RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA

Foi hoje apresentada a primeira candidatura ao Conselho Geral da Universidade de Aveiro no que diz respeito à eleição do pessoal técnico, administrativo e de gestão (TAG). A lista 'Juntos Somos Mais UA' é encabeçada por Inês Carlos, técnica superior no Departamento de Química da UA.

'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA
Redação

Redação

06 mai 2025, 19:44

Destinada ao colégio eleitoral do pessoal ‘não docente e não investigador’, a candidatura afirma-se com “sentido de responsabilidade e compromisso” e defende o reforço da voz dos trabalhadores nos órgãos de decisão da universidade, num email dirigido à comunidade.

Para além de Inês Carlos como candidata efetiva, a lista tem ainda como suplentes Vítor Proença, técnico superior nos Serviços de Ação Social, e Cecília Reis, técnica superior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). A mandatária da candidatura é Eva Andrade, gestora de ciência e tecnologia na UACOOPERA – Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade.

No manifesto enviado à comunidade, o grupo destaca a importância do Conselho Geral como espaço de decisão estratégica e apela à valorização do papel dos trabalhadores TAG na vida da instituição. Entre as principais propostas, incluem-se: a defesa de condições dignas de trabalho e valorização profissional; a promoção da formação contínua, mobilidade interna e transmissão de conhecimento entre gerações; o incentivo à participação ativa e ao diálogo entre órgãos de governo e trabalhadores; a aposta na inclusão, bem-estar físico e mental e conciliação entre a vida profissional e pessoal; o estímulo ao uso de transportes sustentáveis nas deslocações para os campi; e o compromisso com uma gestão participada, ética e sustentável.

“Queremos ser uma ponte entre o pessoal TAG e os órgãos de governo da instituição, defendendo os nossos direitos e contribuindo para uma Universidade mais justa, transparente e colaborativa”, pode ler-se no documento.

As eleições para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro realizam-se a 3 de junho de 2025 e amanhã, dia 7 de maio, termina o prazo de entrega de candidaturas dos diferentes colégios eleitorais: docentes/investigadores, pessoal ‘não docente e não investigador’ e estudantes.

Recomendações

Estudantes levam a responsabilidade de representar a UA no Programa Iberorquestras Juvenis
Universidade

Estudantes levam a responsabilidade de representar a UA no Programa Iberorquestras Juvenis

