Autárquicas: Virgílio Dias é o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Ílhavo
Virgílio Dias, um administrativo de 37 anos, vai ser o cabeça de lista da CDU à Câmara de Ílhavo, revelou hoje em comunicado a comissão coordenadora de Ílhavo da CDU.
Redação
“Encabeça a lista à Câmara Municipal, Virgílio Dias”, revela o comunicado em que a CDU (coligação PCP/PEV) anunciou para um convívio na tarde de domingo, no jardim Oudinot, a apresentação pública dos candidatos aos diferentes órgãos autárquicos do Município. A candidatura liderada por Virgílio Dias apresenta-se como uma “frente unitária e popular que reúne comunistas, ecologistas e independentes”, e assume como eixos de ação prioritários “a justiça social, com especial foco na habitação, o ambiente e mobilidade, e a gestão participada e democrática do território”.
“Com objetivo de agregar a força e a vontade de fazer diferente de todos aqueles que querem o melhor para as suas terras, a CDU marca o Poder Local com trabalho, honestidade e competência”, salienta o comunicado, em que “apela à participação e mobilização de cada um que trabalha, que estuda e que vive em Ílhavo”. Virgílio Dias repete a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Ílhavo, tendo sido igualmente o cabeça de lista da CDU nas eleições autárquicas de 2021.
O movimento Unir para Fazer foi o vencedor das eleições autárquicas em Ílhavo de 2021, sem maioria absoluta, com 33,46% dos votos, alcançando três mandatos, o mesmo número de mandatos do PSD que obteve 31,63% dos votos. Na terceira posição ficou o PS (20,80%), com um mandato. Além de Virgílio Dias, foram já anunciadas as candidaturas do atual presidente da Câmara João Campolargo (Unir para Fazer), Rui Dias (PSD) e Sónia Fernandes (PS) como cabeças de lista para presidir à Câmara de Ílhavo. As eleições foram marcadas para 12 de outubro.
Recomendações
IL apresenta candidatura autárquica em São João da Madeira este domingo
De acordo com uma nota enviada às redações, o evento contará com os discursos dos candidatos e dos cabeças de lista, bem como com a presença de Mário Amorim Lopes, deputado eleito pela IL pelo distrito de Aveiro. No final, haverá ainda um momento de animação com DJ e o contacto dos candidatos com a população sanjoanense.
PS da Murtosa inicia campanha com “Dia Aberto” e encontro com Cooperativa de Carnaval
No que toca ao “Dia Aberto”, segundo uma nota enviada à Ria, o encontro de carácter informal, “reuniu amigos e apoiantes da candidatura, num ambiente de diálogo aberto e escuta ativa, onde foram partilhadas preocupações locais e sugestões para o futuro do concelho”. Durante a sessão, Augusto Leite, fez uma intervenção política, onde sublinhou a importância de “governar com as pessoas e para as pessoas”, reforçando a sua "proximidade com a população e o compromisso com uma política participativa e transparente". No discurso, o candidato lembrou ainda, a importância da Murtosa “ser governada por pessoas da terra, que vivam permanentemente no concelho que pretendem governar, com conhecimento da realidade local”. Para o candidato “só quem está verdadeiramente presente e enraizado na comunidade pode compreender os seus desafios e lutar convictamente por soluções”. Na nota, o PS destaca ainda que o “Dia Aberto” marca o arranque de uma série de iniciativas que irão percorrer “todo o concelho, ouvindo as pessoas e apresentando propostas concretas para o futuro”. A próxima iniciativa está agendada para o dia 24 de julho, pelas 21h00, no auditório da COMUR - Museu Municipal, onde decorrerá a apresentação formal dos “cabeças de lista da candidatura, um evento aberto à comunidade e ao qual estão todos convidados a participar”. No que toca à reunião com a Cooperativa de Carnaval, a concelhia do PS da Murtosa destaca ainda que este teve como objetivo “ouvir as suas preocupações e reforçar o compromisso com aquela que é uma das maiores manifestações culturais e recreativas da Murtosa”. Segundo o partido, a reunião permitiu “aprofundar conhecimento sobre os desafios que os grupos de Carnaval enfrentam, desde a sustentabilidade financeira das suas atividades à necessidade de espaços adequados para albergar as sedes dos grupos, passando pelo reconhecimento institucional do papel cultural e socioeconómico do Carnaval”. Durante o encontro foram ainda abordadas propostas concretas para uma maior valorização do Carnaval, incluindo, “a criação de um programa de apoio contínuo, (…) a disponibilização de infraestruturas logísticas (…) e o reforço da divulgação externa do Carnaval da Murtosa como elemento diferenciador no panorama cultural”. Citado na nota, Augusto Vidal Leite recordou que o Carnaval da Murtosa é “muito mais do que uma festa popular”. “É um traço identitário do concelho, uma manifestação clara do conceito de comunidade, onde os adultos, os professores, as crianças e as famílias se envolvem durante largos meses, no objetivo comum de proporcionar um dia único à população”, vincou.
A Garota Não e Sétima Legião em Ovar sexta e sábado para festa da Lusofonia
Crua, Asa Cobra, Juliana Linhares e Mário Lúcio são os outros artistas em cartaz no evento que, organizado pelo referido município do distrito de Aveiro, este ano também integra atividades para crianças no “Lugar das Infâncias” – entre elas oficinas musicais, jogos tradicionais e narração de histórias – e o ciclo de conversas “Dar à Língua”, que aproxima artistas e público em encontros sobre criação, música, memória, pensamento, identidade, liberdade e futuro. Sempre com entrada livre, a edição de 2025 prevê ainda o lançamento do livro “Da revolução ao ritmo – 50 anos do 25 de abril em sons lusófonos”, uma publicação da autarquia que, além de recordar anteriores edições do FESTA, inclui uma série de reflexões sobre a Lusofonia em entrevistas conduzidas pelo crítico musical Rui Miguel Abreu. O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, adianta que o livro “procura ser um contributo para a valorização da música cantada em Português e da palavra como motor de união e celebração”. Quanto à generalidade do programa, o autarca declarou à Lusa que o cartaz foi pensado para “promover uma efetiva participação de todos os públicos e estimular uma cultura de proximidade, de diálogo, de tolerância e encontro”. Realça, aliás, que o programa infantil, o ciclo de conversas e o lançamento do livro se combinam para “tornar a experiência de cada visitante ainda mais distintiva e marcante, demarcando o FESTA como um evento para todos, não por ser generalista, mas por ter como ponto de partida as diferenças de cada um e ver na pluralidade a sua maior força”. O autarca social-democrata defende, por isso, que “o FESTA é identidade, pertença e abertura ao mundo”, apresentando-se como um projeto que, desde a sua origem, se vem intensificando a cada edição “como espaço de cruzamento entre culturas, gerações e expressões artísticas”. Cenário habitual de mantas na relva e piqueniques, o festival abrange, além das atividades paralelas já referidas, um total de três palcos e 10 concertos. Para sexta-feira está anunciado o espetáculo de A Garota Não, que logo às 19:00 apresentará os novos temas do álbum “Ferry Gold”, e às 22:00 segue-se a banda Cara de Espelho, com a noite a encerrar com o coletivo Cacique’97, de afrobeat luso-moçambicano. Quanto a sábado, a organização indica que o cartaz começa assim: Crua às 16:00, com seis vozes, batuques e outras percussões; Juliana Linhares às 17:00, com o espírito nordestino e rock que a afirmou como “uma das vozes mais vibrantes do Brasil na atualidade”; Asa Cobra às 18:00, combinando lusofonia urbana e dança tribal; e Fogo Fogo às 19:00, com “funaná moderno, acelerado e vibrante”. Às 21:00 seguem-se os Sétima Legião, com “os hinos que marcaram gerações” e fizeram dessa uma “banda histórica portuguesa”, e às 23:00 atua Mário Lúcio, “figura central da música cabo-verdiana”, que interpretará com The Pan African Band temas do álbum “Independance” e assim assinalará os 50 anos da autonomia do seu país. Para remate definitivo, o FESTA propõe ainda diferentes sessões com a DJ Carla Castelhano, conhecida por fundir “Nu-Jazz, World Music e Eletrónica de Dança Independente”, e uma performance dos Fogo Fogo no registo “Radio Mosquito”, que harmoniza um DJ ‘set’ com a sua prestação ao vivo.
Distrital do PSD Aveiro afirma que Ricardo Sousa “conhecia há muito” os motivos do afastamento
Em nota de imprensa enviada às redações, a distrital afirma que a escolha de Jorge Ratola “resulta das suas enormes qualidades humanas, profissionais e políticas”, qualificações que, segundo o comunicado, “são amplamente reconhecidas pelos militantes do PSD e por todos os que o conhecem”. A estrutura distrital acrescenta ainda que a candidatura de Jorge Ratola, ex-vice-presidente da Câmara de Aveiro e atual adjunto do primeiro-ministro, “foi objeto de um voto de apoio quase unânime na reunião da Comissão Política Distrital de Aveiro”, tendo sido o “único voto contra o do próprio Ricardo Sousa”. Estas declarações surgem horas depois de Ricardo Sousa, presidente da concelhia de Espinho do PSD, ter acusado publicamente o líder nacional do partido, Luís Montenegro, de usar o partido como instrumento de “ajuste de contas pessoal” para inviabilizar a sua candidatura à autarquia nas eleições de 12 de outubro. Com a candidatura de Jorge Ratola pelo PSD agora oficializada, a corrida à Câmara de Espinho conta ainda com Pilar Gomes (CDU), Luís Canelas (PS) e Maria Manuel Cruz como independente, depois desta última se ter desvinculado do PS.
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Academia de Verão acolhe 440 alunos do 5º ao 12º ano para duas semanas de ciência e descoberta
O que é a poluição atmosférica? Que quantidade de ar respiramos? O que influencia o consumo de ar em cada pessoa? Estas foram algumas das perguntas que a atividade ‘Inspirar: uma força invisível?’, integrada no programa Ciência Mix da Academia de Verão, lançou durante a tarde desta terça-feira, dia 7, a alunos do 5º e 6º ano de escolaridade que estão de passagem pela UA até dia 11. A iniciativa ‘InspirAR: uma força invisível?’ é apenas uma das atividades dos vários programas que estão a decorrer no âmbito da Academia de Verão. Decorreu no Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO) da UA, mas o programa é organizado em conjunto com outros departamentos. Bruno Augusto, estudante de doutoramento e bolsista de investigação, é um dos responsáveis pelo Laboratório de Aerodinâmica da Atmosfera (LAA) – também conhecido como túnel de vento. À Ria, Bruno confidencia que quando chegam à atividade os alunos “têm sempre a ideia errada e as expectativas são baixas”, mas que isso é revertido e conseguem sempre “surpreendê-los pela positiva”. A atividade a que a Ria assistiu tenta dar a conhecer não só o túnel de vento e a “aerodinâmica da atmosfera”, como também falar e mostrar tudo o que se faz no DAO. “Tentamos fazer algo que seja interessante”, resume Bruno. A acompanhar Bruno na sessão esteve Diogo Portela, também estudante de doutoramento no DAO. A sessão contou com uma apresentação dinâmica, em que os alunos do 5º e 6º ano respondiam a perguntas que iam sendo colocadas, e recebiam, em simultâneo, pistas sobre as utilidades do túnel de vento. “O túnel do vento é só uma ferramenta: o nosso papel é melhorar as cidades”, ouviu-se a certa altura. Os estudantes responsáveis por dar a conhecer o LAA ao grupo de alunos explicaram que o objetivo do túnel é observar como se comporta o vento em várias situações. Para isso são utilizadas maquetes, que depois são colocadas no túnel para determinar uma solução para um dado problema, ou mesmo para prevenir os mesmos. A título de exemplo, Diogo e Bruno apontaram maquetes já utilizadas que agora penduradas por cima do túnel, apenas dão cor ao laboratório. Mas serviram, outrora, para solucionar problemas. “Esta maquete é de um anfiteatro ao ar livre que há em Setúbal, e o que é que acontecia? Da maneira que estava construído, o vento não deixava as pessoas ouvirem o que se estava a fazer no palco e as pessoas que estavam no palco também não conseguiam ouvir nada”, começam por explicar os responsáveis pela atividade. A solução passou então por construir barreiras e utilizar árvores, de forma a “controlar o vento e impedir que ele fosse para esse anfiteatro”. O túnel, acrescentam ainda, foi utilizado para determinar o local onde essas barreiras deveriam ser colocadas. Entre outros exemplos, estava dado o mote para a restante atividade: melhorar as cidades. Depois da explicação, em traços gerais, sobre como funciona o túnel, os alunos foram divididos em grupos com a missão de criarem um modelo 2D de três edifícios da cidade de Aveiro, à escala de 1:200 – pormenor importante por ter sido um dos pontos que adicionou alguma dificuldade à atividade. Contas feitas e com os moldes desenhados e recortados, chegou a vez dos alunos perceberem como são feitas as maquetes das cidades que são colocadas no túnel. Impressão 3D era uma das “respostas certas” e os alunos tiveram, então, a oportunidade de ver uma máquina a trabalhar para um projeto que está a ser desenvolvido no LAA. Os olhos dos alunos brilharam, no entanto, de forma especial quando conseguiram “visualizar” o movimento do ar no túnel do vento apesar do ponto alto ter sido, sem dúvida, a possibilidade de terem os cabelos despenteados com o vento produzido pela ventoinha do mesmo túnel. Finda a atividade no DAO, os alunos contaram à Ria outras atividades que foram desenvolvendo ao longo do dia. Mensagens secretas, lâmpadas de lava e a criação de um “caviar de manga” foram algumas das atividades que marcaram o grupo. Foram 16 os alunos que participaram na atividade de ontem. No total, nestas duas semanas vão passar pela Academia 440 alunos, a maioria dos quais frequenta já o ensino secundário. Em declarações à Ria, Artur Silva, vice-reitor com a pasta da investigação, inovação e formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos na UA, frisa precisamente este número e destaca a importância da atividade, sobretudo para os alunos do ensino secundário – que compõem a larga maioria dos alunos participantes: “cerca de 330”, aponta. Artur Silva frisa ainda que a iniciativa, “uma marca da Universidade de Aveiro”, tem sempre grande procura. “No dia em que se abre as inscrições está toda a gente a clicar no botão para tentar ser o escolhido”, repara. A iniciativa é, segundo o vice-reitor, não só “uma forma dos jovens passarem um pouco do seu tempo de verão”, como também de começarem a ver “oportunidades e opções para o seu futuro”. Para o vindouro o aumento do número de vagas para os participantes é uma vontade da universidade. Ainda assim, Artur admite que essa é uma possibilidade “difícil” de concretizar, especialmente em termos logísticos. Aumentar o número de vagas implicaria também “aumentar o alojamento” o que constitui “um constrangimento”. Artur Silva sublinha também o número de vagas “financiadas por entidades externas”. A inscrição na Academia de Verão tem um custo associado de 90 ou 100 euros, com mais de uma centena dos participantes a verem esse custo a ser suportado pela autarquia ou por instituições, o que reforça a relevância da iniciativa da UA. A Academia de Verão decorre na UA até dia 18 e conta com um total de 26 programas com atividades diárias e com o envolvimento de praticamente todos os departamentos da academia aveirense. A iniciativa, que completa 20 anos em 2026, convida os alunos do 5º ao 12º ano para, durante duas semanas, virem a Aveiro experenciar a vida universitária.
Greve dos procuradores paralisa tribunais e cancela julgamentos em todo o país
“Há comarcas em que se verifica 100% da adesão (…). Isto significa que os julgamentos sumários, ou julgamentos que estejam agendados para hoje, não se enquadrando nos serviços mínimos, não vão ser realizados”, disse a presidente da Direção Regional do Norte do sindicato, Rosário Barbosa, num ponto de situação aos jornalistas realizado à porta do Palácio da Justiça, no Porto. Socorrendo-se de números do Norte, um cenário que, disse, “se repete no país todo”, a presidente da direção-regional do Norte do SMMP apontou que a adesão é de 100% em Bragança, Braga, Barcelos e Esposende, bem como nos juízos locais criminais do Porto. Já Vila Real regista 80% de adesão à greve nacional de dois dias, Porto Oeste 95%, Viana de Castelo 75%, Vila Nova de Famalicão 85%. Guimarães 86%. Segundo a responsável no Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto (Diap) e no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto a adesão ronda os 75%. “O julgamento denominado ‘Babel’, que é um julgamento que corre termos nos juízos centrais criminais de Vila Nova de Gaia, um julgamento mediático, foi adiado porque os dois procuradores que estavam a assegurar a representação do Ministério Público em julgamento fizeram greve”, exemplificou. Em causa está o aviso de abertura do movimento de magistrados do Ministério Público, publicado em 04 de junho em Diário da República, que inclui lugares a ocupar pelos procuradores, a partir de setembro, em vários departamentos e tribunais em simultâneo. A Procuradoria-Geral da República tem justificado a opção com a necessidade de "otimizar os recursos existentes", num "contexto de reconhecida e notória carência de recursos humanos". “Não há magistrados no Ministério Público. Esse é o grande problema. Já desde 2014 que não se consegue cumprir todas as vagas e isto tem piorado. Chegamos a um ponto de rutura completa. Nós já não aguentamos. Esta luta é pelas nossas condições de trabalho e também pelo serviço prestado ao cidadão, porque nós não conseguimos prestar um bom serviço, estando a correr de um lado para o outro, estando cheios de trabalho”, disse Rosário Barbosa. Para a dirigente sindical, “além de todas as ilegalidades de violação de princípios estatutários, esta deliberação veio também pôr em causa, quer o princípio da igualdade, quer a proteção da parentalidade”. “Determinados lugares a concurso que seriam atrativos, até porque são próximos dos grandes centros, não podem ser preenchidos por colegas que previsivelmente se encontrem em situação de baixa superior a 60 dias. Ora, quer dizer, eu quando concorro em junho tenho que saber durante o próximo ano, de setembro a julho, se vou estar de baixa durante 60 dias. Isto obviamente prejudica quem quer ser mãe, quem quer ser pai, quem quer exercer a parentalidade”, afirmou. Questionada sobre quantos mais magistrados seriam precisos