Prometida, construída, degradada: a história da pista de atletismo de Aveiro
Corria o ano de 1996 quando foi assinado um contrato-programa entre o então Instituto do Desporto (ID), a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a Universidade de Aveiro (UA) que previa a construção de uma pista de atletismo, com um custo de referência de 230 mil contos, o equivalente hoje a cerca de 1.150.000,00€. O projeto avançou, a pista foi construída, mas quase 30 anos depois encontra-se em elevado estado de degradação e a precisar de obras urgentes de requalificação. A Ria ouviu vários intervenientes e conta-lhe toda a história.
Ana Patrícia Novo
JornalistaO contrato-programa, celebrado entre as três referidas entidades, publicado a 26 de novembro de 1996 em Diário da República, tinha como objetivo terminar com “a inexistência de equipamentos desta natureza no distrito de Aveiro”, salientando “a relevância do equipamento em causa no contexto do desenvolvimento da modalidade, quer ao nível formativo, quer ao de uma prática desportiva de rendimento”. No documento a que a Ria teve acesso, lê-se que o ID ficaria responsável pela comparticipação de 15% do valor total do investimento e a CMA por 80% - destes, 75% foram adquiridos através do Programa Operacional da Região Centro (PROCEN-TRO/Subprograma B) e 5% através do orçamento próprio da Câmara Municipal. Os restantes 5% seriam disponibilizados pela Universidade de Aveiro, que ficaria ainda com a responsabilidade de suportar os custos relativos à aquisição do terreno para a futura pista de atletismo, no valor de 339.182,57€.
Segundo o contrato então estabelecido, em 1996, a obra ficaria a cargo da Câmara Municipal, mas com o “controlo técnico, acompanhamento e fiscalização” a serem feitos por uma comissão técnica que incluía também elementos da Universidade de Aveiro. Já a manutenção da futura pista de atletismo seria responsabilidade conjunta entre CMA e UA, com os termos e condições a serem definidos, posteriormente, por via de um regulamento. No contrato, surge ainda referência à Associação de Atletismo de Aveiro (AAA), mas exclusivamente como entidade utilizadora do equipamento.
O equipamento desportivo foi então inaugurado no ano de 1998 “com a realização do Olímpico Jovem Nacional”, aponta a UA. Relativamente aos custos com a manutenção, esses foram só mais à frente protocolados entre a CMA e a UA, como previsto no contrato-programa inicial.
No novo documento, datado de outubro de 2002, mas “com efeitos reportados a 1 de agosto de 2001”, a autarquia aveirense comprometia-se a “participar nas despesas inerentes à manutenção, limpeza e conservação do espaço interior e exterior da pista, nomeadamente da relva, piso sintético, arranjos exteriores e acessos, através da transferência para a segunda outorgante [leia-se, Universidade de Aveiro] da importância de 25 mil euros. Esta importância será atualizada anualmente em função da taxa de inflação verificada no ano em causa”, lê-se no documento a que a Ria teve acesso. Como contrapartidas, a UA ficaria responsável pela “manutenção” e por “disponibilizar um trabalhador” para “acompanhamento aos eventos desportivos previstos”, garantindo ainda “a segurança e o controlo de acesso ao espaço”.
A UA, já na posse do apoio anual concedido pela CMA, assinou um novo protocolo de cooperação, desta vez com a Associação de Atletismo de Aveiro, que previa a cedência gratuita de utilização da pista de atletismo para todos os “clubes, os atletas e treinadores inscritos na AAA”, lê-se no documento assinado pela então reitora, Helena Nazaré, e pelo então presidente da AAA, João Ruela.
Foi assim que avançou a parceria que envolvia as três entidades... Mas em 2007 tudo viria a alterar-se: aquele que parecia um projeto de sucesso acabaria por cair, durante o primeiro mandato de Élio Maia à frente da autarquia aveirense. Segundo a Universidade, o compromisso referente à manutenção do equipamento “foi denunciado pela CMA em 12 de março de 2007”. Desde então, a Câmara Municipal deixou de comparticipar na manutenção da pista e não mais se falou do assunto.