Fabiana Silva Vaz, viola d’arco, e Gonçalo Dias Pires, clarinete, foram os estudantes da UA escolhidos entre todos os candidatos nacionais. O Programa Iberorquestras Juvenis decorre em Espanha e reúne 88 jovens instrumentistas de diferentes países, proporcionando uma experiência intensiva de ensaios e masterclasses dirigidos por professores e maestros de reconhecimento internacional. Citados numa nota de imprensa enviada à Ria, Gonçalo exprimiu que esta seleção representa “um enorme motivo de confiança, sobretudo por ter sido feita por um júri estrangeiro, o que me faz acreditar que o meu trabalho no clarinete tem potencial para ser valorizado fora de Portugal”. “Será uma oportunidade única de tocar uma das minhas sinfonias preferidas, composta por um dos meus compositores favoritos. Além disso, será extremamente enriquecedor partilhar o palco com músicos de diferentes nacionalidades e realidades musicais, e acima de tudo, talentosos e competentes. Estou igualmente entusiasmado por poder trabalhar sob a orientação de professores e solistas de orquestras profissionais de grande prestígio”, referiu. Também Fabiana Vaz destacou a relevância da experiência: “Trabalhar com maestros de renome internacional e partilhar palco com jovens músicos de diferentes países será, sem dúvida, uma experiência única e enriquecedora, tanto a nível artístico como pessoa”. “Estou convicta de que esta oportunidade terá um grande impacto no meu percurso, permitindo-me crescer, descobrir novas perspetivas e levar esse conhecimento também para a minha prática enquanto musicista e professora”, continuou. Ambos os estudantes sublinharam ainda o privilégio de representar Portugal e a UA num contexto internacional. “Levo comigo a responsabilidade de corresponder à confiança que me foi depositada e o compromisso de contribuir ativamente para este encontro que promove a união musical para além das fronteiras”, afirmou Fabiana. “Sinto uma grande responsabilidade em representar Portugal e a UA, especialmente num momento em que as expectativas para os clarinetistas portugueses estão mais elevadas do que nunca”, completou Gonçalo. O repertório a interpretar inclui obras de Liszt, Josep Planells e a Quinta Sinfonia de Dmitri Chostakovich. Após o Encontro, integrarão a digressão da Jovem Orquestra Nacional de Espanha (JONDE) em janeiro de 2026, com concertos no Auditório de Saragoça, no Palau de la Música em Valência e no Auditório Nacional de Música em Madrid. Gonçalo Dias Pires frequenta o Mestrado em Ensino de Música (clarinete) na UA, na classe dos professores Luís Carvalho, Sérgio Neves e Horácio Ferreira. É membro efetivo da Banda Sinfónica Transmontana e tem colaborado com a Banda Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Filarmonia das Beiras. Já participou em masterclasses com reconhecidos clarinetistas nacionais e internacionais e trabalhou sob a direção de vários maestros. Em 2024, conquistou o 2.º prémio no Concurso Nacional de Clarinete da Fundação Lions e o 3.º prémio no Concurso Nacional de Jovens Clarinetistas da APC. (Associação Portuguesa do Clarinete). Fabiana Silva Vaz, natural de Valença do Minho, iniciou os estudos na Academia de Música da Fortaleza de Valença e prosseguiu a Licenciatura em Música na UA, onde concluiu a especialização em viola d’arco com o professor António Pereira. Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino da Música na mesma instituição. Teve contacto com músicos de referência como Miguel da Silva, William Coleman e Sào Soulez Larivière, e trabalhou com maestros como Johannes Schlaefli, Nuno Coelho e Jan Wierzba. Desde 2022, toca numa viola de François Denis. Em 2024, conquistou o 2.º prémio no 13.º Concurso de Corda “Cidade de Vigo”.

UA dá “passo muito importante” com Teatro Anatómico e reforça prática dos estudantes de Medicina
Universidade

UA dá “passo muito importante” com Teatro Anatómico e reforça prática dos estudantes de Medicina

Em declarações à Ria, António Amaro, diretor do Teatro Anatómico, sublinhou a importância deste avanço para a instituição na formação dos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina. “É um passo muito importante porque a UA necessitava de ter um local onde pudesse fazer a disseção cadavérica”, exprimiu. “Uma coisa é dar anatomia sem ter acesso aos cadáveres, outra coisa é ter acesso aos cadáveres. (…) Os alunos de Medicina têm necessidade de ter contacto com os órgãos reais e não apenas com os órgãos poliméricos, (…) feitos em plástico”, continuou. O diretor do Teatro sublinhou ainda que o espaço terá também impacto na formação contínua de profissionais de saúde. “Este teatro anatómico poderá ser utilizado para cursos fora da Universidade, nomeadamente em áreas como a cirurgia. Os cirurgiões precisam de locais onde possam treinar determinado tipo de técnicas cirúrgicas. E, por isso, o teatro anatómico está aberto a essas colaborações futuras”, avançou. Recorde-se ainda que, em entrevista à Ria, Firmino Machado, diretor do curso de medicina na UA, já tinha avançado que o Teatro Anatómico iria beneficiar outros cursos, como é o caso da Engenharia Biomédica ou das Ciências Biomédicas.  Durante a sessão de inauguração foi ainda apresentado o Programa de Doação do Corpo à Ciência, tendo-se seguido uma visita às instalações do Teatro Anatómico. O momento contou com a presença de Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, Artur Silva, presidente do Centro Académico Clínico EMHA e vice-reitor da UA, Francisco Amado, diretor de Ciências Médicas da UA e Rui Costa, diretor da Escola Superior de Saúde da UA.

UA inaugura novo teatro anatómico e lança programa de doação de corpos à ciência esta quarta-feira
Universidade

UA inaugura novo teatro anatómico e lança programa de doação de corpos à ciência esta quarta-feira

De acordo com uma nota de imprensa da UA enviada às redações, o teatro anatómico é considerado “fundamental” para a formação dos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina da UA. A nota salienta ainda que a observação e intervenção em corpos é essencial para o estudo e avanço da ciência médica. O processo de doação está enquadrado pela legislação nacional e deve ser feito em vida, embora ainda exista necessidade de maior divulgação e esclarecimento sobre esta prática, considerada simples, mas essencial para a “qualidade do ensino e da investigação”. Neste contexto, a UA lançou a campanha de sensibilização “Doar para Ensinar a Salvar”, em colaboração com as Unidades Locais de Saúde do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance (EMHA). Durante a sessão de inauguração, que terá início pelas 14h30, será apresentado o Programa de Doação do Corpo à Ciência, seguido de uma visita às instalações do Teatro Anatómico. O momento contará com a presença de Ana Povo, Artur Silva, presidente do Centro Académico Clínico EMHA e vice-reitor da UA, Francisco Amado, diretor de Ciências Médicas da UA e Rui Costa, diretor da Escola Superior de Saúde da UA.

Estudo da Universidade de Aveiro defende reforço da legislação farmacêutica
Universidade

Estudo da Universidade de Aveiro defende reforço da legislação farmacêutica

O trabalho, desenvolvido pelo Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, no âmbito do Projeto ETERNAL, foca-se no reforço da legislação europeia, “promovendo práticas mais sustentáveis e seguras para o ambiente”.  Desenvolvido em colaboração com o UK Centre for Ecology & Hydrology (Centro para a Ecologia e Hidrologia do Reino Unido), o estudo analisa a estratégia e as propostas legislativas da União Europeia relativas a produtos farmacêuticos, face “aos riscos potenciais para os ecossistemas e para a saúde humana”. A análise identifica áreas fundamentais onde persistem necessidades de melhoria, nomeadamente a avaliação de misturas de fármacos em vez de substâncias individuais. São também defendidas “abordagens mais abrangentes para testar e prever efeitos ecológicos, consideração da variabilidade ambiental, e medidas mais rigorosas para reduzir as emissões de fármacos para o ambiente”. “O estudo sublinha a necessidade de uma legislação adaptativa, que evolua em consonância com os avanços científicos, garantindo uma proteção mais robusta da biodiversidade e da saúde pública”, refere o texto sobre o trabalho, publicado na página oficial da UA. A contribuição da Universidade de Aveiro foi descrita num artigo científico publicado na revista Environmental Sciences Europe, disponível para consulta online, em co-autoria de Susana Loureiro, Maria Pavlaki, Patrícia Veríssimo Silva e Madalena Vieira, investigadoras do CESAM, no quadro do projeto Horizon Europe ETERNAL. Com base em conhecimento especializado em modelação de alterações ambientais, sistemas marinhos e terrestres e abordagens One Health (Uma Só Saúde), os autores revisitaram documentos legislativos chave, literatura científica e contributos de várias partes interessadas recolhidos em consultas públicas realizadas entre 2021 e 2023. Os investigadores esperam que as suas conclusões “apoiem o diálogo entre decisores políticos, comunidade científica e setor industrial, promovendo uma regulamentação farmacêutica mais sustentável na Europa”.

Últimas

Jornadas Europeias do Património trazem até Aveiro visitas guiadas e concertos gratuitos
Cidade

Jornadas Europeias do Património trazem até Aveiro visitas guiadas e concertos gratuitos

"Durante três dias, a cidade irá oferecer um conjunto diversificado de visitas guiadas e concertos gratuitos, destacando a riqueza e a pluralidade do património arquitetónico aveirense – da arquitetura institucional e militar à industrial, civil e religiosa", refere uma nota camarária. Segundo o programa disponível no site da autarquia, no que toca às visitas guiadas, o primeiro dia será destinado à arquitetura institucional (nos Paços do Concelho e no Edifício da Antiga Capitania do Porto de Aveiro), pelas 18h00. No dia seguinte, o destaque será para a arquitetura militar (Quartel de Sá), pelas 15h00, e para a arquitetura industrial (Centro de Congressos de Aveiro e Memorial à Indústria de Cerâmica), pelas 16h00. No domingo, 21 de setembro, pelas 10h00, será destacada a arquitetura civil (roteiro arte nova) e pelas 15h00 a arquitetura religiosa (Convento de Nossa Senhora do Carmo e Igreja das Barrocas). No programa de concertos, o primeiro espetáculo acontece no sábado, 20 de setembro, no Mercado do Peixe, com “NoMad Duo” (Ricardo Antão e Jonathan Silva). Ainda no mesmo dia, pelas 21h30, no Pátio do Museu Arte Nova acontecerá “O Murmúrio das Estrelas” com João Fernandes e Raquel Resende. No último dia, pelas 16h30, na Praça da República será a vez da “Espiral: Elas voam, elas dançam” de Âne Cimenti, Eliana Silva e Sara Vidal. Todas as atividades são de acesso gratuito. As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, celebrada em mais de 50 países, com o objetivo de sensibilizar para a importância da preservação do património cultural. Em Aveiro, a edição de 2025 coloca em evidência a forma como a arquitetura traduz a identidade da cidade, estabelecendo uma ponte entre passado e futuro, tradição e inovação.

Cine-Teatro de Estarreja com música, teatro e dança até dezembro
Região

Cine-Teatro de Estarreja com música, teatro e dança até dezembro

A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, que celebra 18 anos de carreira, abre a temporada, atuando no palco do Cine-Teatro, no sábado. Ainda em setembro, no dia 27, atuam os "Amigos da Treta", com José Pedro Gomes e Aldo Lima, numa sequência do mundo das “Conversas da Treta”. Outubro é dedicado ao jazz com o festival Estarrejazz, que começa dia 08 com Mário Barreiros e a que se seguem Tomás Marques, no dia 09, a Glenn Miller Orchestra no dia 10 e a Orquestra das Beiras, no dia 11. Nesse mesmo mês, Estarreja recebe ainda teatro, com uma peça gratuita que sai fora de portas no dia 25, para ser apresentada na Praça Francisco Barbosa, enquanto no dia seguinte o palco volta a ser o do Cine-Teatro para o espetáculo "O Melhor Primeiro Concerto Para Bebés". No dia 31 de outubro, o Cine-Teatro recebe ainda o humorista Guilherme Duarte. Diogo Zambujo apresenta-se no primeiro dia de novembro, enquanto a Companhia da Esquina encena a peça "A Pérola" dia 15, terminando a programação de novembro com um concerto de A Garota Não, no dia 21. Em dezembro, no dia 06, a Companhia Jovem de Dança do Porto apresenta "O Quebra Nozes", e o tradicional Concerto de Natal, com a Orquestra das Beiras fecha a agenda no dia 21. O cinema tem programação regular com sessões de filmes europeus, de autor, infantis e estreias.

BE propõe Parque Natural da Ria de Aveiro como alternativa à cogestão criticada por Luís Souto
Cidade

BE propõe Parque Natural da Ria de Aveiro como alternativa à cogestão criticada por Luís Souto

Na passada segunda-feira, 15 de setembro, a candidatura de Luís Souto de Miranda iniciou os “Encontros com Aveiro”. A primeira sessão contou com a participação da ministra do Ambiente e da Energia. Durante a iniciativa, o candidato afirmou não acreditar na cogestão, considerando que este modelo resulta num “empurra responsabilidades” e defendendo maior confiança nas autarquias para gerir áreas protegidas.  Em resposta, João Moniz começou por criticar a iniciativa e as declarações do candidato da ‘Aliança’. “O candidato Luís Souto Miranda convidou a ministra (…) para um evento partidário da sua campanha autárquica. Não obstante o potencial de usurpação de funções, o que foi dito pelo candidato do PSD/CDS mostra bem que a sua palavra tem pouco valor”, atirou. O bloquista questionou ainda o papel de Luís Souto de Miranda enquanto atual presidente da Assembleia Municipal: “Onde esteve Luís Souto Miranda quando este modelo, que agora critica, foi discutido e aprovado no órgão que anda a presidir durante estes últimos oito anos?”. No seguimento, João Moniz atentou que “deixar a conservação da natureza apenas para as autarquias, sem garantias financeiras, será a desculpa perfeita para o desinvestimento, para o esbulho dos valores naturais, e para a futura entrega da gestão a privados”. O candidato do BE acusou ainda o candidato da ‘Aliança’ de ignorar a verdadeira missão da Reserva Natural de São Jacinto: “proteger ecossistemas únicos”. O partido sugere que o verdadeiro problema da cogestão “não é um suposto passa-culpas”, defendendo um modelo que “reduz a gestão a indicadores turísticos, ignorando critérios de conservação ambiental”.  “A Reserva não pode ser tratada como um produto turístico. Deve ser gerida para proteger a biodiversidade e o património natural”, afirmou. Por fim, João Moniz afirmou que o BE defende um “modelo de gestão do Baixo Vouga diferente, baseado em critérios de conservação e de valorização dos ecossistemas, que articule ciência, comunidades locais e autarquias”. “É por isso que queremos avançar com a criação do Parque Natural da Ria de Aveiro, capaz de assegurar uma visão integrada de todo o território lagunar e dos habitats que o compõem, em vez de fragmentar responsabilidades e reduzir a gestão a meros indicadores turísticos”, sublinhou, realçando ainda que “só assim será possível proteger de forma eficaz a biodiversidade e garantir o futuro sustentável da região”.

