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24 nov 2025
Noiserv apresenta novo álbum em Aveiro este sábado
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, o artista Noiserv apresenta o novo álbum “7305” no Teatro Aveirense no próximo sábado, dia 29, pelas 21h30. O trabalho marca os 20 anos de carreira do músico.
O novo disco – o quinto da carreira do artista – conta com
um total de nove temas, sendo que cada um remete para diferentes fases da sua
carreira: passado, presente e previsões para o futuro. “7305”, nome do álbum
que corresponde ao número de dias ao longo de 20 anos, sucede a “Uma Palavra
Começada por N”, editado há cinco anos. Segundo a nota de imprensa, Noiserv é “conhecido pelos seus
concertos intimistas e por uma relação profundamente genuína com o público” e
estabeleceu-se como “um dos nomes mais relevantes da música independente
portuguesa”.
24 nov 2025
Projeto “A cultura faz bem” leva espetáculos de magia e de teatro até ao público sénior
À semelhança dos outros meses, a última segunda-feira do mês, foi sinónimo de espetáculo para o público sénior. Esta segunda-feira, 24 de novembro, pelas 14h30, foi a vez do espetáculo de magia “O Grande Fiasco”, de Diogo Duro, pisar o palco da Casa de Música: Quarteirão de Artes e Cultura, em Aradas.
Foi no âmbito do
Programa Prescrições Culturais, através do projeto “A cultura faz bem”, que o
Município de Aveiro promoveu esta segunda-feira mais um espetáculo, desta vez,
dedicado aos utentes da Rede Aveiro Sénior. Segundo uma nota de imprensa
enviada às redações, tratou-se de uma performance “onde o mágico fracassado e
um músico que só toca acordes maiores, tentam surpreender o público com truques
e ilusionismos nem sempre bem-sucedidos”. Esta
sexta-feira, 28 de novembro, pelas 10h30, será a vez do Hospital de Aveiro
receber a peça de teatro “Click to Click”, de Diogo Duro. Um espetáculo que
resulta da interação entre o palhaço e o público. “Com circo, música e sorrisos
para todas as idades, um comediante ambulante alegra a plateia em jogos
divertidos”, realça. Na nota, o
Município explica que o projeto “A cultura faz bem” começou em 2024 e que
pretende proporcionar aos “seniores que integram as instituições da Rede Aveiro
Sénior a oportunidade de participar em diferentes ações culturais, nomeadamente
espetáculos, visitas aos Museus de Aveiro, workshops no Arquivo Municipal e
histórias contadas em formato de ‘Conversas D’Alguidar’”.
24 nov 2025
PS acusa PSD e vereadora do Agir de pacto para facilitar a destruição do pinhal de Ovar
Os vereadores socialistas da Câmara de Ovar acusaram hoje o executivo do PSD e a vereadora independente do movimento Agir de terem estabelecido um pacto de “desamor à terra” para abrirem caminho à destruição do pinhal local.
Em causa está o polémico Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mancha verde protegida cuja gestão pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) nesse concelho do distrito de Aveiro vem desde 2022 sendo criticada pela maioria das forças políticas locais e motivou uma petição pública com cerca de 20.000 subscritores que também se opunham ao tipo de procedimentos em curso. Após as autárquicas de outubro, os vereadores socialistas Emanuel Oliveira, Fernando Camelo Almeida e Eva Oliveira propuseram que fosse suspenso o plano de gestão florestal dessa área de 2.584 hectares sujeitos a Regime Florestal Parcial, mas a medida foi chumbada em reunião de Câmara pela maioria, constituída por três eleitos do PSD e um do Agir – a vereadora Lígia Pode, que aceitou o convite dos sociais-democratas para assumir em permanência, a meio-tempo, a pasta da Economia. “Os vereadores do PS propuseram à Câmara a deliberação de suspender o Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, na qualidade de proprietário e entidade central na sua elaboração”, informam os socialistas, notando que a aprovação dessa medida permitiria “solicitar ao ICNF e ao Ministério do Ambiente a efetiva suspensão e revisão” dos procedimentos em curso. “O PSD e a vereadora Lígia Pode decidiram rejeitar esta proposta. Optaram, mais uma vez, por um pacto político que se converte agora num pacto pela degradação, pela omissão e por um preocupante desamor pela terra”, dizem os eleitos do PS, defendendo que a contraproposta da maioria de solicitar ao ICNF uma autoanálise à sua própria intervenção “é, na prática, uma mão cheia de nada”. Alegando que “não há coragem para decidir nem vontade de proteger”, os socialistas afirmam que PSD e Lígia Pode pretendem assim apenas “ganhar tempo para avançarem com aquilo que verdadeiramente querem: abrir caminho à destruição do património natural de Ovar”. Questionado pela Lusa, o executivo do PSD diz que rejeitou a proposta socialista porque já estava em curso, por parte da Câmara, um diálogo com o ICNF para se iniciar “um processo de avaliação do plano de gestão florestal” do perímetro dunar de Ovar. “No essencial, ambas as propostas convergiam num ponto: a necessidade de rever o Plano de Gestão Florestal”, admite fonte do executivo liderado por Domingos Silva. “A diferença residia na forma: a suspensão imediata do plano, solicitada pelo PS, não produz qualquer efeito jurídico nem pode ser imposta pela Câmara ao ICNF; já a proposta do presidente da Câmara centrou-se no que é legalmente possível e eficaz, que é desencadear o processo de avaliação e revisão do plano diretamente com a entidade competente”, explica. Argumenta, por isso, que “aprovar uma proposta que exigia a suspensão do plano criaria expectativas infundadas junto dos cidadãos”, sugerindo que o município poderia suspendê-lo, enquanto a alternativa do PSD estabelece que a revisão pode ser “acompanhada pela Assembleia Municipal, que integra todas as forças políticas eleitas”, e envolver também a “comunidade científica, associações ambientais, juntas de freguesia e outros agentes locais”. A Câmara realça que “não recusou promover a revisão do Plano de Gestão” e que a discordância entre PSD/Agir e PS se centrou “apenas no mecanismo”, já que a suspensão imediata recomendada pelos socialistas seria um recurso “sem eficácia legal”. Já Lígia Pode refere partilhar da “preocupação de todos na defesa intransigente” do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mas acusa os socialistas de proporem medidas “entre a inutilidade e o teatro político”. “Votei contra a proposta apresentada pelo PS por uma razão de honestidade: a Câmara Municipal não tem, por lei, qualquer poder para suspender um plano do ICNF e aprovar essa proposta seria, portanto, enganar os cidadãos”, justifica, acrescentando que “o que o PS propôs é um gesto vazio, uma encenação política que em nada contribui para a resolução do problema. Pior: ao criar um confronto institucional desnecessário com o ICNF, apenas prejudicaria o diálogo construtivo que o Executivo já iniciou”. Lígia Pode revela que a 13 de novembro o presidente da Câmara reuniu-se com o diretor do ICNF e “ficou acordado o início imediato do processo de avaliação do Plano de Gestão Florestal 2020-2038”, pelo que, na sua opinião, o PS estará a tentar “colher os louros do trabalho que outros, de forma séria e sem alarido, já estão a realizar”.
24 nov 2025
Aradas: Luís Souto regista “posição construtiva” do Chega e não afasta acordo na CMA
À margem da inauguração da Agrovouga, que aconteceu na passada sexta-feira, dia 21, Luís Souto de Miranda, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), mostrou-se “contente” com a resolução do impasse na Junta de Freguesia de Aradas, cuja solução passou por um acordo com o Chega. O autarca diz ter “registado a posição construtiva” do partido – por oposição à postura “pouco construtiva” do PS – e, quando questionado, não descartou a possibilidade de vir a atribuir pelouros a Diogo Soares Machado, vereador eleito pelo Chega para a CMA.
Na primeira ocasião em que falou aos jornalistas após ter
ficado resolvido o impasse em Aradas – recorde-se que o novo executivo
autárquico só conseguiu ser eleito<a href="https://radioria.pt/noticias/aveiro/a-terceira-foi-de-vez-executivo-de-aradas-aprovado-com-o-apoio-do-chega"> após três reuniões de instalação</a>, resultado
de um acordo firmado com o Chega – Luís Souto revelou estar “contente”.
“Obviamente que não era de interesse nenhum para ninguém que se prolongasse
mais tempo […] Acho que é muito importante que se deem sinais de que haja
forças políticas que estão numa atitude construtiva. Registamos esses sinais”,
sublinha. O autarca não perdeu a oportunidade de deixar uma farpa ao
Partido Socialista (PS), uma das forças eleitas para a Assembleia de Freguesia
de Aradas que estava a bloquear a aprovação do executivo, por ter mostrado uma
postura “pouco construtiva”. Na opinião de Luís Souto, trata-se “quase de uma
provocação política”, assim como o foi a “granada” largada pelos vereadores
socialistas na primeira reunião pública de Câmara Municipal: a proposta de
revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Questionado em duas ocasiões sobre se o acordo estabelecido
em Aradas entre ‘Aliança’ e Chega pode dar aso a um acordo mais amplo de âmbito
municipal que passe por atribuir pelouros a Diogo Soares Machado, Luís Souto
nunca respondeu, frisando apenas a “postura construtiva [do Chega] manifestada
por gestos concretos”. Recorde-se que, em entrevista à Ria, Diogo Soares
Machado não descartou a hipótese, embora a considerasse extemporânea. Ao
‘Notícias de Aveiro’, Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD, disse,
na última quarta-feira, que “o acordo alcançado para a Assembleia de Freguesia
de Aradas não garante por si só um acordo de âmbito municipal, mas reconhecemos
que são contributos importantes para o desenvolvimento de uma parceria
desejável que permita levar a cabo o programa eleitoral sufragado pelos
aveirenses”.
24 nov 2025
Paulo Jorge Ferreira: “Uma universidade do futuro não pode ficar prisioneira dos modelos do passado”
No segundo episódio de um podcast especial dedicado ao balanço dos mandatos de Paulo Jorge Ferreira à frente da Universidade de Aveiro (UA), o reitor e a vice-reitora Sandra Soares refletiram sobre o processo de transformação que a instituição está a enfrentar no domínio da inovação pedagógica. Entre a criação de novos espaços de ensino, programas de formação para docentes, os ‘Prémios UA’, a aposta em formações de ciclo curto, ou até mesmo a chegada do curso de Medicina, Paulo Jorge Ferreira não tem dúvidas de que “a Universidade de Aveiro é uma universidade que se quer transformar”.
Foi no espaço SALT (Espaço de Aprendizagem e Ensino Ativos), no Departamento de Educação e Psicologia (DEP) da Universidade de Aveiro, que, ao longo de meia hora, Paulo Jorge Ferreira e Sandra Soares, vice-reitora para o ensino e formação, refletiram sobre inovação pedagógica, numa conversa aberta com a Ria. A escolha deste espaço não passou despercebida para ambos. Sentados num sofá, em pleno centro daquela sala, Paulo Jorge Ferreira começou por confidenciar à Ria que o SALT representa um “excelente exemplo” daquilo que a UA deve fazer no futuro. “Uma universidade que se quer do futuro não pode ficar prisioneira, refém, dos modelos do passado”, comentou. Por sua vez, Sandra Soares exprimiu o “orgulho” que sentia em ali estar. “Foi um caminho longo no caso concreto desta sala. O que aqui podem ver é o resultado da contribuição de estudantes, de docentes, de várias áreas científicas. Até o nome foi pensado em conjunto. Na altura, tínhamos uma equipa de apoio à inovação curricular e pedagógica com esta composição diversa. Foi sempre um espaço de co-construção”, partilhou. No seguimento, a vice-reitora deu ainda nota de que, ao abrigo do financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), “no contexto do Impulso UA”, já existem vários espaços “desta natureza” em diferentes unidades orgânicas. Nas que ainda não os possuem, Sandra Soares garantiu que a UA irá investir até “junho” (data em que terminam os projetos PRR) na criação de novos espaços, incluindo a reformulação do Complexo Pedagógico. “Vamos lançar um concurso público muito em breve para reforçar estes espaços nas unidades orgânicas e a mesma coisa, relativamente, ao Complexo Pedagógico. Precisamos de ter tudo isto finalizado até 30 de junho de 2026 que é quando terminam os projetos”, frisou. Questionada sobre o Programa de Formação e Atualização Pedagógica que a UA tem, atualmente, em curso, cujo objetivo é transitar para um processo de ensino mais centrado no estudante, Sandra Soares realçou à Ria o quão “especial” lhe era falar sobre o tema. Naquele dia - em que conversamos - a iniciativa completava “seis anos”. “Lançamos o programa em novembro de 2019 e até à data temos 477 ações de formação. (…) Em média, desde o início deste último mandato, temos cerca de 22% da comunidade docente envolvida em alguma destas ações, sendo que temos várias outras para além do programa”, reforçou. No âmbito do aniversário e do podcast relembrou ainda à Ria que, naquela manhã, tinha anunciado o lançamento de uma nova ação de formação: “Academia IA”. “Sabemos que a inteligência artificial veio para ficar e para se expandir. É fundamental que a nossa comunidade compreenda e tenha apoio relativamente à melhor forma de uso no contexto de ensino e aprendizagem. Vamos fazer esse caminho nesta academia”, justificou Sandra Soares. Entre os objetivos desta formação estão, entre outros, o “uso ético e responsável” da inteligência artificial ou a utilização desta ferramenta “enquanto instrumento de apoio” na avaliação e inovação curricular. A vice-reitora adiantou ainda que a “Academia IA” já está disponível na <a href="https://www.ua.pt/pt/inovacaopedagogica">página</a> da “Inovação Pedagógica”. Já num outro ponto da conversa, a Ria questionou ainda Paulo Jorge Ferreira sobre os “<a href="https://radioria.pt/noticias/universidade/quarta-edicao-dos-premios-ua-distinguiu-merito-e-excelencia">Prémios UA</a>” que, ano após ano, têm vindo a distinguir aqueles que se destacaram em quatro categorias [Cooperação; Boas Práticas Pedagógicas; Investigação e TAG] na Universidade de Aveiro. Para o reitor da UA estes prémios são “uma componente de várias componentes”: “Transformar os espaços, apoiar e incentivar os professores a adaptarem os currículos, métodos e a inovarem do ponto de vista pedagógico e curricular”. “Eu diria que apoiar o mérito é sempre útil, mas nesta área da inovação pedagógica senti sempre, nunca tendo duvidado dela, uma adesão tão grande, por parte da comunidade, que me parece que quase que parecia desnecessário [estes incentivos]”, exprimiu. “Uma das grandes surpresas que tive foi a expectativa que tinha quanto ao ritmo de transformação dos métodos e da inovação pedagógica [na UA] e a adesão superlativa que houve depois”, continuou Paulo Jorge Ferreira. Face a isto, o reitor da UA não deixa margem para dúvidas: “A Universidade de Aveiro é uma universidade que se quer transformar. (…) Sentir a academia a correr nessa direção do futuro parece-me extraordinariamente apaixonante e motiva-me muito”. Sandra Soares não deixou de concordar: “Está no ADN da nossa instituição esta vontade e esse ímpeto para fazer melhor, correr atrás, e penso que esta adesão também está intimamente relacionada com o facto de nós ouvirmos sempre quem precisa de colocar estas mudanças em prática ou quer ir atrás das inovações”. Neste contexto, Sandra Soares destacou também um outro projeto responsável por “transformar” a instituição: o “Impulso UA – Aveiro Education and Social Alliance”, iniciado entre 2020 e 2022 e composto por duas submedidas - Impulso Jovens STEAM e Impulso Adultos. “Criamos mais de 200 microcredenciais e vamos seguramente atingir os 100% em termos de indicadores previstos na formação de adultos da região. Temos já dezenas de acordos de parceria firmados. Muitas empresas recorrem a nós porque já conhecem este tipo de ofertas para co-desenharem connosco e qualificarem ou requalificarem os seus quadros”, reforçou. Prestes a entrar na reta final da entrevista houve ainda tempo para questionar Paulo Jorge Ferreira sobre o Mestrado Integrado em Medicina, o curso da UA que <a href="https://radioria.pt/noticias/universidade/os-bastidores-de-medicina-o-curso-da-ua-que-demorou-mais-de-uma-decada-a-conquistar">demorou