RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Anadia cria gabinete de apoio à migração e internacionalização até final do ano

O presidente da Câmara Municipal de Anadia, Jorge Sampaio, vai criar até ao final do ano um gabinete de apoio à migração e internacionalização, numa aposta nas relações com a imigração e a emigração.

Anadia cria gabinete de apoio à migração e internacionalização até final do ano
Redação

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17 nov 2025, 09:20

“Queremos apostar e investir muito naquilo que é a relação com a nossa emigração, os nossos emigrantes, que têm uma ligação muito forte a Anadia e que estão pelo mundo inteiro. Temos, primeiro, de garantir que esta ligação não se quebre e que haja vontade de eles manterem esta relação com a sua origem”, apontou, em declarações à agência Lusa.

O gabinete de apoio à migração e internacionalização deverá ser criado até ao final do ano e servirá para ajudar os emigrantes, mas também os imigrantes. “Iremos apoiá-los [aos emigrantes] quando eles cá vêm, ajudando-os naqueles que são os seus problemas aqui, estando eles fora. E, depois, também aproveitarmo-nos um bocadinho deles, aproveitarmos o lado positivo, que é transformá-los em embaixadores de Anadia, da nossa economia, das nossas empresas, da nossa cultura”.

Segundo o autarca, este gabinete irá também ajudar e apoiar os imigrantes a integrarem-se. “Precisamos de ajudar e que se sintam em casa aqueles que são imigrantes e que escolheram a Anadia para viver. Nós precisamos deles cá”.

À Lusa, Jorge Sampaio disse ainda que o seu concelho tem uma grande comunidade de imigrantes, sendo exemplo disso o elevado número de alunos imigrantes que frequentam as escolas do Agrupamento de Anadia. “Só o Agrupamento de Escolas da Anadia tem 600 alunos não portugueses de 43 países”, num universo total de quase 4.000 alunos.

“E se formos à nossa Escola Profissional, que tem quase 300 alunos, metade são não portugueses. Tantas vezes isto é visto como um problema, mas eu gosto de ver isto como uma coisa extremamente positiva: o cruzar de culturas, esta globalização que os nossos alunos, logo desde miúdos, se começam a habituar a ter, porque no futuro eles vão ser cidadãos do mundo”.

Neste gabinete irão encontrar resposta em termos de integração “na parte da formação, da qualificação e da língua”. “Como podem integrar os seus filhos nas escolas, como se podem integrar nas empresas, trabalhar a parte da empregabilidade, da habitação”, acrescentou.

O presidente da Câmara de Anadia disse ainda que pretendem “levar jovens e menos jovens ao mundo”, através do Programa Erasmus e de outros programas que existam.

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IPSS de Águeda vai construir 16 casas de habitação colaborativa para idosos
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O anúncio do procedimento relativo à empreitada para a construção de 16 habitações colaborativas individuais e respetivas áreas de apoio, na Quinta do Capitão Mor, foi publicado na terça-feira em Diário da República, com o preço base de 915 mil euros e um prazo de execução de 180 dias. Este projeto visa expandir a resposta social desta Instituição Particular de Solidariedade Social, sediada em Mourisca do Vouga, que já conta com uma espécie de aldeia social com 10 casas pré-fabricadas de madeira, onde os idosos vivem com independência e autonomia. O projeto, financiado através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem como objetivo geral a construção de casas em madeira para acolher no máximo 29 idosos com alguma independência e que, mediante um apoio mínimo, possuem capacidade de viver autonomamente, partilhando serviços comunitários. As habitações serão geminadas com zona de dormir, os quartos são duplos ou simples, permitindo a personalização pelos utentes. As habitações propostas terão acesso a alguns espaços comuns, usufruindo de todas as áreas deste, nomeadamente áreas de administração, lavandaria com tratamento de roupa e arrumos próprios, área de refeições com cozinha equipada, para festas ou eventos familiares, e sala de atividades/convívio, bem como casas de banho para ambos os sexos e para pessoas de mobilidade condicionada. A proposta visa “garantir condições de bem-estar e qualidade de vida dos residentes, assegurar um ambiente seguro, confortável, acessível e humanizado, promover estratégias de desenvolvimento da vivência em comum, numa lógica comunitária, com o respeito pela individualidade, interesses e privacidade de cada pessoa, prolongando a autonomia e a vida independente, prevenindo o isolamento social e ou solidão”, lê-se na memória descritiva.

Festival Gastronomia de Bordo volta a Ílhavo para “homenagear cozinheiros e pescadores do Município”
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Ao longo dos 11 dias do festival, um total de 16 restaurantes "apresentam propostas inspiradas nas receitas confecionadas em alto-mar, recriando a essência da gastronomia de bordo com pelo menos três pratos ou entradas dedicadas ao tema", segundo a autarquia. O menu é composto por pratos que assumem “abordagens tradicionais”, como as pataniscas, a chora, o bacalhau com grão e chouriço e a feijoada de samos, e “novas criações que reinventam a gastronomia de bordo”, como é o caso da salada de ovas de bacalhau, calhos (ou samos) de bacalhau ou massada de bacalhau com cricos. Para além de se assumir como uma “uma homenagem às tradições, aos cozinheiros e aos pescadores do município de Ílhavo”, o Festival Gastronomia de Bordo afirma a intenção de “celebrar os sabores e tradições das cozinhas dos navios bacalhoeiros”. Como complemento ao Festival Gastronomia de Bordo, também nesta altura, de 04 a 07 de dezembro, decorre o Leme – Festival de Circo Contemporâneo, em Ílhavo, Gafanha da Nazaré e Vista Alegre, e os Concertos no Natal, de 9 a 11 e de 16 a 18 de dezembro, nas Igrejas Matrizes do Município de Ílhavo. No sentido de “valorizar o património cultural”, o Município oferece aos clientes do Festival um ‘voucher’ de entrada gratuita no Museu Marítimo de Ílhavo ou no Centro de Religiosidade Marítima.

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Ex-reitor da UA Júlio Pedrosa é o mandatário da candidatura de António José Seguro em Aveiro
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Segundo explica o mandatário, “o apoio à candidatura do Doutor António José Seguro à Presidência da República decorre do conhecimento que tenho do seu percurso pessoal, profissional e político, feito com desprendimento, com coerência, conhecimento do País na sua diversidade humana, territorial e social, bem das sua capacidades e competências”. Júlio Pedrosa adianta ainda que, “nos tempos que vivemos, a confiança mútua é um bem escasso e António José Seguro é um cidadão em que se pode confiar, acreditando que, sendo eleito Presidente, ele servirá o País e os Portugueses com toda a atenção e empenho”. Como reitor da UA, o Júlio Pedrosa assumiu o papel de presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) entre 1998 e 2001, tendo estado por isso envolvido nas atividades da Confederação dos Conselhos de Reitores Europeus (CRE) nomeadamente nos trabalhos de institucionalização da Associação de Universidades Europeias (EUA). Júlio Pedrosa fez parte do XIV Governo Constitucional de Portugal entre 2001 e 2002 como ministro da Educação, tendo sido o terceiro do executivo liderado por António Guterres, depois de Guilherme d’Oliveira Martins e de Augusto Santos Silva. O mandatário de António José Seguro já foi agraciado com distinções como a Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública, em 2009, o diploma de reconhecimento de mérito profissional do Rotary Club de Aveiro, em 2003, ou a medalha de mérito municipal do Município de Aveiro, em 2002.

Cineasta aveirense Manuel Paula Dias morre aos 90 anos
Cidade

Cineasta aveirense Manuel Paula Dias morre aos 90 anos

“Faleceu o cineasta aveirense Manuel Paula Dias, que iria completar 91 anos no próximo dia de Natal. Figura ímpar da memória cultural de Aveiro, dividiu a sua longa vida entre a indústria de fundição — onde trabalhou desde muito cedo — e o cinema, que assumiu como paixão profunda e constante”, afirmou o Cine Clube numa nota enviada à agência Lusa. Manuel Paula Dias filmou, sobretudo, nas décadas de 1960 e 1970, recorrendo aos formatos reduzidos característicos do cinema amador da época e, através da sua câmara, “documentou como poucos a vida da cidade, da região e da ria de Aveiro, criando um vasto e valioso arquivo audiovisual que preserva tradições, paisagens e modos de vida hoje desaparecidos”. Na nota de imprensa, o Cine Clube de Avanca, com sede em Estarreja, no distrito de Aveiro, destaca que Manuel Paula Dias “deixa um legado maior no cinema documental português e uma memória artística profundamente entrelaçada com a história de Aveiro e da sua gente”. “A sua obra mais conhecida, o documentário “Sal, Duro Sal”, capta com intensidade e autenticidade a dureza do trabalho nas marinhas de sal aveirenses. Este filme, juntamente com outros da sua autoria, integrou a retrospetiva que o 3º Mar Film Festival lhe dedicou em 2019, no Museu Marítimo de Ílhavo”, destacou o documento. Em 2013, tinha também sido exibido no ciclo “Fitas da Ria”, organizado pelo grupo “uariadeaveiro” da Universidade de Aveiro e apresentado no Teatro Aveirense. Nesse mesmo ano, o RIOS – 2º Festival Internacional de Cinema Documental e Transmedia, realizado em Vila Real por Anabela Branco de Oliveira, acolheu uma retrospetiva dedicada ao cinema de Aveiro, exibindo “Sal, Duro Sal” e “Um Olhar Diferente pela Ria de Aveiro”, contribuindo para dar nova visibilidade à sua obra. Em 2009, Manuel Paula Dias realizou um remake de “Decomposição”, um filme originalmente rodado em 1972, uma ficção experimental que, no seu início, “relembra as dificuldades que o cinema amador e independente enfrentava com a ação da censura”. “Em colaboração com Ernesto Barros, realizou ainda ‘Derrame’, filme rodado em 1975 e concluído em 1977, que inclui imagens únicas do funeral do soldado morto no assalto à sede de Aveiro do Partido Comunista Português, num momento particularmente tenso do pós-Revolução”, lê-se. O Cine Clube de Avanca realçou ainda que Manuel Paula Dias e Ernesto Barros integraram o chamado “Grupo de Aveiro”, núcleo que marcou o cinema não-profissional português dos anos 60 e 70, ao lado de nomes como Vasco Branco e Manuel Matos Barbosa. “Este grupo deixou um importante legado fílmico profundamente ligado à identidade cultural de Aveiro e da sua região”, considerou o Cine Clube. O “AVANCA – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia”, festival no qual participou várias vezes como membro de júris da competição internacional, homenageou, em 2014, o cineasta. Em 2018 foi igualmente júri do “Paisagens – Festival Internacional de Cinema de Sever do Vouga”, continuando a ser reconhecido pela sua experiência e contributo. “Nos últimos anos, dedicava-se à escrita de um livro sobre a história da sua família e o início da indústria de fundição em Aveiro — um relato marcado pelo episódio dramático de um avião que, saído da Base Aérea de São Jacinto, se despenhou nos terrenos pertencentes ao seu pai”, escreveu o Cine Clube de Avanca que lamentou a morte do cineasta.