RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Aveiro: Open call para a sexta edição dos Cadernos de Cultura decorre até 30 de abril

Até ao dia 30 de abril, os interessados em contribuir com artigos para a 6ª edição dos Cadernos de Cultura: História & Património de Aveiro, da Câmara Municipal de Aveiro, já podem enviar os seus textos.

Aveiro: Open call para a sexta edição dos Cadernos de Cultura decorre até 30 de abril
Redação

Redação

12 mar 2025, 13:12

A open call para a revista científica destina-se a investigadores com estudos sobre Aveiro, cidade ou região. De acordo com uma nota de imprensa, os interessados deverão enviar os seus artigos até ao “dia 30 de abril”, devendo os mesmos ser enviados para o seguinte endereço eletrónico: [email protected]<mailto:[email protected]>.

As cinco edições anteriores publicaram mais de três dezenas de artigos, conhecimento que pode ser consultado, na edição digital dos Cadernos de Cultura aqui. Tendo periodicidade anual, o volume do corrente ano dos Cadernos de Cultura: História & Património de Aveiro será apresentado ao público no próximo mês de novembro, no decorrer das Jornadas de História Local e Património Documental.

Para esclarecimentos adicionais os mesmos devem ser feitos através do email: [email protected]<mailto:[email protected]> ou por via telefónica: 234 386 158.

Recomendações

Presidente do SC Beira-Mar garante “novidades” sobre processo da sociedade desportiva na próxima AG
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Presidente do SC Beira-Mar garante “novidades” sobre processo da sociedade desportiva na próxima AG

Na convocatória da Assembleia Geral Ordinária do SC Beira-Mar do próximo dia 31 de outubro pode ler-se no ponto quatro que volta a estar prevista nova “informação aos sócios sobre o processo de constituição da sociedade desportiva para o futebol”. Recorde-se que o clube já chegou a anunciar Breno Dias Silva como investidor, mas, entretanto, a direção diz ter perdido a confiança no parceiro e decidiu recuar. Na última Assembleia, que se realizou no final do passado mês de julho, Nuno Quintaneiro disse à Ria que esperava ter um novo investidor para apresentar até que os sócios se voltassem a reunir. Contactado pela Ria, o presidente garante agora que há “novidades” que espera que sejam “consistentes” até ao próximo dia 31 de outubro, data da próxima AG. Para já, Quintaneiro prefere não adiantar qualquer detalhe sobre o projeto que o SC Beira-Mar está a considerar e deixa os esclarecimentos para a Assembleia. Outro dos pontos em destaque da reunião é o ponto dois: “Informação aos sócios sobre a aplicação da ‘regra de ouro’, respeitante ao triénio 2021-2024, nos termos e para os efeitos previstos no art. 27º, nº 4 dos Estatutos”. De acordo com os estatutos do clube, cada direção deve ter como “regra de ouro” que, “no final do seu mandato, a situação líquida do S. C. Beira-Mar, seja, se nada de anormal e extraordinário ocorrer, pelo menos igual à existente aquando da sua tomada de posse, devendo o eventual agravamento da mesma, após confirmação por auditoria promovida pela nova Direção, ser assumido solidariamente pelos membros em funções da Direção cessante”. Traduzida pelo presidente Nuno Quintaneiro, a norma determina que “aquando da transmissão dos mandatos, se a situação líquida do clube for negativa em comparação com o início do mandato […] os elementos da direção podem ser responsabilizados pessoalmente e solidariamente, ou seja, têm que se chegar à frente com o seu património para pagar ao clube e compensar o clube financeiramente por essa variação negativa”. No entanto, diz o presidente, o principal problema que o clube tem tido em relação a esta regra é a sua não aplicação. Para que se cumpram os estatutos, é necessário que a situação líquida do clube seja certificada – algo que, por intermédio de Luís Leitão, presidente do Conselho Fiscal cessante, já aconteceu em outubro passado – e, depois, que a nova direção decida sobre a aplicação ou não da regra – que a direção deixou pendente aquando da aceitação da certificação da situação líquida do clube. Em causa está uma variação líquida negativa de 289.086,71 euros. “Se fizéssemos uma aplicação cega da regra, o Afonso [Miranda] e os seus colegas de direção teriam de suportar esse encargo financeiro junto do clube”, explica Nuno Quintaneiro, que aponta que “aquilo que nós, ao longo deste período, estivemos a fazer foi um levantamento de onde é que teve origem esse endividamento e a compreender bem a atividade do clube para perceber se faz ou não sentido aplicar a ‘regra de ouro’ à luz daquilo que era o elemento teleológico da norma”. Por ser uma matéria que exige “algum cuidado” e por “respeito aos sócios”, o presidente da direção do SC Beira-Mar prefere não comunicar a decisão antes da Assembleia Geral. No entanto, por “dever institucional”, o ex-presidente Afonso Miranda e a sua direção já foram informados daquela que foi a decisão. Nesse sentido, o presidente assume que “não há qualquer problema institucional” e que a decisão foi tomada em “concordância” com os antigos titulares dos órgãos sociais do clube, pelo que se vive um “clima de paz”. No passado dia 16, uma notícia publicada no Diário de Aveiro sobre o tema motivou um comunicado da direção do clube. Depois de o jornal escrever que “A direção do Beira-Mar vai aplicar a ‘regra de ouro’”, o clube reagiu: “o agendamento de um ponto da Ordem de Trabalhos da próxima Assembleia Geral […] dedicado a informação sobre a aplicação da ‘regra de ouro’, resultou de um entendimento conjunto sobre a necessidade de comunicar aos sócios, em local próprio, o entendimento partilhado sobre a natureza e o alcance daquela disposição estatutária”. Nesse sentido, os responsáveis do clube clarificam, como disse Nuno Quintaneiro à Ria, que a discussão tem sido articulada em diálogo com o antigo presidente Afonso Miranda. No seguimento da notícia, o ex-presidente fez uma publicação no Facebook onde afirma ter feito chegar a informação ao Diário de Aveiro de que “a ata da convocatória para a Assembleia Geral refere apenas “informar sobre a regra de ouro” e não “aplicar” tal medida”. Depois de, segundo afirma, o diretor do jornal ter reconhecido o erro e retirado momentaneamente a notícia da internet, a informação voltou a ser publicada. Para além de dizer que nunca é mencionado “qualquer indício de “maus resultados” da anterior direção” – algo que diz saber não ser intenção dos atuais responsáveis – Afonso Miranda frisa ser também credor do clube e diz estar disponível para “não cobrar ou negociar a longo prazo o pagamento dessas verbas”. Por defender que, durante o seu mandato à frente dos destinos do clube, “enfrentou o período financeiro mais conturbado de sempre” e depois de enaltecer que a sua direção “teve a coragem de pegar num clube moribundo, saqueado por vários que fugiram, e nele investiu dinheiro, tempo e suor”, Afonso Miranda diz “recusar aceitar que o jornalismo continue a ser praticado com tamanha falta de rigor, na busca incessante por sensacionalismo, mesmo à custa de denegrir a imagem de quem verdadeiramente trabalha”. Assim, o ex-presidente da direção afirma ter avançado com uma ação judicial por difamação. Na Assembleia Geral do próximo dia 31 vai ser também apreciado e votado o Relatório de Atividades e Contas do exercício respeitante à época desportiva 2024-2025.

Aveiro: CEO da Trofa Saúde garante que novo hospital do grupo deve abrir em 2028
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Aveiro: CEO da Trofa Saúde garante que novo hospital do grupo deve abrir em 2028

A ideia de um novo hospital da Trofa Saúde em Aveiro começou a nascer, disse José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), em 2016. Entretanto, o projeto chegou mesmo a ser anunciado, mas, segundo o autarca, foi “abalroado” pela covid-19. Recorde-se que o projeto foi anunciado em 2017 e que o objetivo anunciado era de que o hospital estivesse em funcionamento a partir de 2019. Depois da pandemia, Ribau Esteves afirma que a Trofa Saúde deu uma “péssima notícia” e decidiu “rasgar” o projeto que já tinha sido licenciado pela Câmara Municipal. Explica Bruno Gomes que o novo projeto agora apresentado serviu para aumentar o hospital: “Achámos que era preciso dimensioná-lo [ao projeto] de uma forma diferente para poder dar resposta às necessidades da população de Aveiro”. Não obstante, o responsável anunciou que a unidade deve criar “400 novos postos de trabalho”, menos 100 do que os 500 anteriormente anunciados. O novo hospital, de acordo com o CEO do grupo, vai ter atendimento permanente “24 horas para adultos e crianças”, “bloco operatório com três salas para cirurgia”, “100 camas de internamento”, “100 gabinetes de consulta e serviços de enfermagem”, análises clínicas e endoscopia e com suporte de uma imagiologia equipada com tecnologia de última geração, incluindo ressonância magnética, TAC, mamografia e ecografia. O edifício vai ter “sete andares à superfície e dois subterrâneos”. Bruno Gomes destacou que esta não foi a primeira aposta do grupo no distrito de Aveiro: já existem unidades da Trofa Saúde em São João da Madeira, Ovar, Santa Maria da Feira e Espinho. No total, o grupo conta já com 23 hospitais e clínicas em todo o país. Ribau Esteves não deixou escapar a oportunidade para falar da ampliação e requalificação do hospital público, de que Aveiro ainda continua à espera. O presidente espera que o projeto da Trofa Saúde seja “inspirador e estimulador” para que “o Ministério da Saúde […] seja bem melhor que todos os outros que nos andaram a empurrar para a frente numa inércia absurda que tem que tem prejuízo para os cidadãos”. Foi também nesse sentido que o autarca voltou a defender as entidades privadas. No seu entender, Portugal ainda não “ultrapassou alguns preconceitos” e o serviço privado “está sempre sob alguma suspeição”. “O motor da nossa atividade económica é o setor privado. O nosso Município seria muito diferente, para muito pior, se fosse o setor público o seu motor principal. Como eu gosto de dizer, nós somos motor auxiliar”, rematou o autarca. A “primeira pedra” do hospital foi um exemplar da edição do Diário de Aveiro de ontem, dia 20, em que no destaque de primeiro página vai para “Primeira pedra de hospital privado é lançada hoje”. O jornal foi encapsulado e enterrado por todos os responsáveis presentes, como Bruno Gomes, José Ribau Esteves ou Luís Souto, presidente da CMA eleito.

Ribau Esteves defende que livro pago pela Câmara é um “investimento de solidariedade cultural”
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Ribau Esteves defende que livro pago pela Câmara é um “investimento de solidariedade cultural”

Na passada quinta-feira, 16 de outubro, o Município de Aveiro anunciava que iria lançar um novo livro, desta vez, com o título “Aveiro, Coragem de Mudar, com Ribau Esteves”. Tal como noticiado pela Ria, trata-se do último livro - lançado e pago pela autarquia - de José Ribau Esteves enquanto presidente cessante da Câmara de Aveiro. Logo após ter sido anunciado, a obra gerou polémica por representar um custo de “13.350 euros” para a Câmara Municipal de Aveiro, ao contrário, por exemplo, do livro de balanço dos mandatos autárquicos de Élio Maia, presidente da autarquia entre 2005 e 2013, que não teve qualquer financiamento público.  Questionado esta segunda-feira, pela Ria, sobre a opção, Ribau Esteves reforçou que o presidente Élio Maia “não é uma referência de gestão autárquica” para si e justificou a aposta com o facto de a Câmara de Aveiro ser, atualmente, “investidora”. “Obviamente que uma Câmara investidora, com qualidade, de uma terra rica, em termos de património histórico, de atividade, tem a obrigação de publicar o livro”, sublinhou. Recorde-se que, tal como noticiado, a autarquia aveirense gastou, só no último ano, mais de 100 mil euros na produção de livros. Confrontado com isto, o autarca respondeu: “E são muito mais do que aqueles que estão na notícia da Rádio Ria e (…) com muito mais investimento do que aquilo que foi feito”. Recordando o dia da apresentação do livro “Avenida: uma história com futuro”, que decorreu na Livraria Bertrand, Ribau Esteves sublinhou que estes livros são “investimentos de solidariedade cultural”. “Nesse âmbito, nós entendemos que a história única destes 12 anos de uma Câmara numa situação de falência, (…) num tempo em que vivemos coisas tão dramáticas como o combate à covid, em que pusemos esta Câmara como altamente investidora, como a Câmara que deixou de ser (…) gestora do Município de Aveiro e passou a ser (…) cogestora da região de Aveiro, da Associação Nacional de Municípios Portugueses, do Comité das Regiões da União Europeia, [justificava este livro]”, reforçou o autarca. Em relação às outras obras, anteriormente, publicadas pela autarquia, sublinhou ainda que a única diferença é que esta foi escrita por si.  “Foram cerca de 300 horas de trabalho que tirei à minha família, que deixei de ir à missa, deixei de correr, etc. Deixei de fazer uma série de coisas porque nunca escrevi uma linha daquele livro que não fosse aos domingos ou nos meus voos para Bruxelas”, partilhou. “Portanto, é uma edição da Câmara Municipal, como tantas outras que fizemos, com toda a legitimidade democrática”, continuou. Sobre as críticas da oposição, José Ribau Esteves disse ter “toda a tolerância democrática”. “Aliás, eu tive o cuidado (…) que o livro fosse lançado entre as eleições e a tomada de posse, precisamente, para não ser minimamente parte, protagonista ou influenciador do processo eleitoral”, exprimiu. “Só para ter a noção, a partir do momento que disse que estava a escrever um livro, eu já tenho anotado os pedidos do meu livro de 400 pessoas (…)  A maior parte das pessoas são positivas, sabem que o presidente Ribau Esteves escreveu um livro próprio, a contar histórias, algumas delas que as vou contar pela primeira vez, em público, (…) e mandaram-me logo uma coisa qualquer, um SMS, uma carta, um e-mail, a dizer: ‘guarda para mim porque eu quero um’”, partilhou. Numa fase final da conversa, o presidente da Câmara adiantou ainda que o livro será para oferta e que apenas a Editora ‘Afrontamento’ [responsável pela edição do mesmo] o venderá. “Não há lucro nenhum. A Câmara não vai vender… E mesmo a empresa que o vai vender dá pouco mais do que para pagar os custos que a empresa teve”, frisou. Saliente-se que este não é o primeiro livro escrito pelo autarca. A primeira vez que o fez era ainda presidente da Câmara de Ílhavo e, na altura, lançou a obra: “10 Anos de Mudança - Município de Ílhavo”. Segundo uma notícia do Correio da Manhã, datada de 18 de janeiro de 2008, a obra gerou polémica já que os partidos da oposição acusaram Ribau Esteves de se “autopromover gastando 2800 euros ao erário público”. Sobre este episódio, Ribau Esteves recordou que na “Câmara de Ílhavo era diferente porque, por um lado, decidi que eram sobre os dez anos e lançamos o livro a menos de um ano de eleições e eu era recandidato”. O livro “Aveiro, Coragem de Mudar, com Ribau Esteves” vai ser apresentado este sábado, 25 de outubro, pelas 18h00, no Teatro Aveirense.

Cais do Porto promove quarta edição do Brazil Tech Days em novembro
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Cais do Porto promove quarta edição do Brazil Tech Days em novembro

Em relação às edições anteriores, segundo uma nota enviada às redações, o evento marcará a chegada de “14 novas empresas brasileiras de tecnologia ao ecossistema português através do Programa de Internacionalização do Cais do Porto, reforçando a cooperação empresarial e tecnológica entre os dois países”. Além do mais, a iniciativa contará com a participação de estudantes do ensino secundário das escolas de Pernambuco, no Brasil. De acordo com Marcela Valença, gerente de operações do Cais do Porto, ao longo dos três dias, o evento terá  “palestras e debates de muita relevância com o objetivo de unir mercados e governos do Brasil e de Portugal em torno da inovação e da tecnologia como ferramentas de transformação social”. “É a primeira vez que o Brazil Tech Days traz mesas exclusivas sobre mulheres e tecnologia dos dois lados do Atlântico”, avança a nota.  Até ao momento, estão já confirmadas as presenças de: Alexandre Amorim, presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); Pierre Lucena, presidente do Porto Digital e de Mauricélia Montenegro, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco. Apesar da programação na íntegra ainda não estar disponível, a organização adianta que o primeiro dia, 6 de novembro, terá como temas em destaque, por exemplo, as “tendências globais de consumo em marketing e comunicação”; o segundo dia, o “diferencial do ecossistema de inovação da região de Aveiro, reconhecido pela sua gestão colaborativa e protagonismo feminino” e o último dia “será dedicado a atividades exclusivas das empresas embarcadas”. “Em breve, serão divulgados novos nomes de palestrantes e convidados especiais, reforçando o caráter internacional e colaborativo do Brazil Tech Days 2025”, finaliza. A inscrição é gratuita e está disponível aqui.  Criado em 2022, o Brazil Tech Days é uma iniciativa do Cais do Porto e do Porto Digital, que visa impulsionar a internacionalização de empresas brasileiras de tecnologia, fomentar o intercâmbio de conhecimento e inovação e promover debates estratégicos entre líderes públicos e privados do Brasil e de Portugal. O Cais do Porto é o hub de internacionalização de empresas de tecnologia brasileiras em Portugal, uma iniciativa do Porto Digital do Recife, que conecta ecossistemas, acelera negócios e fomenta a inovação entre o Brasil e a Europa. O espaço, localizado em Aveiro, atua como ponto de encontro de empreendedores, instituições e investidores interessados em fortalecer a cooperação tecnológica entre os dois países.

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Presidente do SC Beira-Mar garante “novidades” sobre processo da sociedade desportiva na próxima AG
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Presidente do SC Beira-Mar garante “novidades” sobre processo da sociedade desportiva na próxima AG

Na convocatória da Assembleia Geral Ordinária do SC Beira-Mar do próximo dia 31 de outubro pode ler-se no ponto quatro que volta a estar prevista nova “informação aos sócios sobre o processo de constituição da sociedade desportiva para o futebol”. Recorde-se que o clube já chegou a anunciar Breno Dias Silva como investidor, mas, entretanto, a direção diz ter perdido a confiança no parceiro e decidiu recuar. Na última Assembleia, que se realizou no final do passado mês de julho, Nuno Quintaneiro disse à Ria que esperava ter um novo investidor para apresentar até que os sócios se voltassem a reunir. Contactado pela Ria, o presidente garante agora que há “novidades” que espera que sejam “consistentes” até ao próximo dia 31 de outubro, data da próxima AG. Para já, Quintaneiro prefere não adiantar qualquer detalhe sobre o projeto que o SC Beira-Mar está a considerar e deixa os esclarecimentos para a Assembleia. Outro dos pontos em destaque da reunião é o ponto dois: “Informação aos sócios sobre a aplicação da ‘regra de ouro’, respeitante ao triénio 2021-2024, nos termos e para os efeitos previstos no art. 27º, nº 4 dos Estatutos”. De acordo com os estatutos do clube, cada direção deve ter como “regra de ouro” que, “no final do seu mandato, a situação líquida do S. C. Beira-Mar, seja, se nada de anormal e extraordinário ocorrer, pelo menos igual à existente aquando da sua tomada de posse, devendo o eventual agravamento da mesma, após confirmação por auditoria promovida pela nova Direção, ser assumido solidariamente pelos membros em funções da Direção cessante”. Traduzida pelo presidente Nuno Quintaneiro, a norma determina que “aquando da transmissão dos mandatos, se a situação líquida do clube for negativa em comparação com o início do mandato […] os elementos da direção podem ser responsabilizados pessoalmente e solidariamente, ou seja, têm que se chegar à frente com o seu património para pagar ao clube e compensar o clube financeiramente por essa variação negativa”. No entanto, diz o presidente, o principal problema que o clube tem tido em relação a esta regra é a sua não aplicação. Para que se cumpram os estatutos, é necessário que a situação líquida do clube seja certificada – algo que, por intermédio de Luís Leitão, presidente do Conselho Fiscal cessante, já aconteceu em outubro passado – e, depois, que a nova direção decida sobre a aplicação ou não da regra – que a direção deixou pendente aquando da aceitação da certificação da situação líquida do clube. Em causa está uma variação líquida negativa de 289.086,71 euros. “Se fizéssemos uma aplicação cega da regra, o Afonso [Miranda] e os seus colegas de direção teriam de suportar esse encargo financeiro junto do clube”, explica Nuno Quintaneiro, que aponta que “aquilo que nós, ao longo deste período, estivemos a fazer foi um levantamento de onde é que teve origem esse endividamento e a compreender bem a atividade do clube para perceber se faz ou não sentido aplicar a ‘regra de ouro’ à luz daquilo que era o elemento teleológico da norma”. Por ser uma matéria que exige “algum cuidado” e por “respeito aos sócios”, o presidente da direção do SC Beira-Mar prefere não comunicar a decisão antes da Assembleia Geral. No entanto, por “dever institucional”, o ex-presidente Afonso Miranda e a sua direção já foram informados daquela que foi a decisão. Nesse sentido, o presidente assume que “não há qualquer problema institucional” e que a decisão foi tomada em “concordância” com os antigos titulares dos órgãos sociais do clube, pelo que se vive um “clima de paz”. No passado dia 16, uma notícia publicada no Diário de Aveiro sobre o tema motivou um comunicado da direção do clube. Depois de o jornal escrever que “A direção do Beira-Mar vai aplicar a ‘regra de ouro’”, o clube reagiu: “o agendamento de um ponto da Ordem de Trabalhos da próxima Assembleia Geral […] dedicado a informação sobre a aplicação da ‘regra de ouro’, resultou de um entendimento conjunto sobre a necessidade de comunicar aos sócios, em local próprio, o entendimento partilhado sobre a natureza e o alcance daquela disposição estatutária”. Nesse sentido, os responsáveis do clube clarificam, como disse Nuno Quintaneiro à Ria, que a discussão tem sido articulada em diálogo com o antigo presidente Afonso Miranda. No seguimento da notícia, o ex-presidente fez uma publicação no Facebook onde afirma ter feito chegar a informação ao Diário de Aveiro de que “a ata da convocatória para a Assembleia Geral refere apenas “informar sobre a regra de ouro” e não “aplicar” tal medida”. Depois de, segundo afirma, o diretor do jornal ter reconhecido o erro e retirado momentaneamente a notícia da internet, a informação voltou a ser publicada. Para além de dizer que nunca é mencionado “qualquer indício de “maus resultados” da anterior direção” – algo que diz saber não ser intenção dos atuais responsáveis – Afonso Miranda frisa ser também credor do clube e diz estar disponível para “não cobrar ou negociar a longo prazo o pagamento dessas verbas”. Por defender que, durante o seu mandato à frente dos destinos do clube, “enfrentou o período financeiro mais conturbado de sempre” e depois de enaltecer que a sua direção “teve a coragem de pegar num clube moribundo, saqueado por vários que fugiram, e nele investiu dinheiro, tempo e suor”, Afonso Miranda diz “recusar aceitar que o jornalismo continue a ser praticado com tamanha falta de rigor, na busca incessante por sensacionalismo, mesmo à custa de denegrir a imagem de quem verdadeiramente trabalha”. Assim, o ex-presidente da direção afirma ter avançado com uma ação judicial por difamação. Na Assembleia Geral do próximo dia 31 vai ser também apreciado e votado o Relatório de Atividades e Contas do exercício respeitante à época desportiva 2024-2025.

Município de Águeda avança com reabilitação ecológica do Rio Cértima
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Município de Águeda avança com reabilitação ecológica do Rio Cértima

A intervenção vai decorrer até ao final do ano e incide na remoção e controlo de espécies invasoras aquáticas e na recuperação e reabilitação das margens. Os trabalhos estendem-se ao longo de cerca de cinco quilómetros, desde a ponte do Parque Ribeirinho até Espinhel, à entrada da lagoa da Pateira de Fermentelos. “O projeto inclui a contenção e remoção de espécies invasoras, o corte seletivo e poda de formação de árvores, a plantação de espécies nativas, e a aplicação de técnicas de base natural para reabilitação dos habitats”, explicita o texto difundido pela autarquia. O principal objetivo é “promover a recuperação do corredor fluvial do Rio Cértima, reforçando a sua função ecológica e protegendo a Pateira de Fermentelos”, que é classificada como Zona Húmida de Importância Internacional pela Convenção de Ramsar e integra a Rede Natura 2000. "Este projeto representa mais um passo firme na nossa estratégia de proteção ambiental e valorização do território", declarou o Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida. O autarca sublinhou que a preservação do Rio Cértima e da Pateira "é essencial não só para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das comunidades e para a sustentabilidade futura da região". Os trabalhos em curso no Rio Cértima articulam-se com as ações previstas no âmbito do projeto “LIFE Revive”, que contempla também intervenções nos rios Águeda, Alfusqueiro e Vouga, procurando reduzir as "pressões hidromorfológicas", correspondentes às alterações causadas por barragens ou dragagens. Jorge Almeida, revelou ainda que, no âmbito dessa estratégia e com apoio do Fundo Ambiental, a câmara irá também avançar com a reabilitação do Rio Alfusqueiro, infraestruturação do Parque Fluvial e a criação de uma Reserva Natural nessa área.

Aveiro: CEO da Trofa Saúde garante que novo hospital do grupo deve abrir em 2028
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Mais de 23.700 infrações rodoviárias detetadas na campanha "Viajar sem Pressa"
País

Mais de 23.700 infrações rodoviárias detetadas na campanha "Viajar sem Pressa"

A campanha decorreu entre 14 e 20 de outubro e visou alertar os condutores para o risco da condução e excesso de velocidade, uma das principais causas de acidentes nas estradas. No total, foram fiscalizados 5.603.754 veículos e registadas 23.724 infrações rodoviárias, das quais 14.829 relativas ao excesso de velocidade. A campanha foi desenvolvida pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, GNR e PSP e envolveu igualmente as regiões autónomas dos Açores e Madeira. Aos condutores abordados diretamente, as autoridades transmitiram mensagens relativas aos perigos do excesso de velocidade, causa de um em cada três acidentes mortais.