RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Alberto Souto reafirma que não será vereador e defende um novo ciclo autárquico de “diálogo”

Após ter perdido as eleições autárquicas para a Câmara Municipal de Aveiro, para a ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), no passado dia 12 de outubro, Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS), pronunciou-se pela primeira vez sobre o resultado, através das suas redes sociais, esta sexta-feira, 31 de outubro. Na publicação, reafirmou a sua intenção de renunciar ao cargo de primeiro vereador da oposição por “condição familiar”. No seguimento, apelou a um novo ciclo autárquico “de diálogo e de negociação”, rejeitando “um exercício de prepotência e arrogância institucional, que os aveirenses não legitimaram a ninguém”.

Alberto Souto reafirma que não será vereador e defende um novo ciclo autárquico de “diálogo”
Redação

Redação

31 out 2025, 14:02

No dia em que decorre a tomada de posse dos autarcas municipais- da Câmara e Assembleia Municipal-, Alberto Souto de Miranda começou por escrever, nas suas redes sociais, que tomará posse esta sexta-feira como primeiro vereador da oposição na Câmara Municipal de Aveiro. “Assim o ditaram os resultados eleitorais e faço-o muito honrado”, afirma. No entanto, esclarece que a “condição familiar impõe-me, porém, que venha a suspender o mandato, em coerência com o que afirmei em campanha eleitoral”. “A interpelação e confrontação permanente com o novo presidente inerentes ao cargo de vereador da oposição teria riscos para a salvaguarda daquela relação, que é mais importante preservar”, justifica. Recorde-se que Alberto Souto de Miranda já tinha afirmado à comunicação social que não seria vereador da oposição em caso de derrota estas eleições autárquicas.

Em jeito de comentário às eleições autárquicas, que decorreram no passado dia 12 de outubro, o candidato socialista refere que o ciclo autárquico em Aveiro “será muito diferente”. “A maioria dos aveirenses não votou no presidente eleito. Está em minoria. Esperamos que mostre abertura para fazer entendimentos, sob pena de paralisar, ele próprio, o seu executivo. O mandato que os aveirenses conferiram a todos exige consensos e não permite decisões unilaterais impositivas”, reforça. Relembre-se que Luís Souto de Miranda, candidato pela ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), venceu estas eleições autárquicas para a Câmara de Aveiro sem maioria absoluta. Na altura, tal como avançado pela Ria, venceu por “5.68%” o socialista Alberto Souto, que é seu irmão. No total, a ‘Aliança’ alcançou quatro mandatos, assim como o PS, e o Chega alcançou um mandato.

Sobre os mandatos que os vereadores do PS receberam, Alberto Souto de Miranda define-os como “críticos” e “construtivos”. “Críticos, propondo a revogação/anulação dos erros graves que ainda possam ser evitados e votando contra, sempre que o demérito de novas propostas o justifique. Construtivos, apresentado propostas em consonância com o programa por que foram eleitos e votando a favor de todas as propostas de terceiros em que se revejam”, esclarece. Recorde-se que no passado dia 7 de outubro, Alberto Souto de Miranda afirmava que no caso de ser eleito uma das “primeiras medidas” que tomaria era a revogação do hotel de 12 pisos no Cais no Paraíso”.

“Espero, por isso, que seja um ciclo autárquico de diálogo e de negociação, que os aveirenses mostraram querer e não um exercício de prepotência e arrogância institucional, que os aveirenses não legitimaram a ninguém”, continua Alberto Souto de Miranda.

Já na reta final da publicação, o socialista aproveita ainda para desejar ao novo presidente “as maiores felicidades no exercício do cargo”. “O seu sucesso será o sucesso de Aveiro”, afirma.

Sem deixar passar ‘em branco’ o falecimento de Carlos Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, entre 2005 e 2013, Alberto Souto recorda-o pela sua “afabilidade e cordialidade”. “Mesmo nas divergências políticas – e tivemos algumas disputas contundentes -, nunca lhe ouvi um comentário desprimoroso ou deselegante sobre ninguém e, pelo contrário, sempre testemunhei a sua cativante simpatia e condescendência com os adversários”, escreve. “Prestigiou todas as funções públicas que exerceu, algumas em circunstâncias particularmente ingratas. Que o seu exemplo possa ser uma referência na nossa vida cívica”, finaliza.

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O evento, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, pretende ser um “espaço de partilha de experiências e discussão de boas práticas” que garantam a “continuidade e excelência nos negócios”. Com organização conjunta da Inova-Ria e da Strongstep, ao longo da sessão, serão apresentados: “casos reais de melhoria contínua em equipas de desenvolvimento; estratégias para elevar a maturidade de processos e reduzir falhas críticas, e uma discussão sobre frameworks e normas internacionais que sustentam a qualidade e sustentabilidade tecnológica nas organizações”. Na nota, a organização destaca ainda que a iniciativa contará com a participação de empresas convidadas, nomeadamente, a “ANOVA” e “HLink”. Estas empresas “partilharão perspetivas sobre inovação, gestão de risco e automação no contexto da engenharia de software”, explica. Para além da sessão “técnica”, a iniciativa vai proporcionar um momento de “networking informal, promovendo a troca de experiências e oportunidades entre profissionais da comunidade tecnológica da região”. O Tech Meetup desta sexta-feira não tem qualquer custo, mas as reservas devem ser feitas aqui.

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Além de Aveiro, também os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Leiria estão sob aviso laranja. Já Braga, Viana do Castelo, Porto, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa e Setúbal mantêm-se sob aviso amarelo. De acordo com o IPMA, Bragança e Vila Real estão sob aviso laranja desde o início da tarde de hoje, devido a precipitação persistente e por vezes forte, situação que se prolonga até às 06:00 de sábado, altura em que passam a aviso de nível amarelo, até às 09:00. Pelos mesmos motivos, os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu e Leria estão sob aviso laranja até às 09:00 de sábado, passando a amarelo entre as 09:00 e o meio-dia, enquanto o distrito da Guarda está sob aviso laranja até às 12:00 de sábado, passando a amarelo até às 15:00. Devido à chuva por vezes forte, os distritos de Braga e Viana do Castelo estão, até às 21:00 de hoje, sob aviso amarelo, que sobe então de nível para laranja até às 03:00, altura em que volta a amarelo até às 06:00. O distrito do Porto está sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje, altura em que passa a laranja devido à precipitação persistente e por vezes forte, voltando às 06:00 ao nível amarelo, que se prolonga até às 09:00 de sábado. Castelo Branco está sob aviso amarelo devido a precipitação forte até às 06:00 de sábado, altura em que passa a laranja até às 12:00, voltando a amarelo entre o meio-dia e as 15:00. Lisboa e Santarém estão sob aviso amarelo até às 06:00 de sábado, altura em que passam a nível laranja, até às 12:00. Devido a precipitação persistente e, por vezes, forte, o distrito de Lisboa volta a estar sob aviso amarelo entre as 12:00 e as 15:00 de sábado. Em Portalegre, a precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito, levou a um aviso amarelo até às 21:00 de hoje e a um novo aviso amarelo para chuva persistente e por vezes forte entre as 06:00 e as 18:00 de sábado. Em aviso amarelo por precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito está Setúbal até às 21:00 de hoje e depois entre as 06:00 e as 15:00 de sábado. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Lisboa, Coimbra e Leiria estão também sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje devido à agitação marítima, com ondas de quatro metros, consideradas de “altura significativa”. Os avisos do IPMA - vermelho, laranja e amarelo - são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.

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Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
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De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.

Adriana Rodrigues (PSD) quer criar um centro tecnológico em Vale de Cambra
Região

Adriana Rodrigues (PSD) quer criar um centro tecnológico em Vale de Cambra

“Sendo Vale de Cambra considerada como a capital do aço e inox, com grandes grupos empresariais, e centenas de pequenas, médias e microempresas, reunindo know-how, experiência e competência, há uma infraestrutura essencial para que a nossa indústria continue a crescer e a contribuir significativamente para a geração de riqueza nacional – um centro tecnológico na área da indústria metalúrgica e metalomecânica”, disse Adriana Rodrigues numa audição de Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial. Sobre o centro tecnológico, Adriana Rodrigues defende que a infraestrutura deve ser um “espaço essencial para criar, para inovar, para testar e aplicar soluções tecnológicas”, atendendo a que, como referiu, “Vale de Cambra é um dos clusters industriais mais relevantes, nomeadamente na área metalúrgica e metalomecânica, com relevante contributo para o PIB nacional”. Neste seguimento, João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, recordou que Vale de Cambra tem hoje “um grande peso no movimento associativo e até do centro tecnológico da metalomecânica”, dizendo-se “certo” de que poderá haver uma “ponte, do ponto de vista da formação” com aquele equipamento. “Vale de Cambra é um exemplo a nível mundial daquilo que é a eficiência, a eficácia, o conhecimento e a projeção da indústria metalomecânica, com empresas que não são, sequer, líderes em Portugal”, continuou o secretário de Estado. A deputada aveirense manifestou ainda apreensão sobre a proposta da Comissão Europeia de elevar as tarifas alfandegárias sobre o aço, de 25 para 50 por cento, “situação muito preocupante, dado que ameaça a competitividade das empresas portuguesas, mas muito em particular a indústria valecambrense”. “A Associação Empresarial de Cambra e Arouca, perfeitamente consciente das vicissitudes, caraterísticas e necessidades do tecido empresarial de Vale de Cambra, tem vindo reiteradamente, à semelhança de outras associações de territórios similares, a reivindicar políticas fiscais que promovam a discriminação positiva para empresas dos territórios de baixa densidade”, expôs.