De 2008 a 2024, tendo como referência a taxa de inflação disponível no site da Pordata, a CMA teria contribuído com um total de 548.996,67€, caso o protocolo não tivesse sido denunciado. Sem o apoio da autarquia, a UA garante em nota enviada à Ria que “tem feito esforços no sentido de encontrar financiamento para a reabilitação da pista”. O valor estimado para a requalificação da infraestrutura ascende, segundo a instituição de ensino superior, “a meio milhão de euros” - precisamente o valor que a UA deveria ter recebido da autarquia se o protocolo se mantivesse ativo.
Ribau Esteves afirma que a Câmara Municipal já manifestou “disponibilidade para ser parte de uma solução de investimento”, mas assume que “nunca” pretendeu retomar o protocolo de manutenção
Em declarações à Ria, José Ribau Esteves, presidente da CMA, começa por recordar que o Município de Aveiro foi apenas “um ator que fez parte da nascença [da pista de atletismo], fez parte do processo de lobbying e de investimento para que a infraestrutura existisse, mas (...) nunca fez parte da sua gestão”. Sobre o protocolo de manutenção do equipamento desportivo, celebrado em 2002 e denunciado em 2007 pela CMA, Ribau Esteves reconhece que não foi sua opção retomá-lo desde que é presidente da autarquia aveirense. “Eu não tentei retomar nunca, porque entendi que a gestão do processo, à data da minha chegada, em outubro de 2013, já não tinha a Câmara nem como utilizadora, nem como co-gestora”, afirmou.
Contudo, a Ria sabe que em 2013, tal como até 2020, o equipamento desportivo continuou a ser cedido gratuitamente pela universidade para utilização dos atletas dos clubes da cidade e da região de Aveiro, mesmo com o corte do apoio concedido pela CMA.
Apesar de reconhecer que nunca tentou retomar o protocolo de manutenção do equipamento com a UA, José Ribau Esteves garantiu à Ria que está disponível para participar numa solução de requalificação da pista. O edil aveirense recorda que manifestou “com o reitor Manuel Assunção (…) e já depois com o reitor Paulo Jorge Ferreira (…) disponibilidade da Câmara para ser parte de uma solução de investimento, portanto um novo investimento”, reconhecendo que “a pista tem necessidades de requalificação”. A contrapartida apontada pelo autarca é “a disponibilização parcial da infraestrutura para os cidadãos” - algo que já acontece.
Ribau Esteves adianta ainda que a disponibilidade demonstrada pela autarquia “não teve desenvolvimento”. “A universidade teve outras prioridades, seguiu outro caminho, como sabemos, da construção de infraestruturas, e, portanto, é este o histórico que interessa relevar e a atitude que eu coloquei nesse processo perante a universidade, no âmbito de uma infraestrutura de que, repito com clareza, a Câmara não é gestora, nunca foi”, frisa o autarca.
Universidade desmente Ribau Esteves e relembra que a continuidade do protocolo com a CMA “poderia ter evitado a situação atual”
Na nota enviada à Ria, a Universidade de Aveiro começa por recordar que a “pista de atletismo continua a ser o único equipamento desta natureza na cidade” e que, por isso, “faria sentido que o protocolo [com a CMA] pudesse ser restabelecido”. Para além disso, a instituição afirma que “seria razoável manter a contribuição da autarquia na manutenção, limpeza e conservação” da pista, tendo em conta que o equipamento continua a “servir a cidade”. Como prova disso, para além da utilização do equipamento desportivo por parte dos atletas dos clubes da cidade e da região, a universidade dá nota que “ainda no dia 19 de fevereiro de 2025 se realizou [na pista] o MegaSprint que reuniu cerca de 150 alunos do Agrupamento de Escolas de Aveiro” e que a infraestrutura desportiva também tem sido “utilizada pelo triatlo do Galitos, para testes da GNR, assim como pelo público em geral”.
Confrontada pelas declarações do atual presidente da CMA sobre ter manifestado, “ao reitor Manuel Assunção” e “já depois ao reitor Paulo Jorge Ferreira”, a “disponibilidade da Câmara para ser parte de uma solução de investimento”, a universidade desmente as palavras de Ribau Esteves. “A questão da reabilitação da pista de atletismo nunca nos foi colocada pelo Município, nem integrou qualquer agenda de trabalho entre as duas entidades, no mandato presente ou no anterior”, esclarece a instituição em nota enviada à Ria.
Sobre a existência de “outras prioridades”, a Universidade de Aveiro reconhece que o investimento na nova nave multiusos ‘Caixa UA’, inaugurada em maio de 2024, teve como objetivo “responder a necessidades internas, que incluíam a promoção da atividade física e desportiva, mas também as vertentes académica e cultural”. A instituição recorda ainda que “em termos desportivos, as necessidades da comunidade académica abrangem um vasto leque de modalidades, atividades e utilizadores” e que para “dar resposta a essas exigências, alargando significativamente o número de atividades, horários e praticantes abrangidos” avançou para a construção de uma nave multiusos “através de mecenato com a CGD”.
Para o futuro e “colmatadas estas carências”, a universidade assume que será “possível dirigir a atenção noutras direções”, registando “com agrado a disponibilidade recentemente manifestada pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Aveiro relativamente à reabilitação deste equipamento”. “Reconhecendo a relevância da pista para a cidade e para a região, a UA estará disponível para, em conjunto com outros parceiros, encontrar soluções que permitam a sua requalificação, assegurando condições para a prática desportiva por parte da comunidade académica e da população em geral”, diz por último a universidade.
“Os atletas do SC Beira-Mar estão a treinar por baixo das bancadas do Estádio Municipal de Aveiro”, diz o presidente da Associação de Atletismo de Aveiro
Questionado sobre a realidade do atletismo no Município de Aveiro, Ribau Esteves dá nota que em Aveiro “não temos um clube desportivo dedicado ao atletismo e, portanto, para nós não havia necessidade que muitas vezes temos das infraestruturas (...) para que as nossas associações possam desenvolver trabalho”. Confrontado sobre a existência da Associação de Atletismo de Aveiro (AAA), sediada no concelho, o presidente da Câmara Municipal recorda que esta é uma associação “distrital e que não tem nenhum clube associado nosso, porque nós não temos clubes de atletismo, temos um ou outro clube que tem pequeninas secções de atletismo”.
Por sua vez, Mário Cordeiro, presidente da AAA, dá outra visão dos factos e afirma que a associação que lidera tem atualmente como associados três clubes com sede no concelho de Aveiro. Todos “somam um total de 68 atletas filiados”. O SC Beira-Mar, com “40 atletas”, o Centro Atlético Póvoa Pacense (CENAP) com “16 atletas” e o Grupo Desportivo Assempark com “12 atletas”, descreve.
Mário esclarece ainda que “há vários atletas residentes no Município de Aveiro que estão filiados noutros clubes do distrito”, dando o exemplo do GRECAS - Associação Desportiva e Cultural de Santo António de Vagos que tem “entre 15 e 20 atletas que residem, na realidade, em Aveiro”. Como consequência do estado de degradação da pista de atletismo e da falta de apoios para a modalidade, o presidente da Associação de Atletismo de Aveiro afirma inclusive que “os atletas do SC Beira-Mar estão a treinar por baixo das bancadas do Estádio Municipal de Aveiro” e que “treinam algumas vezes por semana na pista de Vagos”, com transporte assegurado “pelos próprios pais”. Atualmente, segundo Mário Cordeiro, “Vagos tem a única pista do distrito de Aveiro com condições para receber provas oficiais”.
Mário Cordeiro lamenta ainda a opção da Universidade de Aveiro de em 2020 ter começado a cobrar a utilização da pista por parte dos atletas. Segundo o atual presidente da AAA, foi assinado em 2020 um novo protocolo de cooperação entre a UA e a AAA que revogou o protocolo anterior “já com muitos anos” e que “disponibilizava gratuitamente acesso à pista de atletismo”. Segundo Mário, para esta mudança de política, a UA alegou, à data, “necessidade de angariar receitas para cobrir gastos com manutenção da pista”. Apesar disso, a reabilitação continuou sem avançar e “há cerca de um ano” a pista passou a estar novamente disponível de forma gratuita para acesso aos atletas e ao público em geral.
Correr atualmente na pista de atletismo “é quase como correr em paralelo molhado”, diz o estudante-atleta da UA, Francisco Júlio
Se no Município de Aveiro há um total de “68 atletas filiados”, na Universidade de Aveiro a realidade dá-nos um número bastante inferior. Segundo os dados da FADU – Federação Académica do Desporto Universitário, participaram no Campeonato Nacional de Atletismo – Pista Ar Livre 15 estudantes-atletas em 2021/2022 e 2022/2023 e 11 estudantes-atletas na última época desportiva. A universidade dá nota dos mesmos números, mas acredita que na edição deste ano irá “aumentar o número de participantes”.
Francisco Júlio é de Trancoso, distrito da Guarda, e entrou no curso de Bioquímica na Universidade de Aveiro. O ano passado, o primeiro em que participou nos CNU a representar a academia aveirense, conquistou a prata nas estafetas 4x100m. Este ano, conseguiu o sétimo lugar nos 800m e o quinto lugar de estafetas 4x100m. “Para aquilo que estava à espera até foi bom”, afirma.
O meio-fundista, que compete esta época pela primeira vez em sub-23, admite mesmo que os seus principais objetivos são “ajudar” a sua equipa “a manter-se na primeira divisão nacional” e “bater os meus recordes pessoais nos 800m”. “Nós já temos muitas competições por ano, o Campeonato Nacional Universitário às vezes só acrescenta mais fadiga e cansaço, mas nós acabamos por ir porque a universidade dá incentivos, então não temos razões nenhumas para não ir”, aponta Francisco.
O bichinho do atletismo começou a ser alimentado por meio dos irmãos. “A forma como eu entrei para o atletismo foi um bocado diferente das restantes pessoas, porque eu venho de um meio muito pequeno e não tinha muitas oportunidades de sair”, conta Francisco Júlio. O atleta entrou para o desporto escolar no quinto ano de escolaridade e a partir daí não mais parou de correr. “A corrida é um vício e só sabe quem experimenta”, relata.
Chovia no dia em que o meio fundista falou com a Ria e o treino que fez na pista da Universidade de Aveiro somou cerca de 12km às suas sapatilhas. Foi todo feito na pista de fora - a mais longa das oito - porque a interior estava inundada com as águas da chuva.
Ainda assim, o estudante-atleta sublinha que “o principal problema é a aderência ao piso” que, por estar “tão desgastado, é quase como correr em paralelo molhado”. “É muito escorregadio e quando vamos a ritmos muito intensos, escorrega muito e é perigoso”, sublinha Francisco Júlio. “Na época mais intensa de treinos, com ritmos mais fortes, eu não treino aqui, eu em janeiro e fevereiro não pisei esta pista praticamente”, denuncia.
Os treinos da altura mais intensa da preparação para a competição foram todos feitos na pista de atletismo de Vagos. “Estudo na UA e vivo ali no Bairro de Santiago e depois tenho que arranjar boleia para ir a Vagos treinar nessa altura, porque aqui é impossível”, repara. “As sapatilhas de atletismo clássicas de pista têm uma espécie de pitons por baixo que é para agarrar a pista - por isso é que corremos em tartan na pista - aqui é impossível usá-las porque o piso é tão duro que eu sentia os bicos a espetarem no pé, em vez de espetarem no tartan”, exemplifica Francisco Júlio.
Também Margarida Figueiredo e Diogo Oliveira, atuais campeões universitários, confirmam a falta de condições já desvendadas por Francisco. Contrariamente ao que aconteceu com Francisco, a Ria não conseguiu acompanhar os seus treinos – porque para eles a pista acaba mesmo por ser inutilizável.
Diogo Oliveira é campeão nacional em triplo salto e, sem surpresa, campeão nacional universitário. Frequenta o curso de Engenharia Eletrónica na Universidade de Aveiro, mas treina em Arada - Ovar numa pista que, admite, também não tem “muito boas condições, mas são melhores que as de cá”.
Apesar disso, afirma que “se nós tivéssemos aqui uma pista boa” era “muito mais tranquilo” para os estudantes-atletas não terem de enfrentar uma hora de viagem, em transportes, para treinarem diariamente. Diogo sublinha ainda que “havendo boas condições no equipamento desportivo” também tornaria possível a realização de provas, o que atrairia “mais material da federação ou das associações” e, por consequência, “mais atletas” viriam treinar à pista de Aveiro.
Margarida Figueiredo, estudante de Bioquímica e vice-campeã universitária de salto em comprimento e no triplo salto, chama também a atenção para o facto de não conseguir utilizar a pista para se preparar na sua modalidade. À semelhança do que acontece com Diogo, também Margarida aponta que “ter a pista aqui ajudava”. “Eu lembro-me que no primeiro ano de mestrado tinha aulas até às seis/sete da tarde e às vezes nem podia treinar nesse dia, porque não dava tempo”, lembra a atleta que frisa também a falta de iluminação na pista que se faz notar especialmente nos meses de inverno.
De resto, o que impede a atleta do GRECAS de utilizar a pista em Aveiro é o mesmo problema apontado também por Francisco Júlio. O piso da pista não permite à atleta utilizar as sapatilhas de salto. “Não é só saltar, temos que correr”, salienta.
Também na pista de atletismo da UA treina diariamente Miguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro durante os últimos anos e medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, na modalidade de lançamento do peso F40.
Não sabem, no entanto, nem Francisco, Diogo, Margarida ou Miguel, que a história da pista de atletismo começa ainda antes de qualquer um deles ter nascido e se ter apaixonado pela modalidade. Entre denúncias de protocolo e outras prioridades, o tempo vai passando e, com ele, também o rendimento e a segurança de quem ali treina vai sendo afastado da linha de chegada. A esperança corre agora atrás de um entendimento para que seja possível avançar para uma requalificação que todos apontam como necessária, mas que tarda em arrancar.
Esta reportagem insere-se numa parceria estabelecida entre a Ria - Rádio Universitária de Aveiro e a direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e resultará, ao longo dos próximos meses, num conjunto de artigos sobre temas que afetam diariamente a vida dos estudantes da UA. Todas as reportagens serão acompanhadas por um cartoon satírico que pretende representar a problemática abordada. Se tens sugestões de temas que gostarias de ver abordados envia um email para informacao@radioria.pt.
Recomendações
Aveiro promove semana de atividades para celebrar o Dia Mundial do Ambiente
Com o objetivo de “sensibilizar para a importância da sustentabilidade e da educação ambiental”, a CMA promove uma programação que “oferece atividades ao ar livre, oficinas, música, teatro, arborismo e outras experiências lúdicas, reforçando hábitos e comportamentos amigos do ambiente”, dá nota a autarquia. Das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h nos dias úteis e das 10h às 13h e das 14h às 19h no fim de semana, são várias as atividades programadas. A autarquia destaca, entre elas, a apresentação pública dos projetos de requalificação do Parque das Barrocas e do novo Pólo de Aveiro do Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais (CIROA), que acontece pelas 16h30 do dia 3 de junho. Os investimentos, refletem, segundo a CMA “o compromisso com a valorização dos espaços verdes urbanos e com o bem-estar animal”. O primeiro sábado de junho, dia 7, ficará marcado por uma visita às obras de requalificação da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, “com destaque para a libertação de uma ave recuperada pelo Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS)”, aponta a CMA. A programação conta ainda com a abertura do Centro Municipal de Interpretação Ambiental (CMIA) de quarta-feira a sábado, das 09h às 12h30 e das 13h30 às 17h00. Nos dias 4 e 7 de junho, realiza-se a atividade “Astronomia à Noite”, enquanto nos dias 5 e 6 decorrerá a “Amostragem de Borboletas Noturnas”. A programação completa pode ser consultada no site oficial da CMA. A participação nas atividades é gratuita, mas é necessário proceder a inscrição através do endereço de email ambiente@cm-aveiro.pt.
