BE critica “centrão” sobre prolongamento do Canal de São Roque
Em comunicado, o Bloco de Esquerda (BE) critica as posições do PSD-CDS e do PS relativamente ao prolongamento do Canal de São Roque, aprovado na última Reunião Pública da Câmara Municipal de Aveiro. O atual executivo é acusado de construir uma cidade “à medida dos interesses da especulação imobiliária” e o PS de não se destacar da direita nas medidas de habitação.
Redação
Além da troca de acusações entre PS e PSD, também o BE lançou um comunicado onde critica a Câmara de construir uma “cidade feita à medida dos interesses da especulação imobiliária e da grande hotelaria”. Na nota, a principal acusação é dirigida ao executivo do PSD-CDS relativamente à aprovação da “construção de um espaço público e o prolongamento do canal de São Roque, com o objetivo de viabilizar a construção de uma nova urbanização privada para o segmento premium, que incluirá prédios residenciais e um hotel com três pisos de cave destinados a estacionamento”, lê-se.
Os bloquistas apontam a decisão tomada na última reunião pública como “um bom retrato da política do PSD-CDS: arranjo e criação do espaço público com o objetivo de potenciar a especulação imobiliária e mais-valias urbanísticas”. Apontam ainda que em causa se encontra “a mobilização de milhões de euros do erário público para a criação de uma nova área urbana em terrenos privados” e que “sem os milhões de investimento público previsto para aquela zona, o novo edificado não teria o valor premium de venda”. A nota dá ainda conta de que a intervenção estava prevista “há bastante tempo” e que “só avança agora devido à iminente construção de um hotel e de uma urbanização de luxo na área”.
O partido considera “inaceitável que o executivo de direita não exija contrapartidas que permitam reduzir o preço da habitação”, apontando a “disponibilização de uma parte dos apartamentos para arrendamento a preços controlados destinados à classe média” como uma solução. “Assim, a política do PSD-CDS contribuirá para o processo de gentrificação em curso e subsequente aumento do preço da habitação em todo o município”, explicam.
O BE critica ainda a abstenção do PS, entendendo que “nas decisões fundamentais sobre a governação autárquica em Aveiro, nomeadamente no que concerne à questão da habitação, o PS pouco se distingue da direita”. O comunicado termina com o partido a assegurar que “é possível uma alternativa à política do centrão de continuar a aumentar o preçodahabitação”.
PS absteve-se, mas levantou questões sobre "conjugar de intenções entre a Câmara e a Civilria"
Na reunião de Câmara, foi apresentada e aprovada a proposta do lançamento do concurso da obra de Prolongamento do Canal de São Roque. A empreitada tem um valor base de cerca de três milhões de euros e prevê o prolongamento do Canal com o objetivo de aumentar a capacidade dos canais urbanos que funcionam como bacia de retenção em situações de coincidência de chuva intensa e maré alta, aumentando a capacidade de retenção de água da chuva até à abertura das comportas com a maré vazante. A empreitada de prolongamento será executada pela Civilria.
Além desse projeto foram também definidas as condições de urbanização dos terrenos da antiga Vitasal. “Vamos autorizar uma urbanização que tem três edifícios de habitação e uma unidade hoteleira que além de ter três pisos de cave para estacionamento privativo obrigatório nos termos do regulamento tem mais uma cave exclusiva de estacionamento público”, referiu José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro.
Rui Carneiro, vereador da oposição referiu na sua intervenção ser “difícil (…) fazer aqui um balanço porque não temos efetivamente os dados de avaliação daquilo que são estes terrenos”. O vereador sublinhou, contudo, que o partido iria adotar uma posição favorável “àquilo que é a obra do alargamento do canal de São Roque e à importância que ela tem para usufruto dos canais”, mas com questões sobre o “conjugar de intenções entre a Câmara e a Civilria, pela dificuldade de avaliar os pesos e os contrapesos do que aqui vem no contrato”.
