na região de Aveiro, Rosário Fontes, psicóloga do CAD, assegurou que Aveiro “sempre” teve dados “elevados” relativamente a outros distritos, pelo que a média apresentada não lhe causou estranheza. Questionada sobre quem são estes novos casos, Rosário explicou que da “amostra” do CAD acaba por ser a “população portuguesa”, prevalecendo os “heterossexuais” e os “homens”. [Estes homens] “foram classificados como heterossexuais o que não invalida que também estejam naquele grupo de homens que têm sexo com outros homens (…) Em termos de sexo, os homens sempre tiveram mais prevalência de infeções mesmo por VIH… Agora está a crescer dentro dos homens os (…) que embora se identifiquem como héteros por alguma razão têm sexo com outros homens”, assinalou. No que toca às idades destes novos casos, a psicóloga realçou que, na sua opinião, há uma prevalência na camada jovem, tal como se verifica a nível nacional, “até aos 30 e tal anos”. “Não só na área do VIH, mas também noutras doenças de saúde pública (…) Estatisticamente, está a haver uma grande afluência de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)”, explicou. Apesar do relatório fazer distinção do número de novos casos por diferentes regiões, no caso de Aveiro, Rosário alertou à Ria que nem sempre estes números significam que são, efetivamente, da população de Aveiro. “Tínhamos muitos casos [fora daqui] em que vinham fazer o teste, precisamente, ao CAD para manterem o anonimato. [Por exemplo], provavelmente, nós aqui a nível da faixa etária dos jovens temos a Universidade…. Podem residir aqui, pontualmente”, opinou. Relativamente às razões que podem explicar este número elevado de novos diagnósticos de infeção por VIH, em Aveiro, a psicóloga defendeu que já há uma “banalização” deste vírus. “Já é crónico… Não há cura, mas tem tratamento. Há uma banalização e quase uma levidade na abordagem deste tema”, exprimiu. “O que eu noto, às vezes, é aqui nesta população e nos jovens também, nomeadamente, da Universidade de Aveiro…. Têm comportamentos de risco. Antigamente, quando os tinham havia mais preocupação em ir fazer logo o teste…”, relembrou. Apesar desta “banalização”, Rosário Fontes recordou que a infeção por VIH tem consequências no “sistema imunitário” ainda que as mesmas tenham vindo a “diminuir” face ao despiste [do VIH] cada vez mais “precoce”. “A evolução dos casos para SIDA também tem diminuído”, reforçou. Em jeito de desabafo, a psicóloga garantiu ainda à Ria que estes novos casos de infeção em jovens não acontecem por falta de informação, mas sim pelas “práticas sexuais de atualmente (…) mais desprotegidas”. “É mesmo por esta banalização… É quase como assumidamente, não é por esquecimento, têm estas práticas desprotegidas”, frisou.