Dino D'Santiago atua no primeiro dia do Festival dos Canais em Aveiro
Organizado pela Câmara de Aveiro, o evento, que celebra este ano a sua décima edição, inclui espetáculos de música, teatro, dança, novo circo, instalações artísticas, atividades para crianças e outras propostas que prometem transformar o quotidiano da cidade. Um dos destaques desta edição, segundo uma nota camarária, são os espetáculos sobre a água, entre os quais o “The Weight of Water”, da companhia Panama Pictures, dos Países Baixos, uma “parábola sobre o aquecimento global com seis intérpretes e uma plataforma flutuante" para ver no Canal Central, junto às comportas, nos dias 19 e 20 de julho. Na música, o primeiro nome revelado é o de Dino D’Santiago. O cantor que tem trabalhado a tradição cabo-verdiana com a marca contemporânea da eletrónica global irá atuar no arranque do evento, a 16 de julho, no palco maior do Festival dos Canais, instalado no Cais da Fonte Nova. No campo das estreias, o espetáculo verde/claro, de Rui Queiroz de Matos, é o primeiro exemplo, sendo também uma encomenda do Festival dos Canais que poderá ser vista todos os dias do evento, com quatro apresentações diárias. “Trata-se de uma criação com marionetas que celebra a natureza na sua escala mais íntima e questiona os espetadores sobre como seria a vida se os seres humanos tivessem apenas uns milímetros de altura”, refere a organização. Tal como aconteceu em anos anteriores, o evento contará com a participação da comunidade em algumas das suas atividades, como é o caso da Fanfarra dos Canais, uma formação musical itinerante que todos os anos conta com elementos recrutados através de uma ‘open call’, estando para breve a abertura das inscrições. A programação inclui ainda diversos espetáculos e atividades para as crianças e as famílias, que vão decorrer no espaço Jardim das Brincadeiras, na Baixa de Santo António. A exemplo dos últimos anos, o Festival dos Canais irá contar com um ‘pop-up’ do Chefs On Fire, um evento gastronómico que convida ‘chefs’ de renome a cozinhar em fogo lento, celebrando as origens da cozinha. A programação completa do Festival dos Canais será apresentada em breve e ficará também disponível na página do evento na internet.
Autárquicas: José Luís Carneiro marca presença na apresentação da candidatura do PS Aveiro
Nesta sessão, de acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, além do candidato à Câmara Municipal de Aveiro, serão apresentados os cabeças de lista pelas freguesias: José Eduardo Leite (S. Jacinto), João Morgado (Eixo, Eirol), Jaime Paulo (Esgueira), Bruno Ferreira (Glória, Vera Cruz), João Matos Silva (Cacia), Sónia Madaíl (Aradas), André Ferreira (São Bernardo), José Júlio (Santa Joana) e Helena Graça (Oliveirinha). Recorde-se que os candidatos do PS às juntas de freguesia foram aprovados na passada segunda-feira, 26 de maio e que a decisão contou apenas com “uma abstenção” numa das propostas. Relembre-se ainda que o candidato a Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz acabou por abdicar da sua candidatura na passada quarta-feira, 28 de maio. O PS terá agora a tarefa de escolher um novo candidato para freguesia. Na nota, a concelhia do PS Aveiro explica ainda que o local escolhido para a apresentação – uma das freguesias mais periféricas do concelho – simboliza o compromisso da candidatura com todas as freguesias de Aveiro, sem exceções. “Queremos dar um sinal claro: nenhuma freguesia será esquecida. Esta, por ser a mais longínqua, representa bem a nossa visão de proximidade e equidade territorial”, afirmou Alberto Souto de Miranda.
Homem resgatado em paragem cardiorrespiratória na ria de Aveiro morreu
Em declarações à Lusa, o comandante da Capitania do Porto de Aveiro, Ricardo Guerreiro, disse que a vítima ainda chegou a ser colocada numa ambulância para ser transportada para o Hospital em manobras, mas acabou por não resistir, tendo o óbito sido declarado no local pelo médico do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Segundo um comunicado da AMN, o homem foi resgatado ao final da manhã juntamente com o filho, de 36 anos, pelos tripulantes da Estação Salva-vidas de Aveiro. De acordo com o comunicado, os dois estariam a praticar a atividade da pesca de marisco, na zona da Costa Nova, no concelho de Ílhavo, quando o pai terá caído à ria, tendo o filho entrado na água para o auxiliar. O alerta para o desaparecimento de duas pessoas na ria de Aveiro foi dado cerca das 11:22, tendo de imediato sido iniciadas buscas pelos tripulantes da Estação Salva-vidas de Aveiro, com recurso a uma embarcação semirrígida. As vítimas acabariam por ser encontradas poucos minutos depois na margem direita da ria, em frente à Costa Nova. “O filho está bem. O pai está em paragem cardiorrespiratória”, disse na altura o comandante adiantando que, pelas 12:30, este tinha sido transportado para o hospital de Aveiro em manobras de reanimação. Ao local acorreu a Polícia Marítima, Instituto de Socorros a Náufragos, bombeiros de Ílhavo e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação, num total de 10 operacionais, quatro viaturas e um meio aquático.
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Município de Anadia reforça frota para recolha de resíduos sólidos urbanos
“A aquisição das viaturas impõe-se face ao elevado desgaste que as atuais viaturas destinadas à recolha de resíduos sólidos apresentam”. De acordo com a autarquia, esta aquisição é necessária para implementar “novos projetos que potenciem um maior poder de resposta, por parte dos serviços, correspondendo assim às expectativas dos munícipes e à prestação de um serviço de qualidade superior na medida em que um dos veículos será equipado com lavagem de contentores”.
Processo eleitoral dos Núcleos da AAUAv arranca com 41 listas candidatas
“Em relação ao ano passado, houve mais ou menos o mesmo número de candidaturas. Nos setoriais, houve menos, mas no geral manteve-se semelhante”, explicou Inês Filipe. A presidente da Assembleia Geral da AAUAv adiantou ainda que, apesar do número de listas ser idêntico ao de anos anteriores, algumas acabaram por ser excluídas do processo por terem sido entregues fora do prazo. Foi o caso da Tuna Mista da Universidade de Aveiro (MarnoTuna), do Núcleo de Xadrez (NX) e da Tuna Feminina (TFAAUAv). Essas listas poderão, no entanto, submeter nova candidatura “em setembro, num processo extraordinário”. “O problema não foi a candidatura em si, mas sim o prazo. Como enviaram fora do tempo definido, não foi possível aceitá-las, pois isso comprometeria o calendário eleitoral”, esclareceu. Houve ainda dois casos em que não foi sequer entregue lista, nomeadamente, na Tuna Universitária de Aveiro (TUA) e no Núcleo de Estudantes de Música (NEMu). Também nestes casos poderão recorrer ao “processo extraordinário”. A campanha eleitoral iniciou-se na passada terça-feira, 28 de maio, e decorre até 3 de junho. De acordo com Inês Filipe várias listas estão já a organizar “convívios”. Nos núcleos com mais do que uma lista candidata, está previsto ainda a realização de um debate. A escolha do moderador deverá ser feita por consenso entre as listas. Caso não haja entendimento, a Mesa da Assembleia Geral compromete-se a assegurar a moderação do debate. A data do mesmo ainda não foi divulgada. Estão previstos debates nos seguintes núcleos: Núcleo Associativo de Estudantes da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (NAE-ESSUA) - lista U e X; Núcleo Associativo de Estudantes Do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (NAE-ISCA)- lista H e V; Núcleo de Estudantes de Economia (NEEC)- lista A e C e Núcleo de Estudantes de Línguas e Relações Empresariais (NELRE) -lista I e J. Após o término da campanha, o dia 4 de junho está reservado para a reflexão eleitoral, seguindo-se as eleições no dia 5. O funcionamento será semelhante ao das eleições para os órgãos sociais da AAUAv: as urnas abrem por volta das 9h30 e a maioria encerra às 17h00, com exceção das Escolas e da ESSUA, que encerram respetivamente às 21h00 e às 20h00. A contagem dos votos será realizada na Casa do Estudante. De acordo com o artigo 54.º dos Estatutos da AAUAv, atualmente, existem quatro categorias de núcleos no seio da AAUAv: Núcleos de Curso, Setoriais, Associativos e Departamentais. Os Núcleos de Curso representam “a ponte de ligação entre os estudantes de cada curso da UA e a AAUAv”; os Setoriais a extensão “da Associação e da UA, nomeadamente nos âmbitos desportivos e culturais”; os Associativos a ligação “entre os estudantes de cada Escola Politécnica da UA e a AAUAv” e, por fim, os Departamentais a ligação entre “os estudantes dos departamentos à UA e à AAUAv. No caso dos Núcleos de Curso, Associativos e Departamentais são ainda compostos por “dois órgãos sociais independentes: a coordenação e a Reunião Geral de Membros (RGM)”. O mandato dos núcleos da AAUAv tem ainda a duração de “um ano, iniciando-se no mês de junho”.