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Ribau Esteves lamenta morte de Carlos Silva Santos e deixa decisão de luto municipal para Luís Souto
Em declarações à Lusa, Ribau Esteves manifestou os sentimentos à família enlutada e deixou um público reconhecimento pelo seu trabalho e dedicação ao município. Relativamente ao luto municipal, o autarca referiu que deixou essa decisão para o presidente eleito nas eleições de 12 de outubro, Luís Souto Miranda, que tomará hoje posse, numa sessão marcada para as 18:00. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, Carlos Silva Santos faleceu aos 79 anos. Segundo, avança a Lusa, fontes próximas da família confirmaram hoje que o vice-presidente da Câmara, entre 2005 e 2009, no mandato de Élio Maia, morreu “vítima de doença”. Carlos Santos desempenhou ainda diversos cargos partidários do PSD e em termos profissionais foi quadro da Docapesca e diretor do Porto de Aveiro. Esteve também ligado ao setor cooperativo, tendo sido um dos principais dinamizadores da Agrovouga. No plano desportivo, foi jogador de futebol do Beira-Mar e da Académica, e jogador de basquetebol do Clube dos Galitos. Veio também a ser dirigente desportivo, nomeadamente vice-presidente da Associação de Futebol de Aveiro, dirigente do Beira-Mar, e fez parte da Assembleia da Federação Portuguesa de Futebol. Carlos Santos era pai de Cláudia Santos, que foi deputada do PS de 2019 a 2022 e cabeça de lista do PS para a Assembleia Municipal de Aveiro nas eleições autárquicas de 12 de outubro. A cerimónia fúnebre está marcada para sábado, às 12h00, no centro funerário de Aveiro.
Teatro Aveirense recebe esta noite espetáculo “O Meu Super-Herói”, de Elmano Sancho
A obra tem em conta o relato de um português que, na década de 70, emigra para o França e cujo filho “se sente nos dias de hoje desenraizado”. O olhar surge em paralelo com a história de uma escritora palestiniana que vive em Portugal há 20 anos e que quer regressar à Palestina para “encontrar as suas raízes”. Neste projeto, Elmano Sancho convidou a poeta Shahd Wadi, cuja família foi expulsa de uma aldeia da Palestina em 1948. Nesse sentido, o espetáculo, que já tem lotação esgotada, realiza-se em português, francês e árabe, e tem fotografia e vídeo a envolver a narrativa.
Alberto Souto reafirma que não será vereador e defende um novo ciclo autárquico de “diálogo”
No dia em que decorre a tomada de posse dos autarcas municipais- da Câmara e Assembleia Municipal-, Alberto Souto de Miranda começou por escrever, nas suas redes sociais, que tomará posse esta sexta-feira como primeiro vereador da oposição na Câmara Municipal de Aveiro. “Assim o ditaram os resultados eleitorais e faço-o muito honrado”, afirma. No entanto, esclarece que a “condição familiar impõe-me, porém, que venha a suspender o mandato, em coerência com o que afirmei em campanha eleitoral”. “A interpelação e confrontação permanente com o novo presidente inerentes ao cargo de vereador da oposição teria riscos para a salvaguarda daquela relação, que é mais importante preservar”, justifica. Recorde-se que Alberto Souto de Miranda já tinha afirmado à comunicação social que não seria vereador da oposição em caso de derrota estas eleições autárquicas. Em jeito de comentário às eleições autárquicas, que decorreram no passado dia 12 de outubro, o candidato socialista refere que o ciclo autárquico em Aveiro “será muito diferente”. “A maioria dos aveirenses não votou no presidente eleito. Está em minoria. Esperamos que mostre abertura para fazer entendimentos, sob pena de paralisar, ele próprio, o seu executivo. O mandato que os aveirenses conferiram a todos exige consensos e não permite decisões unilaterais impositivas”, reforça. Relembre-se que Luís Souto de Miranda, candidato pela ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), venceu estas eleições autárquicas para a Câmara de Aveiro sem maioria absoluta. Na altura, tal como avançado pela Ria, venceu por “5.68%” o socialista Alberto Souto, que é seu irmão. No total, a ‘Aliança’ alcançou quatro mandatos, assim como o PS, e o Chega alcançou um mandato. Sobre os mandatos que os vereadores do PS receberam, Alberto Souto de Miranda define-os como “críticos” e “construtivos”. “Críticos, propondo a revogação/anulação dos erros graves que ainda possam ser evitados e votando contra, sempre que o