ESN Aveiro volta a desafiar os estudantes internacionais para um “Natal com Famílias Portuguesas”
Tal como tem vindo a ser habitual, a Erasmus Students Network (ESN) de Aveiro volta a promover, este ano, mais uma edição do “Natal com Famílias Portuguesas”. As inscrições estão a decorrer até ao dia 8 de dezembro.
Redação
Segundo o site da ESN Portugal, o projeto do “Natal com Famílias Portuguesas” tem como objetivo “conectar famílias portuguesas locais com estudantes internacionais durante as festas de fim de ano, proporcionando uma experiência calorosa e festiva para aqueles que, de outra forma, poderiam passar as festas sozinhos”. Entre os três objetivos principais estão: o “intercâmbio cultural” ao permitir que os estudantes internacionais vivam os costumes, tradições e a vida familiar portuguesa durante o Natal; a “construção da comunidade” através da integração dos estudantes à sociedade local e a “experiência memorável” através da construção de memórias e amizades.
Segundo uma nota de imprensa da ESN Portugal, o projeto assume escala nacional pelo sexto ano consecutivo, e é organizado em colaboração com as associações locais. O “Natal com Famílias Portuguesas” está agendado para os dias 24 e 25 de dezembro.
A Ria acompanhou, no ano passado, a 5ª edição que contou com a participação de 77 estudantes internacionais e meia centena de famílias portuguesas.
Entretanto, na 6ª edição as inscrições já abriram, no passado dia 20 de outubro, e encerram no dia 8 de dezembro, tanto para famílias como para estudantes internacionais. As mesmas podem ser feitas a partir da plataforma Papaya.
Recomendações
Lista A é a única candidatura dos estudantes ao Conselho Pedagógico da UA
Arrancou esta segunda-feira a campanha eleitoral para a eleição dos membros do Conselho Pedagógico da UA. Segundo o regulamento para a eleição, o Conselho Pedagógico é o “órgão de gestão pedagógica” da UA, sendo constituído por 40 membros: 20 representantes dos docentes e 20 representantes dos estudantes. No caso dos docentes, a duração do mandato é de “três anos” e no caso dos estudantes é de “dois anos”, “não podendo em qualquer caso ser exercidos mais do que dois mandatos consecutivos”. Cabe a este órgão, segundo o site da UA, entre outros objetivos, “pronunciar-se sobre as orientações pedagógicas e os métodos de ensino e de avaliação” e “apreciar as queixas relativas a falhas pedagógicas e propor as providências necessárias”. A eleição dos membros do Conselho Pedagógico está, atualmente, dividida em três circunscrições. A primeira circunscrição é composta pela área de conhecimento das engenharias e contempla o Departamento de Ambiente e Ordenamento; o Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática; o Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica; o Departamento de Engenharia Civil; o Departamento de Engenharia Mecânica; a Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro-Norte e a Escola de Tecnologia e Gestão de Águeda. A segunda circunscrição tem como área de conhecimento as ciências e inclui o Departamento de Biologia; Departamento de Física; Departamento de Geociências; o Departamento de Matemática; o Departamento de Química; o Departamento de Ciências Médicas e a Escola Superior de Saúde. No caso da terceira circunscrição eleitoral a mesma tem como área de conhecimento as ciências sociais e as humanidades e inclui o Departamento de Educação e Psicologia; Departamento de Comunicação e Arte; Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo; Departamento de Línguas e Culturas; Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração. No caso da eleição dos membros dos estudantes apenas a “lista A” apresentou candidatura para as três circunscrições. De acordo com o manifesto disponível, online, esta candidatura pretende assegurar que os estudantes da UA “continuam ativos no processo de decisão, tendo por base a representatividade, a discussão e a transparência perante toda a comunidade académica”. Nesse sentido, a linha de ação da candidatura baseia-se em oito princípios: “Representar, de maneira fiel crítica e responsável a todos os estudantes que integram a comunidade académica da Universidade de Aveiro”; “Tornar a discussão pedagógica num processo mais inclusivo e participativo”; “Reforçar o [papel] das comissões de curso enquanto órgãos plurais e fulcrais na discussão a fundo das respetivas formações”; “Continuar o combate ao abandono escolar”; “Coordenar os vários processos avaliados com os diretores dos vários cursos e unidades orgânicas”; “Incentivar discussões mais focadas no foro pedagógico”; “Melhorar a eficácia e a agilidade do PT-UA (Programa de Tutoria)” e “criar incentivos ao estabelecimento dos estudantes do 