Aveiro promove semana de atividades para celebrar o Dia Mundial do Ambiente
Com o objetivo de “sensibilizar para a importância da sustentabilidade e da educação ambiental”, a CMA promove uma programação que “oferece atividades ao ar livre, oficinas, música, teatro, arborismo e outras experiências lúdicas, reforçando hábitos e comportamentos amigos do ambiente”, dá nota a autarquia. Das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h nos dias úteis e das 10h às 13h e das 14h às 19h no fim de semana, são várias as atividades programadas. A autarquia destaca, entre elas, a apresentação pública dos projetos de requalificação do Parque das Barrocas e do novo Pólo de Aveiro do Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais (CIROA), que acontece pelas 16h30 do dia 3 de junho. Os investimentos, refletem, segundo a CMA “o compromisso com a valorização dos espaços verdes urbanos e com o bem-estar animal”. O primeiro sábado de junho, dia 7, ficará marcado por uma visita às obras de requalificação da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, “com destaque para a libertação de uma ave recuperada pelo Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS)”, aponta a CMA. A programação conta ainda com a abertura do Centro Municipal de Interpretação Ambiental (CMIA) de quarta-feira a sábado, das 09h às 12h30 e das 13h30 às 17h00. Nos dias 4 e 7 de junho, realiza-se a atividade “Astronomia à Noite”, enquanto nos dias 5 e 6 decorrerá a “Amostragem de Borboletas Noturnas”. A programação completa pode ser consultada no site oficial da CMA. A participação nas atividades é gratuita, mas é necessário proceder a inscrição através do endereço de email ambiente@cm-aveiro.pt.
"Pont(e)s de Acesso”: Semana dos Arquivos do CDI agendada para 9 a 14 de junho
Promovido pelo Centro de Documentação de Ílhavo (CDI), o evento inclui atividades para diferentes públicos, desde visitas guiadas, jogos pedagógicos, lançamento da Hemeroteca Digital de Ílhavo e um Seminário sobre o património arqueológico e histórico. Sob o mote "Município de Ílhavo: legado ou criação?", a programação pretende “estabelecer pontes, veiculando o arquivo, a informação e o conhecimento sobre o município junto da comunidade”, lê-se em nota enviada às redações. Um dos pontos altos da Semana dos Arquivos é o seminário “O Concelho de Ílhavo: legado ou criação?”, agendado para 14 de junho, sábado, entre as 14h30 e as 18 horas. A autarquia destaca ainda a apresentação da Hemeroteca Digital de Ílhavo, que acontece a 13 de junho, sexta-feira, pelas 18h no Laboratório das Artes Teatro Vista Alegre. A apresentação é aberta a toda a comunidade e vai contar com a presença do jornal “O Ilhavense”, da Associação Quinto Palco e da equipa do CDI. A programação completa pode ser consultada através do site oficial.As inscrições para todas as atividades do Pont(e)s de Acesso, são gratuitas e podem ser efetivadas através da submissão de resposta ao formulário online.