RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

DCSPT-UA, Ria e AAUAv lançam concurso de previsão eleitoral das próximas legislativas 2025

O Mestrado em Ciência Política e o Mestrado em Ciência de Dados para as Ciências Sociais, ambos do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (DCSPT-UA), bem como a Ria – Rádio Universitária de Aveiro e a AAUAv – Associação Académica da Universidade de Aveiro lançam um concurso de previsão dos resultados das próximas eleições legislativas dirigido aos membros da comunidade UA.

DCSPT-UA, Ria e AAUAv lançam concurso de previsão eleitoral das próximas legislativas 2025
Redação

Redação

09 mai 2025, 17:23

O objetivo desta iniciativa é promover o interesse político e a análise de dados junto da comunidade académica da UA, incentivando estudantes, alumnis, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão, a apresentarem as suas previsões sobre os resultados das próximas legislativas, que decorrem a 18 de maio.

Podem participar todos os membros da comunidade UA que possuam um endereço de email com domínio @ua.pt. A participação é individual e cada concorrente poderá submeter apenas uma previsão, até às 23h59 do dia 15 de maio, através de um formulário que pode ser consultado aqui.

As previsões devem indicar a percentagem nacional de votos de cada partido com representação parlamentar, com uma casa decimal. Adicionalmente, será solicitada também a previsão dos resultados no círculo eleitoral do distrito de Aveiro, bem como uma breve descrição da metodologia utilizada.

O vencedor será determinado através do índice de avaliação LSq (Least Squares Index), adaptado do Índice de Gallagher, que medirá a precisão das previsões em relação aos resultados oficiais. Em caso de empate, serão aplicados critérios adicionais para determinar o vencedor, disponíveis no regulamento do concurso que pode ser consultado aqui.

Os três melhores classificados receberão prémios: um vale FNAC de 100 euros para o primeiro classificado, 50 euros para o segundo e 20 euros para o terceiro. Haverá também uma menção honrosa para a melhor previsão dos resultados no círculo de Aveiro.

Os resultados serão anunciados até cinco dias úteis após a divulgação dos escrutínios provisórios. A organização contactará os vencedores através dos contactos fornecidos no formulário de participação.

Esta iniciativa pretende estimular o envolvimento cívico e o debate político, destacando o papel da universidade na promoção do pensamento crítico e da análise social.