para assegurar o trabalho, Rosário Barbosa disse que entre 120 e 200 “daria algum alento e alguma capacidade de poder respirar outra vez e colmatar falhas”. “Mas não vamos ter sorte. Já tivemos reunião com a senhora ministra da Justiça na segunda-feira, e não nos pareceu recetiva. Agora está nas mãos do Conselho Superior que reúne hoje. Nós não temos interesse nenhum em continuar a greve, nós queremos é que a nossa situação seja ouvida e percebida”, disse. Este protesto, convocado pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, prevê ainda a realização de paralisações regionais a 11, 14 e 15 de julho, o último dia antes das férias judiciais de verão. Estão assegurados serviços mínimos como atos processuais necessários à garantia da liberdade, ou seja, arguidos presos, bem como menores que estejam detidos, situações de terrorismo, detenções, tratamentos ao abrigo da lei de saúde mental, todos os procedimentos referidos na lei de proteção de crianças e jovens em perigo, interrogatórios de cidadãos estrangeiros detidos em situação também ilegal para aplicação de medidas com ação e habeas corpus. “E decidimos incluir as autópsias médico-legais para não deixar as famílias sem esse conforto. Nós podíamos ter optado, de facto, por não assegurar serviços mínimos, mas não queríamos prejudicar o cidadão e quisemos evitar que houvesse presos por mais tempo”, concluiu.
IL apresenta candidatura autárquica em São João da Madeira este domingo
De acordo com uma nota enviada às redações, o evento contará com os discursos dos candidatos e dos cabeças de lista, bem como com a presença de Mário Amorim Lopes, deputado eleito pela IL pelo distrito de Aveiro. No final, haverá ainda um momento de animação com DJ e o contacto dos candidatos com a população sanjoanense.
PS da Murtosa inicia campanha com “Dia Aberto” e encontro com Cooperativa de Carnaval
No que toca ao “Dia Aberto”, segundo uma nota enviada à Ria, o encontro de carácter informal, “reuniu amigos e apoiantes da candidatura, num ambiente de diálogo aberto e escuta ativa, onde foram partilhadas preocupações locais e sugestões para o futuro do concelho”. Durante a sessão, Augusto Leite, fez uma intervenção política, onde sublinhou a importância de “governar com as pessoas e para as pessoas”, reforçando a sua "proximidade com a população e o compromisso com uma política participativa e transparente". No discurso, o candidato lembrou ainda, a importância da Murtosa “ser governada por pessoas da terra, que vivam permanentemente no concelho que pretendem governar, com conhecimento da realidade local”. Para o candidato “só quem está verdadeiramente presente e enraizado na comunidade pode compreender os seus desafios e lutar convictamente por soluções”. Na nota, o PS destaca ainda que o “Dia Aberto” marca o arranque de uma série de iniciativas que irão percorrer “todo o concelho, ouvindo as pessoas e apresentando propostas concretas para o futuro”. A próxima iniciativa está agendada para o dia 24 de julho, pelas 21h00, no auditório da COMUR - Museu Municipal, onde decorrerá a apresentação formal dos “cabeças de lista da candidatura, um evento aberto à comunidade e ao qual estão todos convidados a participar”. No que toca à reunião com a Cooperativa de Carnaval, a concelhia do PS da Murtosa destaca ainda que este teve como objetivo “ouvir as suas preocupações e reforçar o compromisso com aquela que é uma das maiores manifestações culturais e recreativas da Murtosa”. Segundo o partido, a reunião permitiu “aprofundar conhecimento sobre os desafios que os grupos de Carnaval enfrentam, desde a sustentabilidade financeira das suas atividades à necessidade de espaços adequados para albergar as sedes dos grupos, passando pelo reconhecimento institucional do papel cultural e socioeconómico do Carnaval”. Durante o encontro foram ainda abordadas propostas concretas para uma maior valorização do Carnaval, incluindo, “a criação de um programa de apoio contínuo, (…) a disponibilização de infraestruturas logísticas (…) e o reforço da divulgação externa do Carnaval da Murtosa como elemento diferenciador no panorama cultural”. Citado na nota, Augusto Vidal Leite recordou que o Carnaval da Murtosa é “muito mais do que uma festa popular”. “É um traço identitário do concelho, uma manifestação clara do conceito de comunidade, onde os adultos, os professores, as crianças e as famílias se envolvem durante largos meses, no objetivo comum de proporcionar um dia único à população”, vincou.