Última hora: Simão Santana e Rogério Carlos demitem-se da Comissão Política do PSD-Aveiro
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Redação
Última hora: Simão Santana e Rogério Carlos demitem-se da Comissão Política do PSD-Aveiro.
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Recomendações
Futuro do Mercado do Peixe será decisão do próximo Executivo
O concurso previa, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, uma concessão por “dez anos”, com um “valor base mensal de 3.000 euros (acrescidos de IVA)” e um “período de carência de seis meses”. A iniciativa, aprovada em abril deste ano, tinha como data-limite para apresentação de candidaturas o “dia 30 de maio de 2025”. No entanto, a ausência de interessados levou o executivo a decidir pela “não adjudicação do procedimento”. Na reunião camarária, no período da ordem do dia, José Ribau Esteves, presidente da CMA, explicou a decisão de não avançar com um terceiro concurso. “Entendemos que é um tipo de procedimento que nesta fase do mandato não faz sentido e depois ainda por cima conjugado com a época do ano. Se nós já não tivemos candidatos, o pico de verão para a restauração é sempre um pico de trabalho também”, justificou. No seguimento, Ribau Esteves sublinhou ainda que a gestão e utilização do edifício continuará a ser feita pela autarquia, com enfoque cultural e comunitário, à semelhança do que tem acontecido nos últimos tempos. “Vamos prosseguir a gestão como temos feito do Mercado do Peixe como edifício cultural. Neste momento, está lá a Feira do Livro e estão vários eventos lá marcados para ocorrerem. É isso que vamos continuar a fazer. Deixar para os gestores do próximo mandato a decisão sobre o futuro [do Mercado do Peixe]”, sublinhou. A proposta foi aprovada por unanimidade.
“Casa para Viver”: Aveiro junta-se à luta nacional pela habitação este sábado
Entre sábado e domingo, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Covilhã, Elvas, Faro, Lisboa, Portimão, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu vão promover uma jornada de luta pela habitação e apresentar um Caderno Reivindicativo de Emergência para o problema, com doze pontos. Antes de mais, propõem o controlo das rendas “como uma medida urgente e necessária neste momento” e, em paralelo, o aumento da duração dos contratos de arrendamento para dez anos, destacou, em declarações à Lusa, André Escoval, um dos porta-vozes da plataforma Casa para Viver e membro do movimento Porta a Porta. A plataforma identifica ainda “as necessidades” de limitar o alojamento local, proibindo novas licenças e acabando com os benefícios fiscais. Travar “todas as formas de despejo sem alternativa de habitação digna” é outra das exigências. “Não podemos agravar um problema que já é, só por si, grave”, realça André Escoval. Por outro lado, “é preciso colocar todas as casas vazias no mercado de arrendamento, desde logo o património público” e excluindo as casas de segunda habitação e as casas de emigrantes. “Tudo o resto tem que ser de imediato mobilizado para dar resposta a este problema”, defendeu André Escoval. A construção de mais habitação pública também consta do caderno, como “uma medida estrutural e necessária”, mas que não tem um efeito rápido. “O problema que nós vivemos hoje é uma emergência nacional e precisa de respostas imediatas. A utilização das casas vazias para o mercado de arrendamento é uma medida de extrema urgência e de extrema necessidade que precisa de ser tomada como opção política para resolver o problema agora. Nós não queremos soluções para amanhã”, reivindicou André Escoval. Por outro lado, defendem o aumento da fiscalização sobre os arrendamentos ilícitos. “Estamos numa altura em que o arrendamento ilícito tem uma presença muito significativa no nosso país e não há nenhuma entidade de controlo. Hoje em dia é muito mais fácil ter um despejo do que ter uma entidade que fiscalize a existência de contratos ilícitos ou que faça valer os contratos que foram estabelecidos”, comparou. André Escoval assinalou que todas as medidas propostas no caderno reivindicativo “são políticas e não custam propriamente dinheiro ao erário público”, salvaguardando o investimento no parque público de habitação. “Não podemos continuar com 2% de parque público de habitação. É necessário, de facto, uma opção estrutural na habitação. Se há dinheiro para a guerra, também tem que haver dinheiro e, antes de mais, tem que haver dinheiro para um parque público efetivo”, sustentou. Recordando que a crise na habitação “agrava-se há muito tempo e de forma acelerada”, a plataforma Casa para Viver vê o Governo ir “em sentido contrário”, mantendo o estatuto dos residentes não habituais e os vistos ‘gold’, fazendo “discriminação entre imigrantes a partir da sua capacidade de investimento”. Por isso, não espera que “[a mudança] aconteça por vontade do governo” e daí ter convocado um fim de semana “de luta” em defesa do direito à habitação. “Isto tem que nos levar à rua, a alargar, a sermos mais, a impor a este Governo aquilo que ele não quer cumprir”, apela.