demérito de novas propostas o justifique. Construtivos, apresentado propostas em consonância com o programa por que foram eleitos e votando a favor de todas as propostas de terceiros em que se revejam”, esclarece. Recorde-se que no passado dia 7 de outubro, Alberto Souto de Miranda afirmava que no caso de ser eleito uma das “primeiras medidas” que tomaria era a revogação do hotel de 12 pisos no Cais no Paraíso”. “Espero, por isso, que seja um ciclo autárquico de diálogo e de negociação, que os aveirenses mostraram querer e não um exercício de prepotência e arrogância institucional, que os aveirenses não legitimaram a ninguém”, continua Alberto Souto de Miranda. Já na reta final da publicação, o socialista aproveita ainda para desejar ao novo presidente “as maiores felicidades no exercício do cargo”. “O seu sucesso será o sucesso de Aveiro”, afirma. Sem deixar passar ‘em branco’ o falecimento de Carlos Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, entre 2005 e 2013, Alberto Souto recorda-o pela sua “afabilidade e cordialidade”. “Mesmo nas divergências políticas – e tivemos algumas disputas contundentes -, nunca lhe ouvi um comentário desprimoroso ou deselegante sobre ninguém e, pelo contrário, sempre testemunhei a sua cativante simpatia e condescendência com os adversários”, escreve. “Prestigiou todas as funções públicas que exerceu, algumas em circunstâncias particularmente ingratas. Que o seu exemplo possa ser uma referência na nossa vida cívica”, finaliza.
Faleceu Carlos Silva Santos, vice-presidente do Município de Aveiro
Carlos Santos foi vice-presidente da Associação de Futebol de Aveiro, dirigente do Beira-Mar e integrou a Assembleia da Federação Portuguesa de Futebol. Era ainda pai de Cláudia Cruz, cabeça de lista do PS à Assembleia Municipal de Aveiro.
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Aveiro sob aviso laranja até este sábado devido à precipitação forte
Além de Aveiro, também os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Leiria estão sob aviso laranja. Já Braga, Viana do Castelo, Porto, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa e Setúbal mantêm-se sob aviso amarelo. De acordo com o IPMA, Bragança e Vila Real estão sob aviso laranja desde o início da tarde de hoje, devido a precipitação persistente e por vezes forte, situação que se prolonga até às 06:00 de sábado, altura em que passam a aviso de nível amarelo, até às 09:00. Pelos mesmos motivos, os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu e Leria estão sob aviso laranja até às 09:00 de sábado, passando a amarelo entre as 09:00 e o meio-dia, enquanto o distrito da Guarda está sob aviso laranja até às 12:00 de sábado, passando a amarelo até às 15:00. Devido à chuva por vezes forte, os distritos de Braga e Viana do Castelo estão, até às 21:00 de hoje, sob aviso amarelo, que sobe então de nível para laranja até às 03:00, altura em que volta a amarelo até às 06:00. O distrito do Porto está sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje, altura em que passa a laranja devido à precipitação persistente e por vezes forte, voltando às 06:00 ao nível amarelo, que se prolonga até às 09:00 de sábado. Castelo Branco está sob aviso amarelo devido a precipitação forte até às 06:00 de sábado, altura em que passa a laranja até às 12:00, voltando a amarelo entre o meio-dia e as 15:00. Lisboa e Santarém estão sob aviso amarelo até às 06:00 de sábado, altura em que passam a nível laranja, até às 12:00. Devido a precipitação persistente e, por vezes, forte, o distrito de Lisboa volta a estar sob aviso amarelo entre as 12:00 e as 15:00 de sábado. Em Portalegre, a precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito, levou a um aviso amarelo até às 21:00 de hoje e a um novo aviso amarelo para chuva persistente e por vezes forte entre as 06:00 e as 18:00 de sábado. Em aviso amarelo por precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito está Setúbal até às 21:00 de hoje e depois entre as 06:00 e as 15:00 de sábado. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Lisboa, Coimbra e Leiria estão também sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje devido à agitação marítima, com ondas de quatro metros, consideradas de “altura significativa”. Os avisos do IPMA - vermelho, laranja e amarelo - são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.
