RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA e Ordem dos Engenheiros assinam protocolo para alinhar ensino e mercado de trabalho

A Universidade de Aveiro (UA) e a Ordem dos Engenheiros deram esta quarta-feira, 25 de junho, um novo passo na valorização da formação contínua e da qualificação profissional, com a assinatura de um protocolo de colaboração. A cerimónia decorreu no Auditório Mestre Hélder Castanheira, durante o evento “Conversas Cruzadas” promovido pela Região Centro da Ordem dos Engenheiros.

UA e Ordem dos Engenheiros assinam protocolo para alinhar ensino e mercado de trabalho
Redação

Redação

26 jun 2025, 15:52

O protocolo visa estreitar sinergias entre o ensino superior e o setor da engenharia, promovendo uma maior articulação entre a academia e as exigências do mercado. Na ocasião, Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, destacou o alinhamento estratégico entre as duas instituições. "Cabe-nos dizer que estamos inteiramente sintonizados com a perspetiva do ensino superior na engenharia em Portugal e particularmente com as escolas deste consórcio”, afirmou. Embora tenha reconhecido que ainda há "muito trabalho a fazer", destacou a importância de um progresso contínuo: "É bom que o conhecimento vá aumentando” e que se intensifique a criação de “pontes e o reconhecimento mútuo” entre ambas as partes.

Entre os objetivos centrais do protocolo, destaca-se o compromisso com o alinhamento da formação em engenharia aos mais exigentes padrões europeus. A Ordem dos Engenheiros é, atualmente, a única entidade em Portugal acreditada para atribuir o selo EUR-ACE®, no âmbito da ENAEE (European Network for Accreditation of Engineering Education). Este selo, reconhecido internacionalmente, atesta a qualidade dos cursos de engenharia e assegura que os diplomados estão preparados para competir num mercado de trabalho global e exigente.

O bastonário agradeceu ainda à UA pela assinatura do protocolo, considerando-o “mais um motivo de orgulho e mais um passo importante para a Universidade de Aveiro”.

Além da assinatura do protocolo, o evento contou ainda com uma sessão que integrou também dois painéis de debate no âmbito do tema “As Microcredenciais e o Ensino ao Longo da Vida”, reunindo dirigentes académicos, especialistas e representantes de empresas.

O primeiro painel abordou “A Formação ao Longo da Vida e a Atualização de Competências dos Engenheiros em resposta aos desafios do Sector Industrial” e contou com intervenções de Ana Santana, responsável do departamento de recursos humanos do Grupo Grestel; Pedro Ribeiro, diretor de R&D da Bosch Aveiro e Élio Cardoso, diretor geral da Embeiral Construction.

Já o segundo painel debateu “Os Novos Modelos de Ensino e as Novas Tecnologias, as propostas da Academia”, com a participação de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, António Gouveia, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Politécnico de Viseu e Isabel Lança, presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros.

Ambas as sessões tiveram como objetivo central debater a importância das microcredenciais como “instrumentos de certificação de aprendizagens obtidas em formações curtas e específicas, permitindo que os engenheiros adquiram e comprovem competências de forma ágil e ajustada às necessidades do mercado”, tal como noticiado, anteriormente, pela Ria.

Recomendações

Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos
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Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos

Os membros eleitos para o CG no passado dia 3 de junho tomaram posse esta segunda-feira e reuniram pela primeira vez, cumprindo com o Regulamento da Eleição, para proceder à cooptação dos membros do Conselho Geral da UA. Luís Castro, conselheiro eleito pela Lista ‘UA2030’, foi quem presidiu à primeira assembleia, conforme consta no regulamento. À Ria, Luís Castro apontou o caráter sigiloso da reunião, frisando, no entanto, que a mesma decorreu com “normalidade”. O ponto único – a apresentação de propostas para os cinco membros externos a cooptar – foi discutido e “terminou de maneira efetiva: digamos que até de forma diferente de anos anteriores, em que houve necessidade de vários dias para chegar à conclusão”, indica Luís Castro. Note-se que a presidência do CG será assumida por um dos membros cooptados, assim que os convites forem aceites. Caso algum dos membros não aceite o convite, o CG terá de voltar a reunir para apresentar e votar novas propostas. A cerimónia de tomada de posse contou com o discurso de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, que enalteceu e agradeceu ao CG cessante, frisando as “provas” que este deixou. “Como reitor sinto que não poderia alcançar tanto nem ir tão longe se não fosse com o apoio, com o discernimento e com a ajuda do Conselho Geral”. Neste seguimento, o reitor destacou ainda “os membros externos” pelo “ato de generosidade, de altruísmo e de abnegação” ao ajudarem a universidade “a pensar no seu futuro”, bem como a conhecê-la e a recomendá-la. Sobre o presidente cessante do CG, Paulo Jorge Ferreira deixou também um “agradecimento especial”. “Perante todos os momentos, (…) demonstrou altruísmo, paciência, dedicação e generosidade com o seu tempo que eu considero inexcedível”, refletiu. Por sua vez, António Oliveira, presidente cessante do CG, dirigiu uma palavra aos novos membros realçando que “farão o melhor e contribuirão para o desenvolvimento, progresso e afirmação da Universidade de Aveiro, não só no âmbito das instituições de ensino superior, mas também na interação com os outros órgãos da universidade e com a região”. Numa nota final, Paulo Jorge Ferreira aproveitou ainda a ocasião para agradecer a todos os que colaboraram na realização do ato eleitoral, sublinhando o CG entretanto eleito como “uma mudança boa”. “É também o momento para nós pensarmos um bocadinho acerca da trajetória passada e do que conseguimos fazer juntos”, exprimiu.

Universidade de Aveiro tem 18 Cursos de Especialização com candidaturas abertas
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Universidade de Aveiro tem 18 Cursos de Especialização com candidaturas abertas

De acordo com nota da UA enviada à Ria, são 18 os cursos de nove departamentos e escolas com candidaturas abertas para a segunda fase dos CEs. Os cursos são cursos do nível de mestrado, constituídos por um conjunto de unidades curriculares, que variam de acordo com o tempo lecionação - com um mínimo de 12 ECTS e um máximo de 60 ECTS. Na ESTGA, são cinco os cursos com vagas abertas: Auditorias de Sistemas Integrados de Gestão, Dados e Inteligência Artificial, Excelência nas Organizações, Gestão de Negócios de Retalho e Internet das Coisas. O Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) conta com três CEs disponíveis, sendo elas Automação Industrial, Gestão da Qualidade na Soldadura e Soldadura. O Departamento de Matemática (DMat) e a Escola Superior de Saúde (ESSUA) contam com duas ofertas cada um, nomeada e respetivamente Computação Quântica e Industrial Intelligence e Enfermagem do Trabalho e Viabilidade Tecidular e Cuidados à Pessoa com Ferida. Os Departamentos de Ciências Médicas, de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo, de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, de Física e de Geociências contam com a oferta de um curso cada. São eles, respetivamente: Liderança e Gestão na Saúde, Transferência e Valorização do Conhecimento,Robótica e Sistemas Inteligentes, Tecnologias Óticas e Recursos Minerais para a Indústria das Rochas Ornamentais. O Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA) conta com o curso de Business Angels e Mentoria com candidatura aberta até dia 05 de setembro. Para formalizar a candidatura aos cursos de especialização da UA, basta aceder àplataforma PACO candidaturas, clicar no curso pretendido e preencher todos os campos do formulário. A UA permite ainda a candidatura aBolsa Impulso Adultos, apoio concedido “com base no desempenho no curso, sendo o reembolso feito após a conclusão com aproveitamento no mesmo”, aponta a universidade. A candidatura é feita através daplataforma forms, bastando preencher e submeter o formulário. É ainda possível obter mais informações sobre estes e outros cursos de especialização através do site oficial e para esclarecimentos adicionais deve ser contactado o Centro para a Aprendizagem ao Longo da Vida (continUA) ou agendar atendimento presencial na plataforma SIGA.