RIA leva arte aos bairros de Aveiro e encerra com arraial no Jardim do Alboi
Apesar da alteração de local para o momento de convívio, o programa artístico da segunda edição do RIA mantém-se conforme o inicialmente anunciado. Tal como noticiado pela Ria, a partir das 14h00, na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, o público poderá embarcar num percurso cultural por “dez estabelecimentos locais”: Alma de Alecrim, Brenzo, Maldita Brewpub, Trigamilha Mãe, Yeah! Aveiro, Though Love Taproom, Choice Boutique, PokeBox, The Iron Duke e Raiz - O Vegetariano do Bairro — onde estarão patentes diversas expressões artísticas, desde música a ilustração, pintura, bordados, crochê e tufting. Os artistas envolvidos nesta mostra urbana são: Ana Sofia Mendes, Gabriela Lário, Renato Nakazone, Yana Protasova, Joana Braga, Hélder Brandão Antunes, Sigra, Alice Boavista, Isabel Sixel, Rita Ricardo, Elsa Mendes, Camilo Esteban e SQE Rugs. O evento culminará, então, no Jardim do Alboi, a partir das 18h30, com um momento de celebração "ao estilo bairrista", onde não faltarão “música, petiscos e diversão”.
BE critica PSD/CDS e reforça proposta de creches públicas em Aveiro
Na nota enviada às redações, o BE aponta o dedo ao executivo PSD/CDS, afirmando que a “realidade (…) dá razão ao Bloco de Esquerda”. “Na última reunião camarária, Ribau Esteves admitiu a possibilidade de a autarquia "começar a fazer creches", assumindo a própria câmara a construção de respostas para a população infantil. O presidente da Câmara assumiu que não existe atualmente capacidade de responder à procura de vagas”, lê-se na abertura do comunicado. Os bloquistas recordam que na Assembleia Municipal de setembro de 2024 tinham apresentado uma proposta, onde alertavam para a necessidade de “aumentar (…) essa capacidade de resposta que é necessária”, relativamente a infraestrutura de educação pré-escolar. Na sua intervenção em setembro, João Moniz, deputado do BE na Assembleia Municipal, destacou que a oferta pública de creches “é uma necessidade do país”, com especial relevância no concelho de Aveiro. Esta situação resulta não só da implementação do programa Creche Feliz — considerado pelo Bloco como “um programa importante, mas que, pela sua natureza, contribuiu para um aumento natural da procura” — como também do crescimento da população local, o que exerce uma “pressão acrescida sobre a procura”. Na mesma Assembleia, José Ribau Esteves reconheceu que “não há dúvida nenhuma que a rede [de creches] tem de crescer quantitativamente”, apontando que o município estaria a trabalhar para entender “qual será o melhor caminho que devemos seguir sabendo que (…) estamos muito bem com o caminho que temos tido com essa oferta exclusivamente entregue às nossas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)”. João Moniz acabou por notar, na sua intervenção final relativa à discussão da proposta, o “amplo consenso” relativamente à falta de respostas, lembrando que a proposta não propunha “acabar com a resposta das IPSS’s”, mas sim “aumentar a resposta, mas garantindo que ela é pública”. A proposta acabou por ser rejeitada, com voto contra do PSD/CDS e a abstenção do PS e PCP. No comunicado agora divulgado, os bloquistas dão nota de que a questão foi levantada ontem na reunião camarária pelo vereador socialista Fernando Nogueira, mas recordam também a posição do PS em setembro, frisando que o partido “apenas constata as falhas do modelo que partilha com o PSD/CDS”. E reforça: “ao longo de todo o mandato, o PS não apresentou nenhuma proposta alternativa e não votou favoravelmente a proposta do Bloco de Esquerda”. Note-se que na reunião camarária desta terça-feira, dia 24, Fernando Nogueira alertou que “há um pouco mais de 3300 pessoas à espera de resposta social: 2200 em creches e mil cento e pouco em estruturas residenciais para idosos. E os investimentos em curso não ultrapassam a centena e meia de lugares novos”. “No caso das creches há um horizonte (…) de aumentar a resposta social e a capacidade em 60 lugares na Glória e Vera Cruz”, sublinhou ainda o vereador socialista. Face à situação