Diretor da ESAN assegura que, em “2027”, Oliveira de Azeméis terá um campus
A Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro – Norte (ESAN), da Universidade de Aveiro (UA), em Oliveira de Azeméis, quer aumentar o número de investigadores e de estudantes através da construção de um novo edifício, na zona norte da ESAN. A convicção foi partilhada por José Martinho de Oliveira, diretor da ESAN, em entrevista à Ria.
Isabel Cunha Marques
JornalistaPara conseguir atingir esse objetivo [aumentar o número de investigadores], José Martinho de Oliveira partilhou com a Ria que vai nascer na ESAN um novo edifício que vai albergar “quase toda a atividade de investigação”. “Queremos libertar este edifício [ESAN] para expandir, consolidar mais a nossa oferta formativa e trazer mais empresas para a UA. Atualmente, já temos três investigadores, mas gostávamos de chegar, com o novo equipamento, aos 30 investigadores”, partilhou. Nesse sentido, vai ser criada uma associação designada “fábrica do futuro”. “Queremos com o conceito da fábrica do futuro trazer novas soluções de investigação, novas tecnologias e, dessa forma, também conseguir um ensino virado para o futuro”, realçou o diretor.
No que toca à construção do edifício, José Martinho de Oliveira revelou que a arquitetura do novo espaço foi pensada pelo arquiteto Joaquim Oliveira, responsável por idealizar também o edifício da ESAN, e que será construído do lado norte. “Para quem conhece isto sabe que este edifício [ESAN] não é visível da estrada. A nossa ideia é que o novo edifício seja visível para mostrar que aqui existe uma Universidade e atividade”, partilhou.
O novo projeto terá “um investimento de oito milhões de euros, sendo que 50% serão comparticipados por fundos regionais, uma parte significativa pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e o restante pelo grupo Simoldes”, adiantou. “Estamos a falar de um investimento mínimo privado de um milhão de euros”, completou o diretor da ESAN.
Sobre a data de conclusão [do novo edifício], o responsável realçou que ainda “não existe no papel” um prazo, mas que tem a “ambição” que esteja concluído em “dezembro de 2027”.
ESAN quer conquistar mais 150 novos estudantes
Além da área de investigação, José Martinho de Oliveira partilhou que quer “aumentar a atividade da ESAN com ofertas de curta, média e longa duração”. Neste momento, “temos já um curso de mestrado aprovado que vai entrar em funcionamento, no próximo ano letivo, 2025/2026, em Engenharia e Fabrico Digital”, desvendou. Segundo o diretor da ESAN, o objetivo é aumentar dos atuais “cerca de 350 estudantes para 500”. “O edifício da ESAN já estava concebido para essa capacidade, mas temos todos os espaços ocupados com equipamentos. Daí a importância do novo edifício”, sublinhou.
“É elevar este campus aquilo que se faz hoje no campus de Aveiro”
Para José Martinho de Oliveira, outros dos objetivos da ESAN, passa por ter a “mesma qualidade e oferta de serviços do campus de Aveiro”. “Em termos de ensino, estamos no mesmo patamar. Agora claro que reconhecemos que ainda há um conjunto de infraestruturas que não temos, nomeadamente, na componente social. Por exemplo, não temos residências, que vão ser agora construídas”, apontou.
À margem do evento “Ciclo de Conversas Ousadia e Liberdade”, que decorreu na ESAN, Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, anunciou que a Quinta do Comandante, junto à atual Escola Superior Aveiro Norte, vai ser reconstruída para dar lugar a uma residência. A aposta resultará em mais 55 camas. “Éramos o único campus da UA que ainda não tinha [alojamento estudantil]. Estamos ansiosos de o ter porque é mais um equipamento que podemos oferecer à nossa comunidade académica. Para os nossos estudantes isso é um motivo de satisfação. É elevar este campus aquilo que se faz hoje no campus de Aveiro”, esperançou.
“Em 2027, com o novo edifício, as residências a funcionar, entre outros serviços, podemos dizer que finalmente temos um campus em Oliveira de Azeméis”, afirmou o diretor da ESAN.
Recomendações
Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.
