RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Miguel Gomes, IL-Aveiro: “Aveiro não se resume a Alberto Souto e a Ribau Esteves”

A cerca de um ano para as eleições autárquicas, previstas para 2025, no Município de Aveiro começam a fazer-se as primeiras apostas, estudam-se os melhores candidatos e surgem as primeiras “guerrilhas” entre os partidos. É, neste seguimento, que a Ria inicia um conjunto de entrevistas aos principais representantes de cada partido. O terceiro convidado é Miguel Gomes. Atual coordenador do Núcleo de Aveiro da Iniciativa Liberal (IL).

Miguel Gomes, IL-Aveiro: “Aveiro não se resume a Alberto Souto e a Ribau Esteves”
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
30 nov 2024, 10:00

Questionado sobre o balanço dos últimos 19 anos de governação PSD-CDS na autarquia de Aveiro, tal como os restantes convidados, Miguel Gomes realçou que foram uma “oportunidade perdida” destacando as obras na Avenida Europa, na Avenida Lourenço Peixinho e no Rossio como três exemplos disso. “(…) Nós temos uma estrada nacional 109 que conseguiram mudar o nome para Avenida Europa, mas que de facto não é uma Avenida… É uma Avenida que não permitiu a circulação de peões e que é muito perigosa para a circulação de bicicletas e de motociclos. Não tem sítios para atravessar e, portanto, era uma avenida que precisava urgentemente de requalificação e continuamos à espera de que ela seja feita”, argumentou. Relativamente à Avenida Lourenço Peixinho alegou que ao invés de ser a “avenida nobre de Aveiro” se tornou na “via com mais caos em termos de trânsito” e que o Rossio tem um parque de estacionamento que se encontra “vazio” e uma ciclovia “feita com paralelo”. “É qualquer coisa de impensável”, exprimiu Miguel Gomes.

No que toca à área de “impostos e fiscalidade”, o atual coordenador da IL também não deixou de apontar críticas ao atual executivo atirando que o mesmo “acha que é mais importante ter dinheiro na Câmara Municipal de Aveiro do que manter o dinheiro no bolso dos aveirenses”. Ainda sobre Aveiro enquanto Capital Portuguesa da Cultura 2024, Miguel Gomes disse que a designação não passou de uma “ilusão” e que a cultura é, atualmente, “monopolizada” pela Câmara Municipal. “Faz o Festival dos Canais, (…) tem a programação do Teatro Aveirense, do Centro de Congressos... Mas falta o resto. Falta, por exemplo, apoiar os artistas locais”, atirou. “Nós não temos residências artísticas, nós não temos promoção dos artistas locais… Dos jovens que saem das nossas escolas, de jovens que saem da nossa Universidade…. Não há essa promoção em termos de cultura (…) Nós não vemos artistas de rua…. Porquê? Porque o executivo se recusa a passar licenças para os artistas de rua. O que é uma cidade da cultura sem cultura na rua?”, questionou Miguel.

IL diz que Aveiro “precisa de centros de saúde funcionais”

No seguimento da análise do balanço do atual executivo, o coordenador da IL apontou ainda falhas na área da saúde. “Em Aveiro, temos o hospital (…) que precisa urgentemente do aumento e dessas obras. Precisa também que seja feito o Centro de Investigação Clínico para fazer a ligação com a Universidade de Aveiro e para conseguirmos potenciar todo o setor da saúde. Precisa de centros de saúde funcionais e que não chova lá dentro, por exemplo. Precisa de estruturas privadas que funcionem bem (…) de maneira que os aveirenses possam ter acesso à saúde quer privada quer pública”, relembrou.

Interpelado sobre o outdoor da Iniciativa Liberal que se encontra, neste momento, pelas ruas de Aveiro, onde Alberto Souto de Miranda, ex-presidente do Município de Aveiro e José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro surgem, em primeiro plano, numa caricatura onde se lê “não sejas marioneta”, Miguel Gomes realçou que a IL não quer um regresso do passado no Município. “Nós queremos alguém que mantenha umas finanças saudáveis e que faça boas obras, mas sempre com muita responsabilidade financeira. Alberto Souto está nesta altura a tentar controlar o PS [daí vêm as marionetas] (…) para ser ele o candidato ou alguém indicado por ele”, justificou. No que toca a Ribau Esteves comparou-o a um “senhor de Aveiro” por “querer controlar o ambiente político” do partido. “Nós não vemos isso com bons olhos. Aveiro não se resume a Alberto Souto e a Ribau Esteves”, afirmou.

IL avança com o nome do candidato à Câmara de Aveiro até “janeiro”

A um ano para as eleições autárquicas de 2025, Miguel Gomes mostrou-se, novamente, “disponível” para ser candidato à Câmara Municipal de Aveiro [tal como em 2021], mas realçou que, “neste momento”, está tudo em aberto. “Eu estou disponível, mas imagino que haja mais membros que estejam disponíveis para estar a ajudar nesta aventura que é a Iniciativa Liberal e as eleições autárquicas”, partilhou, realçando que até “janeiro” espera ter não só esse nome, mas também parte da equipa para anunciar.

Confrontado com as declarações do presidente de secção de Aveiro do PSD, Simão Santana, na sua grande entrevista à Ria, em que o mesmo considerou uma coligação com a Iniciativa Liberal uma possibilidade “muito remota”, o coordenador da IL respondeu que não lhe preocupa “minimamente”. “Temos de ver que haver uma coligação iria tirar à Iniciativa Liberal autonomia estratégica e autonomia política (…) Nós existimos para ir às eleições para apresentarmos as nossas ideias, para mostrarmos aos eleitores aquilo que valemos e porque é que estamos aqui”, reforçou.

Ainda assim, Miguel Gomes não descartou totalmente a possibilidade da IL se coligar com outros partidos. Por enquanto, “ninguém veio falar connosco. (…) Estamos perfeitamente bem com a decisão de ir sozinhos às eleições”, disse.

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Greve parou produção de pasta de papel na Navigator em Aveiro
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Greve parou produção de pasta de papel na Navigator em Aveiro

“O objetivo foi completamente alcançado com a paragem da máquina da produção de pasta”, disse à Lusa Paulo Ferreira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE-CN). Paulo Ferreira referiu que a paralisação, que começou às 00:00, teve uma adesão de 70% no primeiro turno, que terminou às 08:00, mantendo-se os mesmos números no segundo turno. "A adesão é de 100% na área da produção da pasta de papel. Em termos de energia, que é uma área substancial da Navigator, também está em serviços mínimos, só com a manutenção dos equipamentos”, precisou o sindicalista. Os trabalhadores da Navigator Pulp Aveiro e The Navigator Company (antiga Portucel), situadas no complexo de Cacia, iniciaram hoje uma greve de três dias para reivindicar aumentos salariais justos, o fim das imposições da administração e a reposição dos direitos retirados. A greve foi convocada após várias reuniões infrutíferas ao longo dos últimos meses para negociar com a empresa uma melhoria dos aumentos salariais para o próximo ano. No início deste ano, The Navigator Company assinou um acordo de dois anos (2024 e 2025) com a Federação dos Sindicatos da Industria e Serviço, que prevê um aumento salarial no próximo ano de 2% com um mínimo de 25 euros. No entanto, segundo Paulo Ferreira, os trabalhadores entendem que este aumento “não é compatível com os lucros apresentados pela empresa”. “A grande maioria o que vai levar é os 25 euros”, disse o sindicalista, afirmando que as pessoas “não estão satisfeitas”. Paulo Ferreira referiu ainda que o SITE-CN apresentou uma proposta para um aumento de 150 euros para todos os trabalhadores, tendo baixado este valor para os 125 euros, mas não obteve qualquer resposta por parte da empresa. A Lusa contactou a empresa e aguarda resposta. A greve decorre entre as 00:00 do dia 26 e as 16:00 do dia 28.

Centro de Aveiro com trânsito condicionado este fim de semana
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Centro de Aveiro com trânsito condicionado este fim de semana

Segundo uma nota de imprensa, alguns dos arruamentos do centro da cidade estarão “muito condicionados ou cortados ao trânsito”, durante os dias 28 e 29 de dezembro. Entre as estradas cortadas estão: “a Avenida de Santa Joana; a Praça Humberto Delgado / “Pontes”; o Rossio; a Rua Batalhão de Caçadores 10; a Rua Capitão Souza Pizarro; a Rua dos Galitos, entre a Rua Belém do Pará e as “Pontes” e a Rua Gustavo Ferreira Pinto Basto”. A autarquia alerta ainda que, face aos arruamentos envolvidos, “está prevista alguma interferência com os transportes públicos e com a saída dos veículos do parque de estacionamento do Fórum Aveiro”. Tal como noticiado pela Ria, é já este domingo, 29 de dezembro, pelas 16h30, que acontece a cerimónia do desfecho de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, no Teatro Aveirense. Entre as atividades em destaque estará um recital de música clássica, assim como um espetáculo multidisciplinar ao ar livre, ambos com entrada livre. Na nota, o Município apela aos cidadãos para que antecipem a sua chegada aos locais do espetáculo no dia 29 de dezembro e agradece a compreensão pelos incómodos causados.