Ribau Esteves lamenta morte de Carlos Silva Santos e deixa decisão de luto municipal para Luís Souto
Em declarações à Lusa, Ribau Esteves manifestou os sentimentos à família enlutada e deixou um público reconhecimento pelo seu trabalho e dedicação ao município. Relativamente ao luto municipal, o autarca referiu que deixou essa decisão para o presidente eleito nas eleições de 12 de outubro, Luís Souto Miranda, que tomará hoje posse, numa sessão marcada para as 18:00. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, Carlos Silva Santos faleceu aos 79 anos. Segundo, avança a Lusa, fontes próximas da família confirmaram hoje que o vice-presidente da Câmara, entre 2005 e 2009, no mandato de Élio Maia, morreu “vítima de doença”. Carlos Santos desempenhou ainda diversos cargos partidários do PSD e em termos profissionais foi quadro da Docapesca e diretor do Porto de Aveiro. Esteve também ligado ao setor cooperativo, tendo sido um dos principais dinamizadores da Agrovouga. No plano desportivo, foi jogador de futebol do Beira-Mar e da Académica, e jogador de basquetebol do Clube dos Galitos. Veio também a ser dirigente desportivo, nomeadamente vice-presidente da Associação de Futebol de Aveiro, dirigente do Beira-Mar, e fez parte da Assembleia da Federação Portuguesa de Futebol. Carlos Santos era pai de Cláudia Santos, que foi deputada do PS de 2019 a 2022 e cabeça de lista do PS para a Assembleia Municipal de Aveiro nas eleições autárquicas de 12 de outubro. A cerimónia fúnebre está marcada para sábado, às 12h00, no centro funerário de Aveiro.
Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.
Adriana Rodrigues (PSD) quer criar um centro tecnológico em Vale de Cambra
“Sendo Vale de Cambra considerada como a capital do aço e inox, com grandes grupos empresariais, e centenas de pequenas, médias e microempresas, reunindo know-how, experiência e competência, há uma infraestrutura essencial para que a nossa indústria continue a crescer e a contribuir significativamente para a geração de riqueza nacional – um centro tecnológico na área da indústria metalúrgica e metalomecânica”, disse Adriana Rodrigues numa audição de Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial. Sobre o centro tecnológico, Adriana Rodrigues defende que a infraestrutura deve ser um “espaço essencial para criar, para inovar, para testar e aplicar soluções tecnológicas”, atendendo a que, como referiu, “Vale de Cambra é um dos clusters industriais mais relevantes, nomeadamente na área metalúrgica e metalomecânica, com relevante contributo para o PIB nacional”. Neste seguimento, João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, recordou que Vale de Cambra tem hoje “um grande peso no movimento associativo e até do centro tecnológico da metalomecânica”, dizendo-se “certo” de que poderá haver uma “ponte, do ponto de vista da formação” com aquele equipamento. “Vale de Cambra é um exemplo a nível mundial daquilo que é a eficiência, a eficácia, o conhecimento e a projeção da indústria metalomecânica, com empresas que não são, sequer, líderes em Portugal”, continuou o secretário de Estado. A deputada aveirense manifestou ainda apreensão sobre a proposta da Comissão Europeia de elevar as tarifas alfandegárias sobre o aço, de 25 para 50 por cento, “situação muito preocupante, dado que ameaça a competitividade das empresas portuguesas, mas muito em particular a indústria valecambrense”. “A Associação Empresarial de Cambra e Arouca, perfeitamente consciente das vicissitudes, caraterísticas e necessidades do tecido empresarial de Vale de Cambra, tem vindo reiteradamente, à semelhança de outras associações de territórios similares, a reivindicar políticas fiscais que promovam a discriminação positiva para empresas dos territórios de baixa densidade”, expôs.