Recomendações

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica
Universidade

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica

O programa desta manhã contou, entre outros pontos, com a apresentação da “Estratégia@UA”. Na sua intervenção, Sandra Soares, vice-reitora para matérias atinentes ao ensino e formação na UA, aproveitou o momento para abordar a oferta formativa, destacando a aposta da Universidade de Aveiro na formação ao longo da vida. “Há uma série de transformações (…) na sociedade, nomeadamente a automação, a inovação tecnológica, a transição ecológica e digital, novas formas de trabalhar (…) que nos faz ter a necessidade de implementar uma estratégia (…) que permita a educação ao longo da vida e (…) o upskilling e o reskilling da nossa população”, apontou. Neste seguimento, a vice-reitora aproveitou a ocasião para dar nota de que o “funcionamento em concreto” dos cursos não conferentes de grau já se encontra implementado no Regulamento de Criação dos Cursos Não Conferentes de Grau. “O crescimento tem sido muito significativo nesta área”, afirmou. Quanto à aposta nas microcredenciais, a vice-reitora sublinhou que desde 2022 foram emitidos quase mil certificados, número que continua “a aumentar a cada dia”. A vice-reitora apontou que há ainda, no entanto, melhorias a fazer no que toca à qualidade do ensino, tendo apontado “o desenho dos cursos e a inovação curricular em função da inteligência artificial” como um dos desafios para o futuro. Sandra frisou também o crescimento registado pela Universidade quanto ao número de estudantes inscritos em cursos conferentes de grau e apontou que a instituição tem recebido também cada vez mais estudantes de fora da Região. Atentou, ainda, que os estudantes internacionais têm sido também uma tendência crescente na UA. “Os dados relativamente aos ciclos de estudo mostram um grau de internacionalização maior nos programas doutorais, seguidos dos mestrados e depois das licenciaturas, mas com números que se vêm a consolidar e mesmo a aumentar e diversificando os países de origem dos nossos estudantes internacionais”, revelou. Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sublinhou, na sua intervenção, a importância da adaptação dos métodos de ensino aos tempos atuais. Realçou que o modelo de ensino “em muitas partes, mesmo dentro desta universidade” permanece igual ao que se fazia há 50 anos, com aulas maioritariamente expositivas. No entanto, a estudante aponta que a fórmula não funciona: “[há 50 anos] era o ensino que resultava porque tínhamos dez estudantes numa sala de aula (…) atualmente temos salas com 200 alunos”. A representante dos estudantes alertou ainda para a “evolução cada vez maior”, com as novas gerações expostas cada vez a mais e diferentes estímulos. Para Joana “é necessário existirem técnicas e metodologias” que captem a atenção dos jovens estudantes. A presidente da AAUAv atentou também para a importância da reflexão interna para as realidades existentes na academia aveirense. Frisou que, se por um lado há docentes “que querem que uma aula não seja só uma aula, mas que seja um processo de construção de pensamento em conjunto”, por outro, há estudantes que continuam a ter “uma hora e meia, três horas às vezes, de débito constante daquilo que é a informação que, atualmente, qualquer estudante consegue procurar se for pesquisar online”, considerou. Por sua vez, Sandra Vieira, professora e investigadora no Departamento de Ciências Médicas da UA e vencedora do prémio Boas Práticas Inovação Pedagógica 2023/2024 sublinhou a adoção das metodologias ativas como o caminho que tem seguido precisamente para fazer face aos novos desafios sentidos. Na sua intervenção, a docente destacou algumas iniciativas que tem seguido para implementar este tipo de ensino, apontando que a recetividade dos estudantes tem sido boa, no geral, mas que o processo pode não ser linear com todas as turmas. As aulas de Sandra são realizadas em volta de uma aprendizagem baseada em problemas (problem-based learning [PBL]), com os estudantes a serem desafiados a resolver questões de forma crítica, apesar de existirem na mesma algumas aulas mais centradas na exposição de matéria. Os estudantes são ainda envolvidos em atividades de síntese de papers da área, e contam com seminários ao cargo de especialistas. Parte da avaliação dos estudantes é ainda feita com quizzes e atividades colaborativas realizadas de forma periódica. A abertura da sessão desta manhã esteve ainda a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA. A programação, que terminou esta tarde com a apresentação de práticas institucionais que promovem o sucesso escolar e previnem o abandono, contou ainda com a realização de sessões de incentivo a projetos de inovação pedagógica e com a realização de um workshop voltado para os desafios nas áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem.

UA promove esta semana 7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem”
Universidade

UA promove esta semana 7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem”

O primeiro dia do Fórum, entre as 9h30 e as 12h30, será dedicado à apresentação das práticas pedagógicas desenvolvidas por docentes da UA. Ao longo das três sessões, docentes das várias unidades orgânicas apresentarão os resultados dos projetos de inovação pedagógica financiados desde 2020. Todas as sessões ocorrerão na sala do Senado. A partir das 13h45, na sala de Atos Académicos, haverá ainda uma sessão dedicada à apresentação das práticas pedagógicas distinguidas com o “Prémio de Boas Práticas Pedagógicas da Universidade de Aveiro”, bem como a atribuição de menções honrosas. O prémio visa reconhecer o mérito, a qualidade e a inovação pedagógica de docentes ou equipas docentes no contexto das unidades curriculares da UA e foi instituído no âmbito do “Regulamento para a Valorização e Desenvolvimento de Boas Práticas e Inovação Pedagógica”. Na sala do Senado, pelas 14h00, estarão ainda a decorrer três sessões de comunicações orais, dinamizadas por docentes e outros membros da comunidade académica da UA, cujas propostas foram selecionadas no âmbito da submissão de trabalhos da 7.ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem – Teaching & Learning Forum”.  No dia seguinte, 3 de julho, na sala de Atos Académicos, a abertura do evento estará a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, seguindo-se, pelas 9h30, uma apresentação do responsável institucional, com prestação de contas sobre o trabalho realizado e ações para o futuro e partilha de contributo de um membro da comunidade UA. O painel contará com a intervenção de Sandra Soares, vice-reitora para o Ensino e Formação da UA, Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e de Sandra Vieira, vencedora do Prémio de Boas Práticas Pedagógicas 2023/2024. Após o coffee-break, pelas 10h15, seguir-se-á um momento de disseminação de boas práticas da comunidade UA, seguindo-se a partilha de William Carey, desenvolvedor educacional sénior na Universidade Nottingham Trent. Pelas 14h30 haverá ainda workshops sobre os desafios mais imediatos em áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem. Já na sala de Atos Académicos, a partir das 16h00, decorrerá uma sessão de posters digitais e a “Estratégias@UO” com a apresentação de uma seleção de práticas institucionais das unidades orgânicas que promovam o sucesso escolar e previnam o abandono. O encerramento acontecerá pelas 17h30. O programa na íntegra pode ser consultado aqui. As inscrições para os diferentes momentos do Fórum de Ensino e Aprendizagem - Teaching & Learning Forum podem ser efetuadas aqui

AAUAv celebra 47º aniversário com reflexões para o futuro
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AAUAv celebra 47º aniversário com reflexões para o futuro

O 47º aniversário da AAUAv ficou marcado pela formalização de um protocolo entre a estrutura estudantil e a Câmara Municipal de Aveiro (CMA). Na sua intervenção, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro salientou o momento como “importante” e “relevante”. A formalização do protocolo é, para o autarca, a consolidação da “relação das instituições”. “A palavra dos Homens é sempre mais importante do que os documentos, mas os documentos consolidam a relação das instituições: porque os homens passam e as instituições sempre ficarão”, frisou Ribau Esteves. O protocolo formalizado na cerimónia, no valor global de 44.500 euros, foi aprovado na última reunião camarária. O autarca saudou ainda a associação pelo seu 47º aniversário, “por tudo aquilo que marca o seu passado e, existindo, estimula e aposta no seu futuro”. Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, sublinhou no discurso comemorativo do 47º aniversário que “todas as celebrações de aniversário pressupõem a existência de momentos de reflexão”, tendo sublinhado que a sua reflexão “começa no futuro”. “Infelizmente, muitas das lutas [dos estudantes] permanecem as mesmas, e outras tantas avizinham-se a ressurgir mesmo ao virar da curva”, começou por refletir a dirigente. A representante dos estudantes da academia aveirense deu então nota de cinco notícias recentes relativas ao ensino superior, alertando, em primeiro lugar, para a saúde mental dos estudantes. “Mais de metade dos universitários está em burnout e 40% consomem psicotrópicos (…) esta não é uma urgência de agora, é uma verdade que (…) se tornou uma banalidade, uma urgência que carece de atuação há quase uma década”, enfatizou. O abandono e insucesso escolar, as práticas de ensino serem “as mesmas há 20 anos” e a incapacidade de retenção do talento foram também temas abordados no discurso da dirigente. Joana alertou ainda para o descongelamento das propinas, uma preocupação dos estudantes que volta a estar em cima da mesa devido a declarações da nova secretária do Ensino Superior. "O ensino superior não pode nunca ser reservado apenas para alguns. A aquisição de conhecimento deve ser um fator de nivelação social, nunca de distanciamento", defendeu a presidente da direção da AAUAv. Para Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, a Associação Académica “é simultaneamente história, presente e é também futuro”. No seu discurso, o reitor sublinhou que o trabalho desenvolvido pelo movimento estudantil “é imprescindível para que hoje sejamos aquilo que somos, enquanto universidade, enquanto instituição, enquanto associação académica”, apontando ainda o papel da associação na atração e fixação de jovens em Aveiro e na região. “Hoje em dia, desses cerca de 2.400 novos estudantes que veem para a Universidade de Aveiro e dos quais saem também os dirigentes futuros da associação académica, dois em cada três veem de fora da região de Aveiro e muitos ficam nesta região”, atentou. O reitor frisa ainda a ambição da universidade em “mais do que técnicos competentes, formar cidadãos”, destacando o papel da AAUAv nesse processo. “Aprenderem na Associação Académica faz de vós melhores cidadãos, faz da Universidade de Aveiro uma instituição mais bem preparada para assegurar o futuro, mais atrativa para aqueles que a procuram”, reiterou. O discurso de comemoração ficou ainda pautado pela menção à independência, autonomia e irreverência do movimento estudantil em Aveiro. “Nunca se curvou perante nenhum reitor. Nunca se curvou perante nenhum governante. E todos aqueles que o tentaram fazer, falharam miseravelmente na tentativa: é necessário que assim continue. Nunca como hoje foi tão necessário. Tenho a fé, tenho a certeza, que convosco não corro esse risco”, frisou Paulo Jorge Ferreira. A tomada de posse dos núcleos da AAUAv foi o primeiro momento da celebração. Inês Filipe, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AAUAv deu posse aos novos órgãos dos Núcleos, afirmando que o aniversário da AAUAV assinala também “o início de um novo ciclo, um momento de continuidade, de renovação e acima de tudo de compromisso com o associativismo estudantil, que tanto caracteriza a nossa academia”. No seu discurso, Inês Filipe sublinhou que “os núcleos são sem dúvida uma das bases mais sólida deste projeto coletivo que é a AAUAv: são eles que aproximam os estudantes do movimento associativo, que fazem ecoar as suas necessidades, as suas ideias e os seus sonhos”. A dirigente aproveitou ainda a oportunidade para agradecer aos núcleos cessantes e para desejar “aos que agora iniciam este desafio (…) um mandato de crescimento, coragem e celebração”. “Esta associação e academia contam convosco, com a vossa energia, com a vossa visão e sobretudo com o vosso compromisso”, concluiu. O processo eleitoral para os núcleos da AAUAv para o mandato de 2025/2026 decorreu no dia 5 de junho, tendo ficado marcado por irregularidades que levaram à convocação da repetição, em setembro, das eleições do Núcleo Associativo de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (NAE-ISCA). Por sua vez, Joana Regadas sublinhou a tomada de posse de “516 novos dirigentes” dos núcleos como uma “personificação” da renovação da AAUAv. “[São] 516 novos estudantes que querem discutir o ensino superior, o desporto, a cultura (…), discutir a UA, Aveiro, Águeda, Oliveira de Azeméis, a região, o país, a Europa, o mundo”, enfatizou a representante dos estudantes. No seu discurso, a dirigente associativa aproveitou ainda para criticar a falta de valorização dos estudantes que participam no movimento associativo. “Escolher fazer parte desta história é grandioso, mas também ingrato”, reparou. “A falta de reconhecimentos e apoios inicia-se muitas vezes neste mesmo local onde nos encontramos: o local que por um lado quer privilegiar os que vão mais além (…) os que, para além de procurarem ser bons profissionais, procuram na universidade encontrar um percurso para se tornarem melhores cidadãos, mas que por outro lado, pouca valorização dá ao percurso integral”, atira. Por sua vez, Paulo Jorge Ferreira agradeceu também aos dirigentes cessantes dos núcleos da Associação, deixando uma palavra também em relação aos novos dirigentes. “Fico satisfeito por ver mais do que nunca mais núcleos, mais estudantes, mais compromissos com esse futuro, porque sei que é daqui que sairão as sementes para uma sociedade melhor, mais pacífica”, refletiu. Também Ribau Esteves deixou uma palavra de “estímulo” aos dirigentes dos núcleos que tomaram posse. “Que sejam um importante contributo continuado nesse processo (…) em que sempre podemos fazer mais e melhor em cada uma das funções que temos para cumprir”, aponta o autarca, destacando a cidadania como uma dessas funções. A AAUAv entregou ainda cinco distinções aos núcleos: Núcleo Mais Solidário, Núcleo Mais Desportivo, Núcleo Mais Setorial, Núcleo Mais Núcleo e o Núcleo Revelação. As distinções foram entregues, respetivamente, ao Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas, Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica, Núcleo de Cinema e Fotografia, Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação e ao Núcleo de Estudantes de Gestão. O 47º aniversário contou ainda com a atribuição do galardão Renato Araújo. A iniciativa, que arrancou no ano passado, distinguiu este ano a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), por atuar “diariamente em todo o território nacional, garantindo proteção, apoio emocional e psicológico a quem sofreu o impacto da violência”.

AAUAv promove encontro com estudantes de doutoramento para debater desafios
Universidade

AAUAv promove encontro com estudantes de doutoramento para debater desafios

Em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, explicou que o evento nasceu de uma necessidade sentida no terreno. “A ideia surge um bocadinho por aquilo que foi uma necessidade que foi reconhecida não só por nós, mas também pelos estudantes que vieram ao nosso encontro. De facto, a realidade dos estudantes de doutoramento é muito diferente da realidade de mestrado e de licenciatura”, alertou. Segundo esta, o encontro teve como objetivo “perceber a realidade dos estudantes de doutoramento que têm uma faixa etária muito grande e formas de trabalho completamente diferentes”. “O que nós fizemos neste primeiro momento foi discutir algumas das temáticas que identificamos que afetam mais o dia a dia deles”, contou. Entre os temas abordados estiveram o financiamento da investigação, as oportunidades do pós-doutoramento e a saúde mental. “Nós sabemos e chegou mesmo até nós (…) alguns alertas devido ao isolamento dos estudantes de doutoramento. É um trabalho muito individual, às vezes competitivo entre as áreas e acaba por ser muito difícil acompanhar estes estudantes no seu dia a dia”, atentou. Com "mais de dois mil estudantes" de doutoramento a entrar na UA, "anualmente", a presidente da direção da AAUAv sublinhou a importância de olhar com atenção para esta comunidade. “A UA tem recebido cada vez mais alunos de doutoramento e nós, enquanto AAUAv, não fazia sentido continuarmos de olhos fechados para esta comunidade que tem um peso cada vez maior e que necessita também de ter uma aproximação deste lado que é de advogo por eles, quer seja internamente ou nacionalmente”, defendeu, acrescentando ainda que “há cada vez menos oportunidades dentro da academia para estes estudantes ficarem”. Com um olhar crítico sobre a proposta de lei para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que prevê, entre outras medidas, o combate à endogamia académica, Joana Regadas destacou que esta é uma das questões que mais preocupa a AAUAv. “Não acreditamos que a forma proposta seja a solução para esta problemática. Há de facto um problema que tem de ser reconhecido com a endogamia, no entanto, a solução não passa por proibir ou não permitir a contratação destes estudantes”, afirmou. Recorde-se que segundo a proposta de lei do novo RJIES, tal como noticiado pela Ria, “nos três anos subsequentes à obtenção do grau de doutor, um doutorado não pode ser contratado como docente ou investigador, nem exercer funções docentes ou de investigação, na instituição que lhe conferiu esse grau”. Além da presidente da direção da AAUAv, o primeiro encontro contou ainda com a presença de António Gil, diretor da Escola Doutoral da UA (EDUA) e de Artur Silva, vice-reitor para as matérias atinentes à investigação, inovação e formação na UA. Segundo Joana Regadas, a intenção da AAUAv é dar continuidade a estes encontros, com uma nova edição prevista já para “outubro”.

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Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro
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Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro

A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo. A 26 de junho, o Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro. Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro. As últimas eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro de 2021, em 2017 foram a 01 de outubro, em 2013 a 29 de setembro, em 2009 realizaram-se em 11 de outubro e em em 2005 a 09 de outubro. Antes, as autárquicas realizavam-se em dezembro.

Ciclaveiro critica Câmara por falta de apoios a projetos que promovem mobilidade ativa
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Ciclaveiro critica Câmara por falta de apoios a projetos que promovem mobilidade ativa