Descarga poluente no rio Paiva em Arouca motiva pedido de intervenção à APA e UE
Região

Descarga poluente no rio Paiva em Arouca motiva pedido de intervenção à APA e UE

A intervenção de Pedro Bastos, deputado do CDS-PP no referido município do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, surge na sequência de poluição detetada na semana passada no Paiva. “Entre os dias 12 e 13 de setembro, o rio apresentou uma cor verde intensa, que impossibilitava ver o fundo mesmo em zonas de pouca profundidade. O fenómeno foi amplamente denunciado por populares”, explica o eleito local em nota à Lusa, situando o problema no troço nas praias fluviais do Vau, do Areinho e de Meitriz. “Em Nodar, em São Martinho das Moitas, a água já não apresentava alteração, mas voltava a encontrar-se a mesma coloração verde em Cabril”, acrescenta, concluindo assim que “a origem do problema estará entre Nodar e Cabril”. Pedro Bastos remeteu uma denúncia à APA, à qual pediu uma “intervenção urgente”, e também ao SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, requerendo “a abertura de uma investigação técnica para identificar a origem e o tipo de poluição”. Solicitou ainda à eurodeputada Ana Miguel Pedro, do CDS, que agilize “o acompanhamento político da situação” por parte da União Europeia. “A poluição no rio Paiva não é um fenómeno novo, mas desta vez atingiu proporções alarmantes. Se nada for feito rapidamente, se perderá a oportunidade de identificar a origem da contaminação”, realça o deputado da Assembleia Municipal de Arouca. A Lusa pediu um esclarecimento à APA, mas ainda não obteve resposta. Questionada a autarquia, essa informa que também reportou o caso ao SEPNA, tal como denunciara “situação similar” em agosto de 2022. Nessa altura, o serviço da GNR terá adiantado a hipótese de se tratar de “um ‘bloom’ de cianobactérias, decorrentes da diminuição do caudal do rio, fruto da ausência de precipitação e excesso de nutrientes associado a temperaturas mais altas da água, efeitos das alterações climáticas”. Face a isso, a Câmara diz que vem encetando “há vários anos um conjunto de esforços com vista a identificar a origem de eventuais focos de poluição” – entre os quais análises periódicas à qualidade da água em articulação com um grupo de trabalho coordenado pela APA –, mas realça que ainda espera pela iniciativa que compete especificamente ao Governo. “O Orçamento de Estado para 2023 (art. 172.º) previa um plano de proteção e despoluição do rio Paiva”, mas, segundo a autarquia, esse ainda não avançou. No mesmo sentido, em julho de 2024, aquando da entrada em funções da ministra do Ambiente e Energia, o Município também solicitou uma reunião com a governante para “reforçar a necessidade de intervenção urgente no rio Paiva”, após o que Graça Carvalho delegou o encontro no então secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa. A reunião verificou-se, mas, mais de um ano depois, “continua por definir um plano de ações práticas para a proteção e valorização deste importante recurso da região”.