exposta, Ribau Esteves alertou para a necessidade de se ter “cuidado com os números”, explicando que as “3300 pessoas à espera” incluem casos em que uma mesma pessoa pode estar inscrita em várias listas em simultâneo. Ainda assim, reconheceu: “Não temos resposta para todos”. O autarca defende que é necessário discutir e tomar decisões sobre a integração — ou não — das creches no sistema público. “O não é o que existe hoje", afirmou, acrescentando que é fundamental “assumir, de forma definitiva, que a câmara municipal vai começar a criar creches e que esta oferta será tratada como todas as outras, nomeadamente a mais parecida com ela que é a pré-escolar”, refletiu. O comunicado termina com os bloquistas a reforçarem que “construir creches públicas em Aveiro é uma das principais prioridades da candidatura autárquica”. Para João Moniz, candidato do Bloco à presidência da Câmara Municipal, a construção dessas infraestruturas “deve ser uma das prioridades do investimento público em Aveiro, para garantir mais rendimentos disponíveis para as famílias e uma melhor educação para as crianças". “No concelho de Aveiro existem 25 creches privadas sem fins lucrativos e quatro privadas com fins lucrativos, respetivamente, com capacidade para 1.391 e 118 crianças. Apesar do financiamento público, não existem creches públicas em Aveiro”, atentou ainda a nota enviada pelo Bloco de Esquerda.
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Orçamento Participativo de Ílhavo 2025 com quatro projetos vencedores
“Água para todos”, de Maria Francisca Melo, “Esterilizar é amar e responsabilizar”, de Sandra Almeida, “Maiores a Rodar pelo Ambiente”, de Helena Fidalgo e “Escola mais acessível”, de Matilde Carneiro, foram os projetos vencedores da edição de 2025 do Orçamento Participativo de Ílhavo. Os resultados foram divulgados na quinta-feira, dia 25. O projeto mais votado, com 203 votos, foi “Água para todos”, apresentado por Maria Francisca Melo, de 23 anos. Com um valor estimado de 15 mil euros, o projeto propõe a instalação de bebedouros em locais de prática desportiva, acessíveis a pessoas e animais, dá nota a autarquia. Em segundo lugar, com 200 votos, ficou o projeto “Esterilizar é amar e responsabilizar”, da autoria de Sandra Almeida, de 43 anos. A proposta visa a criação de vales para esterilização de animais de companhia, apoiando financeiramente famílias residentes no concelho e promovendo o bem-estar animal, a saúde pública e a responsabilidade comunitária. A proposta tem um orçamento de 30 mil euros. “Maiores a Rodar pelo Ambiente” é o terceiro projeto mais votado. Apresentado por Helena Fidalgo, de 71 anos, recolheu 178 votos e conta com um valor estimado de 20 mil euros. Prevê a aquisição de três bicicletas elétricas adaptadas para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, a utilizar nos espaços da Maior Idade. O projeto incluirá ainda um programa de voluntariado com foco em atividades ambientais. A quarta proposta vencedora foi “Escola mais acessível”. Idealizada por Matilde Carneiro, de 17 anos, com um total de 3 mil euros, a proposta pretende garantir maior autonomia a alunos com mobilidade reduzida ou temporariamente limitada, através da implementação de um sistema de cartão de acesso ao elevador escolar. “A edição de 2025 contou com uma dotação total de 100.000 euros, com um limite máximo de 70 mil euros por projeto”, informa a nota enviada às redações. A concurso foram submetidas 30 propostas – mais oito do que na edição anterior - e mais de metade foram apresentadas por participantes até aos 23 anos. Também O número de votos também aumentou, com 717 pessoas a participar na votação, mais 166 do que em 2024. Das propostas submetidas, 22 foram validadas e avançaram para a fase de votação, aponta ainda a Câmara de ílhavo. Esta foi a terceira edição da iniciativa, reforçando “o compromisso da Câmara Municipal de Ílhavo com a participação cidadã e evidenciando o crescente envolvimento da população no desenho e melhoria do território”, apontam ainda. Os resultados detalhados podem ser consultados através do site oficial da iniciativa.
