Universidade
UA vai ter novo Laboratório de Inovação e Experimentação Alimentar
Com o objetivo de divulgar o novo curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, o DQ vai inaugurar, na próxima quinta-feira, dia 27, um laboratório de inovação e experimentação alimentar. A inauguração, aberta às empresas da fileira alimentar, pretende também ser uma mostra das competências dos investigadores e professores da Universidade de Aveiro na área e vai reunir vários especialistas do setor numa mesa-redonda sobre a importância da Inovação na área alimentar, com foco nos desafios atuais e oportunidades na perspetiva de diferentes players nacionais. O evento decorrerá pelas 17h30 no DQ e a mesa-redonda trará Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, Marlos Silva, diretor do R&D e Inovação da SONAE, Natacha Fontes, Gestora I&D|R&D da Sogrape e Ana Tasso Rosa, ex-estudante de licenciatura e mestrado do DQ e atual R&DI diretora da Casa Mendes e Gonçalves à UA. As inscrições para assistir à sessão já se encontram abertas. O evento pretende ainda divulgar o curso de especialização Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, um curso que pretende proporcionar “uma formação avançada, especializada e modular, em que cada estudante cria o seu percurso formativo, dirigido a quadros superiores de empresas ou entidades públicas e privadas”, lê-se em nota enviada às redações. O curso foi construído “tendo em consideração as necessidades atuais de formação continua e integrada nas diversas áreas da fileira alimentar, com especial foco na sustentabilidade e inovação, e numa Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), em que os estudantes adquirem conhecimentos e competências teóricas e práticas ao trabalhar nos seus próprios projetos, que podem trazer do seu mundo real de trabalho”, indica a mesma nota. O laboratório de inovação e experimentação alimentar e o novo curso de especialização foram financiados por verbas dos investimentos Incentivo Adultos e Impulso Jovens STEAM do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR).
AAAUA institui Núcleo Alumni de Rugby
Por ocasião da investidura do novo Núcleo, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, partilhou a “satisfação por ver nascer este Núcleo, ancorado numa enorme vontade da coordenação em congregar os antigos alunos. Tendo como mote a prática do rugby, uma modalidade em expansão no panorama nacional” razão pela qual desejou “um bom trabalho” à coordenação designada, a quem agradeceu a “disponibilidade e o voluntarismo para este desafio”. O Núcleo é coordenado por Ivan Portela, ex-jogador de rugby da Universidade de Aveiro (UA). Paulo Fontes, antigo presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e ex-jogador de rugby, foi designado responsável financeiro e Daniel Rainho, antigo coordenador do Núcleo de Rugby da AAUAv, é o vogal do novo núcleo. Ivan Portela partilhou que a ideia de criar o Núcleo Alumni de Rugby surgiu pela competição da modalidade “ter-se iniciado na nossa academia, precisamente, há 40 anos”. “No entanto, a missão do Núcleo não passa unicamente por relembrar o passado, que é importante, mas principalmente para estimular a prática da modalidade entre os Alumni, estimular os jovens alunos que neste ano letivo 2024/2025 voltaram a praticar a modalidade no Campus da UA e estimular toda a academia a experimentar a prática da modalidade”, acrescentou Ivan. O coordenador do novo núcleo considera ainda que o estímulo para a prática da modalidade se faz “sobretudo na passagem de um legado, da partilha de vivências e de histórias do Rugby Universidade de Aveiro, no ensinamento dos valores do desporto e do rugby e também pela partilha de conhecimento técnico da modalidade, na prática desportiva entre os antigos alunos e novos alunos”. A coordenação do Núcleo pretende realizar anualmente um evento da modalidade, onde haverá um conjunto de jogos de rugby, touch rugby e ‘walking rugby’, uma nova vertente da modalidade. A iniciativa pretende ainda fomentar o convívio entre todos os participantes, “na conhecida terceira parte do rugby”, referem. Além de Pedro Oliveira, presidente da Direção da AAAUA, estiveram presentes na sessão de tomada de posse do novo Núcleo Rui Semião, secretário e Manuela Nunes e Margarida Ferreira, vogais da associação.
Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real
A ZLT Aveiro é criada através de uma portaria conjunta da ministra da Administração Interna, do ministro da Educação, Ciência e Inovação, do ministro das Infraestruturas e Habitação e do secretário de Estado da Economia. A ZLT agora criada pretende ser “um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta”. Liderada pela Universidade de Aveiro, a ZLT visa “impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço”. A ZLT Aveiro permitirá testar novas tecnologias de comunicação em ambiente real, “incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos”. “O objetivo é criar um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias”, refere o respetivo regulamento. A Universidade de Aveiro será a entidade gestora da ZLT, responsável pela sua operação e manutenção. “A Zona Livre Tecnológica pretende atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades”, adianta. A sua delimitação “abrangerá diversos ambientes, incluindo áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais”. “A criação da ZLT Aveiro faz parte da estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação”, justifica a portaria. De acordo com a portaria, que entra em vigor na quarta-feira, os setores de atividade privilegiados para a realização de testes incluem, mas não só, cidades e portos inteligentes, aeronáutica e espaço, mobilidade e transportes, incluindo a ferrovia, outros setores como a indústria, turismo, saúde, ambiente e energia, agricultura e pescas e administração pública e do território. "Os promotores de testes são as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, independentemente da sua natureza jurídica, que requeiram a realização de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores de base tecnológica, alinhadas com a missão da ZLT - Aveiro (...), com potencial de viabilidade técnica, económica ou comercial, ou interesse para prossecução de objetivos de interesse geral ou para enriquecimento do conhecimento técnico ou científico", lê-se ainda no documento.
Fórum AAUAv: Direção e Núcleos querem que notas dos momentos de avaliação sejam divulgadas mais cedo
Pela primeira vez presente na qualidade de presidente da direção da AAUAv, Joana Regadas, exprimiu à Ria que foi um Fórum “muito feliz”. “Acho que é o sentimento que pode melhor descrever aquilo que se passou. Foi um fim de semana muito produtivo e muito bom para a estrutura”, afirmou. O “Fórum@AAUAv” juntou a direção da AAUAv com os diferentes núcleos, na Casa do Estudante, e procurou, ao longo dos dois dias, refletir sobre algumas das problemáticas dos estudantes e da UA. “No sábado, de manhã, discutimos o regulamento de estudos UA e tivemos em discussão alguns artigos sobre os momentos e os métodos de avaliação. [Para tal], contamos com a presença do provedor de estudante e com a professora Ana Balula, em representação do Conselho Pedagógico. [Com ela], tivemos a oportunidade de partilhar algumas das coisas que na ótica dos estudantes (…) não estão em conformidade e que se calhar não dão resposta às necessidades do ponto de vista dos estudantes”, avançou Joana Regadas. Ainda entre os pontos em discussão esteve também o “cumprimento de prazos para a divulgação das notas”. “Há uma sugestão por parte da estrutura que irá sair também, em breve, de antecipar o período de entrega de notas na época de exames para que as pessoas possam ter a oportunidade de se preparar para a época de recurso, caso seja necessário. Acabamos também por falar sobre a divulgação dos métodos de correção para os estudantes, entre outros tópicos”, continuou. A presidente da direção da AAUAv explicou à Ria que estiveram também em reflexão algumas questões relacionadas com as “dissertações, estágios e projetos”. “Foi bom para verificar que a realidade é diferente entre alguns dos departamentos, institutos e escolas que temos na universidade. Falamos ainda sobre a atribuição dos horários e sobre as escolhas das turmas que é uma coisa que apesar de estar automatizada ainda não ocorre da melhor forma… Percebemos que os critérios utilizados ainda não estão bem explícitos”, sublinhou. Também “a atribuição do papel de dirigente associativo aos núcleos” esteve em discussão, marcando ainda presença na iniciativa dois antigos presidentes da AAUAv - Luís Ricardo Ferreira e Tiago Alves – que refletiram também sobre esta estrutura. No domingo, o jogo do Beira-Mar, frente ao Salgueiros, no Estádio Mário Duarte, deu o ‘pontapé final’ ao “Fórum@AAUAv”. “Aqui também um agradecimento à estrutura do Beira-Mar por nos oferecer os bilhetes (…) para apoiarmos, de forma muito calorosa, a equipa da cidade que acabou por ganhar 2-0. Acho que fomos nós que demos a boa sorte para eles ganharem ao Salgueiros”, brincou a presidente da AAUAv. “O fórum é um momento de muita reflexão, de pensamento para os dirigentes, no entanto, também é um momento para a criação de laços e também de retribuição para a cidade que nos acolhe… Temos de começar também a caminhar nessa direção. Este foi um pequeno passo que acredito que fará diferença”, finalizou.
UA acolheu quase dois mil alunos na 18ª edição do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos
Quase dois mil alunos rumaram ontem, dia 14, das várias escolas do país até à Universidade de Aveiro para participar no Campeonato Nacional de Jogos Matemática. “Correu bem? Divertiste-te?”, ia-se ouvindo à medida que os alunos iam saindo do recinto. Alguns vinham felizes por terem participado, outros tristes com a derrota e outros chateados por não terem ficado apurados para as finais. Maria de Jesus, professora do primeiro ciclo da turma do quarto ano da Escola Básica Latino Coelho de Rio Maior, do agrupamento de Escolas Marinhas do Sal, Rio Mario trouxe consigo três alunos. Jogaram Dominório, Gatos & Cães e Rastros. “Gostavam de cá vir novamente?”, perguntou a professora aos alunos. “Sim”, responderam em uníssono. “Este tipo de eventos ajuda a que as crianças percebam que a matemática não é aquele bicho de sete cabeças, portanto eu quando propus foi exatamente para podermos mostrar que a matemática tem um lado divertido”, frisou a professora. Também Jorge Nuno, diretor da Associação Ludos e a pessoa por detrás da iniciativa, encara o Campeonato como uma forma de cativar os alunos para a disciplina de Matemática. “Nós incentivamos os alunos com o gosto de pensar rigorosamente e com criatividade, e isso é exatamente a matemática, é o rigor e a criatividade”, sublinhou. Além de cativar o interesse dos alunos para a matemática, o presidente da Ludus destaca ainda a inclusividade alcançada com o projeto ao longo dos anos. “Temos hoje a participação dos jogadores invisuais, que é uma coisa absolutamente única no mundo”, referiu Jorge Nuno que conta que a professora Carlota Brasileiro foi “ao longo dos anos (…) adaptando os materiais e trabalhando com os alunos invisuais, de maneira que hoje em dia eles participam exatamente em pé de igualdade”. A competição é promovida anualmente desde 2004, pela Associação Ludus, a Associação de Professores de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Agência Ciência Viva. Pelo terceiro ano consecutivo, a organização é assegurada pela UA, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e do Departamento de Matemática. Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro não esconde o orgulho na inciativa e refere que a mesma tem crescido ao longo dos anos. Atingiu na 18ª edição um pico de participantes que Pedro Pombo salienta como “muito importante” e que espera manter. “Este programa está enraizado nas escolas, ele funciona por si, (…) nós estamos aqui a ver 1.812 jovens a competir nesta final, mas já competiram dezenas de milhares de jovens nas escolas: cada um destes representa cerca de 20 ou 25 meninos”, frisou o diretor da Fábrica para sublinhar a dimensão do projeto. A iniciativa contou ainda com a realização, ao longo do dia, de várias atividades paralelas que foram sendo desenvolvidas pelo campus da UA. Inserida nas comemorações do Dia Internacional da Matemática e do Dia do Pi, a iniciativa contou com a disputa de seis jogos (Gatos & Cães, Rastros, Produto, Dominório, Atari Go e Nex), distribuídos por doze categorias, tendo sido apurados, no final do dia de ontem, 12 campeões nacionais nos Jogos Matemáticos.
UA: João Garcia Neto quer chegar com a “máquina” do GrETUA até “mais pessoas”
Cerca de dois meses após ter assumido a direção artística do GrETUA, face à saída de Bruno dos Reis, João Garcia Neto admitiu à Ria que “não esperava de todo” o convite para ocupar este lugar. “O Bruno falou-me disso a primeira vez no verão do ano passado, mas eu até demorei um bocadinho a perceber que resposta é que ia dar porque não estava de todo à espera que isso fosse acontecer…”, confidenciou. Entre os motivos para esse impasse, João Garcia apontou a responsabilidade da tarefa. “Tenho um respeito muito grande pelo GrETUA… Mesmo. O GrETUA para mim, como para muita gente, (…) acho que é responsável por criar um vínculo muito grande das pessoas à cidade de (…) e, antes disto tudo, obviamente, na Universidade”, explicou. Isto é uma tarefa muito séria. Este também já é um lugar que me merece muito carinho e eu percebo essa importância. Por isso vem daí essa preocupação em querer fazer bem”, continuou. Questionado pela Ria sobre que GrETUA encontrou, desde que assumiu a direção artística, o jovem de 26 anos frisou que, neste momento, esta é uma estrutura com uma presença “muito forte” e com uma projeção na cidade “muito grande”. “Essa projeção foi ganha com muita força nos últimos anos em que o GrETUA se cumpriu como uma estrutura cultural que oferece, com uma regularidade e uma qualidade muito grande, uma programação artística semanal (…) e, portanto, encontro um pequeno equipamento cultural, mas muito capacitado sobretudo pela carolice de quem lá está. Mas a verdade é que nos últimos anos conquistou apoios e esse reconhecimento. Portanto, há uma máquina, há uma estrutura que já está a andar”, considerou. Sobre que rumo seguirá essa máquina? João Garcia respondeu que o objetivo será sempre “chegar a mais pessoas” e de conseguir estabelecer um “diálogo ainda mais aberto com a Universidade”. “Há uma preocupação em conseguir convocar mais alunos e estabelecer um diálogo até mais direto com diferentes departamentos e até com diferentes áreas de conhecimento”, exprimiu. Com um olhar mais atento sobre a programação do próximo trimestre do GrETUA, o novo diretor artístico desvendou que haverá uma continuidade, do que tem vindo a ser feito, assim como algumas novidades. “Uma das coisas de que posso falar já para a programação a partir do próximo trimestre tem a ver com uma adição às dinâmicas dos ciclos de cinema [em que] há esta vontade de criar conversas depois das projeções com pessoas que façam parte da Universidade, explorando temas que os filmes convocam. Portanto, expandindo o momento da projeção a partir do filme, mas para lá do filme. Poder trazer investigadores, professores, alunos que venham conversar sobre as temáticas que cada filme pode convocar (…)”, apontou. No entretanto, João Garcia desvendou ainda que decorrerá no próximo dia 20 de março, pelas 21h00, no Auditório Renato Araújo, na Universidade de Aveiro (UA), com entrada gratuita, a antestreia do documentário “Antes de mais, parabéns atrasados”. “É o culminar de mais de um ano. Desde o início do ano de 2024, que iniciámos este processo monumental de querer fazer um filme sobre os 45 anos de história do GrETUA e de o fazer com um empenho muito grande (…) Nós recolhemos o testemunho de quase 40 pessoas. São 20 e tal entrevistados que aparecem no registo convencional da entrevista do filme. Depois há alguns registos que aparecem no off de outras pessoas, mas foi um processo muito intenso de recolha de testemunhos”, explicou. “(…) Esperemos que o filme depois possa ter a sua estreia formal em algum festival de cinema”, esperançou. Numa outra etapa da conversa, o diretor artístico reconheceu ainda que a cidade de Aveiro valoriza o GrETUA ainda que admita não ter “existido até aqui” uma proximidade “tão grande” com o Município. “(…) Há uma relação que é mediada pelo Teatro Aveirense e que tem sido sólida, mas de facto o GrETUA quer ter essa presença muito bem marcada (…) a partir da Universidade, mas marcando também presença na cidade (…) Espero que a partir de agora possamos estreitar também essas relações e possamos colaborar, coproduzir mais com o Município e sentirmo-nos também mais apoiados e com um diálogo mais estabelecido”, afirmou. Dando como exemplo a Capital Portuguesa da Cultura [que decorreu no ano passado, em Aveiro], João sugeriu que poderia ter “acontecido uma criação do GrETUA”. Relativamente à postura da UA no campo da cultura, João Garcia defendeu que “existem uma série de dinâmicas novas” desde que finalizou a licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação [agora Multimédia e Tecnologias da Comunicação] na mesma instituição. “Acho que há uma série de festivais, por exemplo, e uma série de dinâmicas que se têm criado e que produziram um movimento novo nesse sentido (…) Também é uma alteração muito significativa o reconhecimento que a Universidade fez do GrETUA nos últimos anos e que se traduziu de várias formas (…)”, opinou. “(…) Há um apoio que surge ao GrETUA e isso (…) é fundamental para que o espaço possa ter de facto esta consistência de programação e (…) estas propostas artísticas que oferece à comunidade académica e à cidade”, considerou o diretor artístico. Sobre o diálogo do GrETUA com a Universidade caraterizou-o ainda de “muito feliz”. “Eu já prolonguei esse diálogo com o pouco tempo que estou aqui e sinto isso…. Há uma abertura, há canais de comunicação com a Reitoria que são muito bons e parece-me que há uma vontade de lá em colaborar em projetos mais pontuais (…) Claro que (…) haverá sempre margem para melhorar, mas lá está a máquina continua”, sublinhou. Numa etapa final, a Ria questionou ainda João Garcia Neto de onde se imaginava a estar daqui a dez anos ao que este respondeu “não saber”, ainda que não tenha descartado da equação a cidade que o viu crescer [Aveiro]. “Eu só consigo pensar na vontade que tenho de estar cá agora e de fazer coisas agora. Tinha na minha cabeça (…) a possibilidade de voltar a estudar, de seguir para doutoramento, não sei se isso aconteceria cá…. Eu também não gosto muito de fazer previsões. Gosto de pensar também que a cidade de Aveiro vai continuar a crescer também culturalmente e artisticamente e que vai ser ainda mais aliciante ficar e querer fazer parte desse ecossistema…”, exprimiu.
GrETUA apresenta antestreia do documentário "Antes de mais, Parabéns Atrasados" na UA
Numa nota enviada à Ria e como sinopse do documentário, o GrETUA relembra que é “há 45 anos (mais qualquer coisa), um grupo a tentar sê-lo, a experimentar”. “Essa experiência é o mote para pensar sobre o que é um grupo, no espaço e no tempo, as relações de que se faz, as ideias que o unem e o transformam, de ano em ano, de mão em mão. Mais do que do teatro, da cidade, da universidade ou do tão teatral aniversário, é disso, a que poderíamos apelidar de amor, que se trata. Antes de mais, parabéns atrasados”, refere. Relativamente ao “atraso” [do aniversário], adianta ainda que “pode não ser mais do que uma demora que nos permite perspetiva”. “O tempo revela um caminho como a fotografia se revela no tempo. A propósito de um aniversário que não o é, documentar algo impossível talvez seja a chave para um teste à nossa capacidade de descrever ou registar”, realça a nota. A antestreia do documentário, no dia 20 de março, na UA, terá entrada livre, sendo necessário efetuar a reserva.