Docentes do DCSPT juntam-se a vários especialistas na defesa de uma política “integrada” nas cidades
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Docentes do DCSPT juntam-se a vários especialistas na defesa de uma política “integrada” nas cidades

“Portugal precisa de uma política de cidades.” O título do artigo de opinião publicado no Jornal Público, no passado dia 16 de junho, é o ponto de partida para um movimento cívico e académico que quer colocar as cidades no centro da agenda política nacional. O texto, subscrito por um conjunto de personalidades com vasta experiência no ordenamento do território e nas políticas públicas, alerta para a ausência de uma estratégia urbana integrada e lança o apelo à mobilização de todos os cidadãos para um debate público alargado. Entre os signatários destacam-se os professores Gonçalo Santinha e José Carlos Mota, que integram o núcleo de dinamização deste debate nacional. Em entrevista à Ria, Gonçalo Santinha sublinhou que uma política de cidades “é uma política que olha para as cidades de forma integrada no território”, criticando a atual prática de definir políticas urbanas de forma desarticulada e muitas vezes dependente apenas de financiamentos disponíveis, sem uma visão estratégica coerente. Tal como avança o artigo publicado no Público, atualmente, cerca de “75%” da população portuguesa vive em áreas urbanas, um número que deverá “aumentar nos próximos anos”. Para Gonçalo Santinha, esta realidade traz consigo vantagens, mas também riscos evidentes, como a “menor coesão territorial”. “Se determinados lugares perderem cada vez mais população, esses lugares terão ainda menos oportunidades e serão menos desenvolvidos”, alertou o docente. Face a esta evolução, a definição de uma política de cidades torna-se ainda mais urgente. “É sempre importante, independentemente da população, mas claro que se torna um desafio cada vez maior porque há mais necessidades, preocupações e, como a população é heterogénea, tem de ser rigorosamente pensado de forma intersectorial”, defendeu Gonçalo Santinha. O artigo apela a uma visão “multidimensional” e “multiescalar” da política de cidades, que reforce o papel do planeamento e do ordenamento do território em todos os níveis da administração pública — central, regional e local. A proposta assenta em dois grandes objetivos: Assegurar “uma visão integrada de diferentes setores, territórios (urbanos e não urbanos) e instrumentos de política e escalas de ação” e “garantir níveis socialmente exigíveis de coesão territorial com base numa visão estratégica de consolidação de (sub)sistemas urbanos enquanto ossatura indispensável à existência de territórios mais equilibrados porque mais policêntricos”. Mas porque é que, até hoje, Portugal ainda não tem uma verdadeira política de cidades? Segundo os autores do artigo, a responsabilidade é partilhada entre a omissão do Estado e a falta de iniciativa por parte de muitas autarquias, frequentemente limitadas por escassos recursos e por uma cultura institucional que “raramente” promove processos participados. Como sublinham, o debate urbano tem sido muitas vezes fragmentado em agendas temáticas, modelos de cidade ou populações-alvo, sem uma visão global e articulada. Embora tenham existido “tentativas anteriores”, como a liderada por “João Ferrão enquanto secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades” — a realidade mostra que “o problema está em concretizar e mudar a práxis”. O docente considera também que as autarquias devem desempenhar um papel central, sublinhando a importância do momento atual, em vésperas de eleições autárquicas. “Precisamos de palco para debater o que é que as autarquias estão a pensar para as suas cidades, nesta perspetiva integrada”, relembrou Gonçalo Santinha. É face a esta realidade e como resposta ao apelo da Associação Causa Pública, conforme explicam no artigo do Público, que os signatários convidam os cidadãos interessados a juntarem-se ao Fórum sobre a Política de Cidades, que se realiza na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, este sábado, 28 de junho. Este será o primeiro de vários encontros pensados para mobilizar a sociedade civil, especialistas e decisores políticos em torno do debate. O evento estará organizado em torno de quatro grandes eixos: “Cidades como fator de desenvolvimento nacional”; “Cidades para a qualidade de vida”; “Cidades e articulação de políticas” e “Cidades para a democracia”. Cada tema será trabalhado por um grupo distinto e apresentado durante o encontro. “A abertura do fórum será feita pelos professores José Reis, economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e João Ferrão. O encerramento contará com Paulo Areosa Feio, geógrafo, e Ana Drago, socióloga. Em cada tema haverá dois intervenientes que apresentam e moderam o debate”, adiantou Gonçalo Santinha. A escolha de Coimbra, explica, é simbólica e estratégica, refletindo a intenção de descentralizar o debate e envolver diferentes regiões. “Vamos começar por debater isto em Coimbra convidando pessoas de todo o território”, afirmou. O programa na íntegra pode ser consultado aqui. Por fim, Gonçalo Santinha lembrou ainda a importância da criação de espaços participativos “genuínos”. “Se os cidadãos (…) nassuas cidades, verificarem que de facto existe um interesse genuíno por parte dos decisoresde que querem promover os tais palcos de debate, de interação e de participaçãopor parte dos seus cidadãos, então isso significa que os cidadãos olham para os seusdecisores de uma outra forma, que não só como alguém que lhes quer ir só aplicartaxas ou impostos”, reforçou.

Protótipo de bicicleta "inteligente" desenvolvido na Universidade de Aveiro
Universidade

Protótipo de bicicleta "inteligente" desenvolvido na Universidade de Aveiro

Segundo nota enviada às redações pela UA, o sistema “inclui ainda uma célula de carga para monitorizar o peso transportado e integra comunicação via “CAN Bus”, o que permite que várias unidades de controlo possam interagir e trocar informações e decisões de um modo mais eficiente”. O protótipo “também é capaz de enviar mensagens de alerta a utilizadores vulneráveis de estrada, promovendo uma maior proteção do ciclista, e possui gestão térmica adaptativa da bateria, aumentando a sua durabilidade e segurança”. “Este protótipo representa um avanço significativo na segurança do ciclista e deteção de obstáculos, monitorização das condições do ciclista e do ambiente e na comunicação inteligente, permitindo a integração com infraestruturas urbanas e redes inteligentes de mobilidade”, destaca a nota. O modelo da "bicicleta inteligente conectada", apresentado na conferência internacional promovida pelo Centro de Inovação de Valor para a Bicicleta (BIKINNOV), foi desenvolvido no âmbito de uma colaboração entre o Instituto de Telecomunicações (IT) e o Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UA. A equipa do DEM, composta por Tiago Gândara e Adriano Figueiredo, sob orientação do professor José Paulo Santos, foi responsável pela conceção e fabrico da estrutura do protótipo, do controlador inteligente e da bateria modular com sistema de arrefecimento ativo. A equipa do IT focou-se, por sua vez, na integração de múltiplos sensores e no desenvolvimento de algoritmos avançados de segurança e deteção de colisões.

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Conselho Geral da UA já tomou posse e decidiu quanto à cooptação dos membros externos
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Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara
Região

Autárquicas: Movimento Juntos pela Murtosa candidata Paulo Amorim a presidente da Câmara

Professor do ensino secundário, Paulo Teixeira de Amorim aponta “um novo rumo para a Murtosa”, no distrito de Aveiro, e propõe “a rutura com o comodismo e o marasmo na gestão autárquica”, afirmando ser uma candidatura suprapartidária. O Juntos pela Murtosa, disse, “procura trazer para o centro de participação gente com qualidade, para além do universo partidário”, e “envolver a malta jovem que tem tido um absentismo grande, procurando chamá-la à decisão de uma forma pragmática e ativa na construção de ideias para o Município”. “Não chega à Murtosa ser um concelho simpático, calmo e pacato”, afirmou o candidato, para quem “é tempo de ser um município ambicioso, criativo, moderno e inclusivo”, apostando num planeamento urbanístico a médio e longo prazo e na dinamização do turismo, nomeadamente aproveitando as potencialidades da praia da Torreira, como vetores de desenvolvimento. Na apresentação pública das listas do “Juntos pela Murtosa”, que decorreu na noite de quarta-feira e contou com a presença do ex-presidente da Câmara de Aveiro Élio Maia, Paulo Teixeira de Amorim defendeu “um concelho que planeia com visão, que ouve antes de agir, que investe com critério e que cuida de todos sem deixar ninguém para trás”. A intervenção do candidato independente não poupou críticas ao atual executivo municipal, afirmando que “faz a gestão do imediatismo, sem ambição e visão estratégica”. “A Murtosa tem vindo a perder vitalidade e vive um clima de apatia”, concluiu. Paulo Amorim é o segundo candidato conhecido à presidência da Câmara da Murtosa, depois de Augusto Leite ser anunciado como cabeça de lista do PS. A Câmara da Murtosa, presidida pelo social-democrata Januário Cunha, conta com cinco eleitos, quatro do PSD e um do PS.

