Gilberto Ferreira recandidata-se à Junta de Aradas pelo movimento independente “Sentir Aradas”
Gilberto Ferreira, gestor comercial, vai ser novamente candidato a presidente da Junta de Freguesia de Aradas, pelo movimento de cidadãos independentes “Sentir Aradas” (SA), nas eleições autárquicas deste ano. É a segunda vez que se apresenta a votos com este projeto, depois da estreia em 2021, ano em que o movimento se afirmou como a principal força da oposição.
Isabel Cunha Marques
JornalistaEm declarações à Ria, Gilberto Ferreira explicou que a decisão de se recandidatar partiu do próprio grupo. “Este desafio foi um bocadinho proposto pelo grupo. Nós, paralelamente ao trabalho das eleições, reunimos com alguma frequência. Ao longo destes quatro anos, reunimos (…) uma vez por mês. Temos o cuidado de nos encontrar e discutir os problemas da freguesia”, afirmou, opinando que a decisão de avançar está hoje mais sustentada do que há quatro anos. “Já temos uma noção mais real do que era a Junta de Freguesia, da forma como está a ser gerida. Hoje estamos mais disponíveis que nunca e com mais vontade que nunca de sermos poder em Aradas”, frisou.
À Ria adiantou ainda que o movimento manterá a designação “Sentir Aradas”. “É um nome que já está consolidado na freguesia. As pessoas têm a noção de que o ‘Sentir Aradas’, além de ter sido o segundo mais votado, tem sido quem tem feito oposição ao atual Executivo”, exprimiu.
Questionado sobre uma eventual coligação com o Partido Socialista (PS) que unisse as principais forças da oposição na freguesia, o candidato rejeita essa hipótese. “Temos boa relação com os partidos da oposição e com pessoas do Executivo Municipal e da Assembleia de Freguesia pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, mas muitas vezes a soma das partes não dá o bolo total. Achamos que a melhor solução é continuar como movimento independente. Cada partido tem a sua matriz e compreendemos que o PS também queira apresentar uma lista em Aradas - é legítimo”, assegurou.
Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, Gilberto Ferreira, à frente do movimento “Sentir Aradas”, conquistou “19,13%” dos votos, superando a coligação PS-PAN, que obteve “17,87%”. A vitória pertenceu à coligação “Aliança com Aveiro”, liderada por Catarina Barreto, que alcançou “46,28%” dos votos e assegurou a presidência da Junta.
Apesar deste resultado, Gilberto Ferreira acredita que é possível romper com a “Aliança com Aveiro”. “Hoje, muitas pessoas do movimento são figuras muito reconhecidas na freguesia, ligadas ao associativismo ou a outras áreas da vida local. São pessoas profissionalmente realizadas, que não precisam da Junta, e que se disponibilizam por um bem comum: criar melhores condições para a freguesia”, sustentou, acrescentando ainda acreditar que haja militantes “de outros partidos” a votar no movimento. “Recebo com frequência mensagens de apoio, inclusive do PSD e do PS. Mas isso nem sempre é determinante, porque as pessoas dizem uma coisa e às vezes fazem outra”, continuou.
Questionado sobre a disponibilidade do movimento para acordos que permitam a viabilização do Executivo, no caso de nenhuma candidatura alcançar a maioria absoluta de mandatos, Gilberto Ferreira respondeu com cautela: “Cada caso é um caso”. “O Sentir Aradas parte para estas eleições com aspirações de ganhar a Junta de Freguesia. Essa é uma questão que neste momento não se coloca. À posteriori poderá vir-se a colocar e nessa altura validaremos se estamos disponíveis a colaborar com o Executivo dessa política”, realçou. No entanto, deixou a sua opinião pessoal: “Sou contra a ligação com a Aliança Mais Aveiro”. “São princípios. Atendendo ao estado de gestão do atual Executivo não acredito que haja melhorias no futuro”, explicou.
Neste seguimento, Gilberto Ferreira apontou vários exemplos concretos de falhas que, no seu entender, ilustram o estado de abandono da freguesia. “É só andar por Aradas e ver o estado lastimável em que muitas ruas se encontram. Os passeios e algumas obras estruturais ficaram por fazer. A zona do Carocho, as piscinas, o caso do Eirô... são situações gritantes”, destacou.
À Ria, apontou ainda a falta de planeamento em áreas de expansão habitacional da freguesia. “Temos aqui uma zona de desenvolvimento junto à Quinta da Pinheira, atrás da Extrusal, com um projeto de habitação a custos controlados promovido pela Câmara Municipal e pelo empreiteiro. Mas, por outro lado, nem sequer temos acessos condignos. A rua não tem passeios, mal tem iluminação e em alguns dias a luz nem sequer funciona. A relva - ou erva, como se quiser chamar - invade a via. Ainda ontem vi uma senhora com um carrinho de bebé a andar pelo meio da estrada, porque não conseguia circular nas bermas em terra batida”, relatou. O candidato criticou ainda a ausência de ciclovias e de condições nas imediações escolares. “Aradas nem sequer tem uma ciclovia, quando há quatro anos a senhora presidente andou a distribuir bicicletas às crianças. Os acessos à EB de Aradas são lastimáveis”, continuou.
Por fim, acusou ainda o atual Executivo de desinvestimento estrutural na freguesia em comparação com a cidade de Aveiro. “Há uma série de obras que precisam ser feitas - algumas da responsabilidade da Junta, outras onde esta deveria ter a coragem de pressionar o Executivo Municipal. (…) Para lá da N109, ou Avenida da Europa, como lhe queiram chamar, existem pessoas. (…) Mas continua a haver uma discrepância muito grande entre o que é a zona urbana da cidade e a zona para lá da N109. Continuamos a ter aqui um muro em que o acompanhamento não é o mesmo, nem pouco mais ou menos”, insistiu.
Relembre-se ainda que Gilberto Ferreira tem um passado ligado ao PSD. Partido onde foi militante “entre 1990 e julho de 2021” e onde desempenhou vários cargos, incluindo “presidente da JSD local” e “dirigente da concelhia”. Integrou ainda a equipa próxima de Élio Maia (2005–2009), tendo sido um dos diretores da sua campanha à Câmara Municipal de Aveiro, na candidatura que acabou por vencer as eleições a Alberto Souto de Miranda [ex-presidente da Câmara de Aveiro entre 1997 e 2005]. Atualmente, é ainda gestor comercial.
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Erro da nacional do PSD obriga PSD/CDS/PPM a alterar nome da coligação em Aveiro
Num acórdão (N.º 795/2025) datado de ontem, 12 de agosto, ao qual a Ria teve acesso, o Tribunal Constitucional (TC) indeferiu o pedido apresentado pelo secretário-geral do PSD, Hugo Soares, que pretendia “corrigir” a denominação da coligação para “Aliança Mais Aveiro”, depois de um lapso cometido pela própria direção nacional do partido, ao apresentar um pedido inicial para a criação de uma coligação denominada “Aliança Com Aveiro”, ou seja, o nome da anterior coligação liderada por José Ribau Esteves. Apesar do recurso apresentado por Hugo Soares, o Tribunal Constitucional esclarece que não houve qualquer lapso de escrita no requerimento inicialmente apresentado pelo PSD, mas sim uma tentativa de alterar a denominação oficial já validada e que essa alteração é ilegal depois do prazo previsto na Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais. A lei obriga que o nome, a sigla e o símbolo da coligação sejam anunciados publicamente e comunicados ao Tribunal Constitucional até ao 65.º dia anterior à eleição. Para as autárquicas de 12 de outubro, esse prazo terminou a 8 de agosto. No requerimento inicial - subscrito pelo PSD, CDS e PPM - e nos anúncios publicados no Jornal de Notícias e no Correio da Manhã, a 29 de julho, constava, erradamente e por culpa do próprio partido, o nome “Aliança Com Aveiro”. Foi com base nesses elementos que o TC, a 30 de julho, anotou a coligação com essa designação. Só ontem, dia 12 de agosto, por email e já fora de prazo, Hugo Soares enviou ao Tribunal o acordo interno onde surgia a expressão “Aliança Mais Aveiro”, alegando tratar-se de um lapso. O TC recusou, frisando que tal mudança exigiria nova publicação nos jornais - algo legalmente impossível nesta fase. A decisão mantém assim nos boletins de voto e na documentação oficial a marca “Aliança Com Aveiro”, implementada por Ribau Esteves. A direção da candidatura liderada por Luís Souto, contactada pela Ria, confirma esta informação, mas esclarece que este é também um “não-assunto” para a candidatura. Apesar disso, a Ria sabe que esta decisão está a atrasar a entrega das listas da coligação, pois agora é necessário que todos os candidatos voltem a assinar a documentação, com a nova denominação da coligação. Simultaneamente, falta perceber a estratégia que será agora seguida pela candidatura relativamente aos outdoors que já estão na rua, tal como as páginas das redes sociais, que, com esta decisão do Tribunal Constitucional, têm agora a denominação errada e poderão confundir os eleitores.
Portagens: Chega-Aveiro quer criar “Consórcio Anti-Pórticos” com municípios vizinhos
Diogo Soares Machado atira para PS, PSD e CDS a responsabilidade da não eliminação dos pórticos urbanos de Aveiro da A17 e da A29, bem como das portagens da A25 em Esgueira, no Estádio e em Angeja. O candidato critica a Câmara Municipal, o presidente Ribau Esteves, os partidos e o candidato da “Aliança” Luís Souto por estarem “calados como ratos” depois do primeiro-ministro ter prometido a eliminação das portagens durante a campanha eleitoral. Na publicação, o cabeça-de-lista do Chega aponta que o peso das portagens é “proibitivo” e deixa os aveirenses sem alternativa, o que conduz ao entupimento do trânsito na EN109 e à perda de competitividade do Porto de Aveiro. Para resolver o problema, o Chega propõe exercer pressão institucional junto do governo, a começar pela exigência de uma reunião com o Ministro das Infraestruturas nos primeiros 30 dias de mandato. A candidatura pretende ainda levar à Assembleia Municipal uma moção vinculativa que peça a eliminação imediata dos pórticos da A25 em Aveiro e a extinção de todos os troços ainda pagos na A17 e A29 que abranjam a cintura urbana de Aveiro. Diogo Soares Machado defende ainda o estabelecimento de um bloco regional através da criação de um “Consórcio Anti-Pórticos” com os municípios vizinhos que ainda são afetados pelas portagens. O recurso aos tribunais também não é excluído: o Chega quer encomendar um parecer jurídico para “impugnar os contratos de concessão que perpetuam desigualdades” e admite procurar os tribunais europeus por violação do princípio da coesão territorial. Enquanto as portagens não são extintas, o candidato propões recorrer a medidas locais de alívio. Para que diminuir o peso dos pórticos nos ombros dos aveirenses, propõe reconfigurar a EN109 com faixas BUS/Bici para absorver o tráfego urbano desviado da A25 e negociar com a Infraestruturas de Portugal a instalação de sinalização inteligente para gerir congestionamentos em tempo real.
Alberto Souto entrega listas do PS no Tribunal de Aveiro com várias caras novas
De acordo com o candidato, é um sinal de que a candidatura é agregadora e conseguiu juntar pessoas que não têm militância partidária. É o caso de Rui Castilho Dias e Marta Ferreira Dias, terceiro e quarto candidatos à CMA, que aparecem nas listas sem experiência política. Alberto Souto afirma que não é um problema, uma vez que “não é preciso tirar um curso” para estar na política. Por outro lado, enaltece a importância de ter candidatos com diferentes competências e percursos, o que até torna o processo mais fácil se os eleitos tiverem de assumir diferentes pelouros. De acordo com Alberto Souto, fica a mensagem de que os consensos são “fáceis e possíveis” quando diferentes aveirenses discutem a sua terra. Embora a intenção tenha sido levar a cabo uma “renovação profunda”, Alberto Souto dá destaque também a um “sinal de continuidade”. O candidato recusa algum tipo de afastamento em relação à anterior concelhia do partido, liderada por Manuel Sousa, ex-candidato socialista à CMA nas eleições autárquicas de 2017 e 2021, e dá o exemplo de Fernando Nogueira e Rosa Venâncio, que dão o salto da vereação para a lista de candidatos à Assembleia Municipal, como pessoas que garantem a continuidade. A candidatura à Assembleia Municipal é liderada pela ex-deputada à Assembleia da Républica (AR), Cláudia Cruz Santos, também presente na entrega das listas de candidatos no Tribunal de Aveiro. À Ria, a cabeça-de-lista diz que aceitou o convite a integrar as listas do PS por se rever na proposta liderada por Alberto Souto e por acreditar que tem algo a acrescentar. Cláudia Cruz Santos, que nasceu e reside em Aveiro, relembra que presidiu à Comissão Eventual para acompanhamento da Agenda Anticorrupção e que foi vice-presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais na AR, o que considera que deu-lhe uma “útil experiência em contextos de conflitualidade e de opinião diversa”. Nesse sentido, a candidata afirma ter competências para mudar o “estilo autoritário e pouco atento que se tem cultivado” na Assembleia Municipal de Aveiro. Vinte anos volvidos desde que deixou de ser presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto afirma que “se não sentisse energia e vontade de fazer diferente” não voltava a entrar na corrida à autarquia. Contudo, considera-se hoje “mais prudente” e “sem ilusões” em relação à “capacidade do Estado de ajudar a resolver problemas”. Nesse sentido, o candidato critica a “inércia confrangedora” do Estado, que deixou parados alguns projetos durante 20, 30 ou 40 anos, conforme diz já ter vindo a apresentar na sua rubrica de Facebook “Rota das Oportunidades”. No que diz respeito à gestão das contas públicas, Alberto Souto promete que “o que aconteceu há 20 anos não volta a acontecer”, numa referência direta à sua gestão financeira. De acordo com o ex-presidente da autarquia aveirense, o que desequilibrou a tesouraria foi a construção do Estádio Municipal de Aveiro, um processo em que considera ter sido duplamente “defraudado” pelo Estado. Primeiro, porque os pressupostos financeiros segundo os quais a CMA se candidatou não foram cumpridos, ou seja, o valor do Estádio foi muito superior àquilo que tinha sido apontado pela Federação Portuguesa de Futebol. Depois, porque o envelope de apoio financeiro teve de ser dividido pela construção de dez estádios, mais quatro do que os inicialmente previstos. Não obstante, Alberto Souto “não esquece” que a decisão da construção do Estádio foi aprovada por unanimidade numa Câmara com maioria de vereadores do PSD e do CDS (três vereadores eleitos pelos sociais-democratas e dois centristas, contra quatro socialistas). Apesar dos problemas, Alberto Souto lembra que a Câmara “tinha muitas obras em curso e alterou a realidade de Aveiro”. “Das mil coisas que fizemos, houve uma que correu mal, à qual fomos alheios”, conclui. A “prudência” não é sinónimo de fazer menos, garante o candidato, que se propõe a cumprir com aquilo que constar do seu programa, ao qual chama um “guião” para o próximo mandato. No entanto, Alberto Souto entende que, antes de fazer promessas, precisa de avaliar a situação financeira da CMA. O ex-autarca recorda que “houve muitos concursos a serem abertos” no último ano que podem ter impacto nas contas da autarquia, deixando no ar aquilo que já vários candidatos autárquicos apontam como uma certeza: a subida significativa da dívida da autarquia no ano de 2025 – até porque representa o ano do investimento de mais de 22 milhões de euros na construção do Pavilhão ‘Oficina do Desporto’, uma obra integralmente suportada por via de uma empréstimo bancário contraído pela autarquia. Embora confie na seriedade dos serviços financeiros da Câmara, acredita que só depois de falar com eles é que poderá avaliar a necessidade de uma auditoria às contas do município (uma proposta que, recorde-se, o Chega já apresentou). Alberto Souto aponta algumas “situações estranhas” no urbanismo, mas assume que também não está interessado em fazer uma “caça às bruxas” pós-eleitoral. Como principais preocupações, Alberto Souto volta a destacar a habitação, os espaços verdes e a mobilidade, campos em que diz que o Município de Aveiro tem ficado para trás ao longo dos últimos anos. Alberto Souto já tinha prometido e acabou por se confirmar: a lista do Partido Socialista à Câmara Municipal apresenta-se numa lógica de renovação profunda. Depois do partido ter sofrido uma dos piores resultados eleitorais da sua história, nas eleições autárquicas de 2021, o atual candidato socialista – um dos maiores críticos da estratégia seguida nessas eleições – opta agora por muitas caras novas, com uma maioria significativa de candidatos independentes, sem qualquer filiação partidária. Alberto Souto está consciente do desafio eleitoral que tem pela frente e a ausência total de candidatos repetentes na lista à Câmara, bem como a integração de independentes de perfil técnico e académico, indicam da melhor forma a preocupação do candidato socialista em alargar a base eleitoral do PS-Aveiro e conquistar setores fora do aparelho partidário. Uma espécie de único caminho para a vitória. Nenhum dos candidatos que integram a lista à Câmara Municipal transita da lista apresentada nas últimas eleições autárquicas, sendo que apenas Alberto Souto e Paula Urbano Antunes já ocuparam anteriormente funções como autarcas. Esta última, tal como a Ria já tinha avançado, era um dos nomes mais falados para integrar a equipa de Alberto Souto. A atual presidente da concelhia do PS-Aveiro foi sempre vista como um ‘braço direito’ do candidato socialista e acaba, sem surpresas, por ser escolhida como número dois à Câmara Municipal. É licenciada em Psicologia pela Universidade de Coimbra e desde 1997 que o seu percurso profissional tem sido no Centro de Emprego de Aveiro (IEFP), onde ainda no início de 2024 viu a sua comissão de serviço ser renovada, por mais três anos, como subdelegada Regional do Centro. Logo de seguida, entre os nomes em destaque, estão dois independentes: Rui Castilho Dias e Marta Ferreira Dias – ambos com ligação à Universidade de Aveiro. O primeiro é licenciado em Administração Pública pela Universidade de Aveiro e é atualmente manager na Minsait, uma consultora da área da tecnologia, inovação e modernização digital. No seu percurso profissional, disponível no Linkedin, para além de passagens pela Deloitte e pela PT Inovação, encontram-se várias experiências em projetos europeus, como o Aveiro Tech City, e uma experiência na Agência para a Modernização Administrativa, onde participou na implementação do “Espaço do Cidadão” e da “Loja do Cidadão”. Destaca-se ainda o seu cargo na atual direção da Ciclaveiro, uma associação aveirense promotora do uso de bicicleta que se tem afirmado ao longo dos últimos anos como muito crítica da estratégia seguida pelo Município de Aveiro na área da mobilidade. Já Marta Ferreira Dias, uma das maiores surpresas, é doutorada em Economia pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e mais um elemento que entra nas listas de Alberto Souto com ligação direta à Universidade de Aveiro, onde tem feito carreira ao longo dos últimos 25 anos. Atualmente é professora associada no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT-UA), investigadora na Unidade de Investigação em Governação, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP) e ainda diretora da Licenciatura em Economia. A candidatura à Câmara é ainda composta por mais três pessoas ligadas à Universidade de Aveiro: Susana Sardo e Óscar Mealha, ambos professores catedráticos no Departamento de Comunicação e Arte (DECA-UA), e ainda Leonardo Costa – um jovem que tem sido visto por diversas vezes ao lado de Alberto Souto, sento atualmente gestor de projetos na agência de publicidade aveirense Amazing Factory e ainda professor adjunto convidado da Licenciatura em Gestão Pública da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). Leonardo Costa, segundo informações recolhidas pela Ria, é uma escolha exclusiva de Alberto Souto, não tendo sido indicado pela concelhia da Juventude Socialista (JS). Já na lista à Assembleia Municipal, Alberto Souto opta por um equilíbrio entre a renovação e a manutenção de quadros com experiência em órgãos municipais. Tal como anunciado em primeira mão pela Ria, a lista será liderada por Cláudia Cruz Santos, ex-deputada à Assembleia da República, eleita como independente nas listas do PS, e professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Seguem-se Fernando Nogueira e Rosa Venâncio, ambos a transitar de vereadores da oposição, e João Ribeiro, independente e diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA. A lista inclui também Rosa Aparício, líder das Mulheres Socialistas da concelhia PS-Aveiro, e nomes que repetem presença na lista, face a 2021, como Jorge Gonçalves, Sara Tavares e João Sarmento (líder da JS-Aveiro), mas agora em lugares elegíveis. Por último, a fechar a lista à Câmara Municipal destaca-se ainda a escolha de Vasco Sacramento, neto do histórico aveirense Mário Sacramento e atualmente proprietário de uma das maiores agências de agenciamento e produção cultural, em Portugal, com escritórios em Aveiro – a Sons em Trânsito. Também a fechar a lista à Assembleia Municipal pode-se encontrar Pedro Pires da Rosa. Visto como um dos melhores elementos da bancada do PS na Assembleia Municipal de Aveiro, o também ex-presidente da concelhia do PS-Aveiro acaba por, surpreendentemente, não continuar nas mesmas funções, mas não quis deixar de dar um sinal simbólico de apoio a Alberto Souto com a sua participação a fechar a lista à Assembleia Municipal. A Ria sabe que nos bastidores do partido vive-se um clima de grande otimismo em relações às próximas eleições autárquicas. Vários militantes socialistas, abordados pela Ria, afirmam que este é o ano do "tudo ou nada" e apontam como grandes vantagens competitivas nesta disputa eleitoral a saída de José Ribau Esteves, a "desunião que se sente no PSD-Aveiro com várias demissões na concelhia" e a "inexperiência" que apontam a Luís Souto e que, recordam, foi também uma das críticas dirigidas ao candidato social-democrata pelo próprio Ribau Esteves. Apesar disso, o aparelho socialista está muito expectante relativamente ao resultado do Chega, apesar de acreditarem que o crescimento deste partido terá mais impacto no eleitorado da coligação 'Aliança Mais Aveiro'. Paula Urbano Antunes Rui Castilho Dias Marta Ferreira Dias Leonardo Costa Isabel Vila-Chã Pedro Roseiro Susana Sardo Óscar Mealha Nuno Marques Pereira Ana Rita Cunha Vasco Sacramento Cláudia Cruz Santos Fernando Nogueira Rosa Venâncio João Ribeiro Rosa Maria Aparício Jorge Gonçalves Sara Tavares João Sarmento Catarina Feio Nuno Baptista Sílvia Martins João Amaral Cláudia Oliveira Santos Miguel Araújo Francisca Nicolau Duarte Ferreira Dias Miriam Coelho Tiago Nunes Ana Cristina Diniz André Mesquita Marta Maia Santos Regina Alves Diogo Carqueijo Ivone Lopes Nuno Simões de Oliveira Isabel Velada Pedro Pires da Rosa
“Sentir Aradas” já entregou a lista de candidatos às autárquicas no Tribunal de Aveiro
De acordo com o “Sentir Aradas”, a lista de candidatos às eleições autárquicas teve cerca de 400 assinaturas. O primeiro proponente do projeto que volta a ser encabeçado por Gilberto Ferreira foi Jorge Nascimento, ao passo que João Carvalho e Silva é o mandatário da lista. Os independentes escrevem que o movimento é “a continuidade de um trabalho realizado ao longo dos últimos quatro anos” e é fruto da vontade de cidadãos “de vários quadrantes políticos, da esquerda à direita”, cujo único objetivo é “fazer mais e melhor” por Aradas. Recorde-se que, em 2021, o “Sentir Aradas” foi a segunda força política mais votada para a Junta de Freguesia e elegeu três membros, à semelhança do PS/PAN, menos quatro do que a “Aliança”. A autarquia é governada por Catarina Barreto, que tenta agora uma terceira eleição.
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Erro da nacional do PSD obriga PSD/CDS/PPM a alterar nome da coligação em Aveiro
Num acórdão (N.º 795/2025) datado de ontem, 12 de agosto, ao qual a Ria teve acesso, o Tribunal Constitucional (TC) indeferiu o pedido apresentado pelo secretário-geral do PSD, Hugo Soares, que pretendia “corrigir” a denominação da coligação para “Aliança Mais Aveiro”, depois de um lapso cometido pela própria direção nacional do partido, ao apresentar um pedido inicial para a criação de uma coligação denominada “Aliança Com Aveiro”, ou seja, o nome da anterior coligação liderada por José Ribau Esteves. Apesar do recurso apresentado por Hugo Soares, o Tribunal Constitucional esclarece que não houve qualquer lapso de escrita no requerimento inicialmente apresentado pelo PSD, mas sim uma tentativa de alterar a denominação oficial já validada e que essa alteração é ilegal depois do prazo previsto na Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais. A lei obriga que o nome, a sigla e o símbolo da coligação sejam anunciados publicamente e comunicados ao Tribunal Constitucional até ao 65.º dia anterior à eleição. Para as autárquicas de 12 de outubro, esse prazo terminou a 8 de agosto. No requerimento inicial - subscrito pelo PSD, CDS e PPM - e nos anúncios publicados no Jornal de Notícias e no Correio da Manhã, a 29 de julho, constava, erradamente e por culpa do próprio partido, o nome “Aliança Com Aveiro”. Foi com base nesses elementos que o TC, a 30 de julho, anotou a coligação com essa designação. Só ontem, dia 12 de agosto, por email e já fora de prazo, Hugo Soares enviou ao Tribunal o acordo interno onde surgia a expressão “Aliança Mais Aveiro”, alegando tratar-se de um lapso. O TC recusou, frisando que tal mudança exigiria nova publicação nos jornais - algo legalmente impossível nesta fase. A decisão mantém assim nos boletins de voto e na documentação oficial a marca “Aliança Com Aveiro”, implementada por Ribau Esteves. A direção da candidatura liderada por Luís Souto, contactada pela Ria, confirma esta informação, mas esclarece que este é também um “não-assunto” para a candidatura. Apesar disso, a Ria sabe que esta decisão está a atrasar a entrega das listas da coligação, pois agora é necessário que todos os candidatos voltem a assinar a documentação, com a nova denominação da coligação. Simultaneamente, falta perceber a estratégia que será agora seguida pela candidatura relativamente aos outdoors que já estão na rua, tal como as páginas das redes sociais, que, com esta decisão do Tribunal Constitucional, têm agora a denominação errada e poderão confundir os eleitores.
Portagens: Chega-Aveiro quer criar “Consórcio Anti-Pórticos” com municípios vizinhos
Diogo Soares Machado atira para PS, PSD e CDS a responsabilidade da não eliminação dos pórticos urbanos de Aveiro da A17 e da A29, bem como das portagens da A25 em Esgueira, no Estádio e em Angeja. O candidato critica a Câmara Municipal, o presidente Ribau Esteves, os partidos e o candidato da “Aliança” Luís Souto por estarem “calados como ratos” depois do primeiro-ministro ter prometido a eliminação das portagens durante a campanha eleitoral. Na publicação, o cabeça-de-lista do Chega aponta que o peso das portagens é “proibitivo” e deixa os aveirenses sem alternativa, o que conduz ao entupimento do trânsito na EN109 e à perda de competitividade do Porto de Aveiro. Para resolver o problema, o Chega propõe exercer pressão institucional junto do governo, a começar pela exigência de uma reunião com o Ministro das Infraestruturas nos primeiros 30 dias de mandato. A candidatura pretende ainda levar à Assembleia Municipal uma moção vinculativa que peça a eliminação imediata dos pórticos da A25 em Aveiro e a extinção de todos os troços ainda pagos na A17 e A29 que abranjam a cintura urbana de Aveiro. Diogo Soares Machado defende ainda o estabelecimento de um bloco regional através da criação de um “Consórcio Anti-Pórticos” com os municípios vizinhos que ainda são afetados pelas portagens. O recurso aos tribunais também não é excluído: o Chega quer encomendar um parecer jurídico para “impugnar os contratos de concessão que perpetuam desigualdades” e admite procurar os tribunais europeus por violação do princípio da coesão territorial. Enquanto as portagens não são extintas, o candidato propões recorrer a medidas locais de alívio. Para que diminuir o peso dos pórticos nos ombros dos aveirenses, propõe reconfigurar a EN109 com faixas BUS/Bici para absorver o tráfego urbano desviado da A25 e negociar com a Infraestruturas de Portugal a instalação de sinalização inteligente para gerir congestionamentos em tempo real.
Alberto Souto entrega listas do PS no Tribunal de Aveiro com várias caras novas
De acordo com o candidato, é um sinal de que a candidatura é agregadora e conseguiu juntar pessoas que não têm militância partidária. É o caso de Rui Castilho Dias e Marta Ferreira Dias, terceiro e quarto candidatos à CMA, que aparecem nas listas sem experiência política. Alberto Souto afirma que não é um problema, uma vez que “não é preciso tirar um curso” para estar na política. Por outro lado, enaltece a importância de ter candidatos com diferentes competências e percursos, o que até torna o processo mais fácil se os eleitos tiverem de assumir diferentes pelouros. De acordo com Alberto Souto, fica a mensagem de que os consensos são “fáceis e possíveis” quando diferentes aveirenses discutem a sua terra. Embora a intenção tenha sido levar a cabo uma “renovação profunda”, Alberto Souto dá destaque também a um “sinal de continuidade”. O candidato recusa algum tipo de afastamento em relação à anterior concelhia do partido, liderada por Manuel Sousa, ex-candidato socialista à CMA nas eleições autárquicas de 2017 e 2021, e dá o exemplo de Fernando Nogueira e Rosa Venâncio, que dão o salto da vereação para a lista de candidatos à Assembleia Municipal, como pessoas que garantem a continuidade. A candidatura à Assembleia Municipal é liderada pela ex-deputada à Assembleia da Républica (AR), Cláudia Cruz Santos, também presente na entrega das listas de candidatos no Tribunal de Aveiro. À Ria, a cabeça-de-lista diz que aceitou o convite a integrar as listas do PS por se rever na proposta liderada por Alberto Souto e por acreditar que tem algo a acrescentar. Cláudia Cruz Santos, que nasceu e reside em Aveiro, relembra que presidiu à Comissão Eventual para acompanhamento da Agenda Anticorrupção e que foi vice-presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais na AR, o que considera que deu-lhe uma “útil experiência em contextos de conflitualidade e de opinião diversa”. Nesse sentido, a candidata afirma ter competências para mudar o “estilo autoritário e pouco atento que se tem cultivado” na Assembleia Municipal de Aveiro. Vinte anos volvidos desde que deixou de ser presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto afirma que “se não sentisse energia e vontade de fazer diferente” não voltava a entrar na corrida à autarquia. Contudo, considera-se hoje “mais prudente” e “sem ilusões” em relação à “capacidade do Estado de ajudar a resolver problemas”. Nesse sentido, o candidato critica a “inércia confrangedora” do Estado, que deixou parados alguns projetos durante 20, 30 ou 40 anos, conforme diz já ter vindo a apresentar na sua rubrica de Facebook “Rota das Oportunidades”. No que diz respeito à gestão das contas públicas, Alberto Souto promete que “o que aconteceu há 20 anos não volta a acontecer”, numa referência direta à sua gestão financeira. De acordo com o ex-presidente da autarquia aveirense, o que desequilibrou a tesouraria foi a construção