RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
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Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”

Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos
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Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos

Segundo os dados desse relatório, citados em nota de imprensa, 68% das candidaturas são de pessoas que procuram uma renda mais acessível e apenas 11% devido a más condições habitacionais. Quanto ao tipo de famílias candidatas, 55% correspondem a famílias unitárias (179) ou monoparentais (164), e em termos profissionais, apenas 31% dos candidatos se encontram em situação de desemprego (193). A nota municipal refere ainda que, das 527 candidaturas consideradas válidas, 20% estão em situação de alojamento precário (126), 41% residem em Aveiro há menos de cinco anos e 26% são de cidadãos estrangeiros. “Segue-se agora o período formal de audição dos interessados, após a apreciação da qual o executivo municipal fará a aprovação da lista definitiva com a atribuição das habitações em causa”, informa a mesma fonte. A autarquia dá conta de que “prossegue com o trabalho realizado nos anteriores mandatos (2013/2017 e 2017/2021), concretizando investimentos relevantes que se encontram em diferentes fases”. Salienta ainda que é feito diariamente o acompanhamento técnico dos inquilinos da Câmara, “com ações e programas que aumentam o seu nível de integração social e de qualidade de vida”.

Aveiro vai ter Casa de Música que acolherá a Orquestra Filarmonia das Beiras
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Aveiro vai ter Casa de Música que acolherá a Orquestra Filarmonia das Beiras

“O executivo municipal deliberou aprovar o Protocolo de Cooperação a celebrar entre a Câmara Municipal de Aveiro e a Associação Musical das Beiras/Orquestra Filarmonia das Beiras”, anuncia uma nota de imprensa. Pelo protocolo aprovado em reunião de câmara, “é cedido o requalificado Centro Cívico de Aradas, que passará, a partir do dia 01 de outubro [terça-feira], a denominar-se Casa de Música”. A obra de requalificação do edifício Casa de Música, realizada pela Câmara de Aveiro, implicou um investimento de cerca de um milhão de euros. Para dar uma nova vida a um espaço destinado à realização de atividades culturais, foi feita a renovação e qualificação das infraestruturas, a readaptação de espaços funcionais e o melhoramento da acessibilidade. O protocolo envolve ainda o apoio institucional, logístico e financeiro da câmara, no montante anual de 50 mil euros, para a realização das atividades da Associação Musical das Beiras. Entre estas contam-se concertos, ações de atração de novos públicos, formação orientada para as escolas, espetáculos teatrais com música, óperas e grupos de câmara. Fundada em 1995, a Associação Musical das Beiras é uma instituição cultural sem fins lucrativos que fornece suporte jurídico àOrquestra Filarmonia das Beiras, atualmente composta por 31 músicos, sendo dirigida pelo maestro Jan Wierzba.

Câmara de Aveiro aprova permuta de terrenos da nova ligação de Mamodeiro
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Câmara de Aveiro aprova permuta de terrenos da nova ligação de Mamodeiro

“O executivo municipal deliberou aprovar o Contrato de Permuta de Terrenos entre a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e os Armazéns Reis – Materiais de Construção, S.A.”, informa uma nota de imprensa. A permuta refere-se ao novo arruamento de interligação da rotunda de Mamodeiro com a Rua da Cafelada, que dá acesso à Área de Atividades Económicas Aveiro Sul (ZI Mamodeiro). Nos termos do contrato de permuta, a câmara entrega à empresa três parcelas nas imediações dos Armazéns Reis, com a área total de 2.720,80 metros quadrados, e 87.636,97 euros. Em contrapartida, a empresa Armazéns Reis entrega ao município cinco parcelas de terreno, com a área global de 974,40 metros quadrados, e o valor de 26.016,48 euros, correspondente ao arruamento. Terá ainda de pagar 61.620,49 euros da diferença de áreas e valores dos terrenos, sendo as parcelas permutadas destinadas a ampliar as suas instalações. “O arruamento servirá de acesso à ampliação da Área de Atividades Económicas – Aveiro Sul (ZI Mamodeiro), melhorando as condições viárias e dos espaços, para atrair mais empresas, bem como o crescimento das existentes”, destaca a nota. A via de ligação da Rotunda da EN 235 à Calefada, em Mamodeiro, foi concluída em dezembro de 2021, para melhorar a segurança automóvel e pedonal dos acessos locais, encerrando a ligação à estrada nacional, considerada perigosa.

Cheias em Aveiro: “Falta decisão política”, diz João Miguel Dias, investigador do CESAM-UA
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Cheias em Aveiro: “Falta decisão política”, diz João Miguel Dias, investigador do CESAM-UA

Apesar da crescente preocupação da população, João Miguel Dias explicou que o fenómeno das marés vivas é “comum”, “matemático” e “altamente rigoroso”. “Os efeitos gravitacionais do sol com a lua determinam a maré em que estamos (…) As marés vivas acontecem quando existe um alinhamento entre o sol, a lua e as marés mortas quando o sol e a lua estão em quadratura”, contou, destacando que o fenómeno [marés vivas] acontece todos os meses, especialmente, nos equinócios de março e setembro onde se dão as marés de maior amplitude. “Nas marés vivas temos sempre uma altura de praia-mar mais elevada. Depois disso, dá-se uma diminuição até chegarmos à maré morta. Este processo demora cerca de uma semana. É assim sucessivamente”, apontou. Sobre o fenómeno em Aveiro, o também especialista em oceanografia considerou que as cheias da semana passada, que atingiram a zona da antiga lota e algumas ruas da zona baixa da cidade, “não foram a maior maré viva” sentida na cidade. “Temos registos que mostram marés semelhantes, nos últimos anos. Pode-se dizer que foi uma maré equacional maior do que a média”, afirma. Para João Miguel Dias, o alagamento das águas, em Aveiro, não foi novidade, mas sim uma repetição de um conjunto de episódios que aconteceram no passado. Por exemplo, “a zona do Rossio antes era muito mais sensível. Desde que fizeram as comportas da Ria melhorou. No entanto, se houver alguma rotura, numa zona qualquer, podemos ter o problema da água entrar na mesma”, explicou. No caso destas cheias, na zona da antiga lota, “do que eu ouvi penso que houve, precisamente, uma outra rutura em que a água ao invés de entrar pelas comportas entrou pelas zonas laterais”, desvendou. O cientista do CESAM justificou a inundação, desta vez, com a subida do nível médio global das águas do mar devido às alterações climáticas. “A maré oscila sempre em torno do nível médio. Os registos não indicam valores alarmantes, mas estamos a falar de 30 centímetros a mais, no nível médio do mar, do que tínhamos há 40 anos”, expôs. Neste momento, “estamos a enfrentar o aquecimento global que pode ter um efeito mais ou menos impactante. O menos impactante é o degelo e o predominante deve-se à temperatura da água do mar. Quanto maior a temperatura, maior o volume de água”, apontou. No caso de Aveiro, “toda a região é uma zona de baixa topografia, portanto, subindo o nível médio do mar, no dia a dia, não é crítico, mas quando temos marés de grande amplitude obviamente que vão ter um grande impacto”, exemplificou. Segundo um estudo publicado, em maio de 2022, pelo investigador do CESAM, em parceria com uma equipa de investigação, estima-se que “até ao ano de 2055, na Ria de Aveiro, 6,4 km2 de área esteja inundada e que, até ao ano de 2100, o número aumente para 8 km2”. Relativamente às áreas agrícolas e de pastagens, na região, estima-se “57 km2 de área inundada até 2055 e de 62,6 km2 até 2100. Isto representa mais de 10.500 pessoas afetadas em 2055 e mais de 13 mil até ao ano de 2100”. Apesar dos números “alarmantes” e ainda atuais, João Miguel Dias considerou que a situação na cidade ainda pode ser revertida se “houver essa opção política”. “Basta ver, por exemplo, o que a Câmara de Aveiro fez na estrada do Sal. Alteou todas as cotas, criou uma estrutura de proteção e a água já não trasvaza. Isto significa que nos temos de adaptar. Neste caso, construir ou reforçar as estruturas de proteção”, reforçou, insistindo na necessidade de investimento. “Claro que isto também significa que há zonas em que é necessário analisar o custo/benefício. Em alguns casos é necessário decidir se vale a pena proteger ou perder o território”, aconselhou. De acordo com o especialista em oceanografia já não há como evitar a subida do nível médio global das águas do mar. “Vai acelerar. No ano de 2100, em relação a hoje, vamos ter cerca de 70 centímetros a mais do que a média. Isto significa pensar que as estruturas de proteção vão ter de ter, no futuro, mais um metro do que aquilo que têm hoje”, frisou. “Falta decisão política e a necessidade de a concretizar”, concluiu. José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, deixou a garantia, na última reunião da Assembleia Municipal, que o reforço das estruturas de proteção vai avançar “imediatamente”. Segundo o autarca, no pico da maré viva, a autarquia avançou já para o terreno [das inundações] com um conjunto de técnicos para tomar “todas as cautelas” e recolher informações. O objetivo é chegar “à seguinte fase que anunciaremos, brevemente, (…) para proteger a zona baixa da cidade de Aveiro”, anunciou. Relativamente à antiga zona da lota, onde se deu a enchente de água, o autarca refere que é necessário apenas investimento. “A lota com uma elevação da cota do muro, como fizemos no Cais do Sal, está resolvido. O problema não é esse. A lota é o problema mais fácil de se resolver. É preciso dinheiro. O problema são as zonas baixas da cidade”, reforçou.

Aveiro sob aviso laranja na quinta-feira devido à chuva
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Aveiro sob aviso laranja na quinta-feira devido à chuva

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicou que os distritos de Viseu, Vila Real e Aveiro vão estar sob aviso laranja entre as 06:00 e as 12:00 de quinta-feira e os distritos do Porto, Viana do Castelo e Braga entre as 18:00 de quarta-feira e as 09:00 de quinta-feira. Estes seis distritos estão já hoje e quarta-feira sob aviso amarelo por causa da chuva persistente e por vezes forte. Por causa da chuva forte, o IPMA colocou ainda os distritos de Bragança, Guarda e Coimbra sob aviso amarelo entre as 03:00 e as 12:00 de quinta-feira. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe "situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Na segunda-feira, em comunicado, o IPMA indicou que a situação deve-se ao “transporte de uma massa de ar tropical, com conteúdo muito elevado em vapor de água, na circulação conjunta de um anticiclone localizado a sul dos Açores e uma região depressionária no Atlântico Norte”. De acordo com o IPMA, prevê-se a ocorrência de períodos de chuva persistente a partir de hoje nas regiões Norte e Centro e que será por vezes forte na quarta e quinta-feira, em especial no litoral a norte do Cabo Mondego e regiões montanhosas. Na região sul, a precipitação será em geral fraca, embora pouco provável no interior do Baixo Alentejo e sotavento algarvio, podendo ser temporariamente moderada durante a manhã de quinta-feira. “Os valores acumulados de precipitação no total dos três dias poderão atingir entre 100 a 200 mm [milímetros] no Minho, Douro Litoral e nas serras dos distritos de Viseu, Aveiro e Coimbra, e entre 50 a 100 mm no restante litoral a norte do Cabo Mondego, concentrando-se a maior parte da precipitação entre as manhãs de hoje e entre a manhã de quarta-feira e o final da manhã de quinta-feira”, de acordo com o IPMA. No que diz respeito ao vento, o IPMA indicou que vai aumentar de intensidade a partir desta tarde, esperando-se o período com vento mais intenso entre a tarde de quarta-feira e o início da manhã de quinta-feira. O vento será de sudoeste por vezes forte, até 45 quilómetros por hora (km/h), com rajadas até 70 km/h no litoral Norte e Centro, soprando até 55 km/h, com rajadas até 90 km/h, nas terras altas das regiões Norte e Centro. Na sequência da previsão do IPMA, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou na segunda-feira a população para o risco de cheias, derrocadas, deslizamentos e queda de estruturas e árvores. A ANEPC recomendou a "adoção de comportamentos adequados", como a desobstrução de sistemas de escoamento das águas pluviais, a correta fixação de estruturas soltas, como andaimes e painéis, e a condução defensiva nas estradas, reduzindo a velocidade e tendo "especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas". Face às previsões, a ANEPC alertou para a possibilidade de inundações em zonas urbanas devido à acumulação da água da chuva por obstrução dos sistemas de escoamento e de cheias "potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras", bem como para o desprendimento de estruturas móveis ou mal fixadas e para o arrastamento de objetos soltos para as estradas. Em particular, nas zonas recentemente atingidas por incêndios florestais, que queimaram vegetação e cobriram o solo de cinzas, a ANEPC salientou o risco de deslizamentos, derrocadas e contaminação de fontes de água potável.

Nova Escola de Eixo e fim das obras em Santiago marcam ano letivo em Aveiro
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Nova Escola de Eixo e fim das obras em Santiago marcam ano letivo em Aveiro

Em nota de imprensa alusiva ao início do novo ano letivo, a autarquia destaca a abertura da nova escola em Eixo, construída no recinto da Escola Básica Integrada de Eixo (EB 2,3), com capacidade para oito turmas do 1.º Ciclo. Ao nível da qualificação de instalações escolares, é assinalada a conclusão das obras na Escola do 1.º Ciclo de Santiago, que permitiram a substituição da cobertura de fibrocimento de alguns blocos. Foram também realizados trabalhos de revestimento e isolamento, bem como a construção do recreio coberto e sua ampliação face ao existente, e numa segunda fase será realizada uma intervenção no interior. No âmbito da concretização da Carta Educativa do Município de Aveiro continuam em execução as obras de remodelação e ampliação da Escolas dos Areais e da Escola das Barrocas. Segundo a nota de imprensa, está previsto “para breve” o lançamento de concurso para a conclusão da obra da Escola do Solposto, cujo empreiteiro faliu. Em “fase avançada” de projeto estão a remodelação e ampliação da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de São Bernardo e Escolas do 1.º Ciclo de Sarrazola, Leirinhas e Alumieira. No centro da cidade estão em projeto a remodelação da Escola Artística do Conservatório Calouste Gulbenkian de Aveiro e a nova Escola Secundária Homem Cristo. Em curso está também o projeto da nova Escola e Jardim de Infância de Esgueira, a integrar no Complexo Escolar Jaime Magalhães Lima. “Uma nota de realce para a obra de qualificação urbana da zona envolvente da Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclo Rio Novo do Príncipe, em Cacia, que se encontra na reta final”, salienta o texto. A Câmara Municipal de Aveiro lembra ainda que se encontra em fase de consulta pública, até ao dia 05 de outubro, o Plano Estratégico Educativo do Município de Aveiro.