RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Aveirenses “Alboys” transformam tapetes em peças de arte “únicas e exclusivas”

Pimentos padrón, os típicos azulejos tradicionais ou até mesmo uma águia foram algumas das particularidades que Francisco e Cláudio, dois jovens aveirenses, já transpuseram em arte têxtil através do projeto SQE Rugs. Uma marca que nasceu há cerca de dois anos e que pretende transformar tapetes em peças de arte “únicas e exclusivas”.

Aveirenses “Alboys” transformam tapetes em peças de arte “únicas e exclusivas”
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
01 fev 2025, 14:36

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É num estúdio improvisado, junto ao Jardim do Alboi, em Aveiro, que, nos dias de hoje, dois amigos e aveirenses de gema, Francisco de 24 anos e Cláudio de 23 anos [também conhecidos como “Alboys”] se dedicam a produzir e a transformar tapetes em peças de arte. “Nós fazemos parte do mesmo grupo de amigos há cerca de cinco anos. Tudo isto começou porque queríamos fazer alguma coisa para ocupar o tempo livre. Achamos que era interessante fazer algo para empreender…. Ao Cláudio já lhe tinha aparecido alguns conteúdos nas redes sociais relacionados com os tapetes e achamos que era uma boa ideia para se apostar. O pessoal lá fora já faz isso há algum tempo, nomeadamente, na América, mas a ideia ainda não era muito explorada em Portugal”, começou por explicar Francisco à Ria. “No fundo é sempre um tapete, mas nós tentamos sempre que as pessoas os coloquem na parede ou que fique quase como um quadro (…)”, completou.

Sem qualquer experiência pelo mundo têxtil, ainda que ambos tenham familiares no mundo da costura, foi através das diferentes pesquisas pela internet, nomeadamente através de vídeos, que os dois jovens começaram a pôr a mão na massa e a fazer as primeiras experiências. “(…) Eu só fiz desporto na minha vida. Nunca me dediquei muito a nada de especial. Tenho algum gosto pela arte e pelo design, mas background em termos de têxtil não tenho nenhum”, confidenciou o jovem de 24 anos. Por exemplo, “recordo-me que a reação dos meus pais não foi grande coisa. Disse que ia começar um projeto e eles desconfiaram como todos os pais ao início…”, completou Cláudio com uma gargalhada.

Após várias tentativas, no ano de 2023 nascia, oficialmente, a marca SQE Rugs [“Talvez Tapetes”]. “Sempre andamos a meio gás porque eu tinha outros trabalhos e tinha muito pouco tempo a despender. A partir de março do ano passado demos um refresh à nossa linguagem visual (na maneira como nos apresentamos) e decidimos dar um bocadinho mais e foi aí que se calhar tivemos um boom em termos de seguidores e encomendas. Até tínhamos um outro colega - o Zé -, mas ele, entretanto foi para o Catar trabalhar como hospedeiro de bordo (…) e nós ficamos a segurar o barco”, partilhou Francisco. Relativamente ao significado da marca, os jovens explicaram que o “SQE” significa talvez e que é uma analogia para os mais novos. “Era uma palavra que nós usávamos muito enquanto grupo (…) O SQE Rugs é porque nós fazemos um pouco mais do que tapetes (…)”, confidenciaram.

Neste momento, o projeto está unicamente disponível através das redes sociais [no instagram e no tik tok] e, “em breve”, estará também num website próprio. “A maioria das pessoas nunca traz um design pronto e muito menos um tamanho definido [para o tapete] o que também acaba por ser mais decisivo para dar um orçamento em concreto (…) Normalmente, as pessoas enviam-nos mensagem [através do instagram] e nós pedimos a essa pessoa para fazer 50% do depósito antes de começarmos para salvaguardarmos que a pessoa vai ficar com o tapete”, realçou Francisco. De seguida, segue-se a distribuição do trabalho por ambos. “Normalmente, eu projeto para a tela o design e com uma caneta decalco, depois vou com a pistola específica [a pistola pneumática, mais conhecida como tufting gun] para fazer este tipo de trabalhos. Depois de fazer tudo o Cláudio mete cola para fixar o ponto à tela para ele não sair mais e tem de se cortar os detalhes, retirar-lhe o excesso, embalar, carimbar…”, enumerou.

Ainda que o processo pareça intuitivo [pelo menos, para os jovens], Francisco não negou que os tapetes “têm vários segredos” e que os mais demorados podem chegar a levar até cerca de semana e meia a ficarem concluídos. Sobre o preço, os jovens realçaram que um metro quadrado pode custar entre os “315 e os 350 euros” e que as peças que produzem são “únicas e exclusivas”. “Já rejeitamos até alguns pedidos porque as pessoas querem o tapete para pôr na porta de casa (…) Não é um tapete para limpar os pés, é para decorar…”, contou o jovem.

Apesar do projeto ainda não ser lucrativo o suficiente para conseguirem dedicar-se a tempo inteiro ao mesmo, os jovens reconheceram que o SQE Rugs tem vindo a crescer. “Nós antes produzíamos quatro tapetes em mês e meio. Hoje em dia produzimos quatro tapetes numa semana. Efetivamente, agora é mais do que um hobbie (…)”, partilhou. “Acho que as pessoas nos olham com bons olhos. Tenho tido sempre feedbacks positivos (…) Gosto que as pessoas olhem para os nossos tapetes como arte (…)”, confidenciou Francisco.

Sobre o futuro do projeto, os jovens gostavam de ter a oportunidade de entrar no “mundo das artes e das galerias” para exporem as suas peças. “Nós temos a consciência que a maioria dos negócios falham e demoram muito tempo a singrar. Nós nunca começamos a fazer isto por causa do dinheiro, mas sim porque queríamos ter alguma coisa que fazer durante os tempos livres… Não há muito a fazer e em Aveiro ainda há menos. Estamos aqui bem e tranquilos a fazer uma coisa que gostamos e se algum dia correr bem, perfeito, se não correr bem aprendemos bastante e está a ser super enriquecedor”, reconheceu Francisco.

Entretanto, os jovens estão agora numa fase de criação e desenvolvimento de uma arte mais pessoal e vão começar, brevemente, a deslocar-se também a hotéis e a restaurantes “que queiram ter uma peça grande para decorar o seu espaço”. “Estamos a tentar todas as possibilidades”, garantiram os jovens.

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“Eu estou muito surpreendido. Penso que o Dr. Alberto Souto está muito, muito nervoso. Eu estarei no sábado de manhã [na Jornada de Reflexão da concelhia do PSD-Aveiro] com o candidato à Câmara de Aveiro, Luís Souto de Miranda, e como presidente da Distrital de Aveiro do PSD que sou, e com muito orgulho ao lado do futuro presidente da Câmara de Aveiro”, constatou. À Ria, Emídio Sousa garantiu ainda que a construção de uma ponte entre Aveiro e São Jacinto “nunca foi falada” no PSD-Aveiro. “O Dr. Alberto Souto está a mentir e a confabular. Ele tem um conjunto de projetos megalómanos que, como é hábito dele, deveria ter muito mais prudência. Ele faz uma ponte, fala de uma ponte, que eu desconhecia essa intenção de construir essa ponte, mas ele provavelmente não sabe se ela custa 100 milhões, 200 milhões...”, exprimiu. “Nunca foi falado, mas o mais grave nisto tudo é o Dr. Alberto Souto vir com uma insinuação dessas quando ele deveria ter cuidado com aquilo que tem feito e fez enquanto presidente da Câmara… As pessoas não se esquecem”, continuou o presidente da distrital do PSD Aveiro. Emídio Sousa recordou ainda que Alberto Souto enquanto presidente da Câmara, entre 1998 e 2005, deixou o Município “completamente falido”. “Não havia dinheiro para comprar pregos, para tapar buracos e a Câmara de Aveiro andou 15 anos a sofrer com a péssima gestão do Dr. Alberto Souto”, criticou. “Eu fui presidente da Câmara de Santa Maria da Feira durante 11 anos, deixei ao meu sucessor 100 empreitadas em curso e o dinheiro reservado para pagar essas empreitadas. Tenho orgulho no trabalho que fiz. O Dr. Alberto Souto deixou a Câmara de Aveiro completamente falida, sem dinheiro para nada, e agora vem com um conjunto de obras megalómanas...”, afirmou o atual secretário de Estado do Ambiente. Segundo Emídio Sousa este “conjunto de obras megalómanas”, propostas por Alberto Souto, deve-se às “finanças saudáveis” das equipas do PSD, “em especial à do Ribau Esteves, atual presidente da CMA”. “O Dr. Alberto Souto agora julgando que a Câmara tem outra vez o cofre cheio julga que vai novamente desbaratar e pôr outra vez a Câmara da Aveiro falida... Ele quer levar a cabo tudo. Eu todos os dias ouço um grande projeto que custa não sei quantos milhões. Eu só gostava que o Dr. Alberto Souto dissesse onde é que vai buscar esse dinheiro todo? Ou ele está a pensar, como é habitual - e como já fez anteriormente - deixar a Câmara completamente falida e os aveirenses durante muitos anos sem poder fazer nada?”, questionou. “É esta a marca do Dr. Alberto Souto. Falência, despesa completamente insensata, sem pensar, sem nada. Ele manda atuar e depois alguém que resolva”, finalizou o presidente da distrital do PSD Aveiro. Recorde-se que a poucos dias da Jornada de Reflexão "Pensar Aveiro", organizada pelo PSD-Aveiro, o candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto, veio, esta quinta-feira, a público contestar um possível anúncio do Governo sobre a construção de uma ponte entre Aveiro e S. Jacinto. Numa publicação no Facebook, Alberto Souto considera o eventual anúncio uma jogada de "propaganda ostensiva e inconsistente" e lançou uma série de condições para que o projeto avance de forma sustentável. A notícia na íntegra pode ser consultada aqui

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“Após um debate alargado e participado pelos membros do núcleo, foi decidido, por unanimidade, que a Iniciativa Liberal de Aveiro declinará o convite para integrar a coligação com PSD. Esta decisão reflete a vontade da estrutura local de afirmar um projeto político autónomo, fiel aos valores liberais, e de apresentar aos cidadãos de Aveiro uma alternativa diferenciada, assente na defesa da liberdade económica, da eficiência governativa e da proximidade às necessidades reais da população”, lê-se. “No mesmo plenário, foram ainda definidos os nomes dos candidatos que serão submetidos à aprovação da Comissão Nacional da Iniciativa Liberal como cabeças de lista para as eleições autárquicas. Miguel Gomes será o candidato à Câmara Municipal de Aveiro, enquanto Frederico Teixeira será o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Aveiro”, continua a nota. Segundo a nota de imprensa, a decisão foi tomada no último plenário ordinário que decorreu no dia 9 de março e que tinha como objetivo “debater temas fundamentais para o futuro da estrutura local e a sua estratégia para as próximas eleições autárquicas”. A Ria sabe que os militantes da IL-Aveiro acreditam que as divisões dentro do PSD-Aveiro e o descontentamento de Ribau Esteves quanto à escolha de Luís Souto como candidato à Câmara Municipal de Aveiro podem fazer com que a candidatura da Iniciativa Liberal tenha um crescimento significativo nas próximas eleições autárquicas.  Durante a sessão, os membros presentes aprovaram ainda, por unanimidade, as contas relativas ao exercício de 2024, bem como o orçamento especial para 2025, um ano de particular relevância política devido à realização das eleições autárquicas. “Este orçamento visa dotar o núcleo dos recursos necessários para uma campanha eleitoral dinâmica e alinhada com os princípios liberais, promovendo a transparência e o envolvimento cívico na política local”, esclarece. Miguel Gomes apresentou também um resumo da reunião mantida com Luís Souto, candidato do PSD à CMA. “Na sua intervenção, destacou os pontos centrais da conversa e as implicações de uma eventual coligação com os referidos partidos”, explica. Miguel Gomes, de 47 anos, é gestor e empresário. Com um percurso profissional consolidado na área da gestão e um historial de participação cívica ativa. Quatro anos depois, Miguel Gomes, volta a ser candidato à Câmara Municipal de Aveiro, onde “pretende apresentar um programa autárquico assente na modernização administrativa, na atração de investimento para a região e na implementação de políticas públicas que incentivem o crescimento económico e a qualidade de vida dos aveirenses”. Frederico Teixeira, 28 anos, jurista, mestre em Direito Internacional dos Negócios e doutorando em Ciência Política. Tem experiência associativa tanto a nível local, como a nível nacional. Frederico Teixeira “acredita que a entrada dos liberais no órgão máximo do município trará uma lufada de ar fresco ao desenvolvimento local, afirmando a IL como uma alternativa clara para potenciar o futuro da cidade. Defende ainda que a Assembleia Municipal se deve afirmar como um órgão pluralista de representação efetiva dos aveirenses, e não reduzir-se a um órgão meramente consultivo do Executivo, como aconteceu nos últimos anos”. Na nota da IL-Aveiro, o partido realça ainda que pretende “apresentar aos cidadãos um projeto político independente, centrado em soluções concretas para o desenvolvimento sustentável do município”. “A estrutura local reafirma ainda a sua abertura ao diálogo com todos os cidadãos e agentes locais interessados em contribuir para um Concelho mais inovador, dinâmico e livre”, finaliza

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"A ser verdade, é uma notícia bombástica. Mas como o Governo já morreu, parece mais uma bombinha de Carnaval. Começou a campanha eleitoral!", escreveu o candidato socialista, aludindo à atual conjuntura política nacional e ao impacto que tal anúncio poderia ter na corrida autárquica. Alberto Souto admite que a ponte pode ser um fator de desenvolvimento para São Jacinto, mas alerta que, sem um planeamento adequado, pode transformar-se "num desastre ambiental". Como solução, apresentou quatro condições fundamentais que considera indispensáveis antes da execução da infraestrutura. A limitação de estacionamento: para o candidato São Jacinto deve funcionar como um parque de estacionamento com lotação controlada, restringindo a entrada de veículos para além dos residentes, trabalhadores e serviços de emergência, privilegiando o transporte coletivo; planos estratégicos e urbanísticos: antes da construção da ponte, Alberto Souto defende que seja aprovado um plano que proteja a localidade da especulação imobiliária, garantindo baixa densidade populacional e o respeito pelo património ambiental; compromisso ambiental: o candidato socialista defende como contrapartida à construção da ponte um financiamento robusto para a preservação da Reserva Natural e para a reabilitação de estruturas essenciais na defesa contra a subida do nível do mar; por último, Alberto Souto defende um traçado adequado: o candidato propõe um trajeto específico para a ponte, incluindo um pequeno troço levadiço, de forma a minimizar o impacto na atividade portuária e na própria malha urbana de S. Jacinto. "Se decidiram fazer a ponte, que seja nos termos acima. De outra forma, será um desastre", reforçou Alberto Souto, acrescentando que, se o anúncio for apenas "teatro", será uma forma "lamentável" de tratar os eleitores. Com estas declarações, Alberto Souto pretende antecipar o evento do PSD-Aveiro, previsto para o próximo sábado em São Jacinto, que contará com a presença de Emídio Sousa, secretário de Estado do Ambiente, e de Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território. O que se esperava ser um encontro de reflexão para os sociais-democratas já se transformou num dos primeiros momentos de confronto da campanha para as autárquicas em Aveiro, com Alberto Souto a afirmar que o candidato do PSD-Aveiro, Luís Souto, "ainda não fez prova de vida".

PSD Aveiro vai realizar Jornada de Reflexão para ‘Pensar Aveiro’
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O Centro Nacional de Formação Ambiental do Corpo Nacional de Escuteiros (CNE) vai acolher este sábado, dia 15, a Jornada Reflexão ‘Pensar Aveiro’, uma iniciativa promovida pela secção concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Aveiro. Em nota enviada às redações, os sociais-democratas referem que o evento tem como objetivo “a preparação da campanha para as próximas eleições autárquicas”. A sessão de abertura contará com a presença de Emídio Sousa, presidente da Comissão Política Distrital e secretário de estado do Ambiente, Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território e de Luís Souto de Miranda, presidente da Assembleia Municipal e candidato do PSD às eleições autárquicas. A iniciativa pretende “abrir o PSD à sociedade civil e receber os seus contributos qualificados para a vida política”, em alinhamento com aquele que é “o objetivo traçado pelo líder do Partido Luís Montenegro”, referem os sociais-democratas em nota enviada às redações. O comunicado dá ainda conta de que a iniciativa, inserida no contexto do projeto autárquico para Aveiro 2025-29, vai ser “um ponto de partida para futuros momentos de auscultação e reflexão em torno de áreas prioritárias para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos aveirenses”. A sessão de abertura está marcada para as 11h e pelas 14h30 será dado início à sessão da tarde.

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BE critica Governo por preterir ligação ferroviária de alta velocidade Aveiro-Salamanca
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BE critica Governo por preterir ligação ferroviária de alta velocidade Aveiro-Salamanca

"Na reunião do Conselho de Ministros de segunda-feira, na véspera da discussão da moção de confiança, o Governo pediu estudos para ligações ferroviárias de alta velocidade a Espanha, dando prioridade a duas ligações: Porto-Vila Real-Bragança e outra no Algarve. Já a ligação Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca aparece preterida", refere um comunicado do BE. Os bloquistas lamentam que o Governo liderado por Luís Montenegro tenha tido como uma das suas últimas iniciativas "abandonar novamente a região de Aveiro, afetando drasticamente as populações e a economia da região". "Esta é, em poucos dias, a segunda decisão danosa do Governo PSD para com os interesses da região de Aveiro, depois de também abandonar a expansão do Hospital de Aveiro", refere a mesma nota. O Bloco promete ainda continuar a lutar pela construção desta linha ferroviária de Aveiro a Espanha, que permitirá dar centralidade a Aveiro, dinamizar o respetivo porto e descarbonizar a mobilidade. O Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com estudos para vários investimentos ferroviários, incluindo na linha do Vouga, linha do Oeste e reforço de ligações a Espanha, segundo um comunicado divulgado na terça-feira. Estes estudos são anunciados depois de o Governo ter aprovado, na segunda-feira, em Conselho de Ministros, o Plano Ferroviário Nacional. De acordo com a nota do Ministério das Infraestruturas e Habitação, o executivo deu conta de que mandatou a Infraestruturas de Portugal “para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão" relativamente a vários investimentos neste domínio. Estes projetos passam pela “modernização e eletrificação a Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade”, e pela “avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura”. Será ainda estudado o “reforço das ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva”. Além disso, a resolução do Conselho de Ministros aprovada na segunda-feira “confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade atualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid), bem como da rede ferroviária convencional”.

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