RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Portugal com 82 atletas nos Jogos Mundiais Universitários Rhine-Ruhr2025

Portugal estará representado por 82 atletas nos Jogos Mundiais Universitários Rhine-Ruhr2025, em julho, uma participação com ambição de igualar as sete medalhas da última edição, assumiu hoje o presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU).

Portugal com 82 atletas nos Jogos Mundiais Universitários Rhine-Ruhr2025
Redação

Redação

05 abr 2025, 16:25

No espaço do museu no interior da Casa do Estudante-Atleta da FADU, Ricardo Nora notou o grande aumento de participantes – foram 44 em Chengdu2021, realizados em 2023 – o que também “aumenta a probabilidade de melhores resultados”, depois dos inéditos sete pódios. “Estamos felizes por proporcionar a mais estudantes, mais jovens, esta experiência. É um objetivo pessoal de todos e já nos deixa muito felizes. Ao nível dos resultados desportivos, traçando objetivos, naturalmente será a alcançar o feito de 2023 e conseguirmos trazer mais resultados, mais histórias e medalhas para Portugal”, afirmou, na cerimónia em que a FADU assinalou a preparação para o evento, que arranca daqui a 100 dias.

Desta vez mais distantes dos Jogos Olímpicos, que serão em 2028 em Los Angeles, os Jogos Mundiais Universitários têm trazido grande qualidade, com medalhados de Fernando Pimenta a Patrícia Mamona, prata em Shenzhen2011 e hoje chefe da Missão ao evento na Alemanha, de quem nora esteve ladeado na conversa com os jornalistas. “Ela é o rosto da qualidade dos atletas que têm passado por estes Jogos, estas comitivas. Alguns dos atletas estiveram na missão de 2023 e estiveram nos Jogos Olímpicos Paris2024. Relembrar que o próprio João Coelho fez marca [para os Jogos] nesses Jogos Mundiais Universitários”, declarou.

O dirigente federativo afirmou que o organismo que lidera tem estado “a trabalhar na procura de parceiros para tornar esta missão robusta”, uma vez que “o financiamento estatal, muito por via do Instituto Português do Desporto e Juventude, não chega por si só para suportar a missão”, dados os custos. Com gastos que ascendem a 200 mil euros “na globalidade do orçamento”, a missão é também “uma oportunidade” para uma participação ‘musculada’, uma vez que em 2027 os Jogos Mundiais Universitários (antigas Universíadas) vão decorrer na Coreia do Sul e, em 2029, nos Estados Unidos. “Prevemos que nos próximos anos não consigamos chegar tão rapidamente a estes números que vamos conseguir em 2025, no que diz respeito a números de participação”, acrescentou.

Há dois anos, Portugal arrecadou sete medalhas, a melhor participação de sempre, com um total de 73 portugueses envolvidos na comitiva, entre técnicos, médicos, administradores e oficiais desportivos, número que agora ascende para 120.

Com uma participação de género “muito equitativa”, Portugal competirá em Duisburgo, Essen, Mülheim, Bochum, Hagen e Berlim em busca de aumentar o pecúlio de 48 medalhas ao todo (17 de ouro, 18 de prata e 13 de bronze). A delegação lusa está apurada em atletismo, voleibol (masculino), tiro com arco, ténis, taekwondo, ténis de mesa, natação, ginástica artística, ginástica rítmica, judo e basquetebol (feminino). Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica no triplo salto em Tóquio2020, vai liderar a comitiva portuguesa em Rhine-Ruhr, região alemã que acolhe os Jogos entre 16 e 27 de julho, sucedendo a Pedro Cary, que tinha chefiado a missão a Chengdu2021 (realizados em 2023).

A 31.ª edição do evento ‘rendeu’ o ouro a João Coelho, nos 400 metros, com recorde nacional e marca de apuramento para os Jogos Olímpicos Paris2024, e Mariana Machado, nos 5.000 metros, com prata para Décio Andrade no lançamento do martelo e Eliana Bandeira no peso. Fora do atletismo, Gabriel Lopes ficou com o primeiro lugar nos 200 estilos, enquanto Camila Rebelo se sagrou vice-campeã nos 200 metros costas e nos 100 metros costas.

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Concentração elevada de pólen em quase todo o continente até dia 19
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Concentração elevada de pólen em quase todo o continente até dia 19

O boletim polínico divulgado semanalmente pela SPAIC prevê a concentração de pólen no ar com valores elevados nas regiões de Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa e Vila Real no período de 13 a 19 de junho. Os grãos de pólen na atmosfera são maioritariamente provenientes das árvores oliveira, sobreiro e carvalho e das ervas gramíneas, azeda, tanchagem, quenopódio, urtiga e urticáceas (inclui a parietária), refere a SPAIC. Para o Porto, região de Entre Douro e Minho, e Faro, região do Algarve, a previsão de concentração de pólen na atmosfera é de valores moderados. Concentração baixa de pólen na atmosfera neste período é esperada apenas para o Funchal, na região autónoma da Madeira, e Ponta Delgada, na região autónoma dos Açores.

Crimes contra idosos subiram 8,5% em quatro anos com mais de 6.500 vítimas
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Crimes contra idosos subiram 8,5% em quatro anos com mais de 6.500 vítimas

Em média, a APAV apoiou 136 idosos por mês — cerca de cinco por dia — totalizando 6.523 em quatro anos, segundo os dados divulgados por ocasião do Dia Internacional de Sensibilização para a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas, assinalado em 15 de junho. Especificando por anos, os dados indicam que, em 2021, 1.594 idosos foram vítimas de crime e violência, número que desceu para 1.528 no ano seguinte. Em 2023, aumentou para 1.671 e, em 2024, para 1.730. Na publicação “Estatísticas APAV | Pessoas idosas vítimas de crime e violência 2021-2024”, a associação salienta que a violência pode assumir diferentes formas: psicológica, física, sexual, financeira, negligência ou abandono. “Passa, também, por comportamentos muitas vezes não considerados violentos, mas que retiram às pessoas idosas poder de decisão, autonomia, liberdade e dignidade”, refere a APAV. Para a associação, esses atos constituem “violações de direitos humanos”, “abrem caminho para formas mais graves de violência e podem, até, constituir ou levar à prática de crimes”. Entre os idosos vítimas de crime, 9.462 sofreram violência doméstica (78,2%), 468 foram alvo de ameaça ou coação (3,9%), 388 de difamação ou injúria (3,2%), 386 de ofensas à integridade física (3,2%), 227 de burla (1,9%) e 1.175 foram vítimas de outros crimes e formas de violência (9,6%). Traçando o perfil da vítima, a APAV diz que a maioria são mulheres (76,5%), tem entre 65 e 74 anos (49,4%), tem de nacionalidade portuguesa (92,7%) e reside no distrito de Lisboa (21,6%). Quanto ao perfil da pessoa agressora, a maioria são homens, tem entre 18 e 64 anos (30,1%) e é filho/a da vítima (31,4%). Neste período, as situações de vitimação apresentadas à APAV foram, na sua maioria, de caráter continuado (52,7%). As situações com duração entre dois e seis anos representaram 23,6% e as de violência na residência comum 51,2% dos casos. De acordo com as estatísticas, 48% das vítimas não apresentaram queixa. A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes e disponibiliza a Linha de Apoio à Vítima, 116 006, que funciona de segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 23:00, e o apoio está também disponível através do e-mail [email protected].

Mulheres com cancros diagnosticados em 2018 sobreviveram mais do que homens
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Mulheres com cancros diagnosticados em 2018 sobreviveram mais do que homens

“Para a maior parte dos tumores malignos, as mulheres apresentaram sobrevivências superiores em relação aos homens”, lê-se nas conclusões do relatório “Sobrevivência Global – Doentes diagnosticados em 2018”, a primeira publicação do género feita em Portugal. Salvaguardando que a partir das conclusões retiradas agora não é possível obter justificações precisas, pois os dados carecem de uma “análise mais fina”, a coordenadora do RON, Maria José Bento, apontou que além de “eventualmente” poderem existir fatores biológicos associados “é um facto que as mulheres procuram ajuda mais rapidamente, logo são mais rapidamente referenciadas”. “E todos sabemos que a deteção precoce influencia positivamente a sobrevivência”, disse a epidemiologista, em declarações à agência Lusa. Especificando por tipos de cancro, a especialista, que trabalha no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, exemplificou com o tumor da mama, que é o tumor mais frequente nas mulheres e que, detetado precocemente, “tem muito bom prognóstico”. “A sobrevivência aos cinco anos [após detetado] é superior a 90% (…). No cancro do pulmão, que é um cancro de mau prognóstico e de baixa sobrevivência, e tem maior incidência nos homens do que nas mulheres, 21% dos homens vivem cinco ou mais anos. Enquanto nas mulheres, ao fim de cinco anos, 36% das mulheres está viva. Este é um dos exemplos típicos em que as mulheres têm melhor sobrevivência que os homens”, acrescentou. Em análise neste relatório estão dados sobre a sobrevivência global dos doentes oncológicos, diagnosticados em 2018, com 15 ou mais anos, residentes em Portugal à data do diagnóstico. O relatório analisa apenas os cancros primários. Foram excluídos os cancros da pele não-melanoma, bem como metástases ou recidivas. A sobrevivência ao cancro é sempre contabilizada a cinco anos porque a maior parte dos eventos ocorre nos primeiros cinco anos. A análise abrangeu 51.704 doentes e 52.953 tumores malignos invasivos, sendo a sobrevivência global a um e cinco anos de 81% e 65%, respetivamente. Cerca de 77% dos homens sobreviveu à doença pelo menos um ano, um número que baixa para 60% na sobrevivência aos cinco anos. A sobrevivência das mulheres foi superior, com 85% a sobreviver por um ano. Mais de 71% sobreviveram pelo menos cinco anos.   A equipa do RON concluiu que “a diferença de sobrevivência verificada entre os sexos, para todos os tipos de cancro combinados, ocorre em parte porque a sobrevivência para a maioria dos tipos de cancro é ligeiramente maior para as mulheres do que para os homens”. “E também porque os tipos de cancros mais comuns em mulheres apresentam maior sobrevivência do que os cancros mais comuns nos homens”, lê-se no resumo do relatório. Em relação à idade, as piores sobrevivências encontram-se nas idades mais avançadas, ou seja no grupo etário dos 75 anos ou mais, com pouco mais de metade dos doentes (54,1%) a sobreviverem cinco anos ou mais. A sobrevivência aos cinco anos entre os residentes nas sete regiões de Portugal (segundo a NUTS II – 2013) revelou a existência de desigualdades nos resultados obtidos. Os residentes nas regiões Centro, Norte e Área Metropolitana de Lisboa obtiveram as melhores sobrevivências aos cinco anos (66%), enquanto a Madeira apresentou globalmente pior resultado (60%). Considerando as taxas de sobrevivência tendo em conta a diferente distribuição etária das regiões, é na região Centro que se encontra a sobrevivência aos cinco anos mais elevada (67%), e nos Açores a mais baixa (57%). Sobre este aspeto, Maria José Bento salvaguardou que os números devem ser lidos tendo em conta a dimensão das regiões: “Estes dados são reais, mas têm que ser lidos com cuidado, nomeadamente quando há poucos casos por patologia, que é o que acontece nas regiões autónomas. Quando eu digo que a pior sobrevivência foi nos Açores, é referente àquele pequeno conjunto de dados de doentes. Em 2018 ocorreu assim, eventualmente, nos outros anos isto pode não se verificar”, disse. A especialista alertou ainda, em jeito de recomendação aos decisores políticos e responsáveis de organizações e associações ligadas ao tratamento oncológico, que “mesmo em cancros que têm já rastreio quase com cobertura nacional, como mama, colo do útero e colo retal, verificou-se que há diferenças por região que devem ser alvo de análise”. Nos homens, as melhores sobrevivências foram as do cancro da próstata, lábio e testículo. Já com uma sobrevivência aos cinco anos inferior a 15%, surgem os cancros do esófago, pâncreas, mesotelioma e os cancros de origem desconhecida. Nas mulheres, os tumores com melhor prognóstico foram os da glândula tiroideia, lábio, os associados às doenças mieloproliferativas crónicas e os da mama. Por outro lado, os menos favoráveis foram o mesotelioma e os tumores do fígado, do pâncreas e de origem primária desconhecida. Esta foi a primeira vez que o RON fez uma análise sobre sobrevivência. À Lusa, Maria José Bento explicou que a equipa vê como importante que daqui em diante se faça o seguimento dos doentes oncológicos para que se tirem conclusões, nomeadamente ao nível da acessibilidade a tratamentos, idades, referenciação, entre outros aspetos. “Não devemos apenas contar os doentes, devemos também ver qual é o seguimento desta população (…). Seria uma pena se este relatório agora ficasse na gaveta. Esta é a base que temos. Agora é olhar com atenção e perceber o que é que está bem, o que é que está menos bem”, sublinhou.

Episódios de violência contra profissionais de saúde sobem 9% para mais de 2.500
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Episódios de violência contra profissionais de saúde sobem 9% para mais de 2.500

Segundo os dados, a maioria dos casos (1.703) foi de violência psicológica, seguida de violência física (578) e de assédio moral (171). As restantes 129 situações não foram especificadas. “Os episódios de violência reportados causaram 1.185 dias de ausência ao trabalho dos profissionais do SNS afetados”, salienta a Direção Executiva do SNS (DE-SNS). O caso divulgado mais recentemente ocorreu no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, quando familiares de um doente que morreu no Serviço de Nefrologia ameaçaram e agrediram dois enfermeiros e causaram estragos nas instalações. A PSP deslocou-se ao local e “quatro suspeitos foram identificados por causarem distúrbios". A DE-SNS refere em comunicado que oSNS reforçou as “medidas de prevenção da violência sobre profissionais de saúde”, assinalado o aumento do número de notificações de situações de violência exercida sobre profissionais do SNS em 2024. “Com o objetivo de promover a sinalização de situações de risco, os profissionais do SNS são incentivados a reportar ocorrências numa plataforma própria”, permitindo “um melhor conhecimento da realidade” e facilitando a implementação de um plano de acompanhamento individualizado e a definição de medidas preventivas e corretivas, salienta. No ano de 2024, foram efetuadas 449 sessões de formação, que envolveram 8.892 profissionais do SNS, promovidas pelas ULS/IPO, Gabinete de Segurança, DGS, Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), como medida preventiva e de capacitação. “A prevenção da violência contra profissionais do SNS “é uma prioridade da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS), concretizada no Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde (PAPVSS)”, salienta. O PAPVSS foi criado com o objetivo de reforçar os mecanismos de prevenção, diagnóstico e intervenção no que se refere à violência contra profissionais do SNS, cabendo à Direção Executiva do SNS, através do seu Gabinete de Segurança, em articulação com a DGS, fazer a orientação, a coordenação e o acompanhamento das estruturas de segurança de todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde. Localmente, as 39 Unidades Locais de Saúde (ULS) e os três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) contam com Grupos Operativos Institucionais multidisciplinares, responsáveis pela análise e acompanhamento de todas as situações de violência ocorridas nas respetivas instituições. Estes grupos também asseguram a recolha anual de informação sobre a implementação do PAPVSS. Em 18 de abril de 2025 entrou em vigor a Lei n.º 26/2025, que reforçou o quadro penal relativo a crimes de agressãocontra os profissionais da área da saúde, no exercício das suas funções ou por causa delas. A nova legislação classifica a maioria destas agressões como crime público, o que significa que, para o processo criminal poder ser iniciado, basta haver conhecimento do mesmo por parte das autoridades policiais ou judiciárias, não sendo necessário a existência de denúncia ou queixa por parte da vítima. A DE-SNS e a DGS reafirmam “o seu compromisso com a segurança dos profissionais do SNS promovendo uma cultura de prevenção, proteção e resposta eficaz a todas as formas de violência no setor”.

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Concentração elevada de pólen em quase todo o continente até dia 19
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Município de Ílhavo reforça abertura e manutenção de sanitários públicos durante todo o ano
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Município de Ílhavo reforça abertura e manutenção de sanitários públicos durante todo o ano

Numa nota enviada à Ria, além destes quatro sanitários públicos, “até 30 de setembro” estarão também abertos, “todos os dias da semana, os restantes sanitários públicos das praias e do Jardim Oudinot”. Segundo o Município, esta medida constitui uma “garantia reforçada, pela segunda vez, pelo Executivo Municipal”, assegurada através do novo contrato de serviços de limpeza e higienização dos sanitários públicos, celebrado pela Câmara Municipal de Ílhavo “no valor de 144.872,47 euros, acrescido de IVA”. O contrato prevê a prestação de serviços “durante 12 meses” de modo a garantir as condições de higiene e limpeza destes espaços. De acordo com a autarquia, o procedimento abrange também o “apoio durante eventos municipais de grande afluência, como o Festival do Bacalhau, o Festival Rádio Faneca, as Festas em Honra de Nossa Senhora da Saúde e os Santos Populares”. Com esta iniciativa, a autarquia pretende reforçar o “compromisso com a qualidade dos serviços prestados à comunidade e com a valorização dos espaços públicos, assegurando que os locais de grande importância turística e social se mantenham em condições dignas e acolhedoras ao longo de todo o ano”. O Município de Ílhavo apela ainda à “boa utilização destes espaços públicos e reportar eventuais falhas ou anomalias nos serviços de limpeza e manutenção”.

Tribunal de Aveiro manteve condenação de ex-administrador judicial acusado de peculato
Cidade

Tribunal de Aveiro manteve condenação de ex-administrador judicial acusado de peculato

O coletivo de juízes decidiu manter a pena única do cúmulo jurídico que tinha sido fixada no primeiro julgamento, realizado em outubro de 2023, e que foi mandado repetir por ordem do Tribunal da Relação do Porto. Apesar de o arguido ter visto reduzida a pena parcelar de um dos dois crimes de peculato de que estava acusado, o tribunal decidiu condená-lo por um novo crime de abuso de confiança qualificado, tendo em conta que alguns dos levantamentos em numerário terão sido feitos depois de este já não estar a exercer as funções de administrador. O arguido foi assim condenado por dois crimes de peculato, nas penas parcelares de um ano de prisão e dois anos e nove meses, e um ano e três meses de prisão, por um crime de abuso de confiança qualificado. Tal como na primeira sentença, a suspensão da pena ficou condicionada à obrigação de o arguido pagar 30 mil euros às duas massas insolventes que ficaram lesadas. O Tribunal declarou ainda perdido a favor do Estado cerca de 174 mil euros. No primeiro julgamento, o ex-administrador judicial tinha sido condenado por dois crimes de peculato nas penas parcelares de três anos e três meses de prisão e dois anos e nove meses de prisão, tendo-lhe sido aplicado um cúmulo jurídico de quatro anos e meio de prisão. No entanto, o arguido recorreu da decisão para a Relação do Porto que mandou repetir o julgamento, por entender que a decisão recorrida evidenciava a omissão de factos que podiam e deviam ter sido averiguados. Em causa estão dois processos relativos a duas massas insolventes, que correram termos nos Juízos de Comércio de Coimbra e de Lisboa, entre 2015 e 2017, e em que o arguido interveio como administrador de insolvência. De acordo com a investigação, o arguido teria transferido para a sua conta e efetuado vários levantamentos em dinheiro sem documentos que o justificassem, sem autorização ou conhecimento da comissão de credores, apropriando-se de cerca de 495 mil euros. Embora tenha considerado irregular esta conduta, o Tribunal deu como provado que o arguido se apropriou apenas de cerca de 175 mil euros.

Paulo Junqueiro partilha mais de quatro décadas de experiência musical na UA
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A presença de Paulo Junqueiro na Universidade de Aveiro (UA) surgiu no âmbito da Microcredencial em Indústrias Emergentes de Música e Gestão de Carreira. Segundo Ana Flávia Miguel, coordenadora da curta formação e professora do DeCA, a escolha foi natural. “O Paulo Junqueiro foi presidente da Sony Music Brasil durante dez anos e anteriormente foi presidente da Sony Music Portugal (…) Convidei-o precisamente porque é uma pessoa que tem 44 anos de experiência profissional e uma enorme experiência de trabalhar numa major como a Sony Music Entertainment e em particular num mercado enorme que tem uma dinâmica e uma dimensão muito distinta daquilo que é o mercado português”, avançou. A sessão, dedicada às indústrias da música, foi aberta ao público em geral e contou com uma plateia diversificada, dentro e fora do meio académico. “Ele é um excelente comunicador, (…) tem centenas de histórias para contar que toda a gente deseja ouvir”, exprimiu a coordenadora. A estrutura da sessão incluiu uma breve introdução ao percurso do convidado, algumas perguntas previamente preparadas e, depois, um momento de interação com o público. Segundo Ana Flávia, a resposta da plateia foi clara: “Percebi que havia pessoas que vinham de fora [da Universidade] que conheciam de trás para a frente os álbuns que ele produziu, os grammys que ele ganhou”, lembrou. Mesmo os que tinham menos familiaridade com o percurso de Paulo Junqueiro mostraram-se envolvidos. “Sentimos através de sons, de expressões, essa simbiose entre quem está no palco e quem está a ouvir”, continuou. Questionada pela Ria quando ocorrerá o próximo “À conversa com…”, a docente revelou que, neste momento, não tem “nenhuma” sessão agendada. O primeiro “À conversa com...”, aconteceu há três semanas e contou com a presença de Timothy Rice, professor emérito de Etnomusicologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles.