RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

País

Portagens sobem 70 cêntimos entre Lisboa e Porto e 60 cêntimos entre Lisboa e Algarve

As portagens na A1, entre Lisboa e Porto, aumentam 70 cêntimos, para 24,60 euros, a partir de 01 de janeiro, enquanto as da A2, entre Lisboa e Algarve, avançam 60 cêntimos, para 23,30 euros, anunciou hoje a concessionária.

Portagens sobem 70 cêntimos entre Lisboa e Porto e 60 cêntimos entre Lisboa e Algarve
Redação

Redação

27 dez 2024, 16:10

Estas subidas, para os veículos da classe 1, têm como referência, tal como previsto no contrato de concessão, a taxa de inflação homóloga, sem habitação, registada em outubro no continente, e o adicional de 0,1% contemplado na lei devido à limitação na subida das portagens imposta em 2023 devido ao contexto de elevada inflação.

Segundo anunciou hoje a Brisa em comunicado, as tarifas das portagens das autoestradas que lhe estão concessionadas vão ser atualizadas em 2,21% a partir do dia 01 de janeiro de 2025.

O mecanismo de atualização abrange 52 das 93 taxas de portagem da classe 1, com a Brisa a destacar que, tal como verificado no passado, também em 2025 "existem casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores".

É isto que explica a subida nos dois percursos referidos e que, por exemplo, entre Lisboa e Cascais (A5) se mantenha inalterado nos 1,50 euros, enquanto a viagem entre Lisboa e Oeiras aumente em cinco cêntimos, passando a custar 0,40 euros.

Circular pela CREL, por seu lado, custará mais 15 cêntimos a partir do dia 01 de janeiro, num total de 3,70 euros, enquanto o percurso Porto/Valença (A3) avança 20 cêntimos (para 9,95 euros) e a ligação Marateca/Caia (A2/A6) aumenta 35 cêntimos, para 15,05 euros.

A informação hoje divulgada pela Brisa indica ainda que a concessionária prevê investir 64 milhões de euros na sua rede, nomeadamente em obras de beneficiação em pavimentos e reabilitação de viadutos e taludes, entre outros trabalhos.

Recomendações

Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro
País

Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro

A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo. A 26 de junho, o Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro. Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro. As últimas eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro de 2021, em 2017 foram a 01 de outubro, em 2013 a 29 de setembro, em 2009 realizaram-se em 11 de outubro e em em 2005 a 09 de outubro. Antes, as autárquicas realizavam-se em dezembro.

Portugal registou 69 mortes em excesso durante alerta de calor
País

Portugal registou 69 mortes em excesso durante alerta de calor

“Durante o período de alerta de tempo quente que teve início a 28 de junho de 2025 foi detetado um excesso de mortalidade, observando-se 69 óbitos em excesso em Portugal Continental”, indicou a DGS. De acordo com o índice Ícaro (que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade) de 2 de julho de 2025, a autoridade de saúde alerta ser “previsível que se mantenha um impacto significativo do calor sobre a mortalidade nos próximos três dias, podendo motivar uma revisão em alta do excesso de mortalidade”. A DGS salienta que o calor extremo é um fenómeno conhecido por ter potencial impacto negativo na saúde, como consequência de desidratação e/ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores. Antevendo a onda de calor que viria a registar-se, a Direção-Geral de Saúde, de acordo com as informações mais atualizadas do IPMA e dos restantes parceiros, emitiu a 25 de junho de 2025, nas suas diferentes plataformas, várias recomendações à população de proteção contra o calor. A DGS refere que irá manter uma monitorização regular da situação, atualizando a informação sempre que necessário. Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA. No domingo, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius (ºC). As 31 estações, de um total de 90, em que foram alcançados ou ultrapassados máximos foram, além de Mora, Alvega com 46ºC (último máximo era de 45,4ºC), seguido de Alvalade, Coruche, Tomar, Pegões, Avis, Mértola, Santarém, Amareleja, Reguengos, Beja, Proença a Nova, Zebreira, Alcoutim, Estremoz, nelas, Chaves, Cabeceira de Bastos, Moimenta da Beira, Arouca, cabril, Zambujeira, Vila Real, Viseu, Pampilhosa da Serra, Vinhais, Lamas de Mouro, Foía e Montalegre, que alcançou os 34,4ºC (anterior máximo tinha sido de 34ºC em 20 de junho de 2003. Na estação de Portalegre foi também ultrapassado, no domingo, o anterior máximo absoluto da temperatura mínima do ar, em junho, com 31,5ºC. De acordo com os dados do IPMA, ainda no domingo, cerca de 82% das estações meteorológicas registaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 35°C e cerca de 37% das estações meteorológicas alcançaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 40°C. O dia 29 foi o mais quente do mês com um valor médio de temperatura máxima de 38,5°C (desvio em relação à média mensal de +11,8°C) e um valor médio de temperatura mínima de 28,7°C (desvio em relação à média mensal de +8,4°C).