3º ciclo de estudos (Doutoramento) como agentes ativos no processo de decisão da Instituição em matérias de pedagogia”. A primeira circunscrição tem como mandatário e efetivo Guilherme Carola da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, seguindo-se também como membros efetivos: Catarina Martins do Departamento de Engenharia Civil; Flávio Correia da Escola Superior de Aveiro Norte; Matilde Antunes do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica; Diogo Pires do Departamento de Engenharia Mecânica; Gabriel Silva do Departamento de Eletrónica e Telecomunicações e Ana Cunha do Departamento de Ambiente e Ordenamento. A segunda circunscrição apresenta como mandatário e efetivo Bárbara Costa do Departamento de Física, seguindo-se também como membros efetivos: Samuel da Cruz da Escola Superior de Saúde; Renato Rodrigues do Departamento de Ciências Médicas; Juliana Castanheira do Departamento de Matemática; Mariana Nunes do Departamento de Geociências; Bernardo Afonso do Departamento de Biologia e Bernardo Ferreira do Departamento de Química. A última circunscrição tem como mandatário e efetivo Gonçalo Lourenço do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território, seguindo-se também como efetivos: Maria Pereira do Instituto Superior de Contabilidade e Administração; Matilde Picado do Departamento de Educação e Psicologia; André Martins do Departamento de Comunicação e Arte; Pedro Magalhães do Departamento de Economia, Festão, Engenharia Industrial e Turismo e Marisa Rodrigues do Departamento de Línguas e Culturas. Segundo o calendário eleitoral, aprovado pela Comissão Eleitoral, a campanha decorre até esta sexta-feira, 7 de novembro, seguindo-se na segunda-feira, 10 de novembro, o dia de reflexão e a votação no dia 11 de novembro. Os resultados serão publicados nos dias 12 e 13 de novembro, quarta e quinta-feira.
Eleições para o Conselho Científico da UA repetem disputa entre dois movimentos de docentes
Recorde-se que o Conselho Científico é o órgão responsável pela definição e coordenação da política científica da Universidade de Aveiro, competindo-lhe, entre outras funções, apreciar o plano e as atividades científicas da instituição, pronunciar-se sobre a criação de novas áreas e unidades científicas, deliberar sobre a distribuição do serviço docente, aprovar planos de estudos, propor prémios e distinções honoríficas, ou definir júris e participar nos processos de recrutamento de docentes e investigadores. Tem ainda competência para se pronunciar sobre a nomeação do diretor da Escola Doutoral e sobre acordos ou parcerias internacionais, exercendo todas as demais funções previstas nos Estatutos e na Lei. De acordo com os Estatutos da UA, recentemente alterados, o Conselho Científico é composto por 20 representantes eleitos entre docentes e investigadores e 5 representantes das unidades de investigação. As eleições decorrem em três circunscrições eleitorais - duas com sete mandatos e uma com seis mandatos - distribuídas pelas grandes áreas de conhecimento da Universidade de Aveiro. Em todas concorrem duas listas: ‘futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação’ e ‘Construir o Futuro, Cuidar a UA’. Depois de, em junho, os docentes e investigadores da Universidade de Aveiro se terem mobilizado em torno de dois movimentos distintos na eleição para o Conselho Geral, o mesmo cenário repete-se agora na corrida ao Conselho Científico. Pelas listas apresentadas à Comissão Eleitoral, percebe-se a continuidade entre os dois processos. A lista ‘Construir o Futuro, Cuidar a UA’, mais próxima da atual equipa reitoral, inclui vários nomes que transitaram da candidatura ao Conselho Geral do movimento ‘UA2030’, como Paulo Vila Real (Civil), Susana Sardo (DECA), Graça Azevedo (ISCA), Nuno Durães (Geociências), Sara Moreno Pires (DCSPT) e Lara Carramate (Física). Já a lista ‘futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação’, associada à oposição à atual liderança da Universidade, recupera figuras do movimento ‘UA50’ que concorreu ao Conselho Geral, como Rui Aguiar (DETI), Armando Machado (DEP) e Manuel António Coimbra (Química). Nesta eleição, contudo, destaca-se a entrada de dois reforços de peso: Nuno Borges Carvalho, atual diretor do DETI, que em declarações à Ria não afastou a hipótese de uma futura candidatura a reitor, e Gonçalo Paiva Dias, ex-vice-reitor nos mandatos de Manuel Assunção e antigo diretor da ESTGA. A eleição dos novos membros do Conselho Científico da Universidade de Aveiro (UA) realiza-se no próximo dia 11 de novembro. A campanha eleitoral decorre entre 3 e 7 de novembro, seguindo-se o período de reflexão a 10 de novembro. As listas completas podem ser consultadas aqui.
Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.
Festivais de Outono acolhem em novembro concertos da Banda Amizade, Al Jus e Surma
Com obras de Alex Shapiro, Jim Bonney, Nélson Jesus, Bernardo Lima e John Mackey, o concerto da Banda Amizade, dirigido por Carlos Marques, será acompanhado pelo jovem guitarrista aveirense Pedro Rito. O concerto pretende ser, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, uma “celebração da criatividade das novas gerações e da forma como a música continua a dar voz aos desafios, inquietações e fascínios do nosso tempo digital”. “Este concerto convida-nos a embarcar numa viagem sonora por obras que exploram, de forma direta ou simbólica, o cruzamento entre a inovação tecnológica e o espírito da juventude de hoje”, continua a sinopse do concerto que está agendado para este domingo, pelas 17h00, no auditório Renato Araújo - Edifício da Reitoria da UA. Os bilhetes para o concerto da Banda Amizade têm o custo de três euros e podem ser adquiridos aqui. Dois dias depois, 4 de novembro, é a vez do duo de guitarras Al Jus, formado por Davide Amaral e António Justiça, homenagear Bernardo Sassetti, compositor e pianista de referência, cuja obra “revela uma sensibilidade única e um legado musical profundamente inspirador”, descrevem os músicos. “Através da transcrição e adaptação para duo de guitarras, Al Jus procura oferecer uma nova perspetiva sobre a música de Sassetti, preservando a sua essência poética e inquieta”, lê-se na sinopse. O concerto terá lugar na Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis, pelas 21h30. A entrada é livre, mas sujeita à lotação do espaço. Já no dia 6 de novembro, quinta-feira, pelas 21h30, é a vez de Surma trazer até ao GrETUA uma “diversidade de influências” onde se inclui o jazz e a eletrónica. Imagens de fiordes nórdicos e de metrópoles cosmopolitas já foram associadas aos sons que compõe. O álbum “Antwerpen”, lançado em 2017, levou Surma a percorrer o mundo, com mais de 250 apresentações em cerca de 21 países, passando por pequenos clubes e grandes festivais ao ar livre. O novo disco, “alla”, lançado em 2022, surge como um desafio sem limites, onde Surma se rodeia de colaborações e estilos diversos para enriquecer e aprofundar o seu universo sonoro. O concerto tem o custo de três euros e pode ser adquirido aqui.
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Firmino Ferreira apela ao ministro das Infraestruturas e Habitação pela ligação Águeda-Aveiro
Intervindo na Comissão de Orçamento, Firmino Ferreira começou por elencar as vantagens do eixo rodoviário que ligará as “duas sedes do concelho”. Apontou o melhoramento da acessibilidade entre as duas cidades, a redução do tempo e dos custos de deslocação, a diminuição do congestionamento e da poluição, o reforço da segurança rodoviária e a promoção do desenvolvimento urbano, empresarial e da coesão territorial. Na audição, Firmino Ferreira recordou que este é um anseio de há muito das populações envolvidas- que querem ver “rapidamente concretizado este projeto” -, questionando Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, sobre a sua previsão para o início dos trabalhos no terreno. Na resposta, de acordo com a nota, Hugo Espírito Santo garantiu que o eixo Águeda-Aveiro é “absolutamente fundamental”, referindo que “basta passar pela região para ver que é”. O secretário anunciou ainda que estão a ser analisadas, “em várias áreas do Governo”, as opções para assegurar o financiamento e garantir o avanço e a concretização do projeto.
Chuva forte motiva aviso laranja esta madrugada no distrito de Aveiro
Entre a meia-noite e as 3h00, os 17 distritos já vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de precipitação, passando a laranja entre as 3h00 e as 9h00 – período em que também vão estar todos com aviso amarelo devido à previsão de condições favoráveis à ocorrência de trovoadas e fenómenos extremos de vento. A seguir, entre as 9h00 e as 15h00, todos os distritos continuam sob aviso amarelo. Entre as 21h00 de hoje as 9h00 de amanhã, os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga também vão estar sob aviso amarelo pela previsão de vento forte do quadrante sul, com rajadas da ordem de 80 quilómetros por hora (km/h) no litoral, e da ordem de 100 km/h nas terras altas. Entre as 21h00 de hoje e as 14h00 da próxima quinta-feira, dia 6, vigora um aviso amarelo por agitação marítima nos distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga. Nestes distritos, entre as 00h00 e as 9h00 de quinta-feira,regista-se nestes distritos aviso laranja, quando se preveem ondas de oeste/noroeste com 05 a 06 metros de altura significativa, podendo atingir altura máxima de 09 metros.
Livro de Ribau Esteves: Alberto Souto afirma que “difamação” vai ser tratada no “lugar próprio”
No espaço em que referencia as críticas que lhe são dirigidas no livro de Ribau Esteves, Alberto Souto começa por falar sobre a “referência direta deslustrosa e pateta” que o autor lhe faz na primeira página. Com ironia, o socialista escreve que o ex-autarca foi “elegante como sempre” ao “permitir-se juízos de valor sobre a sua dedicação à AMRIA”. Já sobre as outras vezes em que o nome de Alberto Souto é mencionado no livro, o agora vereador – embora já tenha manifestado publicamente a intenção de renunciar ao cargo – aponta que “são do foro da difamação e serão tratadas no lugar próprio”. “Ribau Esteves já tem cadastro por crime deste género e é reincidente […] Já que faz uma oração diária a Deus, Sta Joana e S. Gonçalinho, peça-lhes desculpa pelo pecado da soberba, da mentira e das malfeitorias cívicas”, acrescenta. No entanto, no texto, que divide em 15 pontos, Alberto Souto alonga-se nas críticas ao ex-edil. O socialista começa por criticar Ribau Esteves por ter recorrido aos “cofres da Câmara” para a publicação do livro, algo que, aponta, nem o próprio Alberto Souto nem Élio Maia fizeram quando também publicaram um livro no final dos seus percursos enquanto autarcas. Recorde-se que, como noticiado pela Ria, a publicação do livro já tinha motivado a indignação da oposição, ao que Ribau Esteves respondeu tratar-se de um “investimento de solidariedade cultural”. Depois de ler o livro, afirma que a obra se trata de um bom retrato do ex-presidente: “tem muita parra, pouca uva, muita palha, algumas mentirolas e difamações, deselegâncias bastantes para pessoas e instituições, leviandades opinativas, teorizações de pacotilha e uma infinita presunção das suas altérrimas qualidades, que só o próprio reconhece”. “O arvorado Fernão Lopes da Gafanha redige ele mesmo, com finíssimo estilo de pedregulho académico, em consonância com o seu trato pessoal de calhau, a sua versão panegírica para a História, não vá a mesma tratá-lo com menos excelência do que o Nobel da Literatura de “Relatório e Contas”, quiçá o Olimpo a que ele se considera destinado”, atira. Alberto Souto critica desde logo os dois prefácios do livro, escritos por António Costa e Luís Montenegro, por serem “arrebatadores de hipocrisia”. Se aponta que António Costa diz mesmo não ter lido o livro à data em que escreveu o texto que nele se inscreve, Alberto Souto diz mesmo que Luís Montenegro se “presta a um cómico exercício de cinismo” ao escrever que Ribau “não disfarça gostar de (…) verbalizar “tiradas” consideradas no limite do exagero”. Segundo o socialista, “Montenegro chama desbocado ao autor que prefacia”. De todas, a maior crítica apontada por Alberto Souto a Ribau Esteves é de que não tem “nenhuma obra estruturante”. Apesar das 465 páginas “para impressionar”, o vereador adianta que em “6 paginazinhas” é possível encontrar todo o elenco de obras dos últimos doze anos. Desse legado, para Alberto Souto, as intervenções no Rossio, na Avenida Lourenço Peixinho e na ponte-açude no Rio Novo do Príncipe são “marcas negras” que o ex-autarca deixa. Da mesma forma, Alberto Souto também ataca as opções políticas de Ribau Esteves que vão passar para o próximo mandato. O vereador aponta que o ex-presidente deixou “armadilhado” um “mamarracho” de doze pisos com o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso – que, afirma, está a ser investigado pelo Ministério Público -, o Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, a destruição do edifício que servia de sede à CERCIAV, a construção de uma nova escola Homem Cristo “no local errado e sem condições”, o plano para a Antiga Lota e a construção de um “caixote” antiga biblioteca. O socialista destaca ainda “as derrotas que averbou” Ribau Esteves, nomeadamente: no novo Hospital de Aveiro, na ligação Aveiro-Águeda, na alta velocidade, na edificação da antiga Lota, na candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura, nas portagens na A25, na habitação social, na modernização da Linha do Vouga, na piscina municipal, no canil/gatil municipal, no ex-centro de Saúde Mental de S. Bernardo, na criação de novas zonas de localização empresarial e na gestão da ria de Aveiro pela CIRA. A terminar, depois de Ribau Esteves já ter anunciado, durante a apresentação do seu livro, que tem o futuro traçado, Alberto Souto “parabeniza” o ex-autarca e recorda que, antes de apoiar Luís Souto, Ribau chegou mesmo a dizer que o novo presidente “não tinha perfil” para governar a Câmara Municipal. Nas palavras de Alberto Souto, “quem conhece mal a sua verticalidade ficou perplexo ao ouvi-lo desdizer o que dissera sobre o candidato da Aliança. Se na CRESAP fizessem uma ecografia à coluna vertebral, havia muita gente que nunca seria nomeada para nada”.
Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas
“Não há acordo nenhum e a senhora Catarina Barreto não aceitou os nossos termos e nem nós os dela. Fiquei chocado com a notícia de hoje. Mas…”, escreveu Ricardo Nascimento à Ria. A resposta surge no seguimento da notícia publicada esta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Diário de Aveiro onde o mesmo dava nota que a ‘Aliança’ e o Chega teriam chegado a acordo. Recorde-se que a Junta de Freguesia de Aradas está, atualmente, em gestão com o órgão executivo em funções depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia, destinada à instalação dos órgãos autárquicos, ter sido suspensa. Na altura, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, optou por submeter à votação o primeiro vogal do futuro executivo através de votação nominal, em vez de votação em lista. A proposta acabou por ser reprovada pelos membros da Assembleia, com sete votos contra e seis a favor, e os trabalhos foram imediatamente suspensos pela presidente de Junta. Entretanto, Catarina Barreto já marcou para esta sexta-feira, 7 de novembro, pelas 21h00, uma nova sessão. Relembre-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. À margem da primeira sessão de instalação dos órgãos autárquicos, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. Quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou. Além do Chega, a Ria entrou ainda em contacto com Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), e Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, onde afirmaram, ambos, não terem sido novamente contactados por Catarina Barreto depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia. A Ria tentou ainda contactar Catarina Barreto, mas até ao momento não obteve resposta.