RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Prometida, construída, degradada: a história da pista de atletismo de Aveiro

Corria o ano de 1996 quando foi assinado um contrato-programa entre o então Instituto do Desporto (ID), a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a Universidade de Aveiro (UA) que previa a construção de uma pista de atletismo, com um custo de referência de 230 mil contos, o equivalente hoje a cerca de 1.150.000,00€. O projeto avançou, a pista foi construída, mas quase 30 anos depois encontra-se em elevado estado de degradação e a precisar de obras urgentes de requalificação. A Ria ouviu vários intervenientes e conta-lhe toda a história.

Prometida, construída, degradada: a história da pista de atletismo de Aveiro
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
23 abr 2025, 16:22

O contrato-programa, celebrado entre as três referidas entidades, publicado a 26 de novembro de 1996 em Diário da República, tinha como objetivo terminar com “a inexistência de equipamentos desta natureza no distrito de Aveiro”, salientando “a relevância do equipamento em causa no contexto do desenvolvimento da modalidade, quer ao nível formativo, quer ao de uma prática desportiva de rendimento”. No documento a que a Ria teve acesso, lê-se que o ID ficaria responsável pela comparticipação de 15% do valor total do investimento e a CMA por 80% - destes, 75% foram adquiridos através do Programa Operacional da Região Centro (PROCEN-TRO/Subprograma B) e 5% através do orçamento próprio da Câmara Municipal. Os restantes 5% seriam disponibilizados pela Universidade de Aveiro, que ficaria ainda com a responsabilidade de suportar os custos relativos à aquisição do terreno para a futura pista de atletismo, no valor de 339.182,57€.

Segundo o contrato então estabelecido, em 1996, a obra ficaria a cargo da Câmara Municipal, mas com o “controlo técnico, acompanhamento e fiscalização” a serem feitos por uma comissão técnica que incluía também elementos da Universidade de Aveiro. Já a manutenção da futura pista de atletismo seria responsabilidade conjunta entre CMA e UA, com os termos e condições a serem definidos, posteriormente, por via de um regulamento. No contrato, surge ainda referência à Associação de Atletismo de Aveiro (AAA), mas exclusivamente como entidade utilizadora do equipamento.

O equipamento desportivo foi então inaugurado no ano de 1998 “com a realização do Olímpico Jovem Nacional”, aponta a UA. Relativamente aos custos com a manutenção, esses foram só mais à frente protocolados entre a CMA e a UA, como previsto no contrato-programa inicial.

No novo documento, datado de outubro de 2002, mas “com efeitos reportados a 1 de agosto de 2001”, a autarquia aveirense comprometia-se a “participar nas despesas inerentes à manutenção, limpeza e conservação do espaço interior e exterior da pista, nomeadamente da relva, piso sintético, arranjos exteriores e acessos, através da transferência para a segunda outorgante [leia-se, Universidade de Aveiro] da importância de 25 mil euros. Esta importância será atualizada anualmente em função da taxa de inflação verificada no ano em causa”, lê-se no documento a que a Ria teve acesso. Como contrapartidas, a UA ficaria responsável pela “manutenção” e por “disponibilizar um trabalhador” para “acompanhamento aos eventos desportivos previstos”, garantindo ainda “a segurança e o controlo de acesso ao espaço”.

A UA, já na posse do apoio anual concedido pela CMA, assinou um novo protocolo de cooperação, desta vez com a Associação de Atletismo de Aveiro, que previa a cedência gratuita de utilização da pista de atletismo para todos os “clubes, os atletas e treinadores inscritos na AAA”, lê-se no documento assinado pela então reitora, Helena Nazaré, e pelo então presidente da AAA, João Ruela.

Foi assim que avançou a parceria que envolvia as três entidades... Mas em 2007 tudo viria a alterar-se: aquele que parecia um projeto de sucesso acabaria por cair, durante o primeiro mandato de Élio Maia à frente da autarquia aveirense. Segundo a Universidade, o compromisso referente à manutenção do equipamento “foi denunciado pela CMA em 12 de março de 2007”. Desde então, a Câmara Municipal deixou de comparticipar na manutenção da pista e não mais se falou do assunto.

De 2008 a 2024, tendo como referência a taxa de inflação disponível no site da Pordata, a CMA teria contribuído com um total de 548.996,67€, caso o protocolo não tivesse sido denunciado. Sem o apoio da autarquia, a UA garante em nota enviada à Ria que “tem feito esforços no sentido de encontrar financiamento para a reabilitação da pista”. O valor estimado para a requalificação da infraestrutura ascende, segundo a instituição de ensino superior, “a meio milhão de euros” - precisamente o valor que a UA deveria ter recebido da autarquia se o protocolo se mantivesse ativo.

Ribau Esteves afirma que a Câmara Municipal já manifestou “disponibilidade para ser parte de uma solução de investimento”, mas assume que “nunca” pretendeu retomar o protocolo de manutenção

Em declarações à Ria, José Ribau Esteves, presidente da CMA, começa por recordar que o Município de Aveiro foi apenas “um ator que fez parte da nascença [da pista de atletismo], fez parte do processo de lobbying e de investimento para que a infraestrutura existisse, mas (...) nunca fez parte da sua gestão”. Sobre o protocolo de manutenção do equipamento desportivo, celebrado em 2002 e denunciado em 2007 pela CMA, Ribau Esteves reconhece que não foi sua opção retomá-lo desde que é presidente da autarquia aveirense. “Eu não tentei retomar nunca, porque entendi que a gestão do processo, à data da minha chegada, em outubro de 2013, já não tinha a Câmara nem como utilizadora, nem como co-gestora”, afirmou.

Contudo, a Ria sabe que em 2013, tal como até 2020, o equipamento desportivo continuou a ser cedido gratuitamente pela universidade para utilização dos atletas dos clubes da cidade e da região de Aveiro, mesmo com o corte do apoio concedido pela CMA.

Apesar de reconhecer que nunca tentou retomar o protocolo de manutenção do equipamento com a UA, José Ribau Esteves garantiu à Ria que está disponível para participar numa solução de requalificação da pista. O edil aveirense recorda que manifestou “com o reitor Manuel Assunção (…) e já depois com o reitor Paulo Jorge Ferreira (…) disponibilidade da Câmara para ser parte de uma solução de investimento, portanto um novo investimento”, reconhecendo que “a pista tem necessidades de requalificação”. A contrapartida apontada pelo autarca é “a disponibilização parcial da infraestrutura para os cidadãos” - algo que já acontece.

Ribau Esteves adianta ainda que a disponibilidade demonstrada pela autarquia “não teve desenvolvimento”. “A universidade teve outras prioridades, seguiu outro caminho, como sabemos, da construção de infraestruturas, e, portanto, é este o histórico que interessa relevar e a atitude que eu coloquei nesse processo perante a universidade, no âmbito de uma infraestrutura de que, repito com clareza, a Câmara não é gestora, nunca foi”, frisa o autarca.

Universidade desmente Ribau Esteves e relembra que a continuidade do protocolo com a CMA “poderia ter evitado a situação atual”

Na nota enviada à Ria, a Universidade de Aveiro começa por recordar que a “pista de atletismo continua a ser o único equipamento desta natureza na cidade” e que, por isso, “faria sentido que o protocolo [com a CMA] pudesse ser restabelecido”. Para além disso, a instituição afirma que “seria razoável manter a contribuição da autarquia na manutenção, limpeza e conservação” da pista, tendo em conta que o equipamento continua a “servir a cidade”. Como prova disso, para além da utilização do equipamento desportivo por parte dos atletas dos clubes da cidade e da região, a universidade dá nota que “ainda no dia 19 de fevereiro de 2025 se realizou [na pista] o MegaSprint que reuniu cerca de 150 alunos do Agrupamento de Escolas de Aveiro” e que a infraestrutura desportiva também tem sido “utilizada pelo triatlo do Galitos, para testes da GNR, assim como pelo público em geral”.

Confrontada pelas declarações do atual presidente da CMA sobre ter manifestado, “ao reitor Manuel Assunção” e “já depois ao reitor Paulo Jorge Ferreira”, a “disponibilidade da Câmara para ser parte de uma solução de investimento”, a universidade desmente as palavras de Ribau Esteves. “A questão da reabilitação da pista de atletismo nunca nos foi colocada pelo Município, nem integrou qualquer agenda de trabalho entre as duas entidades, no mandato presente ou no anterior”, esclarece a instituição em nota enviada à Ria.

Sobre a existência de “outras prioridades”, a Universidade de Aveiro reconhece que o investimento na nova nave multiusos ‘Caixa UA’, inaugurada em maio de 2024, teve como objetivo “responder a necessidades internas, que incluíam a promoção da atividade física e desportiva, mas também as vertentes académica e cultural”. A instituição recorda ainda que “em termos desportivos, as necessidades da comunidade académica abrangem um vasto leque de modalidades, atividades e utilizadores” e que para “dar resposta a essas exigências, alargando significativamente o número de atividades, horários e praticantes abrangidos” avançou para a construção de uma nave multiusos “através de mecenato com a CGD”.

Para o futuro e “colmatadas estas carências”, a universidade assume que será “possível dirigir a atenção noutras direções”, registando “com agrado a disponibilidade recentemente manifestada pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Aveiro relativamente à reabilitação deste equipamento”. “Reconhecendo a relevância da pista para a cidade e para a região, a UA estará disponível para, em conjunto com outros parceiros, encontrar soluções que permitam a sua requalificação, assegurando condições para a prática desportiva por parte da comunidade académica e da população em geral”, diz por último a universidade.

“Os atletas do SC Beira-Mar estão a treinar por baixo das bancadas do Estádio Municipal de Aveiro”, diz o presidente da Associação de Atletismo de Aveiro

Questionado sobre a realidade do atletismo no Município de Aveiro, Ribau Esteves dá nota que em Aveiro “não temos um clube desportivo dedicado ao atletismo e, portanto, para nós não havia necessidade que muitas vezes temos das infraestruturas (...) para que as nossas associações possam desenvolver trabalho”. Confrontado sobre a existência da Associação de Atletismo de Aveiro (AAA), sediada no concelho, o presidente da Câmara Municipal recorda que esta é uma associação “distrital e que não tem nenhum clube associado nosso, porque nós não temos clubes de atletismo, temos um ou outro clube que tem pequeninas secções de atletismo”.

Por sua vez, Mário Cordeiro, presidente da AAA, dá outra visão dos factos e afirma que a associação que lidera tem atualmente como associados três clubes com sede no concelho de Aveiro. Todos “somam um total de 68 atletas filiados”. O SC Beira-Mar, com “40 atletas”, o Centro Atlético Póvoa Pacense (CENAP) com “16 atletas” e o Grupo Desportivo Assempark com “12 atletas”, descreve.

Mário esclarece ainda que “há vários atletas residentes no Município de Aveiro que estão filiados noutros clubes do distrito”, dando o exemplo do GRECAS - Associação Desportiva e Cultural de Santo António de Vagos que tem “entre 15 e 20 atletas que residem, na realidade, em Aveiro”. Como consequência do estado de degradação da pista de atletismo e da falta de apoios para a modalidade, o presidente da Associação de Atletismo de Aveiro afirma inclusive que “os atletas do SC Beira-Mar estão a treinar por baixo das bancadas do Estádio Municipal de Aveiro” e que “treinam algumas vezes por semana na pista de Vagos”, com transporte assegurado “pelos próprios pais”. Atualmente, segundo Mário Cordeiro, “Vagos tem a única pista do distrito de Aveiro com condições para receber provas oficiais”.

Mário Cordeiro lamenta ainda a opção da Universidade de Aveiro de em 2020 ter começado a cobrar a utilização da pista por parte dos atletas. Segundo o atual presidente da AAA, foi assinado em 2020 um novo protocolo de cooperação entre a UA e a AAA que revogou o protocolo anterior “já com muitos anos” e que “disponibilizava gratuitamente acesso à pista de atletismo”. Segundo Mário, para esta mudança de política, a UA alegou, à data, “necessidade de angariar receitas para cobrir gastos com manutenção da pista”. Apesar disso, a reabilitação continuou sem avançar e “há cerca de um ano” a pista passou a estar novamente disponível de forma gratuita para acesso aos atletas e ao público em geral.

Correr atualmente na pista de atletismo “é quase como correr em paralelo molhado”, diz o estudante-atleta da UA, Francisco Júlio

Se no Município de Aveiro há um total de “68 atletas filiados”, na Universidade de Aveiro a realidade dá-nos um número bastante inferior. Segundo os dados da FADU – Federação Académica do Desporto Universitário, participaram no Campeonato Nacional de Atletismo – Pista Ar Livre 15 estudantes-atletas em 2021/2022 e 2022/2023 e 11 estudantes-atletas na última época desportiva. A universidade dá nota dos mesmos números, mas acredita que na edição deste ano irá “aumentar o número de participantes”.

Francisco Júlio é de Trancoso, distrito da Guarda, e entrou no curso de Bioquímica na Universidade de Aveiro. O ano passado, o primeiro em que participou nos CNU a representar a academia aveirense, conquistou a prata nas estafetas 4x100m. Este ano, conseguiu o sétimo lugar nos 800m e o quinto lugar de estafetas 4x100m. “Para aquilo que estava à espera até foi bom”, afirma.

O meio-fundista, que compete esta época pela primeira vez em sub-23, admite mesmo que os seus principais objetivos são “ajudar” a sua equipa “a manter-se na primeira divisão nacional” e “bater os meus recordes pessoais nos 800m”. “Nós já temos muitas competições por ano, o Campeonato Nacional Universitário às vezes só acrescenta mais fadiga e cansaço, mas nós acabamos por ir porque a universidade dá incentivos, então não temos razões nenhumas para não ir”, aponta Francisco.

O bichinho do atletismo começou a ser alimentado por meio dos irmãos. “A forma como eu entrei para o atletismo foi um bocado diferente das restantes pessoas, porque eu venho de um meio muito pequeno e não tinha muitas oportunidades de sair”, conta Francisco Júlio. O atleta entrou para o desporto escolar no quinto ano de escolaridade e a partir daí não mais parou de correr. “A corrida é um vício e só sabe quem experimenta”, relata.

Chovia no dia em que o meio fundista falou com a Ria e o treino que fez na pista da Universidade de Aveiro somou cerca de 12km às suas sapatilhas. Foi todo feito na pista de fora - a mais longa das oito - porque a interior estava inundada com as águas da chuva.

Ainda assim, o estudante-atleta sublinha que “o principal problema é a aderência ao piso” que, por estar “tão desgastado, é quase como correr em paralelo molhado”. “É muito escorregadio e quando vamos a ritmos muito intensos, escorrega muito e é perigoso”, sublinha Francisco Júlio. “Na época mais intensa de treinos, com ritmos mais fortes, eu não treino aqui, eu em janeiro e fevereiro não pisei esta pista praticamente”, denuncia.

Os treinos da altura mais intensa da preparação para a competição foram todos feitos na pista de atletismo de Vagos. “Estudo na UA e vivo ali no Bairro de Santiago e depois tenho que arranjar boleia para ir a Vagos treinar nessa altura, porque aqui é impossível”, repara. “As sapatilhas de atletismo clássicas de pista têm uma espécie de pitons por baixo que é para agarrar a pista - por isso é que corremos em tartan na pista - aqui é impossível usá-las porque o piso é tão duro que eu sentia os bicos a espetarem no pé, em vez de espetarem no tartan”, exemplifica Francisco Júlio.

Também Margarida Figueiredo e Diogo Oliveira, atuais campeões universitários, confirmam a falta de condições já desvendadas por Francisco. Contrariamente ao que aconteceu com Francisco, a Ria não conseguiu acompanhar os seus treinos – porque para eles a pista acaba mesmo por ser inutilizável.

Diogo Oliveira é campeão nacional em triplo salto e, sem surpresa, campeão nacional universitário. Frequenta o curso de Engenharia Eletrónica na Universidade de Aveiro, mas treina em Arada - Ovar numa pista que, admite, também não tem “muito boas condições, mas são melhores que as de cá”.

Apesar disso, afirma que “se nós tivéssemos aqui uma pista boa” era “muito mais tranquilo” para os estudantes-atletas não terem de enfrentar uma hora de viagem, em transportes, para treinarem diariamente. Diogo sublinha ainda que “havendo boas condições no equipamento desportivo” também tornaria possível a realização de provas, o que atrairia “mais material da federação ou das associações” e, por consequência, “mais atletas” viriam treinar à pista de Aveiro.

Margarida Figueiredo, estudante de Bioquímica e vice-campeã universitária de salto em comprimento e no triplo salto, chama também a atenção para o facto de não conseguir utilizar a pista para se preparar na sua modalidade. À semelhança do que acontece com Diogo, também Margarida aponta que “ter a pista aqui ajudava”. “Eu lembro-me que no primeiro ano de mestrado tinha aulas até às seis/sete da tarde e às vezes nem podia treinar nesse dia, porque não dava tempo”, lembra a atleta que frisa também a falta de iluminação na pista que se faz notar especialmente nos meses de inverno.

De resto, o que impede a atleta do GRECAS de utilizar a pista em Aveiro é o mesmo problema apontado também por Francisco Júlio. O piso da pista não permite à atleta utilizar as sapatilhas de salto. “Não é só saltar, temos que correr”, salienta.

Também na pista de atletismo da UA treina diariamente Miguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro durante os últimos anos e medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, na modalidade de lançamento do peso F40.

Não sabem, no entanto, nem Francisco, Diogo, Margarida ou Miguel, que a história da pista de atletismo começa ainda antes de qualquer um deles ter nascido e se ter apaixonado pela modalidade. Entre denúncias de protocolo e outras prioridades, o tempo vai passando e, com ele, também o rendimento e a segurança de quem ali treina vai sendo afastado da linha de chegada. A esperança corre agora atrás de um entendimento para que seja possível avançar para uma requalificação que todos apontam como necessária, mas que tarda em arrancar.

Esta reportagem insere-se numa parceria estabelecida entre a Ria - Rádio Universitária de Aveiro e a direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e resultará, ao longo dos próximos meses, num conjunto de artigos sobre temas que afetam diariamente a vida dos estudantes da UA. Todas as reportagens serão acompanhadas por um cartoon satírico que pretende representar a problemática abordada. Se tens sugestões de temas que gostarias de ver abordados envia um email para [email protected].

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DCSPT-UA, Ria e AAUAv lançam concurso de previsão eleitoral das próximas legislativas 2025

O objetivo desta iniciativa é promover o interesse político e a análise de dados junto da comunidade académica da UA, incentivando estudantes, alumnis, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão, a apresentarem as suas previsões sobre os resultados das próximas legislativas, que decorrem a 18 de maio. Podem participar todos os membros da comunidade UA que possuam um endereço de email com domínio @ua.pt. A participação é individual e cada concorrente poderá submeter apenas uma previsão, até às 23h59 do dia 15 de maio, através de um formulário que pode ser consultado aqui. As previsões devem indicar a percentagem nacional de votos de cada partido com representação parlamentar, com uma casa decimal. Adicionalmente, será solicitada também a previsão dos resultados no círculo eleitoral do distrito de Aveiro, bem como uma breve descrição da metodologia utilizada. O vencedor será determinado através do índice de avaliação LSq (Least Squares Index), adaptado do Índice de Gallagher, que medirá a precisão das previsões em relação aos resultados oficiais. Em caso de empate, serão aplicados critérios adicionais para determinar o vencedor, disponíveis no regulamento do concurso que pode ser consultado aqui. Os três melhores classificados receberão prémios: um vale FNAC de 100 euros para o primeiro classificado, 50 euros para o segundo e 20 euros para o terceiro. Haverá também uma menção honrosa para a melhor previsão dos resultados no círculo de Aveiro. Os resultados serão anunciados até cinco dias úteis após a divulgação dos escrutínios provisórios. A organização contactará os vencedores através dos contactos fornecidos no formulário de participação. Esta iniciativa pretende estimular o envolvimento cívico e o debate político, destacando o papel da universidade na promoção do pensamento crítico e da análise social.

Legislativas: IL promete contribuir para “uma solução de centro-direita reformista e estável”
Cidade

Legislativas: IL promete contribuir para “uma solução de centro-direita reformista e estável”

“O nosso compromisso com os portugueses é, primeiro, mudança, reformas, exigência e, segundo, contribuir para uma solução de centro-direita, reformista e estável do ponto de vista político”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas numa loja de ovos moles, em Aveiro, onde vestiu o avental e cozinhou o tradicional doce aveirense. Sem querer pronunciar-se sobre as sondagens que indicam que a AD e a IL estão longe de, juntas, obter uma maioria absoluta, Rui Rocha disse que o importante é transmitir aos portugueses que “há uma oportunidade única de ter uma solução de centro-direita” a governar o país. “Mas uma solução de centro-direita que não é para fazer a mesma coisa. É para fazer muito mais: uma solução reformista, ambiciosa para o país e isso para reforçar a votação na IL”, disse. O líder da IL disse que o seu partido tem “objetivos claros de transformação” do país e garantiu que será “rigoroso e sempre muito exigente” caso venha a integrar uma solução de centro-direita. Interrogado sobre quais são as exigências que coloca para eventualmente coligar-se com a AD, Rui Rocha disse que é necessário “mudar o sistema de saúde e criar acesso à saúde para os portugueses, que hoje não têm”. “Nós temos de trazer mais casas para o mercado da habitação, seja de arrendamento, seja no mercado da construção. Temos de baixar os impostos aos portugueses, às famílias e às empresas e temos de diminuir a burocracia e rever o sistema eleitoral”, referiu, acrescentando que esses são os “objetivos claros da IL”. Sobre se a AD e a IL não estão já a aproximar-se, uma vez que, por exemplo, ambas têm defendido parcerias público-privadas para os mesmos hospitais, Rui Rocha respondeu: “Não basta ter os ingredientes guardados numa gaveta, tirá-los quando dá jeito e depois guardá-los outra vez”. “A IL não faz isso. A IL tem as pessoas, os ingredientes, a visão, mas quer usá-los mesmo para mudar o país. Outros, eventualmente, têm os ingredientes guardados nas gavetas, fazem uso deles como propaganda, uma vez ou outra, mas depois os ingredientes voltam à gaveta”, criticou, numa alusão à AD.

Comédia infantil do Nobel Egas Moniz em livro e peça de teatro em Estarreja
Região

Comédia infantil do Nobel Egas Moniz em livro e peça de teatro em Estarreja

A obra, escrita pelo Nobel da Medicina português para os seus sobrinhos-netos, foi adaptada para livro e peça de teatro no âmbito das comemorações dos 150 anos do seu nascimento, informa a autarquia. A apresentação do livro, com ilustrações de Cinara Saiónára, na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, decorre no sábado, pelas 15:00, segundo adianta uma nota de imprensa da Câmara de Estarreja. “Este conto revela a faceta lúdica e a transversalidade do neurocientista, num texto com 89 anos”, destaca a nota, revelando que já será feito “um momento de interpretação da obra” no lançamento do livro pelo Grupo de Teatro Infantil do Município de Estarreja (Trama). A estreia da adaptação teatral propriamente dita terá lugar só a 22 de junho, com encenação e adaptação de Leandro Ribeiro, encerrando as comemorações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz, iniciadas no ano passado. O programa comemorativo inclui ainda a exposição “Egas Moniz – Um Encontro”, patente até dia 24 na Casa da Cultura e o concerto de “Alma de Coimbra”, dia 31, no Cine-Teatro. As celebrações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz visam homenagear a vida e o legado do cientista nascido em Avança, no concelho de Estarreja, distrito de Aveiro.