Dragagens em curso reforçam condições de navegabilidade no Porto de Aveiro
Região

Dragagens em curso reforçam condições de navegabilidade no Porto de Aveiro

São três as intervenções que têm vindo a ser levadas a cabo, desde o passado mês de maio: a dragagem de manutenção dos fundos do setor comercial do Porto de Aveiro, a empreitada de dragagem de manutenção do Porto de Pesca Costeira e da entrada da dársena e a dragagem de manutenção do Porto de Pesca do Largo e do canalete. “Os inertes retirados das zonas intervencionadas estão a ser depositados na zona da Costa Nova”, dá nota a administração do Porto de Aveiro. As intervenções representam um investimento global superior a 2,5 milhões de euros, e “reforçam o compromisso do Porto de Aveiro com a modernização das suas infraestruturas, assegurando maiores níveis de segurança, sustentabilidade e eficiência nas operações portuárias”, repara a administração do Porto de Aveiro em nota enviada às redações. Os trabalhos estão a ser executados pelas empresas MMS Dragagens (Portugal) e Rohde Nielsen (Dinamarca).

“Casa para Viver”: Aveiro junta-se à luta nacional pela habitação este sábado
Cidade

“Casa para Viver”: Aveiro junta-se à luta nacional pela habitação este sábado

Entre sábado e domingo, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Covilhã, Elvas, Faro, Lisboa, Portimão, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu vão promover uma jornada de luta pela habitação e apresentar um Caderno Reivindicativo de Emergência para o problema, com doze pontos. Antes de mais, propõem o controlo das rendas “como uma medida urgente e necessária neste momento” e, em paralelo, o aumento da duração dos contratos de arrendamento para dez anos, destacou, em declarações à Lusa, André Escoval, um dos porta-vozes da plataforma Casa para Viver e membro do movimento Porta a Porta. A plataforma identifica ainda “as necessidades” de limitar o alojamento local, proibindo novas licenças e acabando com os benefícios fiscais. Travar “todas as formas de despejo sem alternativa de habitação digna” é outra das exigências. “Não podemos agravar um problema que já é, só por si, grave”, realça André Escoval. Por outro lado, “é preciso colocar todas as casas vazias no mercado de arrendamento, desde logo o património público” e excluindo as casas de segunda habitação e as casas de emigrantes. “Tudo o resto tem que ser de imediato mobilizado para dar resposta a este problema”, defendeu André Escoval. A construção de mais habitação pública também consta do caderno, como “uma medida estrutural e necessária”, mas que não tem um efeito rápido. “O problema que nós vivemos hoje é uma emergência nacional e precisa de respostas imediatas. A utilização das casas vazias para o mercado de arrendamento é uma medida de extrema urgência e de extrema necessidade que precisa de ser tomada como opção política para resolver o problema agora. Nós não queremos soluções para amanhã”, reivindicou André Escoval. Por outro lado, defendem o aumento da fiscalização sobre os arrendamentos ilícitos. “Estamos numa altura em que o arrendamento ilícito tem uma presença muito significativa no nosso país e não há nenhuma entidade de controlo. Hoje em dia é muito mais fácil ter um despejo do que ter uma entidade que fiscalize a existência de contratos ilícitos ou que faça valer os contratos que foram estabelecidos”, comparou. André Escoval assinalou que todas as medidas propostas no caderno reivindicativo “são políticas e não custam propriamente dinheiro ao erário público”, salvaguardando o investimento no parque público de habitação. “Não podemos continuar com 2% de parque público de habitação. É necessário, de facto, uma opção estrutural na habitação. Se há dinheiro para a guerra, também tem que haver dinheiro e, antes de mais, tem que haver dinheiro para um parque público efetivo”, sustentou. Recordando que a crise na habitação “agrava-se há muito tempo e de forma acelerada”, a plataforma Casa para Viver vê o Governo ir “em sentido contrário”, mantendo o estatuto dos residentes não habituais e os vistos ‘gold’, fazendo “discriminação entre imigrantes a partir da sua capacidade de investimento”. Por isso, não espera que “[a mudança] aconteça por vontade do governo” e daí ter convocado um fim de semana “de luta” em defesa do direito à habitação. “Isto tem que nos levar à rua, a alargar, a sermos mais, a impor a este Governo aquilo que ele não quer cumprir”, apela.