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01 jul 2025
Misericórdia de Vale de Cambra com projeto de 3,2 ME para habitação sénior colaborativa
A Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra tem a decorrer o concurso público para construção de um projeto habitacional que, na ordem dos 3,2 milhões de euros, prevê moradias colaborativas para seniores com autonomia funcional.
Segundo revelou hoje a instituição, o modelo em causa permite que idosos em situação vulnerável, mas ainda física e socialmente autónomos, possam viver em residências que, sem lhes restringir a devida independência, beneficiarão de espaços e serviços comuns. “O público-alvo desta resposta será, previsivelmente, a população mais vulnerável do concelho, em particular pessoas idosas com autonomia funcional”, revelou à Lusa fonte da Santa Casa. A fonte adiantou que “o modelo habitacional prevê a construção de moradias T1 e T2, organizadas de forma a promover a vida comunitária, pelo que os residentes partilharão espaços comuns, assumindo em conjunto responsabilidades relacionadas com a limpeza, manutenção e organização do espaço”. Parte dessa componente colaborativa e comunitária será assegurada pela própria Misericórdia, com recurso a um quadro de pessoal “bastante reduzido”. Está previsto, aliás, que este modelo habitacional exija apenas um diretor técnico, “que assegurará o acompanhamento global do projeto”, cabendo depois a parceiros locais assegurar as atividades de “lazer e tempos livres dos residentes”. O primeiro concurso público para o efeito foi lançado em fevereiro deste ano e “ficou deserto”, pelo que o procedimento atual tem agora um valor-base de adjudicação 200.000 euros acima do anterior. A componente de financiamento comunitário, por sua vez, mantém-se na ordem dos 1,879 milhões de euros. Se houver candidatos válidos e a empreitada arrancar antes do final de 2025, a expectativa é que, dado o prazo de execução de um ano, as novas habitações – a criar na freguesia de Codal – possam ser ocupadas no final de 2026 ou início de 2027. A Santa Casa de Vale de Cambra garantiu que assume o projeto “com o empenho e sentido de missão que sempre a caracterizaram”, mas admitiu algumas cautelas: “Há uma natural preocupação face ao contexto nacional e internacional, marcado por incertezas económicas, escassez de mão-de-obra e prazos extremamente curtos para a execução de obras com grande exigência técnica e financeira”. A prioridade da instituição, em todo o caso, continua a ser contribuir para a comunidade local “com soluções inovadoras e sustentáveis que melhorem a qualidade de vida da população mais vulnerável”.
01 jul 2025
Assembleia de Freguesia de Aradas termina em polémica após abandono do PS e Sentir Aradas
A sessão da Assembleia de Freguesia de Aradas, marcada para a passada segunda-feira, 30 de junho, pelas 19h00, na sede da Junta de Freguesia, terminou abruptamente após o abandono conjunto dos eleitos do Partido Socialista (PS) e do Movimento Independente Sentir Aradas. Em causa, segundo os grupos da oposição, esteve a postura da presidente da Junta, bem como a atuação do presidente da Assembleia de Freguesia.
Em <a href="https://www.facebook.com/photo?fbid=1151841296979677&set=a.588194176677728">comunicado
publicado nas redes sociais da freguesia</a>, na passada segunda-feira, o Executivo
da Junta — liderado pela coligação Aliança com Aveiro — lamentou “profundamente
a atitude democrática” dos dois grupos, acusando-os de abandonar a sessão pelas
“19h33” “sem fundamento”, apesar de esta estar “a decorrer de forma legal e
regular”. O Executivo
defendeu que a ausência da presidente da Junta, provocada por um “imprevisto
pessoal”, foi comunicada antecipadamente e colmatada por um “substituto legal”.
Segundo o comunicado, estavam presentes os restantes membros do Executivo: “Danilo
Almeida (Tesoureiro), Carisa Martins (Secretária), Júlio Dias (Vogal) e Sandra
Sindão (Vogal)”. O comunicado
oficial acusa ainda as bancadas do PS e do Sentir Aradas de se recusarem a
interpelar o Executivo por não estar presente a presidente, alegando que tal
atitude demonstra uma falta de reconhecimento pelos restantes eleitos. A Junta
considera o episódio “um claro atentado à vontade do povo de Aradas manifestada
nas eleições autárquicas de 2021” e “ofensiva da democracia”. Também os partidos
da oposição reagiram na passada segunda-feira, através das suas redes sociais, com comunicados próprios e com críticas ao Executivo e ao presidente
da Assembleia. Em declarações à Ria, <a href="https://www.facebook.com/photo?fbid=736360838788890&set=a.150139720744341">Gilberto Ferreira, líder do Sentir Aradas</a>
e <a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/gilberto-ferreira-recandidata-se-a-junta-de-aradas-pelo-movimento-independente-sentir-aradas">candidato à Junta de Freguesia de Aradas nas eleições autárquicas</a>, questionou
a legitimidade do comunicado. “Não sabemos quem o assina. Não sabemos se foi
feito pela Mesa da Assembleia, pelo Executivo ou pela sua presidente”, disse. “A
presidente chegou atrasada e foi-nos comunicado isso no início. Sugerimos o
adiamento da sessão, algo que foi recusado. O Executivo decidiu prosseguir com
os trabalhos mesmo sem a presidente, o que nos pareceu pouco adequado”,
afirmou. Gilberto
Ferreira descreveu ainda que, após o único ponto de a ordem de trabalhos ser
iniciado, o presidente da Assembleia interveio para “complementar” as
declarações do Executivo, algo que considerou “uma extrapolação clara das suas
competências”. “Ninguém lhe pediu para complementar. Estava a ultrapassar as
suas funções. Quando a presidente chegou esbaforida e tomou a palavra, achámos
que não o devia fazer. Já tinham falado em nome do Executivo e não havia
justificação para nova intervenção”, relatou, acrescentando que a situação
gerou um “mal-estar” que levou à saída das bancadas do Sentir Aradas e do PS. Também Sónia
Madail Aires, líder da bancada socialista e <a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/candidatos-a-junta-de-freguesia-de-aradas-estes-sao-os-nomes-mais-falados">candidata à Junta de Freguesia de Aradas</a>
nas eleições autárquicas, <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100069277626878">rejeitou as acusações da Junta</a> e defendeu que a
decisão de abandonar a sessão foi uma reação ao “comportamento antidemocrático”
da presidente e do presidente da Assembleia. “Se houve alguém que não respeitou
a democracia, foi o presidente da Assembleia de Freguesia e a senhora
presidente da Junta. O que aconteceu foi uma autêntica falta de respeito pelo
órgão. Nós não estamos ali para ser constantemente desrespeitados e humilhados”,
afirmou. A socialista
sublinha que a oposição não contestou o atraso da presidente, mas sim o modo
como esta retomou os trabalhos. “Um imprevisto pode acontecer a qualquer
pessoa. Não foi isso que motivou a nossa saída. A presidente chegou e, em vez
de se sentar e acompanhar os trabalhos que já decorriam, decidiu intervir como
se estivesse a iniciar a reunião. Isso não é aceitável”, insistiu. A Ria tentou
ainda contactar Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas,
mas até ao momento não obteve resposta.
01 jul 2025
Cerca de 17% dos jovens dos 15 aos 34 anos abandonam pelo menos 1 nível de escolaridade
Cerca de 17% dos jovens dos 15 aos 34 anos (16,8%) abandonaram pelo menos um nível de escolaridade não concluído e metade destes abandonou um curso de ensino superior, segundo dados esta segunda-feira divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Estas conclusões são do módulo de 2024 do Inquérito ao Emprego, sobre “Jovens no mercado de trabalho”, que se focou na identificação dos percursos educativos abandonados e nas razões para a sua não conclusão, assim como na relação entre as exigências do trabalho e a formação académica e as competências que os jovens detêm. Segundo o documento, as principais razões que motivaram a desistência foram “questões financeiras ou de trabalho”, 30,1%, e a perceção de que “o curso era demasiado difícil ou não correspondia às expectativas ou necessidades”, 28,2%. No subgrupo daqueles com ensino superior, 12,4% concluíram, pelo menos, uma qualificação com orientação vocacional ou profissionalizante ao nível do ensino secundário ou pós-secundário, tendo assim tido experiência profissional integrada no curriculum escolar, adianta o INE. Na população dos 16 aos 34 anos empregada ou que, não sendo empregada, tem experiência profissional anterior, um em cada cinco (20,8%) considerou ter um nível de escolaridade superior às exigências do trabalho que desempenha (ou desempenhava) e uma proporção semelhante (22,7%) referiu ter mais competências do que as necessárias ao desempenho das suas funções. Não obstante, no subgrupo dos que concluíram o ensino secundário ou um nível de escolaridade superior, 41,3% consideraram que a sua área de educação e formação corresponde total ou quase totalmente às exigências do seu trabalho.
01 jul 2025
Suspeito de abusar de jovem vulnerável em Oliveira do Bairro foi detido pela PJ
Um homem de 54 anos, suspeito de ter abusado sexualmente, repetidas vezes, de uma jovem de 18 anos, com elevado défice cognitivo, em Oliveira do Bairro, foi detido pela Polícia Judiciária.
Segundo as investigações, os abusos sexuais teriam ocorrido numa localidade do concelho de Oliveira do Bairro, quando o suspeito conseguia estar a sós com a vítima, aproveitando-se da vulnerabilidade desta, afirmou aquela força policial, num comunicado enviado à agência Lusa. O homem foi detido no cumprimento de mandado de detenção e, após apresentação a primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa de prisão preventiva.
01 jul 2025
Alberto Souto de Miranda acusa Rui Carneiro de “traição” ao PS Aveiro
Após a retirada de confiança política ao vereador Rui Soares Carneiro por parte da concelhia de Aveiro do Partido Socialista (PS), Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal nas próximas autárquicas, quebrou o silêncio e lançou duras críticas ao ex-vereador, acusando-o de "traição" e falta de transparência.
No passado dia
23 de junho, <a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/rui-soares-carneiro-perde-confianca-politica-do-ps-aveiro-mas-garante-presenca-em-reuniao-camararia">o secretariado da Comissão Política Concelhia de Aveiro do PS retirava
a confiança política ao vereador Rui Soares Carneiro</a>. A decisão foi tomada na
sequência de declarações públicas “reiteradas” do autarca, nas quais contestava
a escolha do candidato à Junta de Freguesia de Cacia, manifestava a
possibilidade de não apoiar a candidatura do PS à Câmara Municipal de Aveiro e
admitia integrar uma eventual candidatura independente. “Perante o desrespeito,
reiterado, pelos Estatutos do Partido Socialista, não tivemos outra
alternativa”, justificava o secretariado concelhio em comunicado. No mesmo dia,
<a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/be-diz-que-rui-carneiro-pediu-apoio-para-candidatura-independente-e-vereador-nega">Nelson Peralta, ex-deputado do Bloco de Esquerda (BE)</a>, vinha a público nas
redes sociais denunciar uma tentativa de Rui Carneiro obter “apoio formal e
institucional” para uma candidatura independente “a uma freguesia do Município”.
Confrontado pela Ria, o vereador negou qualquer contacto formal com o BE. Na
segunda-feira, 30 de junho, <a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/rui-soares-carneiro-reage-a-retirada-de-confianca-politica-por-parte-do-ps-aveiro">Rui Soares Carneiro reagiu à decisão do PS</a>,
classificando as declarações que motivaram a retirada de confiança como
“perfeitamente banais” e negando ter feito qualquer abordagem ao Bloco de
Esquerda. Já esta
terça-feira, 1 de julho, foi a vez de Alberto Souto de Miranda divulgar uma
nota de esclarecimento às redações. Nesse comunicado, Alberto Souto começa por
relativizar a saída do vereador. “A deserção de um vereador não é um facto
insignificante, por muito insignificante que seja o dito. Não queremos ganhar
com unanimismos. Perdemos um voto. Mas há votos que vale a pena perder”, atira.
O candidato
recorda ter convidado Rui Carneiro para liderar a candidatura socialista à
Junta de Freguesia de Cacia, convite ao qual, segundo afirma, o ex-vereador socialista nunca respondeu. “O Dr. Rui Carneiro não teve a coragem para aceitar, nem a
educação de me explicar porquê”, lamenta Sobre a <a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/ps-aveiro-enfrenta-divisoes-em-cacia-rui-carneiro-nao-assume-apoio-a-alberto-souto">eventual
falta de apoio de Rui Carneiro à sua candidatura</a>, Alberto Souto reconhece a
liberdade individual, mas critica a falta de franqueza. “Podia não gostar de
mim. Podia querer ser vereador. Podia não querer ser presidente de Junta. O que
queria, porém, nunca mo disse. As pessoas são livres, mas em política e na vida
devem ser francas e verdadeiras”, afirma. Relativamente à
denúncia feita por Nelson Peralta, Alberto Souto de Miranda não poupou nas
palavras, comparando a atitude de Rui Carneiro à de “traidores cobardes” e
“tipos sem carácter”. Embora diga não o considerar um traidor, admite que
“perante estes factos, há quem possa legitimamente pensar isso mesmo”. Acusando Rui
Carneiro de ter construído uma “narrativa” tardia e de se estar a vitimizar, o
candidato socialista reforça que há mais de uma testemunha a corroborar a
denúncia. “Nelson Peralta lembra que não foi apenas ele o destinatário de tal
proposta de traição. Porque carga de água é que haveria de inventar uma coisa
destas?”, questiona. Alberto Souto de
Miranda encerra o comunicado com um conjunto de acusações duras, sob a forma de
perguntas retóricas: “Um vereador que mente não é um homem mentiroso? Um
vereador que trai a sua equipa sem qualquer satisfação, não é um mesmo um
traidorzeco sem perdão? Um vereador que assim procede não devia pedir desculpa
e ter vergonha? Um vereador que assim se prostitui deve hipocritamente
pavonear-se pelas redes, como se fosse uma virgem ofendida coberta por um manto
de virtudes? Um vereador que assim desprestigia e trai a força política que o
elegeu, não devia ter um pingo de dignidade e imediatamente demitir-se?”. Neste seguimento,
o candidato socialista acrescenta: “Os cemitérios estão cheios de
insubstituíveis e a política está cheia de vermes palavrosos. As pulgas
ambiciosas e falsas estatelam-se contra parede da verdade. E só não partem a
espinha dorsal porque não a têm”. Na reta final do
comunicado, Alberto Souto de Miranda insiste ainda que Rui Carneiro “cavou a
sua própria sepultura”. “Ninguém pode confiar num esforçado e frustrado
vira-casacas que, licenciosamente, pela calada da noite, faz o ‘trottoir’
partidário e se tenta vender por trinta dinheiros, e ainda guarda uma faca na
liga, disfarçada de pena viscosa, pegajosa de tanta necessidade de justificar o
injustificável”, conta. Por fim, o
candidato socialista dá ainda nota que foi “completamente alheio à retirada de
confiança política por parte do Secretariado do PS”, mas que entende a decisão:
“Não se pode confiar em alguém assim”, remata. O comunicado na
íntegra pode ser consultado <a href="https://drive.google.com/file/d/1PxEo7SJiQgs17MhR_opyN6uV7m9umtB5/view">aqui</a>.
01 jul 2025
Município de Ílhavo volta a ser distinguido como “Amigo do Desporto”
O Município de Ílhavo voltou a ser reconhecido com o galardão “Município Amigo do Desporto”, no âmbito do III Congresso da Cidade Social.
O reconhecimento, que o município mantém de forma
ininterrupta desde 2018, “confirma o compromisso da autarquia com a promoção da
atividade física, do desporto e de um estilo de vida saudável”, lê-se em nota
enviada às redações. A autarquia destaca ainda que tem implementado “diversos
programas regulares dirigidos a todas as faixas etárias (…) com uma oferta
diversificada e inclusiva”. A nota sublinha ainda “múltiplos eventos desportivos”
dinamizados anualmente, bem como os apoios aos “clubes e associações
desportivas locais na realização dos seus eventos, de caráter regional,
nacional e internacional”. O reconhecimento foi
entregue no passado dia 17 de junho, no III Congresso da Cidade Social, em Vila
Nova de Poiares. A iniciativa reuniu mais de 200 autarquias.