Comerciantes locais de Aveiro descontentes com Município
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Comerciantes locais de Aveiro descontentes com Município

Senhor Frutuoso – é assim que o conhecem – está à frente da Casa do Café, na Rua dos Mercadores, há 40 anos. Conta a transformação que viu e viveu tanto na rua como no negócio. “Eu trabalhava à base de merceeiro”, começa por contar. Tinha de tudo um pouco e vendia a granel. Atualmente, a granel “ainda se vende os feijões”. No entanto, a tudo o resto teve de se adaptar. “Fui-me adaptando e fui transformando isto, pronto. Como vê, esta parte que era dos cereais, está quase tudo fechado e antes estava tudo aberto, tudo cheio”, repara Frutuoso. A ligação que tem com África e os amigos de São Tomé e Príncipe fizeram com que conseguisse alargar o negócio para o café. “Éramos cinco pessoas aqui a trabalhar, portanto, trabalhava-se muito bem. Abriram os supermercados e (…) nós chegamos a um ponto que nos tivemos de render”, conta o dono da Casa do Café. Continua com vontade de ter a porta aberta. Conta que já recusou ofertas para trocar de loja e diz com orgulho que no seu estabelecimento só entram os melhores produtos para vender aos clientes. Na altura do Natal sente um pouco mais de movimento. “Tenho muito cliente que só vem cá uma vez por ano, vêm aos frutos secos”, aponta. Mesmo assim o senhor Frutuoso não tem dúvidas nenhumas de que “esta parte [comércio na rua dos mercadores e arredores] mais dia menos dia, mais ano menos ano - é extinta”, aposta. Para a conta pesa o sentimento de um certo abandono por parte da Câmara. Frutuoso refere que a Câmara de Aveiro afirma apoiar o comércio local, “mas a realidade é que não”. “Por muito que digam, é mentira…. Põem tudo de maneira que as pessoas não possam vir…”, conclui o senhor Frutuoso. No Mercado Manuel Firmino, os comerciantes apontam também a abertura das grandes superfícies como o principal motivo para as dores do comércio local. “Os grandes são grandes, os pequenos ficam pequenos”, apontam. Se alguns comerciantes consideram que o papel da Câmara não altera os hábitos de consumo, por outro lado há quem defenda que o Município não tem preocupações com quem lá vende e aponta a má divulgação do espaço como exemplo dessa falta de empenho. “A Câmara se pudesse fechava isto”, referem. Quem vende produtos frescos – das frutas e hortícolas ao pescado – repara ainda que o mercado mexe mais quando se está a poucos dias do Natal. Polvo e fruta é o que tem tido mais saída. Os preços, alertam alguns comerciantes, são contestados pelos clientes. Em resposta, os comerciantes garantem que a frescura dos produtos é um encargo que levam a sério e que pesa no final do mês para a balança de quem vende. “Só funciona se oferecermos”, sublinham os comerciantes. Segundo o estudo ‘Compras de Natal 2024’do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), este ano os portugueses tencionam gastar, em média, cerca de 392 euros com compras de Natal, um aumento de cerca de 10% no orçamento comparativamente ao ano passado. Ainda assim, quase 60% das pessoas referiram que este aumento de orçamento se deve ao aumento generalizado dos preços dos produtos. Em suma, este ano os portugueses que vão gastar mais dinheiro em relação ao ano passado vão reduzir nas compras de Natal e diminuir o número de pessoas a quem vão oferecer presentes. Também Mira Costa, dona do Charles Coffe Point, vê os turistas – em particular os espanhóis – como a salvação do comércio mais pequeno em Aveiro. “Por aquilo que eu me apercebi, e os meus vizinhos que já cá estão há uma data de anos dizem, é que são os espanhóis que salvam esta altura”. A altura a que Mira se refere é a estação do Inverno, em particular a altura do Natal e os meses de dezembro e janeiro. São “os meses de menor fluxo” pelo menos “no que diz respeito à restauração”, garante a dona do Charles. “As pessoas canalizam-se mais para as compras de Natal e o dinheiro como não estica ou vão ao café ou vão fazer as compras de Natal”, justifica Mira. Também em relação aos apoios camarários Mira concorda com o senhor Frutuoso da Casa do Café. O sentimento é na verdade partilhado por vários comerciantes da Rua dos Mercadores e arredores. “Apoios da Câmara? Zero. Sabe para que é que eles servem? Para nos multar”, atira a dona do Charles. “Nós só servimos para contribuir”, remata. “Nós todos já pensamos até em juntar e pedir uma reunião ao senhor presidente da Câmara porque estamos assim um bocadinho ‘desprezados’”, adianta. Reclama ainda de que não há estacionamento, em particular para os comerciantes. “Acho que deviam tentar arranjar aqui uma maneira de nos ajudar, não é preciso oferecer estacionamento, mas haver uma contemplação”, repara Mira Costa. “Nós abrimos às 9h30, saímos daqui às 22h00, nós não podemos estar a pôr 1,20€ por cada hora que cá estamos ou a pagar uma mensalidade”, referiu Mira Costa que notou ainda que a mensalidade só compensa nos meses de verão. Na quadra que vivemos, a iluminação e a agenda de Natal é vista por alguns comerciantes como um atrativo e apontado como um apoio indireto à atividade comercial. Há quem critique, no entanto, a falta de aviso prévio aos comerciantes sobre as iniciativas que decorrem na zona. Este ano a iluminação de Natal, em Aveiro, tem um preço contratual um pouco acima dos 203 mil euros, valor ao qual acresce IVA. Em declarações à Ria, à margem da última reunião pública camarária, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, afirmou que atualmente não fazia sentido investir diretamente nas atividades comerciais em Aveiro. “Neste momento, as medidas que temos é um investimento brutal de qualificação urbana, de promoção da cidade e, portanto, toda a gente reconhece que os negócios, a atividade económica está bem, está em crescimento e, portanto, não faz sentido nós termos investimentos diretos”, referiu o autarca. Ribau Esteves destacou ainda o investimento na iluminação de Natal como “um atrativo adicional” para trazer pessoas a passear e a comprar em Aveiro.

Caças F-16 da Força Aérea vão sobrevoar hoje por Aveiro para desejar um feliz Natal
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Caças F-16 da Força Aérea vão sobrevoar hoje por Aveiro para desejar um feliz Natal

De acordo com comunicado divulgado pelo ramo, “uma parelha de aviões caça F-16M da Força Aérea vai sobrevoar determinadas regiões de Portugal Continental no dia de amanhã [terça-feira], 24 de dezembro, aproveitando a ocasião para desejar à população um Feliz Natal”. “A Força Aérea reservou um voo de treino para este dia especial, que servirá em simultâneo para manter as capacidades e qualificações dos seus militares para atuarem a qualquer momento e em qualquer circunstância, reforçando o compromisso de salvaguarda da integridade do território nacional, através do cumprimento das missões de vigilância, policiamento e defesa aérea”, lê-se na nota. A rota divulgada, que pode sofrer alterações em função das condições meteorológicas, prevê que os caças sobrevoem os céus da Figueira da Foz pelas 12:00, Coimbra pelas 12:05, Aveiro às 12:15, Porto 12:20, Viana do Castelo 12:25, Braga 12:30, Guimarães pelas 12:35, Chaves 12:40, Bragança 12:45 e Mirandela pelas 12:55. O voo de Natal seguirá depois para Vila Real pelas 13:00, Viseu às 13:05, Guarda 13:10, Castelo Branco pelas 13:20, Portalegre 13:25, Évora 13:35, Setúbal 13:45, Santarém 13:55, Rio Maior 14:00, Tomar 14:05 e Leiria pelas 14:15.

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Greve parou produção de pasta de papel na Navigator em Aveiro
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Estudantes internacionais viveram Natal com famílias portuguesas
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Estudantes internacionais viveram Natal com famílias portuguesas

Marta Santos é uma antiga estudante da Universidade de Aveiro (UA). Licenciada e mestre em Estudos Editoriais, a antiga estudante mantêm a ligação à Universidade, em especial à ESN Aveiro. Este Natal recebeu em sua casa – ou melhor, na casa da tia – duas estudantes de Erasmus. Andrea Doller e Alexandra Chictic, da Alemanha e da Roménia, respetivamente, foram a companhia internacional da família Santos neste Natal. Andrea tem 22 anos e está de Erasmus em Aveiro a estudar tradução em Português e Inglês. Escolheu Portugal pelo gosto pela língua de Camões. Sobre Aveiro, gosta particularmente de poder ir a pé para todo o lado. Quanto à iniciativa ‘Natal com Famílias Portuguesas’, Andrea vê como uma oportunidade de experienciar o Natal fora de casa, algo que sempre quis fazer. “Tenho muito interesse em descobrir culturas e tradições de outros países, acho que é uma oportunidade muito boa experienciar como as famílias portuguesas celebram o Natal”, justificou a estudante. Além disso, “é bom não ter de passar o Natal sozinha em Portugal”, apontou Andrea. Conhece algumas das tradições natalícias portuguesas e ficou curiosa com aquilo que ia ainda descobrir com a família Santos. Apesar de não saber o nome do bolo que descreve como tendo “coisas verdes e vermelhas por cima”, conhece a tradição do brinde no bolo-rei e espera comer bacalhau à ceia de Natal. A comida e a conversa com a família eram o fator mais entusiasmante para Andrea. Na Alemanha, partilhou a estudante, o Natal centra-se sobretudo no dia 24. É celebrado com “comidas mais elaboradas”, sobretudo à base de carne, que normalmente não se comem durante o resto do ano e é dada uma grande importância às músicas natalícias. Bacalhau com batata e couves cozidas, o prato mais tradicional do Natal em Portugal foi o jantar servido no dia 24 pela família Santos - tal como esperado por Andrea. Marta Santos contou também que convidou as estudantes a acompanhar a família para assistir à missa de Natal, no dia 25, iniciativa à qual ambas aderiram, numa abertura que tem “surpreendido bastante” a família. Raquel Ferreira, estudante do terceiro ano de Bioquímica na UA, responsável pela implementação do projeto ‘Natal com Famílias Portuguesas’ em Aveiro e secretária da ESN Aveiro, explicou que a troca de culturas, o enriquecimento da sociedade e das famílias que acolhem os estudantes internacionais e o combate à solidão são os principais objetivos da iniciativa. ‘Natal com Famílias Portuguesas’ começou há seis anos e a edição deste ano contou com a participação de “50 famílias que corresponderam a 77 estudantes” a nível nacional, adiantou Raquel Ferreira. A adesão tem “crescido a nível de estudantes internacionais, mas decrescido a nível de famílias portuguesas”, reparou a estudante responsável pela iniciativa em Aveiro.

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Desmantelada rede que introduzia cocaína e haxixe em Portugal e Espanha
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Desmantelada rede que introduzia cocaína e haxixe em Portugal e Espanha

Durante a investigação, que contou com a colaboração da Polícia Judiciária (PJ) e da GNR, foram apreendidos, em diversos momentos, 278 quilos de cocaína e 3.831 de haxixe, 180 plantas de canábis, 500 mil euros em numerário, “várias armas de guerra” e uma mota náutica, entre outros bens. Foram ainda arrestadas “51 contas bancárias, cinco imóveis, 23 veículos a motor e uma embarcação” Trinta e uma pessoas foram detidas pela Guardia Civil, nas localidades espanholas de Huelva (25), Sevilha (2), Algeciras (2), Granada (1) e Málaga (1). As detenções ocorreram no âmbito das operações Linked e Ecolinked. Os detidos são suspeitos de crimes “contra a saúde pública, pertença a organização criminal, detenção e porte de armas e depósito de armas de guerra, branqueamento de capitais, contrabando, falsificação de documento, recetação e roubo de veículo a motor”. “Ambas as investigações se iniciaram com a informação da existência de uma organização criminal muito ativa, com ligações na Colômbia, Panamá e Portugal, dedicada à introdução de cocaína e resina de canábis (haxixe) proveniente da América Latina e do Oeste do continente africano, tanto por via marítima, mediante o recurso a contentores, veleiros e embarcações de alta velocidade, como por via aérea, mediante o uso de aeronaves de recreio ou de uso privado”, refere, em comunicado, a Guardia Civil. A organização conseguiria pôr em prática “de forma simultânea seis operações de introdução de cocaína”, quer “através de diversos portos localizados na Europa”, quer utilizando embarcações de recreio e lanchas rápidas nas costas de Portugal e Espanha. Além da PJ e da GNR, as operações, dirigidas pelo Tribunal de Instrução de Huelva, contaram com a colaboração das autoridades de Colômbia, Panamá, Estados Unidos da América, Reino Unido e França, bem como da Europol. Portugal foi, além de Espanha, um dos países onde existiram operações no terreno sobre os suspeitos, a par de Colômbia, Guiana, Panamá e França.