RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Grupo acusado de importar e transformar pasta de cocaína em laboratório na Feira

O Ministério Público (MP) acusou nove arguidos suspeitos de pertencer a uma alegada organização criminosa dedicada à importação e transformação de pasta de cocaína num laboratório situado em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

Grupo acusado de importar e transformar pasta de cocaína em laboratório na Feira
Redação

Redação

08 set 2025, 13:45

Num comunicado divulgado no sábado na sua página na internet, e hoje consultada pela Lusa, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) refere que, por despacho de 23 de agosto, o MP acusou nove arguidos – uma sociedade e oito pessoas singulares - pela prática de crimes de tráfico e outras atividades ilícitas agravado, associações criminosas, branqueamento, falsificação ou contrafação de documento e condução de veículo sem habilitação legal.

“Nos termos da acusação, está em causa factualidade relacionada com a montagem e exploração de laboratório em Santa Maria da Feira, que funcionou em 2024, onde os arguidos procederam à transformação de pasta de cocaína importada da América do Sul, essencialmente por via marítima, em cocaína, para posterior comercialização ao público, em particular nos países europeus”, refere a mesma nota.

Segundo a Procuradoria, esta atividade era liderada por três dos arguidos, cabendo a dois deles tarefas de importação e escoamento final do produto, ficando o terceiro arguido responsável pela logística, que incluiu o arrendamento das instalações do laboratório e a contratação dos demais arguidos para o auxiliarem na tarefa de transformação do produto.

A PGRP refere ainda que alguns dos arguidos contratados assumiram, ainda, tarefas no exterior (transporte ou intermediação de negócios de venda de cocaína).

De acordo com os investigadores, a atividade do laboratório decorreu, essencialmente, nos períodos noturnos, tendo sido produzidos mais de 140 quilos de cocaína, com um preço de venda ao consumidor superior a 2,8 milhões de euros.

“A importação da pasta base de coca era um método recente na Europa e tinha a vantagem de iludir as autoridades transfronteiriças (por escapar quer ao raio-X quer ao olfato dos cães farejadores)”, adianta a nota.

Ainda segundo a PGRP, foram aprendidos mais de 14 quilogramas de cocaína, correspondendo a 67.695 doses individuais.

O MP imputou ainda ao arguido responsável pela logística, o uso de documentos de identificação falsos (cartão de cidadão inexistente de nacionalidade croata e título de condução falso) para circular na via pública, alugar veículos automóveis, arrendar as instalações do laboratório, constituir a sociedade arguida, abrir contas bancárias, contratar os demais arguidos e declará-los na Segurança Social.

Imputa-se também, a dois dos arguidos, atos de branqueamento dos dividendos do crime, por conversão na instalação e equipamento de um ginásio, aquisição de imóvel e dissipação por contas bancárias.

O MP formulou pedido de perda de vantagens da atividade criminosa.

Quatro dos arguidos aguardam o desenrolar do processo em prisão preventiva.

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Autárquicas: Agricultor João Sousa é o candidato da CDU à Câmara de Oliveira do Bairro
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Autárquicas: Agricultor João Sousa é o candidato da CDU à Câmara de Oliveira do Bairro

“Candidato-me porque nem todos sabem tudo. A CDU tem propostas e causas que é preciso continuar a defender, porque elas não estão concretizadas”, destacou. Em declarações à agência Lusa, o candidato de 75 anos, que já tinha entrado na corrida autárquica de 2021, explicou que há muito por concretizar em termos de saúde, habitação, educação e agricultura. “Há ainda outros melhoramentos para a qualidade de vida das populações do concelho de Oliveira do Bairro que pretendemos fazer. Mesmo não estando eleito ninguém da CDU ao nível do concelho, têm sido feitas propostas e elas têm sido aceites pelo executivo, principalmente este e o anterior”. De acordo com João Sousa, nas áreas da saúde, educação, habitação e agricultura, “tanto a nível nacional, como no concelho, têm sido feitos remendos”. “As propostas não se concretizam na totalidade, vão-se fazendo remendos e promessas e todos nós sabemos que não são as melhores para satisfazer as necessidades a que nós temos direito”, referiu. O candidato aludiu à questão da extinção dos postos médicos de proximidade, como aconteceu em Troviscal, de onde é natural, que “deixaram os mais velhotes distantes dos cuidados de saúde, onde até iam a pé”. “Construíram-se centros de saúde, mas não é satisfatório. Estão longe e os netos ou os filhos têm de sair de manhã e vêm à noite e quando os levam ficam sem consulta ou têm de andar táxi”, lamentou. À Lusa, disse ainda que, se Oliveira do Bairro tivesse um eleito da CDU nas próximas autárquicas, que se realizam em 12 de outubro, “o galo cantaria melhor, como diz o povo”. Na corrida autárquica, João Sousa, da CDU, vai defrontar Duarte Novo, que procura alcançar um terceiro mandato pelo CDS-PP. São também candidatos à liderança da autarquia de Oliveira do Bairro Joaquim Ribeiro, pelo Chega, José Soares, pelo PSD, e Miguel Tomás, pelo PS. A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro é liderada por Duarte Novo, do CDS-PP, que em 2021 foi reeleito com 45,58%, enquanto o PSD arrecadou 35,50%, o PS 8,37%, o Chega 4,87% e a CDU 1,08%. O executivo da Câmara de Oliveira do Bairro é formado por quatro eleitos do CDS-PP e três do PSD.

Autárquicas: Professor reformado Alexandre Loff é o candidato da CDU à Câmara de Vagos
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Autárquicas: Professor reformado Alexandre Loff é o candidato da CDU à Câmara de Vagos

“Já é tradição ser o candidato da CDU e concorro para dar voz a quem está descontente com a ação política do que se vai passando em Vagos. Temos de estar presentes para dar voz e afirmar os interesses da população de Vagos e as necessidades urgentes a resolver”, destacou. Em declarações à agência Lusa, o professor reformado do 1.º ciclo do ensino básico explicou que no topo das suas prioridades para o concelho está a criação de um arquivo municipal. “A cultura em Vagos está de rastos e a inexistência de um arquivo municipal impede a preservação do património do concelho, das coletividades”, justificou. De acordo com o candidato de 70 anos, o concelho de Vagos precisa também de ver melhorada a sua rede viária, que “é uma vergonha”. “Outra necessidade, que é também nacional, é a necessidade de se criar mais habitação social. É necessário construir mais casas”, referiu. Outra das suas bandeiras é a preservação do ambiente, bem como a sua valorização. “Temos de apostar num aproveitamento turístico, em termos náuticos na ria e também da nossa floresta”, concluiu. Para além de Alexandre Loff, da CDU, concorrem à liderança da Câmara de Vagos Pedro Neto, pelo PS; Hugo Santos, pelo CDS-PP; Olavo Rosa, pelo Chega; e pelo PSD o antigo presidente da Câmara de Vagos Rui Cruz, 12 anos depois de ter “passado o testemunho” a Silvério Regalado, atualmente secretário de Estado da Administração Local. O social-democrata Silvério Regalado foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Vagos em 2021 com 60,7% dos votos, enquanto o CDS/PP arrecadou 19,44% dos votos, o PS 8,75%, o Chega 5,41% e a CDU 1,24%. Em janeiro de 2024, a liderança da Câmara de Vagos passou para o até então vice-presidente Paulo Sousa, depois de Silvério Regalado ter sido eleito deputado. O executivo da Câmara de Vagos é formado por seis eleitos do PSD e um do CDS/PP. As eleições autárquicas decorrem em 12 de outubro.

Ílhavo: Revisão da Carta Educativa é aprovada e segue agora para a Assembleia Municipal
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Ílhavo: Revisão da Carta Educativa é aprovada e segue agora para a Assembleia Municipal

O processo de revisão da Carta Educativa de Ílhavo iniciou-se no ano letivo 2023/2024, tendo sido concluído no ano letivo seguinte. O documento, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, obteve parecer positivo do Conselho Municipal de Educação, reunido a “4 de abril de 2025”. Da análise dos dados, projeções e processo de auscultação resultou uma carta educativa que apoia a sua ação, “nos próximos dez anos” - com possibilidade de revisão anterior decorrente de alterações das conjunturas - assente em “três eixos estratégicos”: “Rede educativa de Excelência, Inclusiva e Sustentável” que tem como objetivo, entre outros, a inclusão, seja ao nível das necessidades de saúde especiais, seja de imigrantes; “Contextos e Dinâmicas Educativas Inovadoras e Inclusivas” através, por exemplo, da necessidade no envolvimento, participação e capacitação das famílias e “Educação Permanente, Inovação e Coesão”. De acordo com a nota, ao nível do diagnóstico estratégico a metodologia passou não só pela análise e recolha de dados, mas também pela auscultação, em grupos focus, do Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Juventude, vereadores, Agrupamentos de Escolas, presidentes das Juntas de Freguesia, comunidade escolar (docentes, não docentes, associações de pais, associações de estudantes, EMACE e serviço educativo), tecido social, IPSS, entidades ligadas à formação e ao emprego, entre outros. A autarquia recorda também que a revisão da carta educativa é obrigatória “sempre que a rede educativa do concelho deixe de cumprir os princípios e objetivos definidos na lei, sendo também revista de dez em dez anos, conforme estabelece o artigo 15.º do referido diploma”. “Este documento define as respostas a dar às necessidades de educação e formação, assegurando uma melhor utilização dos recursos disponíveis, de acordo com a evolução demográfica e socioeconómica, conforme previsto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro”, afirma. “De acordo com o artigo 7.º do mesmo diploma, a Carta Educativa identifica, a nível municipal, os edifícios e equipamentos educativos e a sua localização, bem como as ofertas de educação pré-escolar, ensinos básico e secundário, modalidades especiais de educação e ainda educação extraescolar”, continua a nota. O documento abrange os estabelecimentos da rede pública, privada, cooperativa e solidária, refletindo a estratégia municipal com o objetivo de reduzir o abandono escolar precoce e promover o sucesso educativo. A Carta Educativa segue agora para a Assembleia Municipal de Ílhavo e carece de parecer positivo do Ministério da Educação para a sua implementação.