mais de uma década a conquistar</a>. Apesar de partilhar o mesmo nome dos cursos existentes noutras universidades, o reitor sublinha que, em termos de organização curricular, o curso da UA é “bastante diferente”. “Não se trata de fazer igual aos outros. Acho que ninguém projetaria um curso de Medicina, hoje, guiando-se por modelos do passado”, exprimiu, insistindo que “este curso é nosso”. Questionado ainda sobre que novas ofertas formativas poderão ser esperadas, nos próximos anos, na UA, Paulo Jorge Ferreira preferiu não avançar com nenhuma área em concreto, deixando essa decisão para o futuro reitor. Vincou, porém, que “há um sentimento de satisfação”. “As novas propostas que fizemos estão a ser bem aceites e as necessidades vão evoluindo. Acho que vai haver mais necessidade de resposta na área da requalificação e nas formações de ciclo curto e profissionais do que propriamente nas licenciaturas”, comentou. “Creio que do ponto de vista dessas formações [tradicionais] estaremos mais próximos da estabilidade”, completou.
24 nov 2025
Incêndios: Situação da agricultura familiar em Aveiro agravada por atrasos nos apoios
Uma delegação da União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro (UABDA) esteve na passada sexta-feira na inauguração da Agrovouga para chamar a atenção para a “situação dramática” da agricultura familiar, em alguns casos agravada pelos incêndios.
A presença já habitual de agricultores em protesto à porta da feira agropecuária teve, este ano, uma nova preocupação a juntar às recorrentes dos produtores de leite e carne com os custos dos fatores e baixo preço à produção: os efeitos dos incêndios do verão. “Agora que estamos no inverno, ninguém fala nos incêndios, mas nós estamos aqui mais uma vez para insistir e alertar para a situação vivida no distrito” de Aveiro, disse à Lusa Carlos Alves, dirigente daquela organização. Num documento para entregar aos representantes do Governo e da Assembleia da República presentes no ato inaugural do certame, a UABDA alerta para atrasos na atribuição de apoios e compensações prometidas aos produtores florestais e agricultores afetados pelos incêndios recentes no distrito. “Muita gente ainda está à espera de receber esses apoios”, disse Carlos Alves. O declínio da produção leiteira foi outra chamada de atenção daquela organização de produtores, aproveitando a feira em que os bovinos ocupam desde há vários anos lugar de destaque. “Aveiro, que já foi uma potência na produção de leite, registou o encerramento de mais de duas mil explorações desde a entrada na União Europeia e, só nos últimos três anos, fecharam no distrito aproximadamente 200 explorações”, contabilizou Carlos Alves. Segundo aquele dirigente, “a falta de condições para manter o negócio deve-se ao aumento dos custos dos fatores de produção, nomeadamente das rações e fertilizantes, e à diminuição do preço pago ao produtor”. Situação que é agravada, segundo disse, pela importação de produtos “de baixa qualidade, como leite em pó, que entram no mercado como leite normal”. Perante esse cenário, a UABDA sustenta que os apoios nacionais e comunitários “vão sempre para os mesmos e excluem os mais pequenos, que são quem mais deles precisa”. “A grande maioria dos fundos (quase 90%) é absorvida pelos grandes produtores, que representam apenas cerca de 10% das produções nacionais”, criticam. Garantir o escoamento da produção a preços justos, controlar os preços dos fatores de produção e apoiar os pequenos e médios produtores são propostas do documento elaborado para entregar ao Ministério da Agricultura e do Mar, à Comissão de Agricultura da Assembleia da República e às comissões de coordenação e desenvolvimento regional. A Agrovouga regressou na passada sexta-feira ao Parque das Feiras e Exposições de Aveiro, prolongando-se até ao dia 30, com um programa que visa afirmar o evento como uma referência nacional nos setores agrícola, pecuário, florestal e gastronómico.