Festivais de Outono acolhem em novembro concertos da Banda Amizade, Al Jus e Surma
Com obras de Alex Shapiro, Jim Bonney, Nélson Jesus, Bernardo Lima e John Mackey, o concerto da Banda Amizade, dirigido por Carlos Marques, será acompanhado pelo jovem guitarrista aveirense Pedro Rito. O concerto pretende ser, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, uma “celebração da criatividade das novas gerações e da forma como a música continua a dar voz aos desafios, inquietações e fascínios do nosso tempo digital”. “Este concerto convida-nos a embarcar numa viagem sonora por obras que exploram, de forma direta ou simbólica, o cruzamento entre a inovação tecnológica e o espírito da juventude de hoje”, continua a sinopse do concerto que está agendado para este domingo, pelas 17h00, no auditório Renato Araújo - Edifício da Reitoria da UA. Os bilhetes para o concerto da Banda Amizade têm o custo de três euros e podem ser adquiridos aqui. Dois dias depois, 4 de novembro, é a vez do duo de guitarras Al Jus, formado por Davide Amaral e António Justiça, homenagear Bernardo Sassetti, compositor e pianista de referência, cuja obra “revela uma sensibilidade única e um legado musical profundamente inspirador”, descrevem os músicos. “Através da transcrição e adaptação para duo de guitarras, Al Jus procura oferecer uma nova perspetiva sobre a música de Sassetti, preservando a sua essência poética e inquieta”, lê-se na sinopse. O concerto terá lugar na Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis, pelas 21h30. A entrada é livre, mas sujeita à lotação do espaço. Já no dia 6 de novembro, quinta-feira, pelas 21h30, é a vez de Surma trazer até ao GrETUA uma “diversidade de influências” onde se inclui o jazz e a eletrónica. Imagens de fiordes nórdicos e de metrópoles cosmopolitas já foram associadas aos sons que compõe. O álbum “Antwerpen”, lançado em 2017, levou Surma a percorrer o mundo, com mais de 250 apresentações em cerca de 21 países, passando por pequenos clubes e grandes festivais ao ar livre. O novo disco, “alla”, lançado em 2022, surge como um desafio sem limites, onde Surma se rodeia de colaborações e estilos diversos para enriquecer e aprofundar o seu universo sonoro. O concerto tem o custo de três euros e pode ser adquirido aqui.
UA e AAUAv reúnem Semana da Empregabilidade e Feira de Emprego U5.0 em iniciativa conjunta
Nas palavras dos responsáveis, o evento tem como objetivo “promover a inovação, a empregabilidade e o empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única que reflete a diversidade das áreas científicas da UA”. Ao longo da semana, esta “experiência integrada” deve juntar estudantes, alumin, empresas, empreendedores e entidades parceiras num “ambiente de colaboração e oportunidades de networking”. A 7ª edição da Semana do Empreendedorismo e Empregabilidade é o evento que começa mais cedo, no dia 17, segunda-feira. Aí, a Universidade pretende “estimular a cultura empreendedora dos membros da academia e da região” e junta especialistas de diferentes áreas, tais como inteligência artificial, intraempreendedrismo ou a comunicação. Na Feira de Emprego Universidade 5.0, que começa dia 18, terça-feira, estudantes e alumni vão poder participar em entrevistas de emprego com as empresas presentes, sendo que as inscrições para essas entrevistas devem ser feitas até ao dia de hoje, 29 de outubro. Para os interessados procederem à inscrição devem atualizar o seu CV e preencher a ficha de inscrição disponível no site da feira. As empresas vão ter acesso antecipado aos currículos dos inscritos e, após análise, devem entrar em contacto direto com os perfis de interesse para agendar as entrevistas. Entretanto, cada núcleo académico da UA “está a contribuir com uma lista de empresas relevantes das suas áreas, garantindo um evento mais representativo e abrangente”. Durante a feira, a visita aos stands das empresas vai ser livre e aberta a toda a comunidade académica da UA, sem necessidade de inscrição prévia.
‘Noite das bruxas’ traz ao GrETUA “Coletivo Raso, TRASGO e Marafada” esta sexta-feira
Numa nota de imprensa enviada à Ria, o GrETUA descreve esta noite como “gato-sapato” onde adianta que será dedicada à “relação com o oculto, com as sombras, com a superstição e o temor pelo insondável”. O primeiro a abrir caminho será o “Coletivo Raso”, um coletivo artístico que se situa entre as linguagens da poesia, da música eletrónica e da própria teatralidade. Das suas “paisagens”, o GrETUA destaca a “componente narrativa capaz de elevar e conduzir quem os escuta rumo a um trilho das incertezas”. De seguida, seguem-se os “TRASGO”. Diretamente do Porto e “apostados no peso do noise-rock”, segundo a nota, pretendem construir "um novo distorcido mundo onde cimentam que a linha do Douro vai do Porto a Trás-Os-Montes”. Por fim, “Marafada” proporcionará um “percurso musical sem geografia fixa”. Na nota, o GrETUA destaca a sua “participação ativa nos bastidores da Rádio Universidade de Coimbra (RUC)”, destacando, entre os exemplos, o programa “Gondwana” que explora a música étnica. A noite “gato-sapato” tem o custo, com reserva, de seis euros para estudante e de oito euros para não estudante. À porta, o custo aumenta um euro em ambos os casos. As reservas podem ser feitas aqui.
Últimas
Deputada do PSD pede posição ao ministro quanto à requalificação de escola em Espinho
A parlamentar social-democrata lamentou as diferenças naquilo que diz respeito à atuação da Câmara Municipal de Ovar sobre a Escola Secundária de Esmoriz e da autarquia espinhense sobre a Escola Básica e Secundaria Domingos Capela. Segundo aponta, “enquanto no caso de Ovar existe um projeto pronto e forte envolvimento municipal, em Espinho o Município – que outrora era socialista ou independente, honestamente nem nós, Espinhenses, sabemos o que foi – não deu informação concreta sobre o andamento do processo. E essa incerteza tem, naturalmente, gerado alguma preocupação”. Carolina Marques, que refere que ambas as escolas mencionadas “servem comunidades escolares muito ativas e expressivas” e pediu uma posição ao ministro “com o objetivo de tranquilizar ambas as comunidades escolares, professores, alunos e funcionários”. Não obstante, a deputada sublinha que “saber que o governo está empenhado em dar resposta”.
Tomada de Posse: Luís Souto pede à oposição que “acate a decisão popular”
O Salão Nobre dos Paços do Concelho encheu para assistir à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do Município. Para além dos eleitos e de alguns cidadãos, destaca-se ainda a presença de Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Firmino Ferreira, presidente da concelhia de Aveiro do PSD e deputado à Assembleia da República, e Pedro Frazão, deputado à Assembleia da República eleito pelo Chega. Após terem tomado posse todos os novos deputados municipais, vereadores e presidentes da Junta de Freguesia do Município de Aveiro, chegou o momento de discursar Luís Souto. O autarca, que deixou a Assembleia Municipal para presidir à Câmara, começou por afirmar que a decisão dos eleitores aveirenses foi “clara” e que, com a mudança na presidência, se inicia um “novo ciclo”. Luís Souto destacou o papel das freguesias no resultado final das eleições, tendo sido decisivas as votações nas freguesias mais rurais do concelho. O autarca voltou a sublinhar que a coesão dentro do Município é, consigo, uma prioridade da Câmara Municipal e reafirmou o que já tinha dito aquando da apresentação do seu programa eleitoral: “Chegou a hora das freguesias”. Apesar do resultado ter sido favorável, Luís Souto recorda que, na Câmara Municipal, o objetivo era mesmo manter a maioria – recorde-se que foram eleitos quatro vereados da ‘Aliança com Aveiro’, quatro vereadores do PS e um vereador do Chega. O novo presidente aponta que, ao longo da campanha, chegou a “alertar” para a possibilidade de serem criados mecanismos de “bloqueio” e que os cidadãos foram desafiados a “assumir a responsabilidade”. Não tendo sido cumpridos os desejos do autarca, existe agora um novo cenário político que a ‘Aliança’ “tem de aceitar” e que exige diálogo com a oposição. No processo de governação, Luís Souto garante que vai procurar soluções em conjunto “sem preconceitos político-partidários”, mas deixa um aviso: “A vitória foi nossa […] e isso exige da parte de quem não venceu o acatamento da decisão popular”. O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro não deixou de referir alguns “maus exemplos” da ação política que diz ter encontrado durante a campanha. Primeiro, apontou o dedo à falta de isenção das instituições e, depois, acusou “alguma comunicação social” de ter atitudes “facciosas e parciais”. Nas suas palavras, o “palco estava montado e as luzes da ribalta estavam ligadas, mas parece que não era para nós”. Feito o balanço da campanha, Luís Souto começou a falar com os olhos colocados no futuro. O objetivo, conforme indicado na campanha, é dar “continuidade” à dinâmica imprimida nos mandatos presididos por José Ribau Esteves. “Não viemos para reverter ou destruir o que foi feito. Queremos Aveiro com o pé no acelerador e não no travão”, rematou. Não obstante, o recém-empossado presidente não esqueceu que, durante a campanha, falou em “continuidade com inovação”. Por isso, garante que há “correções” a fazer e que deve haver uma aposta em “novas soluções que devem sempre ser suportadas no conhecimento científico e técnico”. Para a habitação, Luís Souto falou de uma “política integrada” com respostas de base pública, privada ou público-privada, aproveitando sempre a totalidade dos mecanismos implementados pelo governo. Da mesma forma, na saúde, o autarca defende uma visão “integrada” que não se cinja ao setor público, mas que abrace também o privado e o social, com especial atenção para a saúde mental. Entre as prioridades destacadas pelo novo presidente foi também destacado desenvolvimento sustentável, a avaliação da oferta de transportes públicos ou um “reformismo” que passa pela simplificação de processos da Câmara. Como principais passos a dar no futuro próximo, Luís Souto retomou a intenção de criar uma Agência Municipal do Investimento e Inovação, um Conselho Estratégico Municipal e, na área da cultura, um novo Centro de Arte Contemporânea e o Centro Interpretativo do Sal. Numa mensagem para o Governo, com quem diz que tem “muito para conversar”, Luís Souto alertou que vai estar “atento e insistente” para resolver questões como a do Hospital de Aveiro, do eixo Aveiro-Águeda, das portagens que ainda se mantêm e de “outras propostas que terá para o futuro de Aveiro”. Nesse sentido, o autarca não deixou de assinalar que a presença de um secretário de Estado na tomada de posse é “simbólica de uma amizade com Aveiro” e que significa que “podemos contar com ele”. Em tom de agradecimento, Luís Souto voltou-se para Ribau Esteves, presidente cessante, dizendo que espera “estar à altura” da herança deixada. No mesmo sentido, garantiu que vai continuar em comunicação com o ex-presidente que governou Aveiro ao longo de 12 anos e que esse diálogo é, em si mesmo, um “ativo” para o Município. A falar para a família, o primeiro a ser nomeado foi o irmão Alberto Souto, que foi o “principal adversário” na corrida à CMA como candidato pelo PS. Luís Souto diz que foi “duro” estar no lado oposto do irmão, mas ressalva que, com “a liberdade de pensamento e de opção política com que foram criados pelos pais, havia o risco de isto vir a acontecer”. Da mesma forma, deixou ainda uma palavra ao falecido irmão Paulo Henrique que, “quem sabe estaria a rir-se de tudo isto, mas certamente com uma pontinha de orgulho pelos irmãos”. Antes do final do discurso, o novo presidente agradeceu ainda à mulher, aos filhos e aos netos.
33 escolas do Município de Aveiro recebem Bandeira Verde
Com 33 escolas distinguidas, Aveiro destacou-se como “um dos Municípios mais ativos na promoção da sustentabilidade e na formação de cidadãos conscientes do ponto de vista ambiental”, segundo escreve a autarquia. Na nota de imprensa pode ainda ler-se que as distinções são “resultado de um trabalho e um empenho contínuo na implementação do Eco-Escolas”. Recorde-se que o programa Eco-Escolas, coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), é “uma iniciativa internacional destinada a todos os graus de ensino – do pré-escolar ao ensino superior – que procura encorajar ações e premiar o trabalho de qualidade desenvolvido pelas escolas na gestão ambiental e na sensibilização das suas comunidades”. Os estabelecimentos aveirenses distinguidos foram: Escola Básica de Barrocas, Escola Básica de Glória, Escola Básica de Santiago e Escola Básica João Afonso (Agrupamento de Escolas de Aveiro), Escola Básica de Eixo e Escola Básica de Azurva (Agrupamento de Escolas de Eixo), Escola Básica de Alumieira, Escola Básica de Esgueira, Escola Básica de Quinta do Simão e Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães (Agrupamento de Escolas de Esgueira), Escola Básica de Areais, Escola Básica de Presa, Escola Básica n.º 1 de São Bernardo, Escola Básica n.º 2 de São Bernardo, Escola Básica de Solposto e Escola Secundária José Estêvão (Agrupamento de Escola José Estêvão), Escola Básica de Aradas, Escola Básica de Leirinhas, Escola Básica de Quinta do Picado, Jardim de Infância de Quinta do Picado e Escola Secundária Dr. Mário Sacramento (Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento), Escola Básica de Póvoa do Paço, Escola Básica de Quintã do Loureiro, Escola Básica de Sarrazola, Escola Básica de Taboeira e Escola Básica Rio Novo do Príncipe (Agrupamento de Escolas de Rio Novo do Príncipe), Casa Vera Cruz, Centro de Infância Arte e Qualidade, Centro Infantil da Casa do Povo de Oliveirinha, Colégio D. José I, Escola Profissional de Aveiro e Florinhas do Vouga (Estabelecimentos de Educação e Ensino Privado e IPSS’S) e Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (Ensino Superior).
Aveiro sob aviso laranja até este sábado devido à precipitação forte
Além de Aveiro, também os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Leiria estão sob aviso laranja. Já Braga, Viana do Castelo, Porto, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa e Setúbal mantêm-se sob aviso amarelo. De acordo com o IPMA, Bragança e Vila Real estão sob aviso laranja desde o início da tarde de hoje, devido a precipitação persistente e por vezes forte, situação que se prolonga até às 06:00 de sábado, altura em que passam a aviso de nível amarelo, até às 09:00. Pelos mesmos motivos, os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu e Leria estão sob aviso laranja até às 09:00 de sábado, passando a amarelo entre as 09:00 e o meio-dia, enquanto o distrito da Guarda está sob aviso laranja até às 12:00 de sábado, passando a amarelo até às 15:00. Devido à chuva por vezes forte, os distritos de Braga e Viana do Castelo estão, até às 21:00 de hoje, sob aviso amarelo, que sobe então de nível para laranja até às 03:00, altura em que volta a amarelo até às 06:00. O distrito do Porto está sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje, altura em que passa a laranja devido à precipitação persistente e por vezes forte, voltando às 06:00 ao nível amarelo, que se prolonga até às 09:00 de sábado. Castelo Branco está sob aviso amarelo devido a precipitação forte até às 06:00 de sábado, altura em que passa a laranja até às 12:00, voltando a amarelo entre o meio-dia e as 15:00. Lisboa e Santarém estão sob aviso amarelo até às 06:00 de sábado, altura em que passam a nível laranja, até às 12:00. Devido a precipitação persistente e, por vezes, forte, o distrito de Lisboa volta a estar sob aviso amarelo entre as 12:00 e as 15:00 de sábado. Em Portalegre, a precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito, levou a um aviso amarelo até às 21:00 de hoje e a um novo aviso amarelo para chuva persistente e por vezes forte entre as 06:00 e as 18:00 de sábado. Em aviso amarelo por precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito está Setúbal até às 21:00 de hoje e depois entre as 06:00 e as 15:00 de sábado. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Lisboa, Coimbra e Leiria estão também sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje devido à agitação marítima, com ondas de quatro metros, consideradas de “altura significativa”. Os avisos do IPMA - vermelho, laranja e amarelo - são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.