Bloco de Esquerda-Águeda manifesta “preocupação” pelo estado de conservação da Ponte Velha do Vouga
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Bloco de Esquerda-Águeda manifesta “preocupação” pelo estado de conservação da Ponte Velha do Vouga

Na visita à ponte, o Bloco teve também a oportunidade de reunir com Luís Seabra Lopes, primeiro subscritor da “Petição em defesa da reabilitação. Valorização e salvaguarda da ponte de Vouga”, conta com mais de 2750 assinaturas. Recorde-se que desde fevereiro, se encontra a decorrer o procedimento para a classificação de âmbito nacional – uma ação que, de acordo com o BE, está relacionada com a petição. Na nota enviada à Ria, o Bloco considera que “é possível observar o descuido com que esta zona tem sido tratada”. Entre as observações, os responsáveis notam que as margens férteis e os pilares das fontes acomodam resíduos e detritos, o que aumenta a pressão sobre a construção. Nas perguntas colocadas a Jorge Almeida, presidente da CMA, enviadas à Ria, Cláudia Afonso manteve o tom crítico. Para a candidata, “a preservação do património cultural é um domínio que tem, reiteradamente, ficado postergado nas políticas públicas do Município”. A primeira questão que a cabeça-de-lista do Bloco fez é relativa às intervenções de “grande escala” anunciadas pelo executivo no mês de julho. Cláudia Afonso quer saber se o plano de trabalhos no leito do rio teve em conta o estado de conservação da ponte. A candidata perguntou também ao presidente se seria intenção do Município remover acumulação de detritos e resíduos que se amontoam junto aos pilares da ponte. No mesmo sentido, Cláudia Afonso questionou o autarca para saber que ações desenvolvidas para implementar um “efetivo controlo de vegetação”. A bloquista quis saber se a CMA tem intenções a edilidade de facilitar o acesso à população em geral aos relatórios técnicos, pareceres e outras peças documentais relativos à Ponte de Vouga e, no âmbito do procedimento de classificação, perguntou se o Município foi contactado pelo Património Cultural, IP.

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Alberto Souto acusa “Aliança” de desacreditar “sondagem” do PS por ser “muito desfavorável”
Cidade

Alberto Souto acusa “Aliança” de desacreditar “sondagem” do PS por ser “muito desfavorável”

Alberto Souto não deixou de alertar os apoiantes que estavam na sessão para “não se entusiasmarem demais com as sondagens”. Num apelo aos presentes para continuarem a trabalhar para que as sondagens se confirmem nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro, o candidato reafirmou que o estudo encomendado à GfK Metris - Métodos de Recolha e Investigação Social, S.A “é séria”. Recorde-se que, conforme noticiou a Ria, a “sondagem” não se encontra disponível no site da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), condição necessária para que possa ser considerada oficial. Da mesma forma, a Gfk não é apresentada no site da ERC como empresa credenciada para realizar sondagens. A discussão sobre a “sondagem”, que aqueceu o fim-de-semana autárquico, não foi a única farpa deixada pelo candidato socialista à “Aliança” e ao executivo. A escolha do local para a apresentação da candidatura a Esgueira serviu para recuperar a discussão da demolição da antiga sede da Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Aveiro (CERCIAV). Diz Alberto Souto que o Centro Cultural de Esgueira, junto ao qual a sessão se realizou, seria mais uma “casa velha” para o atual executivo – uma expressão usada por José Ribau Esteves, presidente da CMA, em Assembleia Municipal, quando falava do edifício que agora deve ser demolido. “Se prevalecessem os conceitos que agora estão a prevalecer e que prevalecem no candidato que se opõe a nós, esta casa teria sido demolida, como demoliram a ‘Vivenda Aleluia’ e demoliram a [antiga sede da] CERCIAV. Não, nós recuperámos esta casa e preservámos o património”, relembrou o candidato, referindo-se ao seu tempo enquanto presidente da autarquia, entre 1998 e 2005. A olhar para o outro lado da barricada, o candidato do PS falou também do Estádio Municipal de Aveiro, um “elefante colorido” situado em Esgueira. Num momento em que diz que a campanha vai começar a “aquecer”, afirmou que é importante que as pessoas não se esqueçam que “o Alberto Souto não é o culpado de tudo o que aconteceu depois” de se decidir a construção. A decisão, recorda, foi tomada por unanimidade na Câmara Municipal em 1999 e foi “uma grande vitória para Aveiro”. Conforme já tem vindo a dizer noutros momentos da campanha, como fez na entrega de listas no Tribunal de Aveiro e na apresentação do programa para a autarquia, o candidato do PS reiterou que a CMA foi “enganada” pelo Estado no processo. Num exercício de repetição, Alberto Souto reiterou que o Município de Aveiro foi enganado duas vezes: primeiro, porque o Estádio não custou aquilo que a Federação Portuguesa de Futebol tinha dito que ia custar e, depois, porque o financiamento previsto para seis estádios acabou por ficar dividido por dez estruturas. As acusações à oposição passaram também pelo que tem sido feito na Junta de Freguesia de Esgueira, governada pela coligação de forças entre PSD, CDS-PP e PPM desde 2013. Ao dar os parabéns a Luís Martins, que diz ter sido o “capitão de equipa” na oposição, Alberto Souto considera que foram “anos de chumbo em termos democráticos na freguesia, porque não havia respeito, transparência e educação cívica”. Com a equipa que agora se candidata à freguesia, liderada por Jaime Paulo, o candidato afirma que há condições para “pôr Esgueira a andar e não parada, como tem estado”. As principais propostas de Alberto para a freguesia são condicentes com aquelas que também apresenta para o Município. Uma das grandes preocupações é a criação de espaços verdes, uma vez que, segundo diz, “não se construiu um parque público digno desse nome” em Esgueira nos últimos anos. Nesse âmbito, Alberto Souto referiu uma ideia – que, fez questão de frisar, “é uma ideia, não é uma promessa” – de conversar com os padres dehonianos para procurar um protocolo com a CMA para fazer um “belo jardim público” num espaço que está “subaproveitado e fechado”. Da mesma forma, com o objetivo de requalificar a zona do Olho de Água, o candidato propõe também que se una o Parque Aventura à Cidadela. Dessa forma, o parque passaria a ter o dobro da dimensão. No campo da habitação, o socialista identifica também questões específicas à freguesia. Em Esgueira, Alberto Souto afirma que há casas vazias e que, por exemplo, no Bairro de Mataduços, a CMA não teve capacidade de reabilitar. Também em Mataduços, o candidato do PS diz que é necessário valorizar a zona ribeirinha. O candidato aponta que é preciso pensar além da freguesia e incluir Paço, Póvoa do Paço, Vilarinho e Sarrazola para “transformar as costas das urbanizações em frentes de ria” para serem fruídas pelas pessoas. Outra prioridade que tem sido transversal às freguesias prende-se com a mobilidade. Alberto Souto insiste com a necessidade de fazer novos passeios e de ter sentidos únicos nas estradas, mas também reforça a necessidade de resolver os problemas de estacionamento. Na sua intervenção, a necessidade de solucionar a falta de estacionamento no centro de Esgueira foi também uma grande prioridade elencada por Jaime Paulo, candidato à presidência da Junta de Freguesia de Esgueira. No campo da mobilidade, o socialista refere que é preciso requalificar o estacionamento e a zona envolvente do Olho de Água e Cidadela, bem como expandir a rede de passeios e ciclovias na freguesia, especialmente a Mataduços, Águas do Norte, Quinta de Simão e Cabo Luís.  Na mesma página que Alberto Souto, Jaime Paulo falou também de criar um parque natural de merendas, assim como um percurso pedestre ao longo do curso de água no Paço. Para o candidato, também é importante investir na manutenção preventiva das infraestruturas, requalificar os tanques e ampliar o Largo da Fonte, no Paço, de forma a transformar uma parte na sede da Associação dos Amigos do Paço. A aposta na cultura, no desporto e no associativismo não foi esquecida pelo candidato do PS. De acordo com Jaime Paulo, é intenção da lista candidata manter um diálogo contínuo com os clubes e associações da freguesia e organizar uma gala associativa para celebrar as entidades que se destacam. Entre outras propostas, o candidato a Esgueira apontou ainda à reestruturação das Festas Quinhentistas, à aposta na limpeza e desenvolvimento de uma rede de drenagem de águas pluviais em toda a freguesia, à necessidade de requalificar as habitações sociais de Esgueira, o interesse em criar um projeto de cuidados básicos aos idosos ou a vontade envolver mais a comunidade na tomada de decisão dos assuntos da autarquia.

Autárquicas: Agricultor João Sousa é o candidato da CDU à Câmara de Oliveira do Bairro
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Autárquicas: Agricultor João Sousa é o candidato da CDU à Câmara de Oliveira do Bairro

“Candidato-me porque nem todos sabem tudo. A CDU tem propostas e causas que é preciso continuar a defender, porque elas não estão concretizadas”, destacou. Em declarações à agência Lusa, o candidato de 75 anos, que já tinha entrado na corrida autárquica de 2021, explicou que há muito por concretizar em termos de saúde, habitação, educação e agricultura. “Há ainda outros melhoramentos para a qualidade de vida das populações do concelho de Oliveira do Bairro que pretendemos fazer. Mesmo não estando eleito ninguém da CDU ao nível do concelho, têm sido feitas propostas e elas têm sido aceites pelo executivo, principalmente este e o anterior”. De acordo com João Sousa, nas áreas da saúde, educação, habitação e agricultura, “tanto a nível nacional, como no concelho, têm sido feitos remendos”. “As propostas não se concretizam na totalidade, vão-se fazendo remendos e promessas e todos nós sabemos que não são as melhores para satisfazer as necessidades a que nós temos direito”, referiu. O candidato aludiu à questão da extinção dos postos médicos de proximidade, como aconteceu em Troviscal, de onde é natural, que “deixaram os mais velhotes distantes dos cuidados de saúde, onde até iam a pé”. “Construíram-se centros de saúde, mas não é satisfatório. Estão longe e os netos ou os filhos têm de sair de manhã e vêm à noite e quando os levam ficam sem consulta ou têm de andar táxi”, lamentou. À Lusa, disse ainda que, se Oliveira do Bairro tivesse um eleito da CDU nas próximas autárquicas, que se realizam em 12 de outubro, “o galo cantaria melhor, como diz o povo”. Na corrida autárquica, João Sousa, da CDU, vai defrontar Duarte Novo, que procura alcançar um terceiro mandato pelo CDS-PP. São também candidatos à liderança da autarquia de Oliveira do Bairro Joaquim Ribeiro, pelo Chega, José Soares, pelo PSD, e Miguel Tomás, pelo PS. A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro é liderada por Duarte Novo, do CDS-PP, que em 2021 foi reeleito com 45,58%, enquanto o PSD arrecadou 35,50%, o PS 8,37%, o Chega 4,87% e a CDU 1,08%. O executivo da Câmara de Oliveira do Bairro é formado por quatro eleitos do CDS-PP e três do PSD.

Autárquicas: IL Aveiro apresenta candidatura com promessa de “mudança” e sem coligações
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Autárquicas: IL Aveiro apresenta candidatura com promessa de “mudança” e sem coligações

Durante mais de uma hora, foram apresentados os candidatos liberais. A primeira intervenção coube a Cláudia Rocha, cabeça de lista à Assembleia Municipal de Aveiro, que sublinhou a decisão do partido em avançar sem coligações. “Crescemos”, afirmou, destacando o aumento do número de militantes, a experiência acumulada e a mobilização em torno dos ideais liberais. Cláudia Rocha recordou ainda que, nas autárquicas de 2021, a IL apresentou “três candidaturas”, número que sobe agora para “oito”. “Apresentamos candidatos à Câmara, à Assembleia Municipal e a seis freguesias.São ao todo 150 pessoas motivadas para trabalhar pela mudança em Aveiro”, sublinhou. A cabeça de lista à Assembleia justificou ainda a escolha por quererem “fazer diferente” através de “políticas de proximidade, simplificação, flexibilidade e transparência”. “Não queremos ser a continuidade. Não queremos ser o regresso ao passado. Queremos sim ser a mudança e o futuro”, atirou numa crítica direta a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) à Câmara de Aveiro. Também Mário Amorim Lopes aproveitou a ocasião para comparar Luís Souto de Miranda e Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, a “arroz carolino e agulha”. “Souto contra Souto. PS contra PSD. Arroz carolino e arroz agulha. Mais do mesmo. Não é daqui que nós vamos ter a transformação que esta cidade precisa para ser a tal capital da região centro e ser a capital do futuro da região centro”, opinou. “O que Aveiro verdadeiramente precisa é de um arroz de marisco apimentado, com picante, com vontade de fazer diferente e transformar”, respondeu ainda, em tom irónico, o deputado da IL. Por último, Cláudia Rocha sublinhou também a “ambição” que o partido tem para Aveiro. “Avançar sem acordo de coligação também significa isto. Clareza. Os cidadãos sabem quem propõe, quem responde e quem decide. Não há desculpas e não há jogos de empurra. A IL será sempre uma voz independente”, atentou. Sem esquecer os desafios – atuais e futuros- do concelho, a candidata deixou ainda a nota de que Aveiro precisa de “políticas ambiciosas com visão de futuro”. “Políticas de soluções viáveis que aproximem o decisor dos cidadãos. Foi com esse sentido de responsabilidade e compromisso que aceitei encabeçar a candidatura da IL à Assembleia Municipal”, disse. Juntamente com os restantes “35 candidatos” à Assembleia Municipal, Cláudia Rocha sublinhou que o partido vai “eleger o primeiro grupo parlamentar liberal em Aveiro”. “A Assembleia Municipal é muito mais do que um espaço de fiscalização da Câmara ou de cumprimento de meras formalidades para deliberar sobre as opções políticas do executivo camarário”, referiu, salientando que o mesmo deve ser um espaço de “debate” e de "construção de soluções”. “Com a IL cada decisão será feita com transparência, responsabilidade e foco nas pessoas. A fiscalização será firme, exigente e clara”, insistiu. Cláudia Rocha acrescentou também que o partido pretende aproximar os cidadãos da política municipal através da criação de “canais de participação, dando voz às associações locais e levando para a Assembleia os temas que realmente preocupam os aveirenses”. “Queremos ser uma força que explica, presta contas e convida a participar”, afirmou. Miguel Gomes, candidato da IL à Câmara de Aveiro, aproveitou, consequentemente, a sessão para apresentar algumas das medidas que integram o seu programa eleitoral: menos impostos, uma burocracia mais ágil e seguro de saúde municipal para os habitantes do concelho. Segundo o cabeça-de-lista dos liberais, esses compromissos refletem uma estratégia apostada em "transformar Aveiro num município mais livre, mais próspero e mais justo, onde o mérito é reconhecido e a liberdade individual respeitada". Nas questões fiscais, Miguel Gomes salientou que "a essência do liberalismo é confiar nas pessoas" e anunciou depois que a sua intenção é "reduzir o IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] para o valor mínimo legal, devolver aos aveirenses a totalidade dos 5% de IRS que a Câmara cobra anualmente e extinguir a derrama para as empresas". O candidato acredita que isso facilitará a fixação de mais famílias no concelho e atrairá investimento, para o que contribuirá também a criação de um portal online "onde qualquer cidadão pode submeter projetos de reclassificação de terrenos para habitação com resposta obrigatória em 60 dias" - porque "chega de processos que dormem nas gavetas durante anos"."Assim se promove também mais habitação", realçou o candidato liberal, defendendo uma gestão camarária "que não sufoque com burocracia e antes facilite". Miguel Gomes quer "criar em Aveiro um seguro de saúde municipal que garanta a cada cidadão liberdade de escolha para poder marcar consultas, exames e tratamentos sem depender do caos do SNS [Serviço Nacional de Saúde]", o que vê como "uma medida simples, mas transformadora e viável". As outras prioridades do candidato da IL passam pela mobilidade "urbana e rural", mediante serviços de autocarro "com horários adaptados aos turnos das empresas de Taboeira, Cacia ou Oliveirinha" e um conjunto de ciclovias que funcionem efetivamente em rede, em vez de constituírem "remendos desconexos"."Aprendemos com os erros do passado - chega de ciclovias que não vão a lado nenhum ou que põem ciclistas em perigo! Vamos resolver os pontos negros como a travessia da Avenida Europa", propôs. Quanto à rede de velocípedes partilhados, o candidato considera "incompreensível que as Bugas estejam confinadas ao centro" e anuncia que as irá "expandir para Esgueira, São Bernardo, Aradas, Santa Joana", acrescentando-lhes trotinetas. Além disso, comprometeu-se a"lutar pela modernização da linha ferroviária do Vouga e pela ligação direta a Viseu e Salamanca".Outras propostas de Miguel Gomes são a abertura das escolas à comunidade, "permitindo que associações culturais e clubes desportivos usem estes espaços para atividades"; a reabilitação da Ribeira de Esgueira para efeitos de navegabilidade, turismo náutico e lazer; a criação de "um verdadeiro parque da cidade entre o Pavilhão dos Galitos e Vilar". Na União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, Marcelo Silva foi a escolha da IL Aveiro. O candidato aveirense de gema, conforme avançado pela Ria, tem 35 anos, é economista e ex-docente do Ensino Superior.No seu discurso, o cabeça de lista começou por questionar os presentes: “Quando é que foi a última vez que cada um de nós se deslocou à sua Junta de Freguesia para resolver um problema?”. A questão serviu de mote para sublinhar a sua crítica à falta de confiança dos cidadãos nas instituições locais, apontando que muitos acabam por desistir de procurar a Junta por não acreditarem na sua capacidade de resposta. Face a isto, Marcelo Silva avançou que a sua candidatura tem um propósito “claro”: “Devolver à Junta a confiança das pessoas”. Numa crítica direta a Glória Leite, candidata da ‘Aliança’ à União de Freguesias, assim como a Luís Souto, Marcelo atirou que: “A confiança das pessoas não significa e não se pode resumir a irmos à Feira dos 28 tirar fotos com toda a gente ou sabermos o nome de cor de toda a gente da freguesia”. “Confiança das pessoas tem que significar sempre resolver e falar com os vizinhos e eles nos dizerem ‘vai à Junta que eles vão resolver o problema’”, rematou prontamente. O candidato à Junta exigiu ainda a “responsabilização dos funcionários públicos”. “Cada queixa, cada reclamação de cada um de nós tem de ser pública, transparente, e se não for resolvida tem de prestar contas não só à Junta, mas principalmente aos cidadãos”, vincou. No que toca à Junta de Freguesia de Esgueira, o partido optou pelo nome de Jaime Faria. Natural e residente naquele lugar, o cabeça de lista tem 24 anos, é licenciado em Marketing pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA) e é, atualmente, consultor imobiliário. Na intervenção, Jaime não escondeu a “satisfação” e a “felicidade” com o crescimento de Esgueira ao “longo dos últimos anos”, realçando que quer “mais e melhor” para a sua terra. Entre os aspetos a melhorar apontou a “literacia financeira”, “mais espaços verdes”, “mais biodiversidade” e um “maior aproveitamento da Ria de Esgueira”. Acrescentou ainda o melhoramento na área da saúde, o apoio aos mais vulneráveis e idosos e o aumento de estacionamento. Seguiu-se a Junta de Aradas. Para esta freguesia, Ana Torrão foi a aposta da IL Aveiro. A candidata tem 36 anos, é doutorada em Direito e exerce atualmente funções como jurista no setor empresarial. No que toca à governação desta Junta de Freguesia, a cabeça de lista apelou a uma maior “transparência”. “É inadmissível que os cidadãos de Aradas tenham de recorrer ao tribunal para obter informação que devia ter carácter público e é incompreensível que perante uma decisão condenatória (…) a Junta recorra a essa decisão. É incompreensível que a Junta obste a que essa transparência ocorra”, sublinhou. Recorde-se que o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro condenou a Junta de Freguesia de Aradas – atualmente liderada por Catarina Barreto- a facultar o acesso a diversa documentação ao movimento independente ‘Sentir Aradas’. Tal como noticiado pela Ria, a Junta acabou por recorrer da decisão. A candidata falou ainda da mobilidade na freguesia, insistindo que Aradas precisa de “passeios, passadeiras e ciclovias em condições”. “Também precisamos de assegurar a manutenção regular daqueles que já existem. Muitos estão a precisar dessa manutenção. Entre buracos nas entradas (…) e passeios já com jardins a aparecer no meio da calçada, os aradenses merecem que essa manutenção seja assegurada e que efetivamente tenham a via pública disponível para circular em segurança”, atentou. A isto, acrescentou as áreas do “lazer” - dando como exemplo as “esquecidas” piscinas do Carocho- e do “desporto e cultura”. “Nós vamos apoiar as associações desportivas e culturais que tanto dignificam a freguesia de Aradas. Queremos promover eventos que envolvam a nossa comunidade de Aradas e queremos dar vida à Casa da Música, tornando-a num verdadeiro centro cultural”, expôs. “Não estamos aqui para fazer promessas vãs”, avisou Ana Torrão. Para a freguesia de Santa Joana, a escolha recaiu sobre Nuno Oliveira. Com 41 anos, natural e residente neste lugar, é hipnoterapeuta clínico, coach mental, empreendedor na área do desenvolvimento pessoal e membro da International Hypnosis Association. No seu discurso, o candidato começou por recordar algumas das memórias da freguesia, em jeito de crítica à atual gestão da Junta. “Vi associações desportivas a lutarem sozinhas.Vi património a cair no esquecimento.E o pior, vi a freguesia parar no tempo”, lamentou, sugerindo que Santa Joana “não pode continuar a ser o parente pobre do concelho”. Numa crítica direta a Luís Souto de Miranda e a Alberto Souto de Miranda atirou ainda que viu “poderes que passam de mão em mão como se a junta fosse uma herança de família”. “Mas Santa Joana não é um negócio de família, nem de castas familiares”, insistiu. Entre as propostas que “prometeu” executar na freguesia estão: as “estradas e passeios com manutenção regular e obras calendarizadas; o apoio transparente à Frente Impulsionadora Desporto e Cultura (FIDEC); a recuperação das fontes comunitárias; uma junta com serviços de apoio digitais, transparente e ao serviço das pessoas; mais transporte público e ciclovias e, acima de tudo, decisões claras, transparentes e abertas à população”. “Porque aqui na Iniciativa Liberal não há amiguismos. Aqui ninguém manda por ser amigo de alguém ou por sempre ter sido assim.A Iniciativa Liberal defende aquilo que eu acredito: liberdade com responsabilidade, meritocracia, transparência e dar às pessoas ferramentas e não promessas vagas”, afirmou. Seguiu-se o cabeça de lista à Junta de Freguesia de São Bernardo: Nuno Barraca. O candidato tem 42 anos, é natural de Leiria e atualmente reside em São Bernardo. É licenciado em Engenharia Geológica pela UA e empresário na área da geotecnia e geofísica, tendo fundado a empresa GeoAviz. Na sua intervenção, Nuno Barraca criticou também a gestão atual da junta, realçando que a freguesia funciona, nos dias de hoje, em “piloto automático”. “Doze anos do mesmo poder e pode-se ver uma freguesia acomodada”, comentou, apontando a “insegurança” como um dos principais problemas que afetam São Bernardo. “As ruas mal iluminadas, locais que temos dificuldade de circular, espaços abandonados, etc. É uma vaga de assaltos que assola as nossas casas e os nossos comerciantes”, descreveu. No seguimento, acrescentou ainda a “estagnação” que, segundo o candidato, é visível no “antigo centro de saúde mental de Aveiro”. “Há mais de uma década que vemos os nossos responsáveis políticos a dizer que estão preocupados com a ruína no coração da nossa freguesia. A preocupação não é um plano, não resolve problemas. É um retrato da gestão que desistiu de lutar por São Bernardo”, atirou. Criticou ainda a proximidade da Junta. “Falam que a Junta de Freguesia de São Bernardo está sempre de portas abertas. Em 2025, portas abertas é o mínimo que se quer numa junta de freguesia. Proximidade não é um horário de expediente e uma conta de correio do hotmail no site”, atirou, sugerindo “três propostas concretas”: “Uma auditoria completa à segurança da freguesia de São Bernardo”; “uma junta de freguesia de contas certas” e “uma aplicação móvel para reportar problemas da freguesia”. Por último seguiu-se a freguesia de Cacia com o candidato Moisés Braz. Natural de Aveiro e residente no Paço, o cabeça de lista tem 21 anos, é estudante de Engenharia Informática Aplicada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), na UA, tendo também completado uma formação como técnico superior em programação de sistemas de informação. No discurso apelou, entre outros aspetos, a “mais oportunidades e saúde”, “mais estradas recuperadas”, “mais vias pedonais” e “segurança” para as crianças. “Para esse efeito, a criação e renovação dos parques na Póvoa do Paço, Vilarinho, Sarrazola, Quintal de Loureiro e Cacia são essenciais”, considerou, acrescentando ainda a intervenção no Rio Novo do Príncipe. “A sua reabilitação é crucial para o bem-estar de todos os cidadãos. Pode ser o orgulho de Cacia. Chega de promessas vazias. Chega de abandono. Não podemos deixar a piscina de verão continuar esquecida.Cacia precisa dela”, insistiu.

Patenteado dispositivo de tratamento de águas criado na Universidade de Aveiro
Universidade

Patenteado dispositivo de tratamento de águas criado na Universidade de Aveiro

O dispositivo e o processo de tratamento eletrolítico de águas para consumo doméstico foram desenvolvidos pelo Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO) e pelo Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) da Universidade de Aveiro (UA), tendo ambos sido alvo de concessão de patente nacional. De acordo com uma nota universitária, a equipa de investigação desenvolveu um sistema de tratamento eletrolítico de águas para consumo doméstico “que assegura a qualidade ao longo da rede de distribuição de águas, bem como o processo de operação do dispositivo”.“O dispositivo e o processo desenvolvidos para o tratamento da água municipalizada consistem numa configuração interna de circulação da água única que, aliada ao contacto com elétrodos cerâmicos revestidos com filme fino de diamante dopado com boro, garantem a sua multifuncionalidade”, descreve a nota. Segundo a mesma fonte, o sistema apresenta ainda as vantagens de funcionar à temperatura ambiente, pressão atmosférica, e a baixos valores de tensão elétrica aplicada. Os inventores da tecnologia explicam que, “ao longo da rede de distribuição de águas, a água municipalizada pode sofrer alterações até entrar nas casas, podendo conter poluentes inorgânicos e orgânicos indesejáveis, ou ainda microrganismos nocivos à saúde pública”. “As principais funcionalidades deste dispositivo consistem na eliminação sustentável e eficiente desses poluentes inorgânicos/orgânicos e microrganismos, através de um processo de eletroxidação amplificado pela configuração interna de circulação de água no sistema”, acrescentam. Outra funcionalidade é a de reduzir a dureza da água e a garantia de “uma autolimpeza eficiente.” O processo de proteção da tecnologia foi conduzido pela “UACOOPERA”, estrutura da Universidade de Aveiro responsável pela proteção de resultados de investigação e desenvolvimento da comunidade académica, que acompanhou as fases até à concessão da patente em território nacional. A equipa de investigação responsável é constituída por Violeta Girão, Filipe Oliveira, Miguel Neto, Rui Silva e pelo ex-estudante de mestrado José Soares. A tecnologia que se encontra patenteada foi desenvolvida no âmbito do projeto SGH – Smart Green Homes, liderado pela Bosch Termotecnologia SA e pela Universidade de Aveiro.