SASUA abre candidaturas ao alojamento para o próximo ano letivo com previsão de até “800 camas”
Estão oficialmente abertas as candidaturas ao alojamento nas residências universitárias da Universidade de Aveiro (UA) para o ano letivo 2025/2026. Os estudantes que já se encontram alojados em 2024/2025 e pretendem renovar o seu lugar devem submeter a candidatura até “31 de julho de 2025”. Os resultados serão comunicados por email institucional até “30 de agosto”, conforme se lê no site da UA. A candidatura é realizada através de formulário próprio, disponível online. Os estudantes que apresentem o pedido depois da data-limite serão colocados em lista de espera, ficando sujeitos à existência de vagas. Os estudantes realojados manterão o quarto ou residência, desde que não haja impedimentos ou pedido de mudança indicado no formulário. Em entrevista à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), admite que a procura pelo alojamento poderá ser ainda “maior” este ano, acompanhando o aumento geral dos pedidos de apoio social. “Este ano, ultrapassámos os 4600 pedidos. (…) A universidade está cada vez mais a ser procurada por estudantes deslocados (…) e, com isso, é expectável que haja também um aumento do número de pedido de apoios sociais, onde se inclui o alojamento”, afirmou. Do total de pedidos recebidos, cerca de “1500 estudantes” solicitaram alojamento para este ano letivo. Questionado sobre a possibilidade de haver mais camas disponíveis no ano letivo de 2025/2026, João Ribeiro explica que “há várias variáveis” envolvidas, mas a expectativa é de que a redução na oferta “não seja significativa” em relação à atual, que conta com “cerca de 800 camas disponíveis”. “O campus de Santiago está em renovação com vários edifícios. Nós neste momento já temos a libertação de um edifício concluído que é o Bloco A1 e há três blocos que é expectável que sejam libertados porque estão a ser intervencionados (…) até ao início do ano letivo. No entanto, há outros quatro que vão ser intervencionados a partir de agora e, portanto, é admissível que não estejam disponíveis no início do ano letivo”, explicou. Ainda assim, João Ribeiro partilhou que a expectativa é que no próximo ano estejam disponíveis entre “700 e 800 camas”. “É também expectável — embora sem garantias — que pelo menos um dos edifícios das novas residências no Crasto esteja concluído e disponível no último trimestre do ano”, acrescentou. A possibilidade de recorrer novamente à Pousada da Juventude para reforço da oferta também está em cima da mesa. “Esse mecanismo, a manter-se, iremos recorrer a ele, seguramente”, garantiu o diretor delegado dos SASUA. Recorde-se que este ano, de forma excecional, foram disponibilizadas 22 camas adicionais em Aveiro no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, através de protocolos com a Movijovem e o INATEL. No total, esse plano disponibilizou 706 camas, sendo 603 em pousadas da juventude. O diretor delegado dos SASUA lembrou ainda que os estudantes que não obtenham vaga em residência universitária poderão recorrer ao complemento de alojamento, apresentando contrato e recibos de arrendamento aos SASUA. A UA espera ainda poder firmar acordos com o setor privado, no chamado “eixo 2” da linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior, embora ainda sem confirmações definitivas. Recorde-se ainda que para os novos estudantes, a candidatura ao alojamento só deverá ser feita após a publicação dos resultados do concurso nacional de acesso e matrícula na UA. Já os estudantes internacionais e de mobilidade (Erasmus) que pretendam alojamento devem contactar a Divisão Internacional da UA: [email protected].
Bairro Comercial Digital de Albergaria-a-Velha dinamiza comércio local
A iniciativa, lançada pela Câmara de Albergaria-a-Velha no ano passado num investimento superior a 900 mil euros, “visa modernizar o comércio local, reforçando a sua competitividade, atratividade e capacidade de adaptação à transição digital”. “Encontra-se em fase avançada, o desenvolvimento de um marketplace digital, com cerca de 180 comerciantes já aderentes, aproximando o comércio tradicional de novos públicos e oportunidades, com o objetivo de atingir os 200 participantes”, adianta uma nota de imprensa sobre o projeto. De acordo com a mesma informação, o município tem promovido sessões de formação no âmbito do programa “+Próxima”, do Turismo de Portugal, com o objetivo de capacitar comerciantes e pequenos empresários nas áreas da digitalização, inovação e excelência no atendimento, que contaram com 135 participantes. Para António Loureiro, presidente da câmara municipal, “o sucesso do projeto depende agora da adesão ativa dos comerciantes à utilização das ferramentas digitais e ao carregamento de conteúdos”. “É fundamental fortalecer a ligação entre o comércio local e a comunidade para projetar Albergaria-a-Velha como um destino de confiança, inovação e hospitalidade”, salienta. Segundo a autarquia, o projeto está já a transformar o centro urbano da cidade, através da criação de uma identidade gráfica própria visível em diversos suportes físicos e digitais. Em colaboração com os lojistas foi feito também o reforço da rede de Wi-Fi gratuita no centro da cidade. A intervenção inclui ainda a instalação de mupis digitais e ecrãs interativos em pontos estratégicos do centro urbano, permitindo a divulgação em tempo real de produtos, serviços e eventos. “O Bairro Comercial Digital – A Arte de Bem Receber afirma-se assim como uma aposta clara na valorização do comércio local e na transformação digital do território, contribuindo para um município mais inteligente, conectado e acolhedor”, conclui a nota.
Feira espera 9.000 pessoas em prova com 39 carros artesanais feitos pela comunidade
O número é o indicado pela organização do evento, a associação Malapeiros Rolantes, que diz ter registado essa audiência na edição de 2024 e espera mantê-la ou superá-la este ano, já que o percurso de 1,8 quilómetros no centro da freguesia de São João de Ver, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atrai muita gente “que gosta deste tipo de gincana, com os carros a descer por curvas muito acentuadas, numa estrada de declive considerável”. Com um aumento de 25% no número de equipas participantes, já que em 2024 elas eram 31 e este ano chegam às 39, a iniciativa implica um investimento na ordem dos 20.000 euros, à base sobretudo de donativos e patrocínios, e envolve o trabalho de cerca de 200 pessoas, no que se incluem 62 pilotos e copilotos – entre os quais o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, e, noutro carro, o seu irmão Nuno Albergaria, presidente da Junta de São João de Ver. Para Vítor Duarte, que preside à associação Malapeiros Rolantes, essa participação demonstra “o brio comunitário da freguesia, que se envolve com entusiasmo na construção dos carros – todos sem motor e movidos só por força da gravidade, mas podendo demorar umas 40 horas a criar e custar muito dinheiro, consoante o empenho e o engenho das equipas” que neles trabalham. “Há uns carros que são feitos por membros da mesma família, na garagem ou pátio de casa; há outros que são feitos por colaboradores da mesma empresa, nas horas vagas; e ainda há aqueles que são feitos por dois ou três amigos que podem nem perceber muito de mecânica, mas se juntam por carolice para criar uma máquina que, mesmo se não for muito rápida, é sempre divertida”, garante o presidente da associação. Essa componente lúdica prende-se com o facto de cada equipa escolher um tema ao seu gosto para decoração das viaturas e muitas vezes evocar nessa estética temas relacionados com a freguesia e o concelho – apostando, por exemplo, num veículo em forma de rolha de champanhe, em alusão à indústria corticeira, ou num carro com a forma de malápio, em referência à maçã autóctone que ficou para a história por ter sido oferecida pelos habitantes ao rei D. Manuel II, na sua passagem pela freguesia para inaugurar a Linha Férrea do Vouga, e depois atirada pelas crianças aos comboios que passaram a atravessar São João de Ver. Vítor Duarte nota, contudo, que a festa já não se restringe a participantes do concelho da Feira e este ano alarga-se também a equipas do Carregal do Sal, município do distrito de Viseu onde “também há adeptos do bom humor, da alegria e de alguma adrenalina, já que o troço implica sempre algum risco, dadas as curvas apertadas da estrada, a inclinação do piso e os diversos obstáculos da gincana”.