RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Assembleia Geral do SC Beira-Mar chumba proposta de criação de uma sociedade desportiva

A proposta da direção do Sport Clube Beira-Mar para a constituição de uma sociedade desportiva foi rejeitada esta quarta-feira à noite em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte.

Assembleia Geral do SC Beira-Mar chumba proposta de criação de uma sociedade desportiva
Redação

Redação

24 abr 2025, 01:27

Segundo os estatutos do clube e tal como a Ria já tinha avançado antes do início da Assembleia Geral, a proposta precisava de uma maioria qualificada de três quartos dos associados presentes para ser aprovada. Dos 144 sócios presentes, surgiram 103 votos a favor, 23 votos contra e 18 abstenções. Seriam necessários 108 votos a favor para alcançar os 75%.

A proposta estava diretamente ligada ao pré-acordo celebrado com o empresário brasileiro Breno Dias Silva, anunciado a 20 de janeiro, que previa um investimento de 10 milhões de euros, nos quais 1,5 milhões de euros para liquidação do passivo do clube, até 3,5 milhões de euros para constituição de um centro de excelência e performance e 5 milhões de euros no futebol sénior ao longo de 5 anos.

Apesar do apoio da direção, liderada por Nuno Quintaneiro, a proposta gerou dúvidas entre alguns associados, entre os quais vários antigos dirigentes, que manifestaram preocupações com a falta de informação sobre a empresa que participaria na constituição da sociedade desportiva, bem como com a inexistência de uma garantia bancária internacional dos 1,5 milhões de euros previstos para liquidação do passivo. Note-se que uma garantia bancária internacional é uma operação na qual um banco, a pedido e por conta de um cliente, garante o bom pagamento de uma determinada quantia perante um terceiro, em caso de incumprimento por parte do seu cliente.

Em resposta a estas dúvidas, Nuno Quintaneiro, presidente da direção do SC-Beira-Mar quis deixar claro aos associados presentes que só avançaria para a escritura "depois de ter meio milhão de euros na conta do Beira-Mar". Simultaneamente, anunciou que já tinha a confirmação do empresário Breno Dias Silva que estaria disponível para apresentar "anualmente uma garantia bancária de 100 mil euros durante 10 anos". Nuno Quintaneiro afirmou ainda que a direção não tinha conseguido arranjar nenhum investidor disponível para apresentar uma garantia bancária de 1,5 milhões de euros.

Apesar disso, a proposta da direção foi chumbada. Com este resultado, o SC Beira-Mar mantém-se como clube desportivo sem sociedade desportiva e o futuro do projeto com Breno Silva fica agora em suspenso.

Numa breve nota enviada à Ria, Nuno Quintaneiro dá nota que não se vai "pronunciar para já sobre a AG de hoje", afirmando ainda que "a direção irá reunir, refletir sobre o resultado da votação de hoje e tomar uma posição nos próximos dias, com o sentido de responsabilidade".

A Ria Rádio Universitária de Aveiro continuará a acompanhar os próximos passos do clube aurinegro.

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Livro de Ribau Esteves: Alberto Souto afirma que “difamação” vai ser tratada no “lugar próprio”
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Livro de Ribau Esteves: Alberto Souto afirma que “difamação” vai ser tratada no “lugar próprio”

No espaço em que referencia as críticas que lhe são dirigidas no livro de Ribau Esteves, Alberto Souto começa por falar sobre a “referência direta deslustrosa e pateta” que o autor lhe faz na primeira página. Com ironia, o socialista escreve que o ex-autarca foi “elegante como sempre” ao “permitir-se juízos de valor sobre a sua dedicação à AMRIA”. Já sobre as outras vezes em que o nome de Alberto Souto é mencionado no livro, o agora vereador – embora já tenha manifestado publicamente a intenção de renunciar ao cargo – aponta que “são do foro da difamação e serão tratadas no lugar próprio”. “Ribau Esteves já tem cadastro por crime deste género e é reincidente […] Já que faz uma oração diária a Deus, Sta Joana e S. Gonçalinho, peça-lhes desculpa pelo pecado da soberba, da mentira e das malfeitorias cívicas”, acrescenta. No entanto, no texto, que divide em 15 pontos, Alberto Souto alonga-se nas críticas ao ex-edil. O socialista começa por criticar Ribau Esteves por ter recorrido aos “cofres da Câmara” para a publicação do livro, algo que, aponta, nem o próprio Alberto Souto nem Élio Maia fizeram quando também publicaram um livro no final dos seus percursos enquanto autarcas. Recorde-se que, como noticiado pela Ria, a publicação do livro já tinha motivado a indignação da oposição, ao que Ribau Esteves respondeu tratar-se de um “investimento de solidariedade cultural”. Depois de ler o livro, afirma que a obra se trata de um bom retrato do ex-presidente: “tem muita parra, pouca uva, muita palha, algumas mentirolas e difamações, deselegâncias bastantes para pessoas e instituições, leviandades opinativas, teorizações de pacotilha e uma infinita presunção das suas altérrimas qualidades, que só o próprio reconhece”. “O arvorado Fernão Lopes da Gafanha redige ele mesmo, com finíssimo estilo de pedregulho académico, em consonância com o seu trato pessoal de calhau, a sua versão panegírica para a História, não vá a mesma tratá-lo com menos excelência do que o Nobel da Literatura de “Relatório e Contas”, quiçá o Olimpo a que ele se considera destinado”, atira. Alberto Souto critica desde logo os dois prefácios do livro, escritos por António Costa e Luís Montenegro, por serem “arrebatadores de hipocrisia”. Se aponta que António Costa diz mesmo não ter lido o livro à data em que escreveu o texto que nele se inscreve, Alberto Souto diz mesmo que Luís Montenegro se “presta a um cómico exercício de cinismo” ao escrever que Ribau “não disfarça gostar de (…) verbalizar “tiradas” consideradas no limite do exagero”. Segundo o socialista, “Montenegro chama desbocado ao autor que prefacia”. De todas, a maior crítica apontada por Alberto Souto a Ribau Esteves é de que não tem “nenhuma obra estruturante”. Apesar das 465 páginas “para impressionar”, o vereador adianta que em “6 paginazinhas” é possível encontrar todo o elenco de obras dos últimos doze anos. Desse legado, para Alberto Souto, as intervenções no Rossio, na Avenida Lourenço Peixinho e na ponte-açude no Rio Novo do Príncipe são “marcas negras” que o ex-autarca deixa. Da mesma forma, Alberto Souto também ataca as opções políticas de Ribau Esteves que vão passar para o próximo mandato. O vereador aponta que o ex-presidente deixou “armadilhado” um “mamarracho” de doze pisos com o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso – que, afirma, está a ser investigado pelo Ministério Público -, o Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, a destruição do edifício que servia de sede à CERCIAV, a construção de uma nova escola Homem Cristo “no local errado e sem condições”, o plano para a Antiga Lota e a construção de um “caixote” antiga biblioteca. O socialista destaca ainda “as derrotas que averbou” Ribau Esteves, nomeadamente: no novo Hospital de Aveiro, na ligação Aveiro-Águeda, na alta velocidade, na edificação da antiga Lota, na candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura, nas portagens na A25, na habitação social, na modernização da Linha do Vouga, na piscina municipal, no canil/gatil municipal, no ex-centro de Saúde Mental de S. Bernardo, na criação de novas zonas de localização empresarial e na gestão da ria de Aveiro pela CIRA. A terminar, depois de Ribau Esteves já ter anunciado, durante a apresentação do seu livro, que tem o futuro traçado, Alberto Souto “parabeniza” o ex-autarca e recorda que, antes de apoiar Luís Souto, Ribau chegou mesmo a dizer que o novo presidente “não tinha perfil” para governar a Câmara Municipal. Nas palavras de Alberto Souto, “quem conhece mal a sua verticalidade ficou perplexo ao ouvi-lo desdizer o que dissera sobre o candidato da Aliança. Se na CRESAP fizessem uma ecografia à coluna vertebral, havia muita gente que nunca seria nomeada para nada”.

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas
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Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas

“Não há acordo nenhum e a senhora Catarina Barreto não aceitou os nossos termos e nem nós os dela. Fiquei chocado com a notícia de hoje. Mas…”, escreveu Ricardo Nascimento à Ria. A resposta surge no seguimento da notícia publicada esta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Diário de Aveiro onde o mesmo dava nota que a ‘Aliança’ e o Chega teriam chegado a acordo. Recorde-se que a Junta de Freguesia de Aradas está, atualmente, em gestão com o órgão executivo em funções depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia, destinada à instalação dos órgãos autárquicos, ter sido suspensa.  Na altura, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, optou por submeter à votação o primeiro vogal do futuro executivo através de votação nominal, em vez de votação em lista. A proposta acabou por ser reprovada pelos membros da Assembleia, com sete votos contra e seis a favor, e os trabalhos foram imediatamente suspensos pela presidente de Junta. Entretanto, Catarina Barreto já marcou para esta sexta-feira, 7 de novembro, pelas 21h00, uma nova sessão. Relembre-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. À margem da primeira sessão de instalação dos órgãos autárquicos, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. Quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou.  Além do Chega, a Ria entrou ainda em contacto com Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), e Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, onde afirmaram, ambos, não terem sido novamente contactados por Catarina Barreto depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia. A Ria tentou ainda contactar Catarina Barreto, mas até ao momento não obteve resposta.

PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’
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PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’

Conforme noticiado pela Ria, o mote foi lançado pelo PS ainda antes da reunião. Numa nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, o grupo parlamentar do partido pedia a “eleição de uma Mesa da Assembleia que assegure a pluralidade democrática e o escrutínio das decisões, incluindo necessariamente um representante não eleito pelo partido ou coligação mais votados”. Antes da votação, durante um período que cada grupo parlamentar teve a oportunidade de intervir, Cláudia Cruz Santos, primeira eleita do PS, alertou que “houve um défice democrático nos últimos anos” na Assembleia que se “manifestou na constituição da Mesa”. Segundo afirma, o órgão tem um dever de fiscalizar os trabalhos da AM e, por isso, deixa “muitas dúvidas” a ideia de que os membros da ‘Aliança’ queiram uma Mesa composta apenas por deputados eleitos por si. Se a deputada acreditava que Miguel Capão Filipe devia mesmo ser eleito presidente e “admitia” que o 1º secretário fosse indicado pelo PSD, Cláudia Cruz Santos considerava “impensável” que o 2º secretário fosse também da ‘Aliança’. Como o PS, também o Chega manifestou uma posição semelhante. Armado Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à AM, avisou à partida que também ia apresentar um candidato à Mesa, mas “já sabia como ia ser”. Assim, surgiram três propostas para ser discutidas: o partido da ‘Aliança’ propunha Miguel Capão Filipe (CDS) como presidente, Manuel Cartaxo (PSD) como 1º secretário e Maria Cristina Veiga (PSD) como 2ª secretária; o PS indicou Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio (PS) para 1ª secretária e Manuel Cartaxo para 2º secretário; e o Chega propôs também Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio como 1ª secretária e Nuno Tavares (Chega) a 2º secretário. Naturalmente, Miguel Capão Filipe conseguiu a eleição por unanimidade, com 35 votos a favor (faltou um deputado do PS e o deputado único eleito pelo Livre). Na discussão do 1º secretário, Manuel Cartaxo acabou por reunir 22 votos contra 11 de Rosa Venâncio, a que se somaram duas abstenções. Uma vez que já tinha sido eleito, Manuel Cartaxo não entrou na disputa para o lugar de 2º secretário, que acabou por ser discutida entre Maria Cristina Veiga – que ganhou, com 21 votos – e Nuno Tavares – que teve quatro votos. Nesta eleição abstiveram-se dez deputados. Antes do término da instalação da Assembleia, foram chamados a intervir os deputados de todos os grupos parlamentares, bem como o novo presidente eleito. No seu discurso, Miguel Capão Filipe agradeceu a confiança em si depositada e prometeu exercer o cargo com “isenção e rigor”, com “respeito pela pluralidade de opiniões”. O presidente acabou a declarar que “o aveirismo está bem vivo e recomenda-se”, aludindo a um espírito de “irreverência” com que “quer iniciar este ciclo”. No decorrer do discurso, Capão Filipe aproveitou ainda para anunciar que os serviços da AM vão regressar ao antigo edifício da capitania – local onde se realizam as Assembleia Municipais – e que vai começar a recolher os contributos dos grupos parlamentares para a mudança do regimento da AM, deixando o desafio aos partidos para que aprovem o documento por unanimidade. Do lado da Iniciativa Liberal, Cláudia Rocha assumiu o compromisso de “fiscalizar com exigência” na AM. Da mesma forma, Armando Grave, representante do Chega,também afirmou que os eleitores reforçaram o seu grupo parlamentar por quererem um executivo que “governe de forma transparente”. O CDS, por Gonçalo Caetano Alves, vincou que a maioria da ‘Aliança’ deve ser exercida com “humildade e espírito de cooperação” e assinalou que “ter maioria não é decidir sozinho”. Fernando Nogueira, deputado do PS, aproveitou o discurso para voltar a trazer à discussão a eleição para a mesa da AM. O eleito deu nota de que os valores defendidos por Capão Filipe “mereciam melhor tratamento no primeiro ato” enquanto presidente da Assembleia. Nas suas palavras, se a mesa tivesse um eleito de uma das forças políticas que não venceu as eleições, isso daria “um sinal de maior abertura” e da possibilidade de “fazer pontes”. A terminar, Joaquim Marques, do PSD, desejou que o trabalho da Assembleia seja “sério e racional” e que seja feito “em prol dos aveirenses”, uma vez que, se não o for, “daqui a quatro anos, eles saberão fazer as contas”. Sobre o resultado das eleições, que ditou uma maioria na AM, o deputado aponta que a “mensagem [dos eleitores] não foi subliminar”.

Hóti Hotéis espera investir perto de “100 milhões” em novo projeto hoteleiro junto ao Meliá
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Hóti Hotéis espera investir perto de “100 milhões” em novo projeto hoteleiro junto ao Meliá

O projeto prevê a construção de quatro edifícios ao longo de 35 mil metros quadrados, tendo a arquitetura dos mesmos ficado a cargo de Joana Borges, arquiteta da b2a e da empresa Hugo Correia Arq. A grande aposta do grupo Hóti Hotéis é no mercado residencial, a que dois dos edifícios vão estar dedicados sob o nome de “Golden Aveiro Residence”, totalizando “134 frações”. Da mesma forma, o terceiro seguirá a mesma lógica, mas quem adquirir ou arrendar apartamentos – um total de “49” - terá o benefício de poder usufruir dos serviços hoteleiros. Já o quarto edifício será um novo hotel que envolve “162” quartos e estúdios – inclui StarInn, com “90” quartos, e Star Studios, com “72” estúdios. Para além dos edifícios, vai ser também construído, em 15 mil metros quadrados, um parque de estacionamento subterrâneo com 236 lugares. De acordo com Joana Borges, os edifícios residenciais, completamente envidraçados, serão essencialmente compostos por apartamentos T3 e T4, tendo entre 25% e 30% de apartamentos T1 e T2. Por seu lado, segundo Ricardo Gonçalves, administrador da Hóti Hotéis, o edifício que serve de hotel terá duas competências: um hotel com “conceito de lifestyle” e a parte de “Smart Studios”, para “estadias de maior duração” – algo que, afirma, “faz todo o sentido” numa cidade como Aveiro, com “uma universidade pujante” e uma série de multinacionais que necessitam de alojamento de qualidade. A aposta no mercado residencial era já uma vontade antiga da Hóti Hotéis, apontou Miguel Proença, CEO do grupo, que destaca que se trata de um mercado em expansão: “Permite-nos criar um hotel onde o hotel não existe e crescer para um espaço residencial. […] É uma forma muito interessante de diversificar a receita. Permite que ela seja conseguida não apenas pela solução clássica de vários hotéis, com vários segmentos. […] É também uma forma muito bem conseguida de ver uma expressão de risco […] porque tem um timing de retorno completamente diferente do retorno da hotelaria”, explicou o responsável. Durante a sua intervenção, José Ribau Esteves, que falou na sua última ação pública enquanto presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), recordou que o processo foi “muito difícil”. No seu entender, isso aconteceu também porque “a velocidade de trabalho da Câmara é muito superior à da Hótis Hotéis”, que foi sempre “pressionada” pela autarquia ao longo do processo. Inicialmente, segundo o presidente, estava previsto que o hotel fosse construído num terreno da Universidade de Aveiro (UA) em frente à estação ferroviária. Na altura, conforme conta, foi lançado um concurso público pela instituição a que se candidatou uma empresa com um projeto “excelente”. No entanto, após a passagem de pasta entre os reitores Manuel Assunção e Paulo Jorge Ferreira, o atual responsável “deu o dito por não dito” e a UA acabou por “seguir outro caminho” – uma história que Ribau Esteves afirma não constar do seu livro, mas que espera vir a fazer parte de uma nova edição que venha a escrever “já fora da Câmara e paga por si”. Entretanto, tanto pela “menor velocidade” da Hótis Hotéis, devido a um processo judicial colocado pelos proprietários dos terrenos onde o empreendimento se vai instalar contra a CMA – e que, entretanto, acabou por ser retirado – como pela revisão do Plano de Pormenor do Centro, Ribau Esteves explica que a obra acabou por não avançar. Agora, o autarca desafia também o seu sucessor, Luís Souto, a articular com o grupo hoteleiro para conseguir que, assim que a obra esteja pronta, também esteja completa a requalificação do Barreiro – uma obra que já tem “projeto terminado” e que “faz vizinhança” com um dos prédios que vão ser construídos.