Regiões defendem em Bruxelas mais apoios para responder aos desiquilíbrios do turismo
País

Regiões defendem em Bruxelas mais apoios para responder aos desiquilíbrios do turismo

O apelo foi feito durante um debate realizado com o comissário europeu responsável pelos Transportes e Turismo Sustentáveis, Apóstolos Tzitzikostas, no âmbito da reunião plenária do Comité das Regiões da União Europeia. No encontro, no qual intervieram os presidentes da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, e de Aveiro, José Ribau Esteves, os dirigentes locais e regionais apelaram a um maior reconhecimento do seu papel na gestão dos “impactos do turismo desequilibrado e solicitaram recursos adequados para lhes fazer face”. Entre os principais constrangimentos apontados pelos intervenientes, resultantes do desequilíbrio da atividade turística nos “destinos mais populares”, está a sobrelotação, a pressão sobre as infraestruturas e os recursos naturais, a gentrificação e o aumento dos custos da habitação. Para fazer face a estes problemas, os membros do Comité das Regiões defenderam a “necessidade urgente de apoiar destinos que exigem abordagens diferentes para gerir os fluxos turísticos”, incluindo a sua limitação ou reorientação ou a restrição da oferta de arrendamento de curta duração. Manifestaram ainda preocupação com o impacto das alterações climáticas nos destinos europeus e sublinharam a importância de trabalhar com as comunidades locais em questões como a distribuição de água, a habitação, a mobilidade e o ordenamento do território. Os dirigentes locais e regionais apelaram, igualmente, a um acesso mais facilitado ao financiamento e a dados mais concretos, que permitam um “acompanhamento eficaz do impacto local do turismo”. Nesse sentido, os membros do Comité das Regiões manifestaram a sua expectativa pela nova estratégia da União Europeia para o Turismo Sustentável, que deverá ser apresentada pela Comissão Europeia no primeiro trimestre de 2026. Durante a sessão plenária foram também evocados os 40 anos da adesão de Portugal e Espanha à União Europeia, tendo as delegações dos dois países apresentado uma declaração conjunta, na qual reafirmam o compromisso com as políticas europeias para as regiões e para os cidadãos. Na reunião plenária de hoje do Comité das Regiões decorreu ainda um debate com o comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Christophe Hansen, durante o qual os líderes locais e regionais apelaram a um maior ênfase regional na Política Agrícola Comum (PAC) pós-2027 e a uma maior participação territorial na governação da PAC.

Chefias da guarda prisional convocadas para greve no próximo dia 17
País

Chefias da guarda prisional convocadas para greve no próximo dia 17

Em comunicado, a associação considera que se chegou “ao estádio de entropia organizacional” e que “o sistema prisional não aguenta” a “desordem e aleatoriedade da gestão” dos serviços. “A desorientação, a inércia e a indecisão, e a ausência de proatividade, vão provocar desgraças”, afirma a ASCCGP, acrescentando que “não será passível de imputar negligência e responsabilidade aos trabalhadores, mas sim ao Estado”. “Chega de invocarem as «costumeiras» violações de deveres e de falta de cuidado, quando são, inequivocamente, os primeiros a não acautelar a existência de recursos, promovendo, de forma consciente, o presente contexto prisional”, refere o sindicato. A ASCCGP apela aos trabalhadores integrados na carreira de chefe da guarda prisional para fazerem greve daqui a duas semanas, adiantando que “serão assegurados os serviços mínimos previstos” na lei. A greve tem como objetivos, além dos referidos, protestar “contra a falta de segurança nos estabelecimentos prisionais”, “a obsessão da DGRSP (Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais) na realização de diligências” e a “inércia governativa de promoção de medidas de atratividade para a profissão”. A ASCCGP pede ainda o “pagamento imediato do suplemento de segurança prisional (sonegado desde Janeiro de 2014) a todos que exercem funções de Chefe de Equipa” e que a profissão seja classificada como de "Desgaste rápido". Desde a fuga de cinco reclusos da cadeia de alta segurança de Vale de Judeus em setembro de 2024 que as questões de segurança nos estabelecimentos prisionais têm estado em discussão, tendo o episódio motivado a demissão do então diretor-geral de reinserção e serviços prisionais e auditorias às prisões por ordem da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice. Os guardas prisionais têm insistido que a falta de efetivos compromete a segurança dos estabelecimentos prisionais. Em declarações à Lusa no Dia do Corpo da Guarda Prisional, a 27 de junho, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, expressou preocupação pela situação de insegurança e degradação nas prisões, mas disse ter “total confiança” na ministra da Justiça para as resolver.

Últimas

Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro
País

Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro

A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo. A 26 de junho, o Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro. Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro. As últimas eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro de 2021, em 2017 foram a 01 de outubro, em 2013 a 29 de setembro, em 2009 realizaram-se em 11 de outubro e em em 2005 a 09 de outubro. Antes, as autárquicas realizavam-se em dezembro.

Ciclaveiro critica Câmara por falta de apoios a projetos que promovem mobilidade ativa
Cidade

Ciclaveiro critica Câmara por falta de apoios a projetos que promovem mobilidade ativa

O comunicado surge na sequência da comparticipação financeira aprovada e atribuída na última reunião de Câmara (24 de junho), à Federação Portuguesa de Ciclismo para apoio ao programa “O Ciclismo vai à Escola”, que integra a realização da 3.ª Etapa da 5.ª edição da Volta a Portugal Feminina em Bicicleta. A instituição aveirense “felicita o Executivo Municipal pelo seu declarado compromisso com a promoção da mobilidade suave”, mas critica a comunicação da autarquia, apontando que “uma prova de ciclismo — ou mesmo o termo “ciclismo”, enquanto prática desportiva — não deve ser confundida ou promovida como mobilidade suave”. A Ciclaveiro atenta ainda que o ciclismo se trata efetivamente de uma atividade física, “mas com objetivos distintos, centrados na velocidade e num ambiente de competição, e não no uso quotidiano da bicicleta como modo de transporte acessível, seguro e sustentável, inserido num contexto diário de deslocação na cidade”. A nota frisa a promoção “contínua, resiliente e com bastantes desafios orçamentais” levada a cabo pela Ciclaveiro na promoção da mobilidade sustentável e apontam projetos como “a Casa da Bicicleta - com cicloficina comunitária, veloteca e agenda de eventos -, o PéPedal, a Academia Mini Rodas e a KidicalMass” como exemplos de “iniciativas que incentivam a mudança de comportamentos, envolvendo a comunidade local e as comunidades escolares na promoção do uso diário da bicicleta em segurança”. Atentam, ainda, que “o impacto destas ações seria significativamente ampliado se a preocupação da autarquia se traduzisse também no apoio consistente a estas iniciativas e na criação de condições reais de segurança e acessibilidade para os cidadãos que querem, mas não conseguem, utilizar a bicicleta como modo de transporte na cidade”. A Ciclaveiro sublinha ainda que as atividades têm sido desenvolvidas “com o apoio institucional do Agrupamento de Escolas de Aveiro, o apoio logístico e de mobilização das 4 Associações de Pais e Encarregados de Educação das escolas de ensino pré-escolar e básico de 1º ciclo, com a disponibilidade inspiradora de cerca de 200 pais e encarregados de educação e os recursos humanos da Ciclaveiro, que trabalham de forma totalmente voluntária para gerir, coordenar, operacionalizar e articular toda a implementação do PéPedal nas 4 escolas” do Agrupamento de Escolas de Aveiro. Reparam, ainda, que as atividades são desenvolvidas sob o compromisso com “uma mudança efetiva de hábitos de mobilidade das famílias” e que o projeto “visa efetivamente promover hábitos de mobilidade ativa das crianças e das famílias nas deslocações para a escola”. Ainda assim, “até à presente data, a autarquia não tem visto neste projeto qualquer mérito que mereça apoio financeiro ou sequer institucional, apesar dos inúmeros contactos e tentativas de envolvimento do Município que a Ciclaveiro tem feito desde o primeiro dia da sua implementação”. “Entendemos que ter o Município como parceiro institucional do PéPedal e apoio financeiro para a sua execução e manutenção ao longo do ano letivo nas escolas básicas do centro da cidade permitiria alavancar o impacto do projeto na comunidade e na real transformação da mobilidade urbana, dando-lhe uma visibilidade e projeção necessárias à captação de fundos nacionais e europeus que permitissem melhorá-lo e até replicá-lo para outras escolas do concelho”, afirmam. A Ciclaveiro termina o seu comunicado lamentando que o executivo municipal não tenha “entendido” e continue “a optar por apoiar iniciativas de carácter desportivo e de competição, traduzidas em eventos pontuais que em nada alteram os hábitos de mobilidade das crianças e jovens do concelho que continuarão a usar a bicicleta em contexto desportivo e/ou de lazer, perpetuando o paradigma de mobilidade assente no uso do automóvel privado com óbvios e sobejamente conhecidos prejuízos para o bem estar, saúde e qualidade de vida dos cidadãos, aumento do congestionamento urbano, poluição e desequilíbrios ambientais”. A Ciclaveiro aponta que “continuará a fazer o seu trabalho de forma convicta, contando com todos os que, de forma extraordinária e notável, acreditam e apoiam uma mudança na forma como nos deslocamos na cidade”. 

PS questiona Governo sobre serviço de ginecologia e obstetrícia de Aveiro
Região

PS questiona Governo sobre serviço de ginecologia e obstetrícia de Aveiro

“Tendo em conta a demissão do diretor do serviço de ginecologia/obstetrícia do Hospital de Aveiro e a consequente probabilidade de terem de encerrar a urgência de obstetrícia, os deputados socialistas questionam a ministra da Saúde sobre que medidas foram adotadas, ou vão ser imediatamente adotadas, para obstar ao encerramento da urgência de ginecologia/obstetrícia”, diz o comunicado. Salientando que tal encerramento “se traduzirá numa situação extremamente gravosa para a população”, os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro questionam a ministra da Saúde sobre “que medidas está o Governo a tomar para evitar a rutura de tão importante serviço hospitalar na região de Aveiro”. No texto, os deputados do PS “admitem que a situação estará relacionada com a falta de profissionais necessários para colmatar as escalas de serviço”. Afirmam também que, “do que foi possível saber, a escala submetida para o mês de julho apresenta um elevado número de encerramentos”. “A par desta escassez de recursos humanos, sabe-se ainda que a maioria das Unidades Locais de Saúde ainda não viram aprovados os seus Planos de Desenvolvimento Organizacional, o que impedirá a abertura de novos concursos para a contratação de profissionais em falta”, criticam. O conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro confirmou terça-feira à Lusa que recebeu o pedido de demissão do diretor Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Aveiro. O pedido de demissão, segundo a administração hospitalar, surgiu na sequência “da escala de Urgência submetida para o mês de julho apresentar um elevado número de encerramentos”. Os encerramentos, de acordo com a administração, são “justificados pela total recusa dos médicos especialistas em realizar horas extraordinárias”, garantindo que “envidou todos os esforços, ao seu nível de decisão, para ultrapassar a situação”.

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica
Universidade

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica

O programa desta manhã contou, entre outros pontos, com a apresentação da “Estratégia@UA”. Na sua intervenção, Sandra Soares, vice-reitora para matérias atinentes ao ensino e formação na UA, aproveitou o momento para abordar a oferta formativa, destacando a aposta da Universidade de Aveiro na formação ao longo da vida. “Há uma série de transformações (…) na sociedade, nomeadamente a automação, a inovação tecnológica, a transição ecológica e digital, novas formas de trabalhar (…) que nos faz ter a necessidade de implementar uma estratégia (…) que permita a educação ao longo da vida e (…) o upskilling e o reskilling da nossa população”, apontou. Neste seguimento, a vice-reitora aproveitou a ocasião para dar nota de que o “funcionamento em concreto” dos cursos não conferentes de grau já se encontra implementado no Regulamento de Criação dos Cursos Não Conferentes de Grau. “O crescimento tem sido muito significativo nesta área”, afirmou. Quanto à aposta nas microcredenciais, a vice-reitora sublinhou que desde 2022 foram emitidos quase mil certificados, número que continua “a aumentar a cada dia”. A vice-reitora apontou que há ainda, no entanto, melhorias a fazer no que toca à qualidade do ensino, tendo apontado “o desenho dos cursos e a inovação curricular em função da inteligência artificial” como um dos desafios para o futuro. Sandra frisou também o crescimento registado pela Universidade quanto ao número de estudantes inscritos em cursos conferentes de grau e apontou que a instituição tem recebido também cada vez mais estudantes de fora da Região. Atentou, ainda, que os estudantes internacionais têm sido também uma tendência crescente na UA. “Os dados relativamente aos ciclos de estudo mostram um grau de internacionalização maior nos programas doutorais, seguidos dos mestrados e depois das licenciaturas, mas com números que se vêm a consolidar e mesmo a aumentar e diversificando os países de origem dos nossos estudantes internacionais”, revelou. Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sublinhou, na sua intervenção, a importância da adaptação dos métodos de ensino aos tempos atuais. Realçou que o modelo de ensino “em muitas partes, mesmo dentro desta universidade” permanece igual ao que se fazia há 50 anos, com aulas maioritariamente expositivas. No entanto, a estudante aponta que a fórmula não funciona: “[há 50 anos] era o ensino que resultava porque tínhamos dez estudantes numa sala de aula (…) atualmente temos salas com 200 alunos”. A representante dos estudantes alertou ainda para a “evolução cada vez maior”, com as novas gerações expostas cada vez a mais e diferentes estímulos. Para Joana “é necessário existirem técnicas e metodologias” que captem a atenção dos jovens estudantes. A presidente da AAUAv atentou também para a importância da reflexão interna para as realidades existentes na academia aveirense. Frisou que, se por um lado há docentes “que querem que uma aula não seja só uma aula, mas que seja um processo de construção de pensamento em conjunto”, por outro, há estudantes que continuam a ter “uma hora e meia, três horas às vezes, de débito constante daquilo que é a informação que, atualmente, qualquer estudante consegue procurar se for pesquisar online”, considerou. Por sua vez, Sandra Vieira, professora e investigadora no Departamento de Ciências Médicas da UA e vencedora do prémio Boas Práticas Inovação Pedagógica 2023/2024 sublinhou a adoção das metodologias ativas como o caminho que tem seguido precisamente para fazer face aos novos desafios sentidos. Na sua intervenção, a docente destacou algumas iniciativas que tem seguido para implementar este tipo de ensino, apontando que a recetividade dos estudantes tem sido boa, no geral, mas que o processo pode não ser linear com todas as turmas. As aulas de Sandra são realizadas em volta de uma aprendizagem baseada em problemas (problem-based learning [PBL]), com os estudantes a serem desafiados a resolver questões de forma crítica, apesar de existirem na mesma algumas aulas mais centradas na exposição de matéria. Os estudantes são ainda envolvidos em atividades de síntese de papers da área, e contam com seminários ao cargo de especialistas. Parte da avaliação dos estudantes é ainda feita com quizzes e atividades colaborativas realizadas de forma periódica. A abertura da sessão desta manhã esteve ainda a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA. A programação, que terminou esta tarde com a apresentação de práticas institucionais que promovem o sucesso escolar e previnem o abandono, contou ainda com a realização de sessões de incentivo a projetos de inovação pedagógica e com a realização de um workshop voltado para os desafios nas áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem.