RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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‘Aliança’ apresenta Miguel Silva e promete continuidade e novos projetos em Requeixo, Fátima e Nariz

A coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) apresentou, este sábado, 26 de julho, Miguel Silva, atual presidente de junta e candidato na União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz nas próximas eleições autárquicas. A apresentação decorreu no Parque Ribeirinho do Carregal.

‘Aliança’ apresenta Miguel Silva e promete continuidade e novos projetos em Requeixo, Fátima e Nariz
Redação

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27 jul 2025, 16:11

O primeiro a discursar foi Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança’ à Câmara Municipal de Aveiro, que aproveitou a ocasião para recordar a sua última passagem pela União de Freguesias – marcada por uma polémica em torno da participação numa caminhada solidária na Pateira do Carregal, realizada a 6 de julho, para angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Na altura, o episódio gerou críticas por um alegado aproveitamento político. Questionado na ocasião pela Ria, Luís Souto preferiu não comentar. Desta vez, porém, abordou o tema com leveza e até com alguma ironia. “Vamos lá ver se ninguém fica amuado por eu discursar aqui no Carregal. Da última vez que eu vim aqui houve aí uns amuos… Mas eu gosto muito de vir ao Carregal e de falar com as pessoas. Foi o que fizemos, na altura, Miguel”, atirou. “O primeiro grande momento foi como presidente da Assembleia, mas depois como dizia a Ivone Silva a gente põe um casaco, tira o outro, etc. Temos várias funções. Depois andamos aí animados a caminhar e a descobrir a beleza deste espaço que nós muito prezamos”, justificou Luís Souto.

Já sobre a apresentação de Miguel Silva naquele local, o candidato da 'Aliança' sublinhou que a escolha do Parque Ribeirinho do Carregal “fez todo o sentido”, alinhando-se com uma das prioridades da coligação: a valorização ambiental e dos espaços verdes. “Aumentar os lugares de convívio comunitário, de partilha, é muito importante e a Junta tem feito esse trabalho e a Câmara Municipal pode fazê-lo, que é aumentar os locais e as ocasiões em que o povo se junta, em que nos sentimos parte de uma comunidade”, realçou.

Falando diretamente sobre o candidato à União de Freguesias frisou que o mesmo “dispensa apresentações” já que por “muito mérito” próprio é o atual presidente. “Já ganhou duas eleições com expressivas vitórias. (…) São das maiores vitórias que nós temos”, disse. “É um território grande, mas o Miguel chega a todo lado. O Miguel chega a todas as pessoas. O Miguel tem uma palavra para cada morador, e eu tenho presenciado isso quando o acompanho”, continuou Luís Souto de Miranda.

O candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ aproveitou ainda para destacar a boa gestão financeira da União de Freguesias, lançando críticas à anterior liderança socialista na Junta de São Jacinto — local onde decorrerá, este domingo, mais uma sessão de apresentação da coligação—, onde, segundo afirmou, “nem a conta da luz nem a internet eram pagas”. “E quem resolveu aquela trapalhada? A nossa Câmara juntamente com a nossa equipa da junta. Foram eles que resolveram essa grave crise”, expôs.

Recorde-se que, nas eleições autárquicas de 2021, o socialista António Aguiar venceu a Junta de São Jacinto por apenas 29 votos de diferença, elegendo três elementos, o mesmo número que a coligação PSD/CDS/PPM. No entanto, Aguiar renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, poucos dias depois de a Câmara Municipal de Aveiro (liderada pela coligação) retirar à Junta a gestão do parque de campismo local, alegando “graves e reiterados incumprimentos”. Segundo noticiou a Renascença, a Câmara acusou então a Junta — única no concelho eleita pelo Partido Socialista (PS) — de enfrentar uma “grave e irregular” situação financeira, com uma dívida superior a 200 mil euros à empresa Águas da Região de Aveiro e um passivo adicional de cerca de 150 mil euros a outras entidades.

Nas eleições intercalares de 2022, a coligação ‘Aliança Com Aveiro’ venceu com 48,68% dos votos, conquistando quatro mandatos e assumindo a presidência da junta.

No seguimento, Luís Souto questionou: “Alguém aqui quer um tal desgoverno para esta União de Freguesias?”. E respondeu de imediato: “Penso que não e com a reeleição do Miguel, teremos aqui a garantia de uma boa gestão, de fazer obra e pagá-la”.

Continuando a tecer críticas ao PS, o candidato da ‘Aliança’ atirou ainda que “não foi só numa Junta que o desgoverno dos socialistas deixou uma má reputação”. Reforçou que a recuperação financeira do município só foi possível graças à maioria liderada pela coligação. “Foi graças à maioria, na qual me incluo, que foi possível fazer a recuperação.Mas esse trabalho foi feito com o sacrifício dos impostos dos aveirenses, daqueles que os pagam naturalmente, mas indiretamente de todos, porque houve projetos que foram adiados, escolas para construir, associações para pôr a funcionar que foram adiados”, afirmou.

Luís Souto sublinhou ainda a diferença entre a atual gestão camarária e a anterior, liderada pelo PS. “Hoje, a Câmara de Aveiro paga, numa semana, as faturas que lhe são apresentadas. No tempo do PS, pagava quando calhava — ou então, a perder de vista.E o mais grave é que eram com faturas daqueles pequenos empresários, que têm uma pequena oficina, que fez um trabalho de pintura. (…) Isto não pode continuar e nós estamos apostados em não regressar a esses tempos de rutura financeira municipal”, insistiu.

Já numa outra etapa do discurso, o candidato da ‘Aliança’ falou ainda sobre as “boas heranças” da atual gestão na União de Freguesias. Como exemplo, apontou a construção da nova unidade de saúde, cuja obra “está bem adiantada” e que, segundo disse, “vai transformar esta freguesia”. Luís Souto adiantou que esta será “talvez a melhor equipada na área dos cuidados de saúde primários”, realçando ainda que será da responsabilidade da coligação “assegurar a boa conclusão deste processo”. “Se juntarmos a este centro de saúde as excelentes instalações do novo centro escolar (…) temos aqui uma perceção de que esta União de Freguesias está em grande transformação (…) acelerada”, realçou.

O candidato deixou também a garantia de que a coligação procurará apoiar o Centro Social e o desenvolvimento desportivo. Neste último ponto, defendeu que “à semelhança do que acontece um pouco por todo o município, teremos de olhar para os equipamentos desportivos dentro de um plano municipal de desporto”. Destacou ainda a necessidade de “investir e aumentar a atratividade nas freguesias”, apontando o Museu da Terra do Requeixo como um exemplo. “Teve algumas vicissitudes, mas agora vai para a frente”, assegurou.

Já na freguesia de Nariz, anunciou a criação de um novo equipamento que será um “polo de divulgação da região da Bairrada”. “Vai tornar-se a verdadeira ponta de lança da região vitivinícola”, afirmou, acrescentando que o objetivo é também criar uma “rota turística com valor acrescentado”. “Em Aveiro há um grande crescimento de turismo, mas esse turismo não pode ficar pelo centro.Ele tem de vir às freguesias, assim que haja motivos de visitação.Temos aqui um excelente motivo de visita. Nós vamos criar outros”, vincou.

Falando sobre a Pateira de Requeixo, Luís Souto de Miranda disse ainda ser necessário trabalhar numa “parceria com o Governo” e com a empresa “Ria Viva” para que a dragagem da pateira e a remoção dos jacintos “sejam uma realidade”. “Estaremos muito atentos a este processo, porque ele é essencial também pelo respeito e pelo carinho com este ecossistema, valorizando a natureza como um tesouro que nós podemos mesmo aproveitar”, referiu.

À semelhança do que já havia afirmado numa outra apresentação, Luís Souto repetiu que: “É muito importante termos um Luís na Câmara e outro no Governo. É um bom sinal”. E justificou: “Não é por serem Luíses, podiam ser Antónios, mas porque uma excelência de relação entre um presidente da Câmara e um primeiro-ministro, assim como com vários governantes que são oriundos daqui da região, é um enorme potencial”.

Nesse sentido, reforçou o compromisso da coligação em trabalhar em conjunto com o Governo para concretizar projetos estruturantes, como a construção da nova variante à estrada 235 — ligando a A1 à A17 — e a melhoria dos acessos ao centro da cidade. “Também é preciso melhorar as acessibilidades internas.Isto é uma União de Freguesias vasta, com muitos locais, tem serviços de grande qualidade, centralizados, mas agora falta a segunda parte”, frisou, destacando ainda a problemática da habitação.

“Queremos continuar a servir, com humildade e compromisso”

Já no seu discurso, Miguel Silva começou por agradecer a confiança da coligação e por destacar algumas das principais intervenções promovidas, ao longo do último mandato, nomeadamente, na área da educação e da saúde com a construção do novo centro escolar e da nova unidade de saúde.

Ao nível da regeneração urbana, apontou que “foi executado um ambicioso plano de pavimentação que complementou neste mandato, em quatro anos, cerca de 50 vias”, com novos investimentos previstos. “Vamos pavimentar em Nariz, durante as próximas semanas, mais cinco estradas”, revelou.

Na vertente ambiental, Miguel Silva referiu com orgulho que a freguesia foi recentemente distinguida com o Galardão Eco Freguesias 21. “Testemunha o compromisso assumido com a sustentabilidade e as boas práticas ambientais”, disse. Destacou ainda os parques de merendas, como os do Carregal, Requeixo e Nossa Senhora de Fátima.

No plano cultural, realçou o impacto do programa “Cultura Perto de Si”, com uma oferta “descentralizada” que chegou às dez freguesias do concelho. “Procedeu-se à requalificação de vários equipamentos culturais e sociais, como o Centro Social de Requeixo, a antiga escola primária da Taipa e o Salão Multiusos de Nariz, que neste momento está em obras”, concretizou. “Foi lançado na quinta-feira o concurso público para a requalificação do Centro Social das Taipas. Brevemente faremos o mesmo com o Salão Polivalente de Nossa Senhora de Fátima e o novo Museu da Terra a primeira fase ainda será lançada neste mandato autárquico”, adiantou Miguel Silva.

A vertente social também mereceu destaque. “Foi atribuída a Bandeira de Mérito Social, criámos o Espaço Sénior e promovemos iniciativas como a hidroginástica, a ginástica e o nosso passeio sénior, que este ano até teve direito à televisão”, referiu, frisando o contributo para o envelhecimento ativo e a inclusão social. Na área dos serviços públicos, destacou a descentralização e a proximidade: “Temos dois postos que funcionam na freguesia, a instalação de terminais multibanco e a criação do novo balcão de atendimento em Nariz”. Sublinhou também o envolvimento com a escola e as associações locais, “apoiando-os sempre de forma contínua”.

Feito o balanço do mandato, Miguel Silva focou-se no futuro, destacando como prioridades para a Taipa a requalificação do Centro Cultural e da Rua da Capela, assim como a construção do que classificou como um “grande anseio” da comunidade: o Parque da Senhora da Alumieira, junto ao apeadeiro da Linha do Vouga.

Em Requeixo, apontou a conclusão das obras no Centro Social e manifestou a ambição de desenvolver uma pista de pesca desportiva e uma eventual praia fluvial na pateira e a construção de uma capela mortuária.

No Carregal, enfatizou a necessidade de reativar a escola primária, modernizar o Centro Social e recuperar o histórico Moinho da Sanguinheira. Por sua vez, em Mamodeiro, manifestou, entre outros, a intenção de abrir uma nova via de “acafelado”, a conclusão do saneamento em algumas ruas, a criação de uma via ciclável na Rua da Igreja e a instalação de um parque verde na zona do Ribeirinho e o acesso pedonal na Rua do Barroca. “Mas a obra estruturante será, claramente, o Parque Urbano, que irá ligar a Capela da Póvoa do Valado à sede da Póvoa Com-Vida, e isso já é um compromisso assumido pela Junta de Freguesia e pela nova Câmara Municipal, liderada por Luís Souto, que é, claramente, transformadora do lugar da Póvoa do Valado”, adiantou.

Em Nariz disse ainda querer melhorar a zona industrial, tratar das “poucas” vias que ainda carecem de melhorias e valorizar o artesanato. A nível de instalações, Miguel deixou também a nota de que é necessário crescer a sede da junta de freguesia de Nossa Senhora de Fátima que, neste momento, é já “insuficiente para tudo o que lá trabalhamos”.

No final da intervenção, deixou um apelo direto: “Queremos continuar a servir, com humildade e compromisso.Queremos ouvir, dialogar, mas principalmente decidir e construir muito juntos.Peço-vos a confiança para mais quatro anos”.

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Cais do Paraíso: Deputados acusaram-se de “não pensar pela sua cabeça” e levaram posições até ao fim
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A novela do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso acabou por ficar selada na discussão de ontem da Assembleia Municipal de Aveiro. De acordo com as contas já feitas pela Ria, seria difícil que a decisão tomada pela Câmara Municipal de revogar o documento fosse viabilizada, mas isso não impediu que a discussão se prolongasse por cerca de duas horas. Tiveram de ser substituídos nesta sessão, que serviu de continuação à sessão da passada quinta-feira, os deputados Arlindo Tavares e Armando Vieira, do PSD, Gonçalo Caetano Alves, do CDS-PP, e Diogo Gomes, da IL. Também Bruno Ferreira, presidente da Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz, e Miguel Silva, presidente da Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, estiveram ausentes da reunião. Bruno Fonseca, deputado do Livre, ainda não tomou posse por estar “em comissão de serviço oficial no estrangeiro”. O PSD cedo mostrou que o Plano de Pormenor se ia manter em vigor. Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas, justificou que a revogação seria um “ato de improviso político” e que fragilizaria a confiança de cidadãos, investidores e parceiros institucionais. Como tinha sido feito por Luís Souto na reunião de Câmara, Catarina Barreto também se baseou no º1 do artigo 127º do Decreto-Lei nº 80/2015, de 14 de maio, que determina que “os programas e planos territoriais podem ser objeto de revogação sempre que a avaliação da evolução das condições ambientais, económicas, sociais e culturais assim o determine”. A presidente, profissional de advocacia, defendeu que mudança na composição dos órgãos autárquicos não se pode qualificar como “evolução das condições sociais”, mas apenas como “a democracia a funcionar. Do lado do PSD, também se pronunciaram em defesa do Plano os deputados Leonardo Maio, Armando Peres, Joaquim Marques e o presidente da Junta de Freguesia de Óscar Ratola Branco. Os eleitos acabaram por reafirmar a posição já defendida pelo executivo. Foi no mesmo sentido que também se manifestaram os colegas do CDS. A deputada Ana Oliveira assumiu que o partido ia votar contra a proposta do Partido Socialista pela “estabilidade”. No entendimento da eleita, o Plano de Pormenor “não é um processo descartável” e “revogá-lo sem que esteja claro o modelo que o substitui introduz incerteza”. A principal voz da oposição foi Clara Cruz Santos, líder da bancada do PS, que argumentou que a revogação não seria um “bloqueio”, uma vez que “o bloqueio está todo no Plano de Pormenor”. Para além dos argumentos já apresentados pelos socialistas durante a reunião de Câmara, a deputada acrescentou também que “aquilo que vemos quando analisamos o mapa do contencioso da Câmara é que há um inquéritocriminal […] relacionado com o Plano Pormenor do Cais do Paraíso […]e também há ações cíveis intentadas por particulares”.“Isto é muito novo, não se diga que não há novidade”, defendeu. Luís Souto viria mais tarde a recusar “a ideia de que há aqui uma investigação criminal e de que a Polícia Judiciária está em campo”. Segundo o autarca, as diligências em curso prendem-se apenas com “denúncias anónimas”, naturais de processos em que há muitos “interesses” em jogo. A palavra “interesses” despertou a curiosidade de Armando Grave, do Chega, mas Luís Souto também esclareceria que se estava a referir a proprietários, promotores e ao interesse público. Como já tinha feito Alberto Souto através de publicação feita nas redes sociais, Cláudia Cruz Santos fez um apelo para que os deputados sociais-democratas – nomeadamente, o líder de bancada Joaquim Marques – “pensassem pela própria cabeça”. Em resposta direta, o eleito do PSD viria a afirmar que “pensa e continuará a pensar sempre pela sua própria cabeça”. O assunto viria a estender-se até mais tarde, quando Luís Souto acusou os socialistas de também não pensarem pela sua cabeça. Depois de o autarca ter deixado no ar a ideia de que as votações do PS eram determinadas por Alberto Souto, João Sarmento, deputado do partido, defendeu-se e disse que não queria ser “paternalizado”, aceitando que todos pensam pela sua própria cabeça. Dirigindo-se a Luís Souto, presidente da CMA, o deputado socialista Fernando Nogueira acusou o autarca de ter descontextualizado uma frase sua durante a reunião de Câmara. Na altura, o presidente tinha dito que “não é inusitado um Plano de Pormenor ser usado para apoiar um investimento privado”. “A mesma frase também dizia: «se acautelado o interesse coletivo». E a frase seguinte sublinhava que o interesse coletivo tinha sido atropelado, neste caso”, apontou. Por seu lado, Luís Souto veio dizer que a frase “não tinha sido descontextualizada”, mas antes “escolhida” por ser “a de que mais gostou”. “Só tive pena de não ter lido isso durante a minha campanha”, ironizou. Fernando Nogueira atirou também a Rui Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, ao dizer que o responsável também não era adepto do Plano, pegando nas palavras do próprio em reunião de Câmara. Recorde-se que o vereador tinha dito que também gostaria que o hotel tivesse uma menor volumetria e número de pisos, mas frisou que “nunca apareceu ninguém para um investimento desta envergadura”, apontando que “o investidor também procura sítios estratégicos” e que “cabe ao decisor político fazer essa gestão”. Luís Souto acabou também por passar a palavra ao colega para que este se defendesse, ao que Rui Santos esclareceu que tinha ficado claro que a sua intervenção em reunião de Câmara tinha sido em defesa do Plano.Apesar de compreender o ataque político dos socialistas, o vereador não deixou de dar uma nota negativa à comunicação social que, nas palavras do presidente, criou um “facto político”. Armando Grave, do Chega, lembrou que o partido “avisou que ia usar a opção da revogação se as condições não se alterassem”, considerando que tal não veio a acontecer. Como já tinha feito o vereador eleito pelo Chega Diogo Soares Machado, Armando Grave assinalou também que “há terrenos que não pertencem ao promotor” e que daí podem advir problemas para a CMA. Para o representante do Chega, existem ainda problemas de transparência e ataca o responsável pelo empreendimento previsto para o terreno ao dizer que, com a construção do hotel, “um ganha, todos perdem”. Ao deputado do Chega, Luís Souto apontou que “nunca tinha havido tanta transparência relativamente a uma matéria como a esta”. Para Tomás Pereira, deputado eleito pela Iniciativa Liberal, o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso devia ser revogado, uma vez que “não serve o interesse público”. O deputado argumenta que o hotel “rompe com a escala da cidade” e sublinha que Aveiro “não rejeita a requalificação do Cais do Paraíso, mas sim a volumetria do hotel”. Antes da votação, Cláudia Cruz Santos sugeriu que os presidentes das Juntas de Freguesia não afetadas pelo Plano se deveriam abster, uma vez que não é na qualidade de deputados que assumem funções na Assembleia Municipal. Se assim fosse, a oposição acabaria por ficar com a maioria dos votos – dos 21 contra 16 que se contavam, passaria a haver 12 contra 16. No entanto, o PSD não viu a proposta com bons olhos e a revogação do Plano acabou por mesmo por ficar pelo caminho.

Firmino Ferreira anuncia candidatura a presidente da Comissão Política do PSD-Aveiro
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Numa breve nota de imprensa enviada às redações, Firmino Ferreira informa que tomou a decisão de avançar com a candidatura, acrescentando que as linhas programáticas e a constituição da lista que o acompanhará serão divulgadas “oportunamente”. Recorde-se que Firmino Ferreira, antigo presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha, assumiu funções de presidente da concelhia do PSD-Aveiro após substituir Simão Santana, que se demitiu das mesmas funções. A saída de Simão Santana ocorreu na sequência da decisão da direção nacional do partido de escolher unilateralmente Luís Souto como candidato à Câmara Municipal de Aveiro nas últimas eleições autárquicas. Apesar do anúncio da candidatura de Firmino Ferreira, a Ria sabe que Nélson Santos, atual presidente da Junta de Freguesia de Cacia, também está no terreno a recolher apoios para uma eventual candidatura à liderança da secção social-democrata de Aveiro. Esta situação não é do agrado de Luís Souto, que preferia uma candidatura agregadora e capaz de unir o partido no concelho. Ainda assim, apurou a Ria, esse desígnio está longe de ser consensual e não se afigura como uma tarefa fácil para o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro. As próximas semanas serão decisivas.

‘Aliança’ vota em bloco e faz com que AM não revogue o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso
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A Assembleia Municipal reprovou há instantes a proposta de revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. A união da oposição, composta do PS, Chega e Iniciativa Liberal não foi suficiente para conseguir fazer cair o Plano de Pormenor – recorde-se que o deputado eleito pelo Livre ainda não tomou posse, uma vez que por estar “em comissão de serviço oficial no estrangeiro”. Assim sendo, os 12 votos dos deputados da ‘Aliança’ (quatro do CDS e oito do PSD) somados aos nove votos dos presidentes de Juntas de Freguesia eleitos pela coligação foram suficientes para que a proposta não fosse viabilizada. Contas feitas, o Plano acabou por não ser revogado com 21 votos contra, 16 votos a favor e zero abstenções. [Em atualização]

Decisão final sobre Plano de Pormenor do Cais do Paraíso deve ser tomada hoje em AM
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A sessão da AMA retoma hoje a partir do ponto 6, “Apreciação e deliberação da Atualização de Taxas para 2026 do Regulamento Municipal de Taxas e Outras Receitas”. Recorde-se que, na passada quinta-feira, decorreu apenas o período antes da ordem do dia, o ponto de “informações” e foi votado o pacote fiscal para 2026, ou seja, a discussão não ultrapassou o ponto 5 da ordem de trabalhos. Entre os pontos a discutir, ficou a sobre o ponto 8, “Apreciação e deliberação da revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso”. A proposta de revogação foi apresentada pelo PS que, em conjunto com o Chega, a aprovou, obrigando a que o assunto passe agora para as mãos da Assembleia. De acordo com as contas feitas pela Ria na passada semana, para que a revogação seja aprovada é necessário que pelo menos quatro deputados eleitos pela ‘Aliança com Aveiro’ divirjam da posição de Luís Souto e Ribau Esteves, presidente e ex-presidente da autarquia – isto porque Bruno Fonseca, deputado do Livre, ainda não tomou posse por estar “em comissão de serviço oficial no estrangeiro” e, por isso, representa menos um voto para a oposição. A viabilização da proposta socialista afigura-se assim bastante improvável, uma vez que a comissão concelhia do PSD-Aveiro já emitiu um comunicado na passada segunda-feira, dia 15, em que manifestava “profunda discordância e preocupação” com a revogação. Por seu lado, a estrutura do CDS não tomou nenhuma posição pública, mas Ana Cláudia Oliveira, presidente da concelhia do partido, esteve entre os vereadores que votou contra a revogação, portanto é possível deduzir que os centristas também estarão do lado do executivo. O grupo parlamentar do CDS representa quatro deputados. Conforme já tinha feito na passada quinta-feira, Alberto Souto, que se candidatou pelo PS à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) nas últimas autárquicas, voltou a recorrer ao Facebook para apelar à revogação do Plano. Na publicação, reforça que a decisão é pessoal e nominativa, não partidária”. Nesse sentido, diz acreditar que “deputados municipais “como Miguel Capão Filipe, Caetano Alves, Joaquim Marques, Armando Vieira ou Manuel Cartaxo” podem “pensar pela própria cabeça e que não alienem a sua autonomia de gosto e de pensamento em benefício de um plano disparatado e urbanisticamente criminoso”. “Não devem nada a ninguém, nem a Ribau, nem a Luís, nem ao investidor. Devem à população de Aveiro que os elegeu”, insiste o socialista.  

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Segundo a autarquia, o futuro Conselho Municipal do Desporto pretende afirmar-se como uma “plataforma estável de diálogo e cooperação” entre a autarquia, clubes, associações, coletividades, estabelecimentos de ensino e demais entidades com intervenção no setor, contribuindo para a qualificação da oferta desportiva e para o reforço da participação cívica. A iniciativa, sublinham, está alinhada com os princípios da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto e com os objetivos do Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo, que preconiza a existência de conselhos municipais do desporto em todas as autarquias, promovendo a articulação entre estratégias locais e nacionais.

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De acordo com a agência Lusa, a decisão foi tomada na última reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), realizada na segunda-feira, “fundamentada na convicção de que o autarca reúne as condições necessárias para a coordenação de políticas públicas e para o desenvolvimento equilibrado do território nacional”.  “Os anos de convivência com Ribau Esteves permitem manifestar confiança nas suas capacidades de articulação institucional, em benefício da região e do país”, declarou Jorge Almeida, presidente do conselho intermunicipal da CIRA. Na manifestação do apoio à candidatura de Ribau Esteves a presidente da CCDRC, os autarcas destacam “a capacidade de trabalho e o conhecimento de dossiês demonstrados” pelo antigo presidente da CIRA e da Câmara de Aveiro ao longo do seu percurso público. “A CIRA enaltece as qualidades técnicas e a sensibilidade do candidato para as matérias do poder local, acreditando que a experiência acumulada assegurará uma relação institucional eficaz entre os municípios e a CCDRC”, refere a declaração de apoio. O antigo presidente das câmaras de Aveiro e Ílhavo, o social-democrata Ribau Esteves, anunciou em 16 de dezembro que é candidato à presidência da CCDRC. “Sou candidato com o apoio oficial do PSD e do PS, no âmbito de um compromisso que aceitei e assumi”, afirmou Ribau Esteves, numa informação enviada à agência Lusa, agradecendo a confiança do presidente do PSD, Luís Montenegro, e do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro. As eleições para a presidência e vice-presidência das cinco CCDR foram marcadas pelo Governo para o dia 12 de janeiro num contexto de entendimento entre o PS e o PSD para a distribuição das lideranças regionais. Segundo o acordo estabelecido, os sociais-democratas deverão liderar as CCDR do Norte e do Centro enquanto os socialistas assumirão as presidências de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Os presidentes das CCDR são eleitos para um mandato de quatro anos por colégios eleitorais de autarcas das respetivas regiões, constituídos pelos presidentes de câmara, presidentes das assembleias municipais, vereadores eleitos e deputados municipais, incluindo os presidentes das juntas de freguesia. Os vice-presidentes, um por cada região, são eleitos por um colégio eleitoral constituído pelos presidentes das câmaras municipais. No dia eleitoral, a eleição dos presidentes decorre em todas as assembleias municipais, em simultâneo e ininterruptamente, entre as 16:00 e as 20:00. No mesmo dia, as eleições para o vice-presidente decorrem também em simultâneo e ininterruptamente, mas nas instalações das comunidades intermunici­pais (CIM) e das áreas metropolitanas. Os dirigentes eleitos das CCDR estão também sujeitos a regras de limitação a três mandatos consecutivos. Além destes dirigentes eleitos indiretamente, o Governo está a desenvolver alterações para a nomeação de cinco vice-presidentes para as áreas da Educação, Saúde, Cultura, Ambiente e Agricultura, que reportam diretamente ao executivo nacional.

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Os eleitos acabaram por reafirmar a posição já defendida pelo executivo. Foi no mesmo sentido que também se manifestaram os colegas do CDS. A deputada Ana Oliveira assumiu que o partido ia votar contra a proposta do Partido Socialista pela “estabilidade”. No entendimento da eleita, o Plano de Pormenor “não é um processo descartável” e “revogá-lo sem que esteja claro o modelo que o substitui introduz incerteza”. A principal voz da oposição foi Clara Cruz Santos, líder da bancada do PS, que argumentou que a revogação não seria um “bloqueio”, uma vez que “o bloqueio está todo no Plano de Pormenor”. Para além dos argumentos já apresentados pelos socialistas durante a reunião de Câmara, a deputada acrescentou também que “aquilo que vemos quando analisamos o mapa do contencioso da Câmara é que há um inquéritocriminal […] relacionado com o Plano Pormenor do Cais do Paraíso […]e também há ações cíveis intentadas por particulares”.“Isto é muito novo, não se diga que não há novidade”, defendeu. Luís Souto viria mais tarde a recusar “a ideia de que há aqui uma investigação criminal e de que a Polícia Judiciária está em campo”. Segundo o autarca, as diligências em curso prendem-se apenas com “denúncias anónimas”, naturais de processos em que há muitos “interesses” em jogo. A palavra “interesses” despertou a curiosidade de Armando Grave, do Chega, mas Luís Souto também esclareceria que se estava a referir a proprietários, promotores e ao interesse público. Como já tinha feito Alberto Souto através de publicação feita nas redes sociais, Cláudia Cruz Santos fez um apelo para que os deputados sociais-democratas – nomeadamente, o líder de bancada Joaquim Marques – “pensassem pela própria cabeça”. Em resposta direta, o eleito do PSD viria a afirmar que “pensa e continuará a pensar sempre pela sua própria cabeça”. O assunto viria a estender-se até mais tarde, quando Luís Souto acusou os socialistas de também não pensarem pela sua cabeça. Depois de o autarca ter deixado no ar a ideia de que as votações do PS eram determinadas por Alberto Souto, João Sarmento, deputado do partido, defendeu-se e disse que não queria ser “paternalizado”, aceitando que todos pensam pela sua própria cabeça. Dirigindo-se a Luís Souto, presidente da CMA, o deputado socialista Fernando Nogueira acusou o autarca de ter descontextualizado uma frase sua durante a reunião de Câmara. Na altura, o presidente tinha dito que “não é inusitado um Plano de Pormenor ser usado para apoiar um investimento privado”. “A mesma frase também dizia: «se acautelado o interesse coletivo». E a frase seguinte sublinhava que o interesse coletivo tinha sido atropelado, neste caso”, apontou. Por seu lado, Luís Souto veio dizer que a frase “não tinha sido descontextualizada”, mas antes “escolhida” por ser “a de que mais gostou”. “Só tive pena de não ter lido isso durante a minha campanha”, ironizou. Fernando Nogueira atirou também a Rui Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, ao dizer que o responsável também não era adepto do Plano, pegando nas palavras do próprio em reunião de Câmara. Recorde-se que o vereador tinha dito que também gostaria que o hotel tivesse uma menor volumetria e número de pisos, mas frisou que “nunca apareceu ninguém para um investimento desta envergadura”, apontando que “o investidor também procura sítios estratégicos” e que “cabe ao decisor político fazer essa gestão”. Luís Souto acabou também por passar a palavra ao colega para que este se defendesse, ao que Rui Santos esclareceu que tinha ficado claro que a sua intervenção em reunião de Câmara tinha sido em defesa do Plano.Apesar de compreender o ataque político dos socialistas, o vereador não deixou de dar uma nota negativa à comunicação social que, nas palavras do presidente, criou um “facto político”. Armando Grave, do Chega, lembrou que o partido “avisou que ia usar a opção da revogação se as condições não se alterassem”, considerando que tal não veio a acontecer. Como já tinha feito o vereador eleito pelo Chega Diogo Soares Machado, Armando Grave assinalou também que “há terrenos que não pertencem ao promotor” e que daí podem advir problemas para a CMA. Para o representante do Chega, existem ainda problemas de transparência e ataca o responsável pelo empreendimento previsto para o terreno ao dizer que, com a construção do hotel, “um ganha, todos perdem”. Ao deputado do Chega, Luís Souto apontou que “nunca tinha havido tanta transparência relativamente a uma matéria como a esta”. Para Tomás Pereira, deputado eleito pela Iniciativa Liberal, o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso devia ser revogado, uma vez que “não serve o interesse público”. O deputado argumenta que o hotel “rompe com a escala da cidade” e sublinha que Aveiro “não rejeita a requalificação do Cais do Paraíso, mas sim a volumetria do hotel”. Antes da votação, Cláudia Cruz Santos sugeriu que os presidentes das Juntas de Freguesia não afetadas pelo Plano se deveriam abster, uma vez que não é na qualidade de deputados que assumem funções na Assembleia Municipal. Se assim fosse, a oposição acabaria por ficar com a maioria dos votos – dos 21 contra 16 que se contavam, passaria a haver 12 contra 16. No entanto, o PSD não viu a proposta com bons olhos e a revogação do Plano acabou por mesmo por ficar pelo caminho.

Firmino Ferreira anuncia candidatura a presidente da Comissão Política do PSD-Aveiro
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Firmino Ferreira anuncia candidatura a presidente da Comissão Política do PSD-Aveiro

Numa breve nota de imprensa enviada às redações, Firmino Ferreira informa que tomou a decisão de avançar com a candidatura, acrescentando que as linhas programáticas e a constituição da lista que o acompanhará serão divulgadas “oportunamente”. Recorde-se que Firmino Ferreira, antigo presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha, assumiu funções de presidente da concelhia do PSD-Aveiro após substituir Simão Santana, que se demitiu das mesmas funções. A saída de Simão Santana ocorreu na sequência da decisão da direção nacional do partido de escolher unilateralmente Luís Souto como candidato à Câmara Municipal de Aveiro nas últimas eleições autárquicas. Apesar do anúncio da candidatura de Firmino Ferreira, a Ria sabe que Nélson Santos, atual presidente da Junta de Freguesia de Cacia, também está no terreno a recolher apoios para uma eventual candidatura à liderança da secção social-democrata de Aveiro. Esta situação não é do agrado de Luís Souto, que preferia uma candidatura agregadora e capaz de unir o partido no concelho. Ainda assim, apurou a Ria, esse desígnio está longe de ser consensual e não se afigura como uma tarefa fácil para o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro. As próximas semanas serão decisivas.