País
BE critica Governo por preterir ligação ferroviária de alta velocidade Aveiro-Salamanca
"Na reunião do Conselho de Ministros de segunda-feira, na véspera da discussão da moção de confiança, o Governo pediu estudos para ligações ferroviárias de alta velocidade a Espanha, dando prioridade a duas ligações: Porto-Vila Real-Bragança e outra no Algarve. Já a ligação Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca aparece preterida", refere um comunicado do BE. Os bloquistas lamentam que o Governo liderado por Luís Montenegro tenha tido como uma das suas últimas iniciativas "abandonar novamente a região de Aveiro, afetando drasticamente as populações e a economia da região". "Esta é, em poucos dias, a segunda decisão danosa do Governo PSD para com os interesses da região de Aveiro, depois de também abandonar a expansão do Hospital de Aveiro", refere a mesma nota. O Bloco promete ainda continuar a lutar pela construção desta linha ferroviária de Aveiro a Espanha, que permitirá dar centralidade a Aveiro, dinamizar o respetivo porto e descarbonizar a mobilidade. O Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com estudos para vários investimentos ferroviários, incluindo na linha do Vouga, linha do Oeste e reforço de ligações a Espanha, segundo um comunicado divulgado na terça-feira. Estes estudos são anunciados depois de o Governo ter aprovado, na segunda-feira, em Conselho de Ministros, o Plano Ferroviário Nacional. De acordo com a nota do Ministério das Infraestruturas e Habitação, o executivo deu conta de que mandatou a Infraestruturas de Portugal “para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão" relativamente a vários investimentos neste domínio. Estes projetos passam pela “modernização e eletrificação a Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade”, e pela “avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura”. Será ainda estudado o “reforço das ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva”. Além disso, a resolução do Conselho de Ministros aprovada na segunda-feira “confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade atualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid), bem como da rede ferroviária convencional”.
Cinemas perderam em fevereiro quase 300 mil espectadores face a janeiro
As estatísticas mensais do ICA, de consumo de cinema no circuito comercial, indicam que nos 28 dias de fevereiro, a exibição de filmes contou com 781.809 espectadores, o que representou 4,9 milhões de euros de receita bruta de bilheteira. Comparando com os 31 dias de janeiro, estes valores representam uma quebra de 1,9 milhões de euros e 296.246 entradas. Na comparação de fevereiro passado com o mês homólogo de 2024, os valores também são de perda, de 8,7% de audiência e 4,1% de receita de bilheteira. A soma dos dados de exibição de janeiro e fevereiro deste ano, no entanto, superam os do período homólogo de 2024, com acréscimos de 1,3 milhões de euros de receita (para um total de 11,8 milhões de euros) e de 123 mil bilhetes emitidos (para um total de 1.859.864 espectadores). Dos filmes estreados e exibidos em janeiro e fevereiro, o mais visto foi “Ainda estou aqui”, do realizador brasileiro Walter Salles, que conquistou 293.267 espectadores e 1,8 milhões de euros de bilheteira. Neste período, o filme que valeu a Fernanda Torres um Globo de Ouro e foi premiado com um Óscar de Melhor Filme Internacional superou “Mufasa: O Rei Leão”, de Barry Jenkins, e “Sonic 3: O filme”, de Jeff Fowler, tanto em audiência como em receita. “Banzo”, da realizadora Margarida Cardoso, foi o filme português mais visto este ano nos cinemas, com 2.264 espectadores e 12.326 euros de receita. Do total de 1,8 milhões de entradas registadas em janeiro e fevereiro, cada sessão de cinema contou, em média, com 22 espectadores. Em fevereiro, o circuito de exibição comercial de cinema contava com 512 salas, das quais 218 (42,6%) são exploradas pela NOS Lusomundo Cinemas e 58 (11,3%) pertencem à exibidora Cineplace.
Moção de confiança chumbada: Governo cai e eleições antecipadas nas mãos do Presidente da República
O Governo foi esta terça-feira derrubado na Assembleia da República, depois da moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro ter sido chumbada pela maioria dos deputados presentes. A decisão passa agora para as mãos do Presidente da República, que terá de decidir entre a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas ou, em alternativa, a tentativa de viabilizar um novo Governo: uma missão extremamente difícil no atual quadro parlamentar. Desta forma, o Presidente da República deverá avançar para eleições antecipadas, apontadas para 11 ou 18 de maio deste ano.
Crise política em Portugal: a Ria explica-te tudo o que precisas de saber
Tudo começou quando o jornal Correio da Manhã noticiou que a mulher e os filhos do primeiro-ministro eram sócios de uma “empresa de compra e venda de imóveis”, a Spinumviva, uma empresa criada inicialmente por Luís Montenegro que poderia, alegadamente, beneficiar da alteração à lei dos solos. Dias mais tarde, o Expresso noticiava que a empresa Solverde, de exploração hoteleira e de casinos, com sede em Espinho, tinha uma avença com a empresa Spniumviva de 4500 euros mensais pela prestação de serviços. A Solverde detém concessões de jogo em casinos no Algarve e em Espinho, com contratos a expirar no final de 2025. A continuidade destas concessões dependerá de negociações com o Governo. O Governo propõe a aprovação de uma moção de confiança como forma de ultrapassar a crise política atual, pois afirma que Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal, já prestou todos os esclarecimentos necessários. Ao obter o apoio da Assembleia da República, o Governo pretende reforçar a sua legitimidade e estabilidade para continuar a governar. O Partido Socialista (PS) propõe a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso da Spinumviva, a empresa da família de Luís Montenegro. Segundo o PS, esta iniciativa visa apurar os factos e responsabilidades, contribuindo para a clarificação da situação política. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito é um instrumento da Assembleia da República destinado a investigar assuntos de interesse público. Estas comissões têm poderes para convocar testemunhas, requisitar documentos e realizar audições, com o objetivo de apurar factos e responsabilidades sobre temas específicos. A moção de confiança é uma iniciativa do Governo, prevista na Constituição e dirigida à Assembleia da República, solicitando a aprovação de um voto de confiança durante o debate do respetivo programa, sobre uma declaração de política geral ou assunto de relevante interesse nacional. No fundo, quando o Governo apresenta uma moção de confiança pretende verificar se tem apoio na Assembleia da República para continuar a governar. Se a moção for reprovada por maioria simples dos deputados presentes, implica a demissão do Governo. Segundo o texto que acompanha a moção de confiança do Governo, os partidos da oposição persistem “em fomentar um clima de suspeição desprovido de bases factuais” em relação ao primeiro-ministro. O Governo com a apresentação da moção de confiança pretende uma “clarificação política” e “estabilidade política efetiva”. Não, o chumbo de uma moção de confiança não implica obrigatoriamente a realização de eleições antecipadas. Se a moção de confiança for rejeitada, o Governo é obrigado a demitir-se. No entanto, a decisão sobre a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas cabe ao Presidente da República. Antes de tudo, importa relembrar que não é a Assembleia da República que nomeia o primeiro-ministro. Essa é uma responsabilidade atribuída na Constituição ao Presidente da República. No cenário de chumbo da moção de confiança, o Presidente da República pode, por exemplo, pedir ao PSD, partido que venceu as últimas legislativas, para propor um novo primeiro-ministro. Contudo, não se deve colocar este cenário, pois os dirigentes do PSD já afirmaram publicamente que continuam a apoiar Luís Montenegro e dificilmente estariam disponíveis para propor outra pessoa.
Casa da Música celebra mulheres na música com ciclo de concertos que se inicia no sábado
De acordo com a Casa da Música, em comunicado, a compositora parisiense do século XIX Augusta Holmès, “quase remetida ao esquecimento, renasce nos concertos deste ciclo”, ao lado de “figuras grandes do panorama internacional”, como a maestrina Ustina Dubitsky e a pianista Yeol Eum Son, e da música de compositoras como Yiran Zhao, Olga Neuwirth, Lili Boulanger, e da compositora em residência na presente temporada, Liza Lim, “ela própria evocando a poeta grega Safo”. No ciclo “Mulheres na Música” surgem também representados “homens que refletiram sobre figuras femininas”, como Leoš Janáček, que contou a história trágica de Jenufa, uma mulher amada por dois homens, Beethoven, que teve em Leonora a protagonista da ópera “Fidelio”, e Mark-Anthony Turnage, que escreveu uma ópera sobre a “figura trágica” da atriz e modelo Anna Nicole Smith ("Anna Nicole", estreada em 2011 na Royal Opera House). O ciclo abre no sábado com o programa "Tchaikovski, primeiro concerto", em torno do primeiro Concerto para piano e orquestra do compositor russo, com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música a ser dirigida pela maestrina assistente da Orquestra Gürzenich de Colónia, Ustina Dubitsky, com a pianista Yeol Eum Son, como solista. Além do primeiro concerto, a pianista irá interpretar duas peças da compositora francesa Lili Boulanger, “D’un matin de printemps” e “D’un soir triste”, assim como “Jenufa-Rhapsodie”, do compositor checo Leoš Janáček. Ainda no sábado, acontece “XX”, um concerto “totalmente no feminino, que celebra tanto o passado como o futuro da música eletrónica e o seu impacto ao longo dos quase 20 anos de atividade da Casa da Música”. O programa deste concerto inclui obras de compositoras de várias gerações, “desde as pioneiras da música eletrónica, como Delia Derbyshire e Daphne Oram, passando por compositoras que estiveram em residência na Casa da Música, como Kaija Saariaho e Unsuk Chin, até jovens compositoras portuguesas, como Ema Ferreira e Francisca Martins (COW Shift Z)”. O ciclo prossegue no dia 14 de março com “Uma noite de Amor”, programa no qual a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música oferece “três distintas representações do feminino, acrescentando-lhes a flautista Ana Maria Ribeiro, na interpretação de uma obra concertante central no repertório do instrumento”, o Concerto para flauta e orquestra, de Carl Reinecke. No dia 16 de março, haverá “Contos de Ravel”, um concerto comentado, com a Orquestra Sinfónica, sob a direção do maestro Nuno Coelho, no qual serão interpretadas peças de Augusta Holmès ("La nuit et l’amour") e de Maurice Ravel ("Ma mère l’oye"). Em 18 de março, o Quatuor Agate apresenta “Outlaws”, que junta “música e as histórias de artistas considerados ‘fora da lei’, pelo seu distanciamento das normas musicais ou sociais do seu tempo”, como Carlo Gesualdo, Ethel Smith e Dmitri Chostakovitch. O concerto “Cinderella(s?)” marca a estreia em Portugal das peças “Texan Tenabrae”, da ópera “Anna Nicole”, de Mark-Anthony Turnage, e “Sappho/Bioluminescence", de “Annunciation Tryptich”, de Liza Lim. No concerto, no qual é ainda apresentada a “Suite de Cinderella”, de Prokofieff, a Orquestra Sinfónica é dirigida pelo maestro Ludovic Morlot, titular da Sinfónica de Barcelona e aclamado pelo seu percurso histórico como diretor musical da Sinfónica de Seattle. O ciclo “Mulheres na Música” termina em 25 de março com “Do Cabaré ao Barroco”, “um programa totalmente constituído por estreias em Portugal, incluindo a primeira audição mundial de uma obra de Yiran Zhao”, "the unreachable shore", uma encomenda da Casa da Música. Neste concerto, que inclui também obras de Olga Neuwirth ("Hommage a Klaus Nomi") e Liza Lim ("Speak, be silent", o Remix Ensemble Casa da Música interpreta também pela primeira vez o compositor Jo Kondo ("Albizzia").
Lucros da Brisa Concessão Rodoviária sobem 17,8% para 325,9 ME em 2024
De acordo com a Brisa, o tráfego médio diário (TMD) durante o ano foi de 24.386 veículos por dia, “o que representa um aumento de 4,9% em comparação com o período homólogo”, sendo que “a circulação aumentou 5,2%, beneficiando do facto de 2024 ser um ano bissexto”. De acordo com a BCR, “a análise do tráfego por tipo de veículo mostra uma evolução mais favorável dos veículos pesados face aos ligeiros”, destacando que o “crescimento do TMD registado nos veículos pesados foi de 5,7% e nos veículos ligeiros de 4,8%”. Ainda assim, os veículos ligeiros representaram 93,7% do total do tráfego. No final do ano, os rendimentos operacionais da BCR totalizaram 843,4 milhões de euros, “um acréscimo de 7,4% face ao período homólogo”, com as receitas de portagem a atingir os 806,5 milhões de euros, mas 7,6% em relação a 2023. Já as receitas relacionadas com as áreas de serviço atingiram os 30,6 milhões de euros, uma subida de 4,7%. Segundo a BCR, o resultado operacional (EBITDA) no final de 2024 foi de 689,9 milhões de euros, “o que representa um acréscimo de 8,9% face ao período anterior”. A BCR realçou ainda que os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões, atingiram os 153,4 milhões de euros em 2024, registando-se um aumento de 1,2% face ao período homólogo. No ano passado, o investimento (capex) na rede concessionada totalizou 61,8 milhões de euros, “em linha com o valor do período homólogo”, indicou, acrescentando que este montante inclui 40,3 milhões de euros “referentes a grandes reparações, maioritariamente relacionadas com trabalhos de pavimentação na A1, A2, A3 e A6, mas também com intervenções em viadutos e outras estruturas, com destaque para a reabilitação de viadutos na A1 e A3. Foram ainda realizados trabalhos de estabilização de taludes e estruturas de contenção inseridos na A1”, referiu. Em 31 de dezembro de 2024, a dívida bruta da BCR era de 1.384 milhões de euros. Segundo a BCR, “cerca de 59% da dívida está sujeita ao regime de taxa de juro fixa e cerca de 41% ao regime de taxa de juro variável”. A concessionária revelou ainda que “em 2024, o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários na rede BCR caiu 56,3% face a 2019, ano de referência para esta década (14 em 2024 vs. 32 em 2019)” e que “o número de feridos graves diminuiu 40,2% face ao mesmo ano (61 em 2024 vs. 102 em 2019)”. A empresa revelou que “o número de mulheres no conselho de administração da BCR subiu para 33,3%, sendo ainda de salientar, no pilar da governança, que, do total de administradores, 25% são independentes”. Poroutro lado, “o número de mulheres em cargos de liderança fixou-se nos 33% em 2024, sendo objetivo da BCR chegar a 39% até 2029”, indicou.
Mulheres jovens são as mais prejudicadas no mercado laboral
No estudo “As mulheres jovens no mercado de trabalho: desemprego, precariedade laboral e desigualdades”, de Inês Tavares e Renato Miguel do Carmo, revela-se que, “apesar dos avanços verificados ao longo dos anos, as sociedades contemporâneas atuais são ainda profundamente marcadas pela desigualdade de género” em vários domínios da sociedade. Apesar de as desigualdades se verificaram para o geral da população, têm particular incidência entre os mais jovens “nos quais as mulheres são as mais prejudicadas”, pelo que o estudo propôs-se explorar estas desigualdades de género no mercado laboral jovem, analisando Portugal no contexto europeu. Ao longo do estudo os autores verificaram que, modo geral, os jovens são um grupo mais exposto “a situações de debilidade face ao desemprego, precariedade ou às desigualdades” no mercado de trabalho e, tanto entre os jovens como entre o total da população, “as mulheres encontram-se numa situação de maior desigualdade face a estes indicadores”. Em relação ao desemprego, em Portugal, tanto as mulheres jovens como as mulheres em idade ativa são sistematicamente as que mais se encontram no desemprego, quando comparadas com os homens. Em todos os países europeus as taxas de desemprego jovem superam sempre as taxas de desemprego geral, enfatizando como os jovens são mais permeáveis ao desemprego, revela-se no estudo. Ao analisar os níveis de escolaridade alcançados, na maioria dos países europeus são as mulheres com o ensino básico as que revelam taxas de desemprego mais elevadas. São as mulheres que, tanto em Portugal como na média dos 27 países da União Europeia, tendem a ser mais penalizadas pelo desemprego, realidade que se agrava quão mais baixos forem os seus níveis de escolaridade. Já tomando a precariedade laboral como exemplo, no estudo constata-se que, embora os jovens europeus tenham mais proporção de contratos a tempo parcial, quando se analisa o trabalho a tempo parcial involuntário, os valores já são superiores em Portugal, evidenciando como a precariedade laboral se encontra mais presente no país, face ao resto da Europa. Mais uma vez, em ambas as situações, as mulheres são mais afetadas por esta precariedade. No caso do trabalho temporário, os jovens em Portugal são mais pautados pelo trabalho temporário e pelo trabalho temporário involuntário que a generalidade dos jovens europeus, sendo as mulheres as mais afetadas. É ainda de notar a desigualdade de género encontrada entre os jovens que não estudam nem trabalham, entre os quais, na maioria dos países europeus, existe maior proporção de mulheres que de homens. Relativamente às desigualdades face ao mercado de trabalho jovem em Portugal, aprofundadas através dos dados do inquérito que serviu de base ao livro “Jovens e o Trabalho em Portugal: Desigualdades, (Des)proteção e Futuro”, é de sinalizar como a desigualdade de género está presente em todos os indicadores. Os homens beneficiam, sistematicamente, face a mulheres com o mesmo nível de escolaridade, tanto ao nível dos rendimentos, como da pluriatividade, do desemprego ou de receber apoio monetário de familiares e amigos. Esta desigualdade reflete-se nas disparidades de género encontradas em cada nível de escolaridade e demonstra que os níveis de escolaridade mais elevados tendem a beneficiar mais os jovens homens do que as jovens mulheres. O estudo foi divulgado no dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher.