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15 mai 2025
"O Futuro da Universidade de Aveiro está nas mãos de todos", opinião de Roberto Martins
Roberto Martins é investigador auxiliar (equiparado) no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (DBio-UA) e membro do atual Conselho Geral. É ainda o cabeça de lista ao Conselho Geral, pela circunscrição B (Ciências), do movimento "UA50 – 50 Anos de História, 50 Anos de Ambição".
“Quem é o vosso candidato a reitor?” – Uma das perguntas mais comuns que marcam o período de campanha pré-eleitoral para o Conselho Geral (CG) da Universidade de Aveiro (UA). A questão não deveria ser quem, mas sim o que defendem para o futuro da UA. E, a partir daí, inferir o perfil de reitor que cada lista ao CG defende. Agora que já se sabe que haverá duas listas a disputar a eleição dos 10 conselheiros no círculo dos professores e investigadores, é seguro dizer que o recém-fundado movimento “UA50: 50 anos de história, 50 anos de ambição” se diferencia totalmente, pelo facto de responder àquela questão com uma resposta clara: “não temos candidato(a), mas temos uma visão clara e ambiciosa para a instituição e defendemos um perfil de reitor em consonância com esta visão de longo prazo.” A UA é um pilar de inovação, conhecimento e progresso há cinco décadas. No entanto, enfrenta desafios que, se ignorados, podem comprometer a qualidade do ensino, da investigação científica e da cooperação, a participação cívica da comunidade e a própria sustentabilidade da universidade a longo prazo. Portanto, o que está em jogo nas próximas eleições de dia 3 de junho para o CG, enquanto órgão máximo de governo da instituição, é o caminho que a UA tomará nos próximos anos. Não é expectável dos candidatos ao CG um plano de ação, uma vez que o órgão não tem poder executivo, mas sim as linhas gerais sobre o futuro da UA e se (e como) contribuirá para a implementação de um sistema de supervisão (competência do CG) da ação do Reitor e respetiva equipa. Para o efeito, é importante conhecer os candidatos ao CG e o que defendem para garantir que a UA entra num ciclo contínuo de crescimento e expansão nos próximos 50 anos. Mas a verdade é que muitos colegas me têm abordado para questionar sobre porque é que não apoio nenhum putativo candidato a Reitor e porque considero que os demais candidatos ao CG – de todas as universidades portuguesas – deveriam seguir o mesmo princípio basilar. Ora, fruto da minha experiência no atual CG e do entendimento que existe um problema transversal às Instituições de Ensino Superior (IES) portuguesas, relacionado com a captura do CG sobretudo para efeitos da eleição do reitor, a minha posição é simples, mas com impacto disruptivo. Trata-se de garantir a imparcialidade no ato de apreciação e votação da(s) candidatura(s) a reitor (previsivelmente, a última vez a ser eleito pelo CG, se o RJIES for alterado) e o escrutínio contínuo por parte dos conselheiros, quando forem chamados a apreciar os atos do reitor e da sua equipa. A garantia de imparcialidade na apreciação das candidaturas fomentará, previsivelmente, a democraticidade do ato eleitoral para o reitor. Estas poderão ser apresentadas por professores ou investigadores, da UA ou de outras IES (inter)nacionais, tal como já aconteceu noutras IES portuguesas no passado, desde que correspondam a personalidades de reconhecido mérito, com experiência relevante na área da gestão universitária e capacidade de liderança. Cada conselheiro eleito poderá, posteriormente, avaliar a experiência e o plano de ação do(s) candidato(s) e aprovar o que for mais competente para projetar a UA a curto, médio e longo prazo. É por esta razão que as eleições de 3 de junho assumem particular importância, uma vez que os professores e investigadores da UA serão responsáveis pela eleição de 10 representantes que terão o poder de garantir um Conselho Geral forte, independente e representativo e, por sua vez, assegurar que a ação do futuro reitor e da sua equipa conduza a UA na melhor direção possível para se tornar uma referência no panorama regional, nacional e internacional. Num cenário demográfico, político e económico desafiante, a nível nacional e internacional, a UA necessita de um reitor com perfil de liderança capaz de unir a nossa comunidade académica, restaurar o sentimento de pertença à UA, enfrentar os desafios da precariedade, estabilidade e progressão nas carreiras e garantir o bem-estar de todos. Não menos importante, deve ser um defensor da excelência pedagógica, científica, da inovação e da colaboração. Assim, no dia 3 de junho, cabe a cada membro da comunidade académica decidir: queremos uma universidade que perpetue os problemas do passado ou estamos prontos para construir uma UA mais forte, mais justa e mais ambiciosa? A escolha está nas nossas mãos!
14 mai 2025
Centro de Empreendedorismo da UA quer continuar a explorar a “matéria-prima” da universidade
O Centro de Empreendedorismo da Universidade de Aveiro (UA) assinalou, esta quarta-feira, 14 de maio, o seu primeiro aniversário. O evento teve lugar no Edifício 1- atual sede do Centro -e reuniu estudantes, docentes, parceiros do ecossistema e membros da comunidade académica, encerrando com um brinde de champanhe e o tradicional corte do bolo no exterior do edifício.
Marta Marques,
coordenadora da UA Coopera, destacou a importância desta celebração como marco
de continuidade de um percurso que a UA tem vindo a traçar já há vários anos. "A
UA foi uma das primeiras universidades que começou a apostar no
empreendedorismo como desígnio, e, portanto, o aparecimento do centro acaba por
ser resultado desse trabalho que já vem de alguns anos”, explicou. Recordando a
história do espaço, Marta destacou que “estamos no edifício onde foi criada a
incubadora da UA, que operou cá durante muitos anos”. Com a criação do Parque
de Ciência e Inovação (PCI), a estrutura de apoio ao empreendedorismo interno
transitou para novas instalações, reforçando a ligação com a região e com
empresas da área da inovação. Ainda assim, a necessidade de manter um espaço
dentro do campus persistiu. “Queremos garantir um local onde quem deseja
desenvolver competências empreendedoras ou criar o seu próprio negócio possa
ter apoio e trabalhar as suas ideias”, afirmou. Durante este
primeiro ano, o Centro de Empreendedorismo realizou “84 atendimentos” a ideias
de negócio, colaborou com professores em contexto de sala de aula e esteve
presente em diversas iniciativas de promoção de competências empreendedoras.
Ainda assim, Marta Marques admite, entre risos: "Se estamos contentes com
o número de alunos que conseguimos atrair? Não estamos. Acho que também nunca
vamos estar." Atualmente, o objetivo
do centro passa por “plantar a semente” do empreendedorismo, essencialmente,
nos estudantes. “A gente planta a semente,
podemos ajudar ao crescimento dessa semente nas fases iniciais e, quando a
empresa se cria, a gente entrega nas mãos capazes da incubadora da UA”, simplifica
a coordenadora da UA Coopera. Entre os exemplos [de projetos] apontou a criação
de uma mala para enfermeiros no Departamento de Ciências Médicas ou na Escola
Superior de Saúde. “A ideia é haver um espaço que depois te possa apoiar no
caminho que vem a seguir. Podemos chegar à conclusão que ainda não é aquela
ideia que vai ser vencedora, mas esse caminho é um caminho do desenvolvimento
das ideias das competências empreendedoras que são extraordinariamente úteis”, reforçou. Apesar do assinalar
do primeiro aniversário, Marta lembrou que o trabalho está longe de estar
concluído já que “o verdadeiro empreendedor nunca está contente com aquilo que
tem”. “Nós costumamos dizer que os nossos alunos, a nossa comunidade, têm uma
matéria-prima que ainda não está explorada. Há muito potencial que, com o
devido contexto, poderá dar origem quer a profissionais mais capazes, quer a
novas ideias no negócio. Portanto, o nosso trabalho nunca está fechado”, considerou. O Centro de Empreendedorismo
da UA acompanha atualmente diversos projetos, a maioria ainda em “fase
embrionária”, mas já existem casos de sucesso que servem de inspiração, como a
Graphenest e a Sword Health, esta última considerada um “unicórnio”. “É só
garantir que temos o contexto ideal", reforçou Marta Marques. Relativamente aos
desafios futuros, Marta não esconde a ambição de tornar o centro ainda mais visível
e central no campus. "Quanto mais centrais nós formos, mais pessoas
conseguiremos chegar. (...) Era importante ter um espaço para que o
empreendedor possa usar, quer para ter as suas próprias reuniões de trabalho (...),
mas também com investidores, com potenciais clientes e afins", expôs. O evento
culminou num momento simbólico de celebração, reunindo membros da academia,
investidores e parceiros. "Ver toda a gente ali com o copo de champanhe a
celebrar connosco faz-me acreditar que o trabalho dá frutos e que é possível
continuar a sonhar, fazermos mais coisas e melhores", exprimiu a
coordenadora da UA Coopera. Numa fase final da conversa, Marta Marques antecipou já o segundo aniversário, que espera que venha
a acontecer num “espaço mais nobre, na nova zona das catacumbas". “Quanto
mais centrais nós formos, mais pessoas conseguiremos chegar”, desejou.
14 mai 2025
Dívida da Câmara Municipal de Ílhavo reduz quase 60% em três anos
A Câmara Municipal de Ílhavo reduziu a dívida em quase 60% em três anos, passando de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões em 2024, revelou hoje a autarquia do distrito de Aveiro.
“A responsabilidade financeira do Município é demonstrada pela redução expressiva da dívida, onde se incluem as dívidas a fornecedores e empréstimo bancário, que passou de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões de euros em 2024, ou seja, em quase 60%”, salienta uma nota de imprensa da Câmara. De acordo com o relatório e contas aprovado pela Assembleia Municipal na sua última reunião ordinária, citado na nota de imprensa, entre 2022 e 2024, as despesas correntes foram de 72 milhões de euros e de 29 milhões de euros as despesas de capital. Para o mesmo período verificou-se um alívio fiscal com a redução contínua do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o mínimo legal e a devolução de parte do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS). Por essa via, o Município deixou de arrecadar cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, acrescenta a autarquia. No relatório é sublinhado o aumento das despesas com a gestão de resíduos sólidos urbanos, totalizando 10,8 milhões de euros no triénio, com 4,2 milhões de euros investidos apenas em 2024. Do lado da receita são contabilizadas no mandato 95,5 milhões de euros em receitas correntes e 13 milhões de euros em receitas de capital. “As contas do Município de Ílhavo evidenciam um compromisso com a estabilidade orçamental e gestão responsável, conseguindo reduzir o endividamento e promovendo investimentos prioritários, resultado de uma gestão rigorosa dos recursos públicos”, salienta a Câmara em nota de imprensa.
14 mai 2025
ISCA-UA debate os desafios e oportunidades da profissão de contabilista esta quinta-feira
O Auditório Joaquim José da Cunha, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA), vai assinalar a 3ª edição do dia da licenciatura em Contabilidade esta quinta-feira, 15 de maio, das 14h00 às 17h00.
A iniciativa
contará com uma conferência que procurará discutir “O Contabilista na
Sociedade: Desafios e Oportunidades no Futuro da Profissão”. A abertura estará
a cargo de Francisco Picado, diretor do ISCA-UA, pelas 14h00, seguindo-se um
painel sobre o “Relato da Sustentabilidade e a Profissão”, pelas 14h15, com
Margarida Louro, associate partner da CFA e Carla Santos, diretora financeira
da Ciclo Fapril. Às 15h15 seguir-se-á
um debate sobre a “IA e o Futuro da Profissão de Contabilista” que contará com
a presença de Leonardo Silva, controller da Grestel; Vítor Martins, gestão com
IA na Audivouga e Pedro Nuno, vogal do conselho diretivo da OCC. O encerramento,
pelas 16h30, estará a cargo de Maria Conceição Tavares, diretora da
licenciatura em Contabilidade. De seguida, haverá ainda um momento musical
proporcionado pela MarnoTuna e um coffee break com networking. A pré-inscrição da iniciativa está disponível <a href="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSchoDOtSgRQHbYlxNlOFnj1UlYDPteP-gP3eIWKD-T9SE32UA/viewform">aqui</a>. A organização do evento está a cargo da comissão de curso da licenciatura em
Contabilidade.
14 mai 2025
Termina amanhã o prazo para participação no Concurso de Previsão Eleitoral
Está a chegar ao fim o prazo para participares no Concurso de Previsão Eleitoral promovido pelo DCSPT-UA, pela Ria – Rádio Universitária de Aveiro e a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Os interessados têm até amanhã, 15 de maio, às 23h59, para submeter a sua previsão dos resultados das eleições legislativas que se realizam no próximo domingo, dia 18.
Aberto a toda a comunidade UA — estudantes, alumnis, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão — o concurso convida à apresentação de previsões sobre a percentagem nacional de votos dos partidos com assento parlamentar, incluindo também uma previsão para o círculo de Aveiro e uma breve descrição da metodologia utilizada. A avaliação será feita através do índice LSq (Least Squares Index), adaptado do conhecido Índice de Gallagher, e os três melhores participantes serão distinguidos com vales FNAC de 100€, 50€ e 20€, respetivamente. A melhor previsão para o círculo de Aveiro receberá uma menção honrosa. A participação é individual e requer apenas um email com domínio @ua.pt. O formulário de participação e o regulamento completo do concurso estão disponíveis online: <a href="https://forms.ua.pt/index.php?r=survey/index&sid=327637&lang=pt">Formulário de participação</a> <a href="https://drive.google.com/file/d/18CcBwX3qEGRAiZbwCt3PiTrM0wcYUaOM/view">Regulamento completo</a> A iniciativa pretende incentivar o pensamento crítico, o envolvimento cívico e a análise de dados, destacando o papel da Universidade de Aveiro no debate sobre as questões políticas e sociais da atualidade.
14 mai 2025
Câmara Municipal de Anadia apoia freguesias com cerca de 700 mil euros
A Câmara de Anadia concedeu cerca de 700 mil euros para o ano de 2025 às freguesias e uniões de freguesias deste concelho do distrito de Aveiro.
Cerca de metade deste valor visa apoiar a realização de investimentos cujas propostas foram aprovadas pela autarquia e identificadas nos acordos de reforço de capacidade financeira. O restante é destinado a apoiar a corrente atividade das diversas freguesias e inclui um reforço de máquinas e viaturas do município quando disponíveis e solicitadas. Este investimento da autarquia considera a importância de obras e condicionalismos financeiros para a sua realização, e quer reforçar a autonomia orçamental destas freguesias.