O comunicado surge na sequência da comparticipação financeira aprovada e atribuída na última reunião de Câmara (24 de junho), à Federação Portuguesa de Ciclismo para apoio ao programa “O Ciclismo vai à Escola”, que integra a realização da 3.ª Etapa da 5.ª edição da Volta a Portugal Feminina em Bicicleta. A instituição aveirense “felicita o Executivo Municipal pelo seu declarado compromisso com a promoção da mobilidade suave”, mas critica a comunicação da autarquia, apontando que “uma prova de ciclismo — ou mesmo o termo “ciclismo”, enquanto prática desportiva — não deve ser confundida ou promovida como mobilidade suave”. A Ciclaveiro atenta ainda que o ciclismo se trata efetivamente de uma atividade física, “mas com objetivos distintos, centrados na velocidade e num ambiente de competição, e não no uso quotidiano da bicicleta como modo de transporte acessível, seguro e sustentável, inserido num contexto diário de deslocação na cidade”. A nota frisa a promoção “contínua, resiliente e com bastantes desafios orçamentais” levada a cabo pela Ciclaveiro na promoção da mobilidade sustentável e apontam projetos como “a Casa da Bicicleta - com cicloficina comunitária, veloteca e agenda de eventos -, o PéPedal, a Academia Mini Rodas e a KidicalMass” como exemplos de “iniciativas que incentivam a mudança de comportamentos, envolvendo a comunidade local e as comunidades escolares na promoção do uso diário da bicicleta em segurança”. Atentam, ainda, que “o impacto destas ações seria significativamente ampliado se a preocupação da autarquia se traduzisse também no apoio consistente a estas iniciativas e na criação de condições reais de segurança e acessibilidade para os cidadãos que querem, mas não conseguem, utilizar a bicicleta como modo de transporte na cidade”. A Ciclaveiro sublinha ainda que as atividades têm sido desenvolvidas “com o apoio institucional do Agrupamento de Escolas de Aveiro, o apoio logístico e de mobilização das 4 Associações de Pais e Encarregados de Educação das escolas de ensino pré-escolar e básico de 1º ciclo, com a disponibilidade inspiradora de cerca de 200 pais e encarregados de educação e os recursos humanos da Ciclaveiro, que trabalham de forma totalmente voluntária para gerir, coordenar, operacionalizar e articular toda a implementação do PéPedal nas 4 escolas” do Agrupamento de Escolas de Aveiro. Reparam, ainda, que as atividades são desenvolvidas sob o compromisso com “uma mudança efetiva de hábitos de mobilidade das famílias” e que o projeto “visa efetivamente promover hábitos de mobilidade ativa das crianças e das famílias nas deslocações para a escola”. Ainda assim, “até à presente data, a autarquia não tem visto neste projeto qualquer mérito que mereça apoio financeiro ou sequer institucional, apesar dos inúmeros contactos e tentativas de envolvimento do Município que a Ciclaveiro tem feito desde o primeiro dia da sua implementação”. “Entendemos que ter o Município como parceiro institucional do PéPedal e apoio financeiro para a sua execução e manutenção ao longo do ano letivo nas escolas básicas do centro da cidade permitiria alavancar o impacto do projeto na comunidade e na real transformação da mobilidade urbana, dando-lhe uma visibilidade e projeção necessárias à captação de fundos nacionais e europeus que permitissem melhorá-lo e até replicá-lo para outras escolas do concelho”, afirmam. A Ciclaveiro termina o seu comunicado lamentando que o executivo municipal não tenha “entendido” e continue “a optar por apoiar iniciativas de carácter desportivo e de competição, traduzidas em eventos pontuais que em nada alteram os hábitos de mobilidade das crianças e jovens do concelho que continuarão a usar a bicicleta em contexto desportivo e/ou de lazer, perpetuando o paradigma de mobilidade assente no uso do automóvel privado com óbvios e sobejamente conhecidos prejuízos para o bem estar, saúde e qualidade de vida dos cidadãos, aumento do congestionamento urbano, poluição e desequilíbrios ambientais”. A Ciclaveiro aponta que “continuará a fazer o seu trabalho de forma convicta, contando com todos os que, de forma extraordinária e notável, acreditam e apoiam uma mudança na forma como nos deslocamos na cidade”. 

PS questiona Governo sobre serviço de ginecologia e obstetrícia de Aveiro
Região

PS questiona Governo sobre serviço de ginecologia e obstetrícia de Aveiro

“Tendo em conta a demissão do diretor do serviço de ginecologia/obstetrícia do Hospital de Aveiro e a consequente probabilidade de terem de encerrar a urgência de obstetrícia, os deputados socialistas questionam a ministra da Saúde sobre que medidas foram adotadas, ou vão ser imediatamente adotadas, para obstar ao encerramento da urgência de ginecologia/obstetrícia”, diz o comunicado. Salientando que tal encerramento “se traduzirá numa situação extremamente gravosa para a população”, os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro questionam a ministra da Saúde sobre “que medidas está o Governo a tomar para evitar a rutura de tão importante serviço hospitalar na região de Aveiro”. No texto, os deputados do PS “admitem que a situação estará relacionada com a falta de profissionais necessários para colmatar as escalas de serviço”. Afirmam também que, “do que foi possível saber, a escala submetida para o mês de julho apresenta um elevado número de encerramentos”. “A par desta escassez de recursos humanos, sabe-se ainda que a maioria das Unidades Locais de Saúde ainda não viram aprovados os seus Planos de Desenvolvimento Organizacional, o que impedirá a abertura de novos concursos para a contratação de profissionais em falta”, criticam. O conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro confirmou terça-feira à Lusa que recebeu o pedido de demissão do diretor Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Aveiro. O pedido de demissão, segundo a administração hospitalar, surgiu na sequência “da escala de Urgência submetida para o mês de julho apresentar um elevado número de encerramentos”. Os encerramentos, de acordo com a administração, são “justificados pela total recusa dos médicos especialistas em realizar horas extraordinárias”, garantindo que “envidou todos os esforços, ao seu nível de decisão, para ultrapassar a situação”.

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica
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