Fábrica Centro Ciência Viva celebrou 21º aniversário com inauguração de novo Steam Lab
A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro celebrou esta sexta-feira, dia 4, o seu 21º aniversário. A celebração contou com a inauguração de um novo Steam Lab e da exposição ‘Feito de Ciência: Os Materiais do Nosso Futuro’.
Ana Patrícia Novo
JornalistaO vigésimo primeiro aniversário da Fábrica ficou marcado com a inauguração do novo Steam Lab, um espaço que Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, salienta como uma nova valência que nasce com o objetivo de diversificar a oferta “para as famílias começarem a poder visitar e participar dada esta ativa renovação e atualização do serviço educativo” que a Fábrica promove. O novo espaço da fábrica conta com diversas experiências que envolvem áreas desde a realidade virtual à robótica, sem esquecer as Artes, fazendo jus ao compromisso STEAM: a promoção da aprendizagem prática e interdisciplinar.
O aniversário marca “o início de duas décadas”, com os impactos do “que se vai desenvolvendo em grande escala temporal” a começarem a revelar “um impacto que é extremamente significativo, não só na cidade e na região de Aveiro, mas também a nível nacional”, dá nota o diretor. No total, a Fábrica conta com 20 novos laboratórios Steam em marcha, distribuídos por oito municípios, e o número de visitantes tem vindo “sempre a crescer”, salienta Pedro Pombo. O diretor da Fábrica de Aveiro aponta ainda a coordenação de 137 Clubes de Ciência Viva estabelecidos “dentro da rede nacional” como um “programa itinerante de atividades na região centro e norte de Portugal muito interessante”.
O diretor da Fábrica de Aveiro destacou também o projeto TechLabs, estabelecido em todas as escolas do município de Aveiro como um projeto que “permite esta intervenção na educação STEAM de uma forma continuada e estruturada”. A internacionalização e a ligação com a universidade foram outros dois pontos salientados por Pedro Pombo no 21º aniversário.
A nova exposição, ‘Feito de Ciência: Os Materiais do Nosso Futuro’, patente na Fábrica é precisamente um dos exemplos da colaboração com a academia aveirense. “Foi feita pelos investigadores [do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro] que tiveram toda a habilidade de desenvolver estes conteúdos e trabalhar connosco e depois a exposição foi toda desenhada por nós, (…) mas é um projeto conjunto que pretende realmente mostrar a investigação que se faz na universidade”, frisa.
Para o futuro, um dos objetivos apontados por Pedro Pombo para a Fábrica passa precisamente por “diversificar as fontes de financiamento”, de forma a “promover cada vez mais a sustentabilidade da Fábrica a todos os níveis”.
21 anos passados a “cativar os mais jovens para a Ciência”
A sessão de abertura do aniversário ficou a cargo do reitor da Universidade de Aveiro (UA), Paulo Jorge Ferreira. Na sua intervenção, sublinhou que o objetivo de “cativar os mais jovens para a Ciência”, presente desde o arranque do projeto pela mão da antiga reitora Helena Nazaré, continua a ser cumprido. “Na altura era importante [a criação da Fábrica], era visionário fazer isso; hoje, eu diria, é ainda mais importante pela simples razão que nós temos ainda menos jovens: e quando se tem menos talentos, é ainda mais grave desperdiçar algum. Por isso, temos sítios onde se expõem os mais jovens à ciência e temos sítios onde os cativamos para as universidades”, frisa.
À Ria, Helena Nazaré sublinha precisamente a importância da iniciativa da Fábrica, sobretudo há 21 anos, quando “a compreensão pública da ciência ainda, pelo menos em Portugal, não estava na ordem do dia”. “Foi muito importante para dar a conhecer aos jovens o que é a ciência, para que é que serve a ciência (…) e também agora já estão a integrar a investigação de topo que a universidade tem, o que é muito importante”, atenta a antiga reitora.
Paulo Jorge Ferreira aponta ainda a importância da Fábrica para o desenvolvimento da ligação entre a universidade e a atividade empresarial, lembrando que a Fábrica acolheu, em tempos, um laboratório da Nokia. “É interessante ver como é que essa linha se foi desenvolvendo, como é que marcou a universidade e a atividade da mesma e como é que também contribuiu para termos neste espaço, na sua totalidade, atividade científica e atividade empresarial em conjunto e articulação”, aponta.
O reitor da UA frisa ainda o papel fulcral da Fábrica na captação e do Parque de Ciência e Inovação (PCI) na retenção de talentos. “A fábrica é importante nesse esforço de angariação [de talentos], para nós e para outros, e por isso o Parque de Ciência e Inovação é importante no esforço de reter na região o talento e valorizar as empresas desta região”, salienta Paulo Jorge Ferreira.
Pedro Russo será o novo diretor nacional da Ciência Viva a partir de janeiro de 2026
A iniciativa contou ainda com a presença de João Machado, vereador responsável, entre outras, pela pasta da Aveiro Tech City. À Ria, o vereador aponta a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro como um “parceiro essencial” do município, salientando que “nos últimos oito anos” tem sido feito “um trabalho ímpar nesta área”. “Temos mudado muito as nossas escolas através da Fábrica da Ciência, temos formado muitos docentes do nosso município e temos investido também muito nos nossos alunos”, aponta João Machado.
O vereador repara que “até dezembro de 2027 está garantido o financiamento para que as nossas escolas continuem a receber esta formação”, num investimento de “quase 600 mil euros” através do Programa Portugal 2030. “Só queremos é continuar a aumentar a participação dos nossos professores, que os nossos alunos continuem a aproveitar ao máximo e que, ao mesmo tempo, durante estes próximos anos também continuem a aparecer novos projetos, como têm aparecido”, assegura João Machado.
Também Pedro Russo, membro da direção da Ciência Viva e futuro presidente da direção, marcou presença no aniversário em Aveiro. À Ria evidenciou como “bastante interessante” o facto de a Fábrica ter todos os anos “uma ideia nova, que não é apenas uma ideia pontual, é estrutural que realmente tem um impacto que vai para além das paredes deste Centro de Ciência Viva que é a Fábrica”. “Acho que o trabalho que têm feito aqui com a Aveiro Tech City, com o apoio do município, mas sempre muito alavancado em todo o conhecimento tecnológico que existe na universidade, está a ter um impacto muito grande na comunidade escolar”, aponta Pedro Russo a título de exemplo.
O futuro presidente da direção da Ciência Viva aproveitou ainda a oportunidade para desafiar os estudantes da UA a envolverem-se “muito mais com as atividades que fazem aqui na Fábrica”. “Com certeza que a Fábrica tem as portas abertas e sei que muitos deles trabalham aqui: isto é um espaço para a própria comunidade estudantil e a universidade lançar novos projetos e novas ideias. A Ciência Viva está sempre aberta às ideias dos estudantes”, atenta.
Pedro Russo deverá assumir a presidência da direção da Ciência Viva em janeiro de 2026. Assume que o novo cargo vai ser “um desafio”, embora se sinta “bastante entusiasmado” e confiante no projeto. “É um trabalho que neste momento está bastante enraizado no território português e acima de tudo enraizado em pessoas, não só na equipa da Ciência Viva,(…) mas também em todos os diretores e toda a equipa dos 21 centros de Ciência Viva que temos em todo o país”, repara. O atual membro da direção aponta ainda os “quase 900” clubes de Ciência Viva nas escolas, bem como os professores e alunos envolvidos nessa realidade como parte da comunidade. “O meu papel vai ser um papel apenas de continuar, de apoiar e acima de tudo de tentar encontrar mais apoio para o trabalho que tem vindo a ser feito”, frisa.
Não esconde, no entanto, que está à espera de desafios: a nível da competitividade e a nível de financiamento. “O senhor reitor hoje falou muito desta importância da transição entre formação e criar alguma riqueza, que é uma riqueza que será sempre económica, mas também é muito a riqueza cultural, social, tecnológica e científica e a Ciência Viva tem um papel muito importante no início desse trajeto”, repara, em relação aos desafios que Portugal e a Europa enfrentam a nível da competitividade do setor. Pedro Russo sublinha também que “a nível de financiamento por questões geopolíticas” também se podem vir a sentir algumas diferenças. “Estes desafios que são da sociedade atual também vão ter um impacto no trabalho que nós estamos a fazer: temos de estar atentos, de trabalhar e temos de contribuir para resolvê-los: com ciência, com tecnologia, mas também com muita humanidade”, finaliza.
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Vereador do Chega diz ser “tempo de devolver a democracia a Aradas” após impasse no executivo
Diogo Soares Machado afirma que “as maiorias, absolutas ou relativas, nada mais são do que a expressão da vontade dos fregueses” e que “humildade democrática é respeitar a vontade de quem votou”, defendendo que "quando estes [eleitores] decidem retirar à ainda presidente da Junta a possibilidade de actuar como quer sem prestar contas, isso significa que estão cansados do livre arbítrio e do quero, posso e mando permanente". Segundo o vereador eleito pelo Chega para a Câmara Municipal,o executivo deve existir, mas ser “eficazmente escrutinado e fiscalizado”, algo que diz que “a presidente cessante nunca conseguirá compreender”. Criticou ainda a recusa da presidente Catarina Barreto em aceitar uma auditoria externa às contas e aos processos da Junta, considerando que tal decisão abre a porta à continuação de “atos de gestão danosa e utilização indevida de dinheiros públicos”, numa clara alusão o facto da atual presidente de Junta ter beneficiado indevidamente do regime da ADSE ao longo de 5 anos. O vereador elogia ainda Ricardo Nascimento, eleito do Chega na Assembleia de Freguesia de Aradas, afirmando que será uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Remata dizendo que é “tempo de devolver a democracia a Aradas”. A publicação surge horas depois da suspensão dos trabalhos da Assembleia de Freguesia, na qual o primeiro vogal proposto para o executivo da 'Aliança com Aveiro' foi rejeitado por sete votos contra e seis a favor. A oposição ('Sentir Aradas', PS e Chega) justifica a decisão com a recusa da presidente em aceitar condições essenciais como uma auditoria financeira independente e acesso imediato à documentação determinada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal. Até ao momento Diogo Soares Machado é o único líder de um partido político local, ou candidato nas últimas eleições autárquicas, a reagir ao sucedido.
'Aliança com Aveiro' de Aradas acusa oposição de ter alterado e quebrado acordo à última hora
A coligação liderada por Catarina Barreto afirma que, na reunião negocial realizada no dia 22 de outubro, tinha ficado acordado que a oposição aprovaria um executivo da Junta composto exclusivamente por quatro vogais indicados pela Aliança com Aveiro - Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vítor Tavares e Júlio Dias - e que a votação seria feita de forma uninominal. A Mesa da Assembleia teria presidência entregue ao Movimento 'Sentir Aradas', com o PS como primeiro secretário e o Chega como segundo. “Os eleitos das candidaturas 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia”, refere o comunicado. Recorde-se de que a oposição não precisa do apoio da 'Aliança com Aveiro' para aprovar uma proposta sua de composição da Mesa, porque dispõe de maioria na Assembleia de Freguesia. Já a presidente de Junta eleita, que lidera a coligação 'Aliança com Aveiro' em minoria na Assembleia, precisa do apoio da oposição para aprovar o seu executivo. A coligação diz ainda que ficou combinado que a oposição redigiria um documento formalizando o acordo, a ser assinado antes da tomada de posse. Porém, a minuta recebida às 17h08 de quinta-feira, 23 de outubro, “não fazia qualquer referência à eleição dos vogais aprovados” e incluía “exigências e imposições inaceitáveis”, entre as quais uma auditoria externa, “quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião” - e uma “assunção de responsabilidades por assédio” laboral a duas funcionárias da Junta, apesar de a questão estar “a ser analisada pela IGF”. Catarina Barreto afirma ter respondido ao email às 19h24 do mesmo dia, manifestando “desagrado e discordância” face ao documento e reafirmando disponibilidade para acordo, mas garante que não recebeu resposta da oposição. Na sessão de instalação, diz ter cumprido o acordado e submetido à votação o nome de Sandra Sindão - “o primeiro nome acordado por todos” - que acabou rejeitado. A presidente encerrou de seguida a reunião, deixando a Junta em gestão. A 'Aliança' acusa a oposição de protagonizar “um número político pouco conseguido” e de ter agido “sem seriedade, confiança ou responsabilidade”, preferindo “tratar o assunto na comunicação social antes de responder”. A coligação afirma que convocará “nova reunião em breve” para restaurar a normalidade institucional. A posição agora apresentada contrasta com o comunicado divulgado na véspera pela oposição, que acusa Catarina Barreto de ter rejeitado três condições essenciais para viabilizar o executivo: auditoria externa, reintegração de funcionárias e cumprimento imediato da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro. No entendimento da oposição, estas condições são apenas "garantias de transparência", não percebendo porque motivo Catarina Barreto se recusa a aceitar. "Nas eleições para a Assembleia de Freguesia de Aradas, realizadas no passado dia 12 de Outubro, os Aradenses votaram e democraticamente atribuíram os seguintes resultados e mandatos: Aliança com Aveiro – 35,30% que resulta na atribuição de 6 mandatos, Sentir Aradas – 21,82% que resulta na atribuição de 3 mandatos, Partido Socialista – 21,35% que resulta na atribuição de 3 mandatos e Chega – 8,53% que resulta na atribuição de 1 mandato. Em face dos resultados atribuídos e tendo em conta que a Aliança com Aveiro não conseguiu a maioria dos mandatos, a primeira candidata da Aliança com Aveiro e Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, numa atitude de humildade democrática e sentido de responsabilidade, tomou a iniciativa de contactar os lideres das candidaturas do Sentir Aradas, Gilberto Ferreira, do Partido Socialista Sónia Aires e do Chega Ricardo Nascimento, com o intuito de se alcançar um acordo, de forma a instalar os Órgãos Autárquicos da Freguesia de Aradas e a eleição dos vogais que acompanham a Presidente Eleita no Executivo e a Mesa da Assembleia de Freguesia. Foi agendada e realizou-se no dia 22 de Outubro (quarta-feira) uma reunião com a presença de todos os intervenientes acima referidos. Na referida reunião foi manifestada pela Presidente eleita Catarina Barreto a sua intenção de criar uma plataforma de entendimento com regular participação e reuniões com as demais forças politicas eleitas para a Assembleia de Freguesia. Discutiram-se e foram prestados todos os esclarecimentos relativamente ao programa eleitoral e projetos da Aliança com Aveiro, para se encontrarem pontos comuns, uma vez que isso seria o mais importante para a Freguesia. Foram ainda abordadas e prestados todos os esclarecimentos em relação a duas funcionárias da Junta e sobre as funções que desempenham, e ainda sobre o interesse de manter aberto em horário laboral o Armazém da Junta, com a afetação de um recurso humano. Foi também abordada a necessidade da Câmara rever o contrato da Veolia, por forma a existir um varredor na freguesia de Aradas, bem como de uma melhor prestação de serviço da empresa. Terminadas as considerações e esclarecimentos, quando eram 19:00 horas, os eleitos das candidaturas Sentir Aradas, Partido Socialista e Chega, informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia. Seguidamente, foi solicitado que a Presidente de Junta eleita indicasse quem pretendia integrar no Órgão Executivo. A oposição opôs-se à integração de dois candidatos. E foram aceites e ficou acordado por unanimidade que os quatro vogais a integrar o Executivo da Aliança com Aveiro fossem os candidatos Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vitor Tavares e Júlio Dias, ficando também acordado que a forma de votação seria uninominal. Seguidamente, foi discutida a composição da Mesa da Assembleia, tendo ficado acordado por todos a seguinte composição: Presidência – para o Movimento Sentir Aradas, como segunda lista mais votada, sendo o cargo atribuído a Sílvia Neves ou Nélson Silva, após indicação do Movimento; 1.º Secretário – para o Partido Socialista, sendo o cargo atribuído a Beatriz Claro; 2.º Secretário – para o Partido Chega, sendo o cargo atribuído a Ricardo Nascimento Nessa senda ficou ainda acordado a redação de um documento a cargo dos elementos das listas opositoras para ser assinado por todos, antes da tomada de posse, comprometendo-se os mesmos a enviá-lo no dia seguinte (quinta feira – dia 23.10.2025) até à hora de almoço. A reunião foi terminada cerca das 19:35. No dia 23.10.2025, por email, para a Junta de Freguesia, às 17h08 foi rececionado uma minuta de acordo, em claro desrespeito pelos termos acordados por todos e em confronto com a verdade dos fatos ocorridos na reunião, a saber: 1. Desde logo, a minuta do acordo apresentada, estranhamente, não faz qualquer referência à eleição dos vogais aprovados para a constituição do Executivo e da composição da Mesa, conforme foi aprovado por todos; 2. Depois elenca exigências e imposições inaceitáveis relacionadas com a realização de uma auditoria quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião, muito menos discutida ou acordada; 3. Depois fazem uma exigência incompreensível e inaceitável de uma assunção de responsabilidades por assédio, quando não foi acordado nada quanto às trabalhadoras, muito menos quanto à questão do Assédio, que atualmente está a ser analisada pelo IGF e deverá aguardar os ulteriores termos e a decisão a ser proferida pela entidade competente. Em resposta ao acordo proposto, a Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, nesse mesmo dia (23.10.2025 – quinta-feira), às 19h24, enviou um email de resposta a todos os eleitos intervenientes na reunião, manifestando o seu desagrado e a discordância do teor do documento face ao acordado na reunião no que toca aos temas acima expostos. Nesse mesmo email, manifestou uma vez mais a sua intenção e disponibilidade em se alcançar acordo, colocando como principal e único interesse a Freguesia de Aradas. O email foi rececionado por todos os eleitos, que não ousaram sequer dar qualquer resposta. No dia de onten, sexta-feira, dia da agendada Tomada de Posse, de forma pública e em vários órgãos da comunicação social foi dada a notícia das exigências constantes da proposta de acordo apresentada pelos eleitos opositores à Aliança com Aveiro. Quando esses eleitos não responderam ao email da Presidente de Junta eleita. Por coerência e sensatez politica hoje após a Ato de Instalação e na reunião de eleição dos Órgãos Autárquicos, a Presidente eleita, cumpriu religiosamente o que fora acordado por todos na reunião do dia 23.10.2025. Colocou à votação da Assembleia de Freguesia o primeiro nome acordado por todos para vogal do Executivo, o de Sandra Sindão. Tendo o mesmo sido rejeitado pelos eleitos das candidaturas opositoras à Aliança com Aveiro. Tendo de seguida encerrado a reunião. Este ato, provocado pela oposição, deixará o Executivo da Junta de Freguesia em gestão, com os graves prejuízos e limitações na execução de projetos e obras para Aradas e para os Aradenses. Além disso, revela uma conduta política pouco séria, confiável e responsável, por parte da oposição, quando formaliza um acordo, depois o tenta unilateralmente alterar contrariando o acordado, e depois não o cumpre. Lamentavelmente foi um número político pouco conseguido, por parte de toda a oposição, que demonstrou bem que não pretendia celebrar qualquer acordo, ainda mais quando preferiu tratar um assunto privado na comunicação social, sem responder à Aliança com Aveiro. Hoje, com esta posição em bloco e unida de toda a oposição, deu-se mais um mau exemplo de como estar e fazer politica. Foi mais um ataque à credibilidade dos políticos ao princípio da confiança e ao respeito pela democracia e pela vontade do povo. Lamentavelmente quem perde é Aradas e os Aradenses. A Presidente eleita, Catarina Barreto e a sua equipa da Aliança com Aveiro, pautará a sua atuação escrupulosamente pela defesa da verdade, pelo respeito democrático e pela palavra dada a ARADAS e aos seus concidadãos. Tal como determina a lei, será convocada nova reunião em breve para tentar promover e normalizar o funcionamento dos Órgãos Autárquicos da Junta e Assembleia de Freguesia, democraticamente eleitos pelos Aradenses e trazer a tranquilidade institucional que hoje a oposição (Movimento Sentir Aradas, Partido socialista e Chega) em bloco e concertadamente, não quis permitir que acontecesse. As pessoas de Aradas não mereciam o momento político, que vivemos! Mas, cada um terá de assumir as responsabilidades dos seus atos. Apesar de lamentável e triste, o momento, exige-nos que continuemos a defender o bom nome de Aradas e dos Aradenses. A Candidatura Aliança com Aveiro - Aradas"
Acordo entre ‘Aliança com Aveiro’ e Chega viabiliza executivo em Eixo e Eirol
Em contrapartida por viabilizar o executivo, o Chega elegeu um elemento para a Mesa da Assembleia de Freguesia, integrando a lista proposta pela 'Aliança com Aveiro'. O Partido Socialista, segunda força política mais votada nesta freguesia, optou por votar em branco. Numa publicação nas redes sociais, o candidato do Chega descreveu a tomada de posse como um momento de “respeito democrático e espírito de cooperação”, sublinhando que o entendimento estabelecido com a ‘Aliança com Aveiro’ se baseia na “defesa dos interesses da freguesia” e na “estabilidade governativa local”. O partido afirmou congratular-se “pela abertura ao diálogo e pela concretização deste acordo que coloca Eixo e Eirol acima de qualquer diferença partidária”. Com este entendimento, fica assegurada a instalação do novo Executivo e da Mesa da Assembleia, permitindo à União de Freguesias iniciar o seu mandato autárquico com maioria funcional.
Oposição em Aradas reafirma que não quer lugares no executivo, apenas garantias de transparência
Tal como avançado pela Ria, a sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos, em Aradas, que aconteceu esta sexta-feira, 24 de outubro, na sede da Junta de Freguesia, durou apenas cerca de meia hora. Catarina Barreto suspendeu os trabalhos logo após a reprovação da proposta do primeiro vogal do futuro executivo. Assim, mantém-se em gestão corrente o atual órgão executivo, estando prevista a marcação de uma nova Assembleia de Freguesia, embora sem uma data prevista. Questionada pelos jornalistas, à margem da sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos, a oposição, em Aradas, não se mostrou surpreendida com a curta duração da reunião. “A partir do momento em que nós não recebemos resposta positiva à proposta de acordo, que foi remetida ontem para a senhora presidente, era uma situação que poderia, eventualmente, acontecer”, exprimiu Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’ para a Assembleia de Freguesia. Interpelado ainda sobre a impossibilidade de intervir durante a Assembleia, Gilberto acrescentou com ironia: “Aqui, o processo democrático funciona sempre muito bem. Estas situações são um bocadinho recorrentes. (...) Infelizmente, Aradas é uma terra atípica nesse processo e a democracia aqui tem uns passos largos para dar e para se consolidar”. Confrontados com o alegado acordo atingido na primeira reunião negocial, conforme defendeu Catarina Barreto, Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), sublinhou que “não existia nenhum acordo”. “Nós enviamos o acordo de entendimento, depois da reunião, tal como o combinado. (…) Havia alguns pontos que a senhora presidente queria retirar e, portanto, nesse aspeto não houve qualquer acordo, (…) não está nada escrito, nem nada vinculado”, sublinhou. Recorde-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. Esta sexta-feira, em entrevista à Ria, à margem da sessão, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. No seguimento, Ricardo Nascimento, eleito pelo Chega para a Assembleia de Freguesia de Aradas, deu ainda nota à comunicação social de que “não” foi convidado pela presidente para a reunião negocial. “Fui convidado pelo Gilberto e pela Sónia. (…) No começo da reunião eu estava a responder a uma mensagem para a minha esposa e ela fez questão de perguntar se eu estava a gravar. (…) Nós é que fomos muito inocentes em entrar dentro da sala para fazer essa reunião informal”, exprimiu. “Uma reunião informal não tem acordo nenhum. Foi ela que ditou fazermos um acordo e ela não aceitou o acordo formal que enviamos, nem fazer a auditoria”, continuou Ricardo. Conforme noticiado pela Ria, quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou. Questionados sobre a possibilidade da autarca continuar a recusar as condições exigidas pela oposição, Sónia vincou: “nós nunca recusamos o diálogo”. “Não aceitando o acordo, nós continuamos a dialogar e, tal como o Gilberto estava a referir, não temos nada a opor e é unânime que a ‘Aliança’ ganhou. (…) A questão essencial é a capacidade que não existe de diálogo com as outras forças políticas e movimentos independentes. Esse é o grande problema”, alertou. “Somos todos a favor da governabilidade, agora, sem transparência, pelo menos, aqui não se anda”, acrescentou Ricardo Nascimento, reforçando que a oposição não pretende qualquer lugar no executivo, mas apenas “garantias de transparência”. Sem responderem, diretamente, à questão se aceitarão ou não “renegociar” o acordo, no caso de Catarina Barreto não ceder, o eleito pelo Chega acrescentou ainda: “Eu acho que ainda é muito cedo para falar. (…) Ela está no calor da tensão. Toda a gente aqui quer que Aradas seja melhor. Eu acredito que ela também queira” e que, por isso, venha a ceder. Entretanto, a oposição fez também já chegar um email à comunicação social, este sábado, 25 de outubro, em forma de resposta aos acontecimentos da Assembleia de Freguesia desta sexta-feira. No comunicado, aproveitam para reafirmar as declarações prestadas à comunicação social, à margem da sessão, e para responder à autarca sobre a resposta por escrito que fez chegar, na passada quinta-feira, pelas 19h23, por email, à oposição, onde propunha uma “revisão integral do acordo e das suas cláusulas”. Segundo as três forças políticas, a posição da autarca demonstra “clara e inequivocamente, a impossibilidade de negociação sobre os assuntos que consideramos de importância fulcral e de relevo máximo para as decisões a tomar num futuro próximo, uma vez que são instrumentos relevantes para aferição do estado da gestão financeira da freguesia, tendo em conta que, nos mandatos anteriores, estes aspetos sempre estiveram envoltos em suspeição e polémica”. No seguimento, sugerem que a “humildade democrática vale para todos, não apenas para alguns”. “A responsabilidade do que hoje sucedeu recai exclusivamente em Catarina Barreto que, além de mais uma vez faltar à verdade e numa atitude antidemocrática, impediu outros eleitos de se manifestarem e de usarem a palavra para rebater as afirmações por ela proferidas, negando o direito de resposta, de forma pública e esclarecedora, conduta que repetiu, aquando do pedido de declaração de voto, após leitura da ata”, lê-se no comunicado. Na nota, a oposição reforça que continuará “disponível” para o diálogo, “por forma a que se dissipem todas as dúvidas”, terminando com a seguinte questão: “Será que os seus pares eleitos pela Aliança com Aveiro e em situação idêntica geririam a situação da mesma forma e aprovariam esta conduta?” "Para esclarecimento de todos os Aradenses, pela transparência e lealdade que nos merecem sempre, em nome do respeito pela Democracia e pela Verdade, o Movimento Independente 'Sentir Aradas', o Partido Socialista e o Partido Chega, emitem conjuntamente o presente comunicado com o objetivo de dar a conhecer a verdade dos factos que conduziram à não viabilização do executivo da Junta de Freguesia de Aradas a 24 de outubro de 2025. 1. Em reunião efetuada em 22 de outubro de 2025, agendada por Catarina Barreto e na qual participaram o Movimento Independente 'Sentir Aradas', o Partido Socialista e o Partido Chega, representados, respetivamente, por Gilberto Ferreira, Sónia Aires e Ricardo Nascimento, foram discutidos vários pontos de interesse geral para a Freguesia e para os Aradenses, com o objetivo de procurar consensos que pudessem conduzir a uma situação de governabilidade estável, no respeito absoluto pelos resultados eleitorais de 12 de outubro passado e nunca por meros e mesquinhos interesses pessoais em lugares ou cargos; 2. Tal reunião, necessariamente informal, priorizava ouvir Catarina Barreto e as linhas orientadoras para o novo mandato, bem como, eventualmente, e se tal fosse por todos considerado importante, dar contributos para desbloquear consensos; 3. No seguimento da reunião, foi solicitado pela mesma o envio da proposta de acordo via email, a fim de posteriormente se proceder à assinatura da referida proposta; 4. Procedeu-se ao envio do email a Catarina Barreto, no qual se explanavam as condições que as partes envolvidas consideravam como essenciais e obrigatórias para que um executivo por si liderado pudesse ser viabilizado, anexando ao referido email a proposta de acordo e dando nota de que a assinatura do mesmo deveria ocorrer até às 18h00 do dia 24 de outubro de 2025, dia da Tomada de Posse; 5. Entre os vários pontos elencados e considerados de relevo para o estabelecimento de uma boa gestão autárquica na Freguesia de Aradas, numa perspetiva de diálogo e cooperação, assinalam-se três que consideramos inegociáveis: a) Auditoria externa a contratar em 30 dias úteis após a instalação e tomada de posse da Assembleia de Freguesia e respetivo Executivo, efetuada por entidade independente; b) Resolução, em definitivo, da questão laboral litigiosa entre as funcionárias e a Junta de Freguesia de Aradas, a qual originou inspeção por parte da Inspeção Geral de Finanças, restabelecendo o normal funcionamento e execução das tarefas anteriormente efetuadas pelas trabalhadoras, tendo em conta o respeito pelas mesmas e pelos seus postos de trabalho; c) A apresentação imediata da documentação várias vezes requerida e nunca facultada pelo Executivo da Junta de Freguesia de Aradas, dando assim cumprimento à sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro de julho de 2025. 6. No entendimento de Catarina Barreto, os pontos atrás referidos deveriam ser retirados do acordo, conforme resposta por escrito da própria no dia 23 de outubro de 2025, não demonstrando disponibilidade para chegar a entendimento. Esta posição demonstra, clara e inequivocamente, a impossibilidade de negociação sobre os assuntos que consideramos de importância fulcral e de relevo máximo para as decisões a tomar num futuro próximo, uma vez que são instrumentos relevantes para aferição do estado da gestão financeira da freguesia, tendo em conta que nos mandatos anteriores estes aspetos sempre estiveram envoltos em suspeição e polémica; 7. Respeitamos e reconhecemos a vitória da Aliança com Aveiro, fá-lo-emos sempre, da mesma forma que exigimos respeito pela maioria dos Aradenses que não lhe confiaram a maioria. A humildade democrática vale para todos, não apenas para alguns. A responsabilidade do que hoje sucedeu recai exclusivamente em Catarina Barreto que, além de mais uma vez faltar à verdade e numa atitude antidemocrática, impediu outros eleitos de se manifestarem e de usarem a palavra para rebater as afirmações por ela proferidas, negando o direito de resposta, de forma pública e esclarecedora, conduta que repetiu aquando do pedido de declaração de voto após leitura da ata. Da nossa parte, continuaremos disponíveis para o diálogo, por forma a que se dissipem todas as dúvidas. Por fim, deixamos a seguinte questão: será que os seus pares eleitos pela Aliança com Aveiro e em situação idêntica geririam a situação da mesma forma e aprovariam esta conduta? Movimento 'Sentir Aradas', PS-Aradas, CHEGA 24 de outubro de 2025"
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Crimes contra idosos subiram 26,4% em quatro anos
As estatísticas da justiça sobre os crimes contra pessoas com 65 ou mais anos registados pelas autoridades policiais avançam que os crimes contra os idosos aumentaram de 33.469 em 2020 para 42.313 em 2024, o que corresponde a um crescimento percentual de 26,4%. Os dados divulgados esta sexta-feira, 24 de outubro, mostram que em 2020 e 2021 o número de crimes é idêntico (33.469), aumentando para 38.721 em 2022, voltando aumentar para 43.640 em 2023, mas baixou para 42.313 no ano passado. A DGPJ destaca que o aumento de crimes foi ligeiramente superior ao longo dos últimos quatro anos contra os idosos, apesar da maioria dos crimes ser contra a população com menos de 65 anos. As estatísticas indicam também que as pessoas com 65 anos ou mais são principalmente afetadas por crimes contra o património, que constituem 67,5% das ocorrências neste grupo, seguidos por crimes contra as pessoas, com 28,6%. Entre os crimes contra as pessoas, a DGPJ destaca que no ano passado 3.071 idosos foram vítimas de ofensa à integridade física voluntária simples, surgindo a violência doméstica contra cônjuge ou análogo como a segunda categoria de crime mais numerosa, contabilizando 2.434 pessoas com 65 anos ou mais. Outros dos crimes de que esta população foi vítima em 2024 estão a ameaça e coação (951), outros tipos de violência doméstica (812), ofensa à integridade física voluntária grave (80) e, “com menor expressão quantitativa, mas elevada gravidade”, homicídio voluntário consumado (16). Em relação aos crimes contra o património, as estatísticas da justiça sublinham que no ano passado 2.645 pessoas idosas foram vítimas de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas, seguido de 2.409 situações de burla informática ou comunicações. Outros tipos de crimes de que esta população é alvo incluem o furto em veículo motorizado (1.774), o furto em residência sem arrombamento (1.564), o furto de oportunidade de objetos não guardados (1.495), o furto por carteirista (1.441), o furto de veículo motorizado (1.247), o abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento (1.104). A DGPJ avança ainda que os distritos do interior norte e centro do país registam as maiores proporções de crimes contra pessoas idosas, sendo Bragança o que apresenta o valor mais elevado com 25,18%, seguido Vila Real (22,99%), Guarda (22,72%), Castelo Branco (21,83%), Viana do Castelo (20,57%), Santarém (19,98%), Portalegre (18,47%), Viseu (18,40%), Coimbra (18,36%). “Este fenómeno contrasta com os valores observados nos grandes centros urbanos e regiões litorais, onde Lisboa apresenta a menor proporção (11,47%), seguida pelo Porto (13,36%) e Setúbal (13,93%). Apesar de, em termos absolutos, distritos como Lisboa (8.189), Porto (5.911), Setúbal (3.916) e Faro (3.016) registarem mais casos, a sua expressão proporcional é menor devido ao elevado número total de vítimas nestas regiões mais populosas”, refere o documento. A DGPJ explica ainda que para uma "compreensão mais alargada do fenómeno, foi realizada uma análise que considera a população com mais de 65 anos ou mais em cada distrito, para calcular a permilagem das pessoas idosas lesadas/ofendidas/vítimas em cada distrito e assim averiguar o risco para a população idosa de cada área geográfica". Segundo a nota, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Porto, Viseu e a Região Autónoma da Madeira são os que apresentam "a menor taxa com 3 lesados/ofendidos por cada 1.000 pessoas com 65 anos ou mais".
Pescador resgatado ao largo de Espinho após embarcação virar com golpe do mar
Em declarações à Lusa, o comandante da Zona Marítima do Norte da Marinha Portuguesa, Rui Lampreia, explicou que o alerta foi dado esta sexta-feira, 24 de outubro, por volta das 16h30, de que uma embarcação de pesca tinha virado ao largo de Espinho. A Polícia Marítima conseguiu resgatar com vida o único tripulante da embarcação, um homem com cerca de 70 anos. O tripulante foi assistido pelos Bombeiros Voluntários de Espinho numa ambulância. A embarcação de recreio terá sido “surpreendida pelo golpe do mar”, mas arrojou na praia a norte do Hotel Sol Verde, acrescentou a mesma fonte.
Vereador do Chega diz ser “tempo de devolver a democracia a Aradas” após impasse no executivo
Diogo Soares Machado afirma que “as maiorias, absolutas ou relativas, nada mais são do que a expressão da vontade dos fregueses” e que “humildade democrática é respeitar a vontade de quem votou”, defendendo que "quando estes [eleitores] decidem retirar à ainda presidente da Junta a possibilidade de actuar como quer sem prestar contas, isso significa que estão cansados do livre arbítrio e do quero, posso e mando permanente". Segundo o vereador eleito pelo Chega para a Câmara Municipal,o executivo deve existir, mas ser “eficazmente escrutinado e fiscalizado”, algo que diz que “a presidente cessante nunca conseguirá compreender”. Criticou ainda a recusa da presidente Catarina Barreto em aceitar uma auditoria externa às contas e aos processos da Junta, considerando que tal decisão abre a porta à continuação de “atos de gestão danosa e utilização indevida de dinheiros públicos”, numa clara alusão o facto da atual presidente de Junta ter beneficiado indevidamente do regime da ADSE ao longo de 5 anos. O vereador elogia ainda Ricardo Nascimento, eleito do Chega na Assembleia de Freguesia de Aradas, afirmando que será uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Remata dizendo que é “tempo de devolver a democracia a Aradas”. A publicação surge horas depois da suspensão dos trabalhos da Assembleia de Freguesia, na qual o primeiro vogal proposto para o executivo da 'Aliança com Aveiro' foi rejeitado por sete votos contra e seis a favor. A oposição ('Sentir Aradas', PS e Chega) justifica a decisão com a recusa da presidente em aceitar condições essenciais como uma auditoria financeira independente e acesso imediato à documentação determinada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal. Até ao momento Diogo Soares Machado é o único líder de um partido político local, ou candidato nas últimas eleições autárquicas, a reagir ao sucedido.
'Aliança com Aveiro' de Aradas acusa oposição de ter alterado e quebrado acordo à última hora
A coligação liderada por Catarina Barreto afirma que, na reunião negocial realizada no dia 22 de outubro, tinha ficado acordado que a oposição aprovaria um executivo da Junta composto exclusivamente por quatro vogais indicados pela Aliança com Aveiro - Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vítor Tavares e Júlio Dias - e que a votação seria feita de forma uninominal. A Mesa da Assembleia teria presidência entregue ao Movimento 'Sentir Aradas', com o PS como primeiro secretário e o Chega como segundo. “Os eleitos das candidaturas 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia”, refere o comunicado. Recorde-se de que a oposição não precisa do apoio da 'Aliança com Aveiro' para aprovar uma proposta sua de composição da Mesa, porque dispõe de maioria na Assembleia de Freguesia. Já a presidente de Junta eleita, que lidera a coligação 'Aliança com Aveiro' em minoria na Assembleia, precisa do apoio da oposição para aprovar o seu executivo. A coligação diz ainda que ficou combinado que a oposição redigiria um documento formalizando o acordo, a ser assinado antes da tomada de posse. Porém, a minuta recebida às 17h08 de quinta-feira, 23 de outubro, “não fazia qualquer referência à eleição dos vogais aprovados” e incluía “exigências e imposições inaceitáveis”, entre as quais uma auditoria externa, “quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião” - e uma “assunção de responsabilidades por assédio” laboral a duas funcionárias da Junta, apesar de a questão estar “a ser analisada pela IGF”. Catarina Barreto afirma ter respondido ao email às 19h24 do mesmo dia, manifestando “desagrado e discordância” face ao documento e reafirmando disponibilidade para acordo, mas garante que não recebeu resposta da oposição. Na sessão de instalação, diz ter cumprido o acordado e submetido à votação o nome de Sandra Sindão - “o primeiro nome acordado por todos” - que acabou rejeitado. A presidente encerrou de seguida a reunião, deixando a Junta em gestão. A 'Aliança' acusa a oposição de protagonizar “um número político pouco conseguido” e de ter agido “sem seriedade, confiança ou responsabilidade”, preferindo “tratar o assunto na comunicação social antes de responder”. A coligação afirma que convocará “nova reunião em breve” para restaurar a normalidade institucional. A posição agora apresentada contrasta com o comunicado divulgado na véspera pela oposição, que acusa Catarina Barreto de ter rejeitado três condições essenciais para viabilizar o executivo: auditoria externa, reintegração de funcionárias e cumprimento imediato da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro. No entendimento da oposição, estas condições são apenas "garantias de transparência", não percebendo porque motivo Catarina Barreto se recusa a aceitar. "Nas eleições para a Assembleia de Freguesia de Aradas, realizadas no passado dia 12 de Outubro, os Aradenses votaram e democraticamente atribuíram os seguintes resultados e mandatos: Aliança com Aveiro – 35,30% que resulta na atribuição de 6 mandatos, Sentir Aradas – 21,82% que resulta na atribuição de 3 mandatos, Partido Socialista – 21,35% que resulta na atribuição de 3 mandatos e Chega – 8,53% que resulta na atribuição de 1 mandato. Em face dos resultados atribuídos e tendo em conta que a Aliança com Aveiro não conseguiu a maioria dos mandatos, a primeira candidata da Aliança com Aveiro e Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, numa atitude de humildade democrática e sentido de responsabilidade, tomou a iniciativa de contactar os lideres das candidaturas do Sentir Aradas, Gilberto Ferreira, do Partido Socialista Sónia Aires e do Chega Ricardo Nascimento, com o intuito de se alcançar um acordo, de forma a instalar os Órgãos Autárquicos da Freguesia de Aradas e a eleição dos vogais que acompanham a Presidente Eleita no Executivo e a Mesa da Assembleia de Freguesia. Foi agendada e realizou-se no dia 22 de Outubro (quarta-feira) uma reunião com a presença de todos os intervenientes acima referidos. Na referida reunião foi manifestada pela Presidente eleita Catarina Barreto a sua intenção de criar uma plataforma de entendimento com regular participação e reuniões com as demais forças politicas eleitas para a Assembleia de Freguesia. Discutiram-se e foram prestados todos os esclarecimentos relativamente ao programa eleitoral e projetos da Aliança com Aveiro, para se encontrarem pontos comuns, uma vez que isso seria o mais importante para a Freguesia. Foram ainda abordadas e prestados todos os esclarecimentos em relação a duas funcionárias da Junta e sobre as funções que desempenham, e ainda sobre o interesse de manter aberto em horário laboral o Armazém da Junta, com a afetação de um recurso humano. Foi também abordada a necessidade da Câmara rever o contrato da Veolia, por forma a existir um varredor na freguesia de Aradas, bem como de uma melhor prestação de serviço da empresa. Terminadas as considerações e esclarecimentos, quando eram 19:00 horas, os eleitos das candidaturas Sentir Aradas, Partido Socialista e Chega, informaram que não tencionavam qualquer lugar no Executivo, mas sim na Mesa da Assembleia. Seguidamente, foi solicitado que a Presidente de Junta eleita indicasse quem pretendia integrar no Órgão Executivo. A oposição opôs-se à integração de dois candidatos. E foram aceites e ficou acordado por unanimidade que os quatro vogais a integrar o Executivo da Aliança com Aveiro fossem os candidatos Sandra Sindão, Sara Ferreira, Vitor Tavares e Júlio Dias, ficando também acordado que a forma de votação seria uninominal. Seguidamente, foi discutida a composição da Mesa da Assembleia, tendo ficado acordado por todos a seguinte composição: Presidência – para o Movimento Sentir Aradas, como segunda lista mais votada, sendo o cargo atribuído a Sílvia Neves ou Nélson Silva, após indicação do Movimento; 1.º Secretário – para o Partido Socialista, sendo o cargo atribuído a Beatriz Claro; 2.º Secretário – para o Partido Chega, sendo o cargo atribuído a Ricardo Nascimento Nessa senda ficou ainda acordado a redação de um documento a cargo dos elementos das listas opositoras para ser assinado por todos, antes da tomada de posse, comprometendo-se os mesmos a enviá-lo no dia seguinte (quinta feira – dia 23.10.2025) até à hora de almoço. A reunião foi terminada cerca das 19:35. No dia 23.10.2025, por email, para a Junta de Freguesia, às 17h08 foi rececionado uma minuta de acordo, em claro desrespeito pelos termos acordados por todos e em confronto com a verdade dos fatos ocorridos na reunião, a saber: 1. Desde logo, a minuta do acordo apresentada, estranhamente, não faz qualquer referência à eleição dos vogais aprovados para a constituição do Executivo e da composição da Mesa, conforme foi aprovado por todos; 2. Depois elenca exigências e imposições inaceitáveis relacionadas com a realização de uma auditoria quando essa palavra nunca foi sequer aventada na reunião, muito menos discutida ou acordada; 3. Depois fazem uma exigência incompreensível e inaceitável de uma assunção de responsabilidades por assédio, quando não foi acordado nada quanto às trabalhadoras, muito menos quanto à questão do Assédio, que atualmente está a ser analisada pelo IGF e deverá aguardar os ulteriores termos e a decisão a ser proferida pela entidade competente. Em resposta ao acordo proposto, a Presidente de Junta eleita, Catarina Barreto, nesse mesmo dia (23.10.2025 – quinta-feira), às 19h24, enviou um email de resposta a todos os eleitos intervenientes na reunião, manifestando o seu desagrado e a discordância do teor do documento face ao acordado na reunião no que toca aos temas acima expostos. Nesse mesmo email, manifestou uma vez mais a sua intenção e disponibilidade em se alcançar acordo, colocando como principal e único interesse a Freguesia de Aradas. O email foi rececionado por todos os eleitos, que não ousaram sequer dar qualquer resposta. No dia de onten, sexta-feira, dia da agendada Tomada de Posse, de forma pública e em vários órgãos da comunicação social foi dada a notícia das exigências constantes da proposta de acordo apresentada pelos eleitos opositores à Aliança com Aveiro. Quando esses eleitos não responderam ao email da Presidente de Junta eleita. Por coerência e sensatez politica hoje após a Ato de Instalação e na reunião de eleição dos Órgãos Autárquicos, a Presidente eleita, cumpriu religiosamente o que fora acordado por todos na reunião do dia 23.10.2025. Colocou à votação da Assembleia de Freguesia o primeiro nome acordado por todos para vogal do Executivo, o de Sandra Sindão. Tendo o mesmo sido rejeitado pelos eleitos das candidaturas opositoras à Aliança com Aveiro. Tendo de seguida encerrado a reunião. Este ato, provocado pela oposição, deixará o Executivo da Junta de Freguesia em gestão, com os graves prejuízos e limitações na execução de projetos e obras para Aradas e para os Aradenses. Além disso, revela uma conduta política pouco séria, confiável e responsável, por parte da oposição, quando formaliza um acordo, depois o tenta unilateralmente alterar contrariando o acordado, e depois não o cumpre. Lamentavelmente foi um número político pouco conseguido, por parte de toda a oposição, que demonstrou bem que não pretendia celebrar qualquer acordo, ainda mais quando preferiu tratar um assunto privado na comunicação social, sem responder à Aliança com Aveiro. Hoje, com esta posição em bloco e unida de toda a oposição, deu-se mais um mau exemplo de como estar e fazer politica. Foi mais um ataque à credibilidade dos políticos ao princípio da confiança e ao respeito pela democracia e pela vontade do povo. Lamentavelmente quem perde é Aradas e os Aradenses. A Presidente eleita, Catarina Barreto e a sua equipa da Aliança com Aveiro, pautará a sua atuação escrupulosamente pela defesa da verdade, pelo respeito democrático e pela palavra dada a ARADAS e aos seus concidadãos. Tal como determina a lei, será convocada nova reunião em breve para tentar promover e normalizar o funcionamento dos Órgãos Autárquicos da Junta e Assembleia de Freguesia, democraticamente eleitos pelos Aradenses e trazer a tranquilidade institucional que hoje a oposição (Movimento Sentir Aradas, Partido socialista e Chega) em bloco e concertadamente, não quis permitir que acontecesse. As pessoas de Aradas não mereciam o momento político, que vivemos! Mas, cada um terá de assumir as responsabilidades dos seus atos. Apesar de lamentável e triste, o momento, exige-nos que continuemos a defender o bom nome de Aradas e dos Aradenses. A Candidatura Aliança com Aveiro - Aradas"