do Estádio Municipal de Aveiro, um processo em que considera ter sido duplamente “defraudado” pelo Estado. Primeiro, porque os pressupostos financeiros segundo os quais a CMA se candidatou não foram cumpridos, ou seja, o valor do Estádio foi muito superior àquilo que tinha sido apontado pela Federação Portuguesa de Futebol. Depois, porque o envelope de apoio financeiro teve de ser dividido pela construção de dez estádios, mais quatro do que os inicialmente previstos. Não obstante, Alberto Souto “não esquece” que a decisão da construção do Estádio foi aprovada por unanimidade numa Câmara com maioria de vereadores do PSD e do CDS (três vereadores eleitos pelos sociais-democratas e dois centristas, contra quatro socialistas). Apesar dos problemas, Alberto Souto lembra que a Câmara “tinha muitas obras em curso e alterou a realidade de Aveiro”. “Das mil coisas que fizemos, houve uma que correu mal, à qual fomos alheios”, conclui. A “prudência” não é sinónimo de fazer menos, garante o candidato, que se propõe a cumprir com aquilo que constar do seu programa, ao qual chama um “guião” para o próximo mandato. No entanto, Alberto Souto entende que, antes de fazer promessas, precisa de avaliar a situação financeira da CMA. O ex-autarca recorda que “houve muitos concursos a serem abertos” no último ano que podem ter impacto nas contas da autarquia, deixando no ar aquilo que já vários candidatos autárquicos apontam como uma certeza: a subida significativa da dívida da autarquia no ano de 2025 – até porque representa o ano do investimento de mais de 22 milhões de euros na construção do Pavilhão ‘Oficina do Desporto’, uma obra integralmente suportada por via de uma empréstimo bancário contraído pela autarquia. Embora confie na seriedade dos serviços financeiros da Câmara, acredita que só depois de falar com eles é que poderá avaliar a necessidade de uma auditoria às contas do município (uma proposta que, recorde-se, o Chega já apresentou). Alberto Souto aponta algumas “situações estranhas” no urbanismo, mas assume que também não está interessado em fazer uma “caça às bruxas” pós-eleitoral. Como principais preocupações, Alberto Souto volta a destacar a habitação, os espaços verdes e a mobilidade, campos em que diz que o Município de Aveiro tem ficado para trás ao longo dos últimos anos. Alberto Souto já tinha prometido e acabou por se confirmar: a lista do Partido Socialista à Câmara Municipal apresenta-se numa lógica de renovação profunda. Depois do partido ter sofrido uma dos piores resultados eleitorais da sua história, nas eleições autárquicas de 2021, o atual candidato socialista – um dos maiores críticos da estratégia seguida nessas eleições – opta agora por muitas caras novas, com uma maioria significativa de candidatos independentes, sem qualquer filiação partidária. Alberto Souto está consciente do desafio eleitoral que tem pela frente e a ausência total de candidatos repetentes na lista à Câmara, bem como a integração de independentes de perfil técnico e académico, indicam da melhor forma a preocupação do candidato socialista em alargar a base eleitoral do PS-Aveiro e conquistar setores fora do aparelho partidário. Uma espécie de único caminho para a vitória. Nenhum dos candidatos que integram a lista à Câmara Municipal transita da lista apresentada nas últimas eleições autárquicas, sendo que apenas Alberto Souto e Paula Urbano Antunes já ocuparam anteriormente funções como autarcas. Esta última, tal como a Ria já tinha avançado, era um dos nomes mais falados para integrar a equipa de Alberto Souto. A atual presidente da concelhia do PS-Aveiro foi sempre vista como um ‘braço direito’ do candidato socialista e acaba, sem surpresas, por ser escolhida como número dois à Câmara Municipal. É licenciada em Psicologia pela Universidade de Coimbra e desde 1997 que o seu percurso profissional tem sido no Centro de Emprego de Aveiro (IEFP), onde ainda no início de 2024 viu a sua comissão de serviço ser renovada, por mais três anos, como subdelegada Regional do Centro. Logo de seguida, entre os nomes em destaque, estão dois independentes: Rui Castilho Dias e Marta Ferreira Dias – ambos com ligação à Universidade de Aveiro. O primeiro é licenciado em Administração Pública pela Universidade de Aveiro e é atualmente manager na Minsait, uma consultora da área da tecnologia, inovação e modernização digital. No seu percurso profissional, disponível no Linkedin, para além de passagens pela Deloitte e pela PT Inovação, encontram-se várias experiências em projetos europeus, como o Aveiro Tech City, e uma experiência na Agência para a Modernização Administrativa, onde participou na implementação do “Espaço do Cidadão” e da “Loja do Cidadão”. Destaca-se ainda o seu cargo na atual direção da Ciclaveiro, uma associação aveirense promotora do uso de bicicleta que se tem afirmado ao longo dos últimos anos como muito crítica da estratégia seguida pelo Município de Aveiro na área da mobilidade. Já Marta Ferreira Dias, uma das maiores surpresas, é doutorada em Economia pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e mais um elemento que entra nas listas de Alberto Souto com ligação direta à Universidade de Aveiro, onde tem feito carreira ao longo dos últimos 25 anos. Atualmente é professora associada no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT-UA), investigadora na Unidade de Investigação em Governação, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP) e ainda diretora da Licenciatura em Economia. A candidatura à Câmara é ainda composta por mais três pessoas ligadas à Universidade de Aveiro: Susana Sardo e Óscar Mealha, ambos professores catedráticos no Departamento de Comunicação e Arte (DECA-UA), e ainda Leonardo Costa – um jovem que tem sido visto por diversas vezes ao lado de Alberto Souto, sento atualmente gestor de projetos na agência de publicidade aveirense Amazing Factory e ainda professor adjunto convidado da Licenciatura em Gestão Pública da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). Leonardo Costa, segundo informações recolhidas pela Ria, é uma escolha exclusiva de Alberto Souto, não tendo sido indicado pela concelhia da Juventude Socialista (JS). Já na lista à Assembleia Municipal, Alberto Souto opta por um equilíbrio entre a renovação e a manutenção de quadros com experiência em órgãos municipais. Tal como anunciado em primeira mão pela Ria, a lista será liderada por Cláudia Cruz Santos, ex-deputada à Assembleia da República, eleita como independente nas listas do PS, e professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Seguem-se Fernando Nogueira e Rosa Venâncio, ambos a transitar de vereadores da oposição, e João Ribeiro, independente e diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA. A lista inclui também Rosa Aparício, líder das Mulheres Socialistas da concelhia PS-Aveiro, e nomes que repetem presença na lista, face a 2021, como Jorge Gonçalves, Sara Tavares e João Sarmento (líder da JS-Aveiro), mas agora em lugares elegíveis. Por último, a fechar a lista à Câmara Municipal destaca-se ainda a escolha de Vasco Sacramento, neto do histórico aveirense Mário Sacramento e atualmente proprietário de uma das maiores agências de agenciamento e produção cultural, em Portugal, com escritórios em Aveiro – a Sons em Trânsito. Também a fechar a lista à Assembleia Municipal pode-se encontrar Pedro Pires da Rosa. Visto como um dos melhores elementos da bancada do PS na Assembleia Municipal de Aveiro, o também ex-presidente da concelhia do PS-Aveiro acaba por, surpreendentemente, não continuar nas mesmas funções, mas não quis deixar de dar um sinal simbólico de apoio a Alberto Souto com a sua participação a fechar a lista à Assembleia Municipal. A Ria sabe que nos bastidores do partido vive-se um clima de grande otimismo em relações às próximas eleições autárquicas. Vários militantes socialistas, abordados pela Ria, afirmam que este é o ano do "tudo ou nada" e apontam como grandes vantagens competitivas nesta disputa eleitoral a saída de José Ribau Esteves, a "desunião que se sente no PSD-Aveiro com várias demissões na concelhia" e a "inexperiência" que apontam a Luís Souto e que, recordam, foi também uma das críticas dirigidas ao candidato social-democrata pelo próprio Ribau Esteves. Apesar disso, o aparelho socialista está muito expectante relativamente ao resultado do Chega, apesar de acreditarem que o crescimento deste partido terá mais impacto no eleitorado da coligação 'Aliança Mais Aveiro'. Paula Urbano Antunes Rui Castilho Dias Marta Ferreira Dias Leonardo Costa Isabel Vila-Chã Pedro Roseiro Susana Sardo Óscar Mealha Nuno Marques Pereira Ana Rita Cunha Vasco Sacramento Cláudia Cruz Santos Fernando Nogueira Rosa Venâncio João Ribeiro Rosa Maria Aparício Jorge Gonçalves Sara Tavares João Sarmento Catarina Feio Nuno Baptista Sílvia Martins João Amaral Cláudia Oliveira Santos Miguel Araújo Francisca Nicolau Duarte Ferreira Dias Miriam Coelho Tiago Nunes Ana Cristina Diniz André Mesquita Marta Maia Santos Regina Alves Diogo Carqueijo Ivone Lopes Nuno Simões de Oliveira Isabel Velada Pedro Pires da Rosa
“Sentir Aradas” já entregou a lista de candidatos às autárquicas no Tribunal de Aveiro
De acordo com o “Sentir Aradas”, a lista de candidatos às eleições autárquicas teve cerca de 400 assinaturas. O primeiro proponente do projeto que volta a ser encabeçado por Gilberto Ferreira foi Jorge Nascimento, ao passo que João Carvalho e Silva é o mandatário da lista. Os independentes escrevem que o movimento é “a continuidade de um trabalho realizado ao longo dos últimos quatro anos” e é fruto da vontade de cidadãos “de vários quadrantes políticos, da esquerda à direita”, cujo único objetivo é “fazer mais e melhor” por Aradas. Recorde-se que, em 2021, o “Sentir Aradas” foi a segunda força política mais votada para a Junta de Freguesia e elegeu três membros, à semelhança do PS/PAN, menos quatro do que a “Aliança”. A autarquia é governada por Catarina Barreto, que tenta agora uma terceira eleição.