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Chuva forte motiva aviso laranja esta madrugada no distrito de Aveiro
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Chuva forte motiva aviso laranja esta madrugada no distrito de Aveiro

Entre a meia-noite e as 3h00, os 17 distritos já vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de precipitação, passando a laranja entre as 3h00 e as 9h00 – período em que também vão estar todos com aviso amarelo devido à previsão de condições favoráveis à ocorrência de trovoadas e fenómenos extremos de vento. A seguir, entre as 9h00 e as 15h00, todos os distritos continuam sob aviso amarelo. Entre as 21h00 de hoje as 9h00 de amanhã, os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga também vão estar sob aviso amarelo pela previsão de vento forte do quadrante sul, com rajadas da ordem de 80 quilómetros por hora (km/h) no litoral, e da ordem de 100 km/h nas terras altas. Entre as 21h00 de hoje e as 14h00 da próxima quinta-feira, dia 6, vigora um aviso amarelo por agitação marítima nos distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga. Nestes distritos, entre as 00h00 e as 9h00 de quinta-feira,regista-se nestes distritos aviso laranja, quando se preveem ondas de oeste/noroeste com 05 a 06 metros de altura significativa, podendo atingir altura máxima de 09 metros.

Livro de Ribau Esteves: Alberto Souto afirma que “difamação” vai ser tratada no “lugar próprio”
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No espaço em que referencia as críticas que lhe são dirigidas no livro de Ribau Esteves, Alberto Souto começa por falar sobre a “referência direta deslustrosa e pateta” que o autor lhe faz na primeira página. Com ironia, o socialista escreve que o ex-autarca foi “elegante como sempre” ao “permitir-se juízos de valor sobre a sua dedicação à AMRIA”. Já sobre as outras vezes em que o nome de Alberto Souto é mencionado no livro, o agora vereador – embora já tenha manifestado publicamente a intenção de renunciar ao cargo – aponta que “são do foro da difamação e serão tratadas no lugar próprio”. “Ribau Esteves já tem cadastro por crime deste género e é reincidente […] Já que faz uma oração diária a Deus, Sta Joana e S. Gonçalinho, peça-lhes desculpa pelo pecado da soberba, da mentira e das malfeitorias cívicas”, acrescenta. No entanto, no texto, que divide em 15 pontos, Alberto Souto alonga-se nas críticas ao ex-edil. O socialista começa por criticar Ribau Esteves por ter recorrido aos “cofres da Câmara” para a publicação do livro, algo que, aponta, nem o próprio Alberto Souto nem Élio Maia fizeram quando também publicaram um livro no final dos seus percursos enquanto autarcas. Recorde-se que, como noticiado pela Ria, a publicação do livro já tinha motivado a indignação da oposição, ao que Ribau Esteves respondeu tratar-se de um “investimento de solidariedade cultural”. Depois de ler o livro, afirma que a obra se trata de um bom retrato do ex-presidente: “tem muita parra, pouca uva, muita palha, algumas mentirolas e difamações, deselegâncias bastantes para pessoas e instituições, leviandades opinativas, teorizações de pacotilha e uma infinita presunção das suas altérrimas qualidades, que só o próprio reconhece”. “O arvorado Fernão Lopes da Gafanha redige ele mesmo, com finíssimo estilo de pedregulho académico, em consonância com o seu trato pessoal de calhau, a sua versão panegírica para a História, não vá a mesma tratá-lo com menos excelência do que o Nobel da Literatura de “Relatório e Contas”, quiçá o Olimpo a que ele se considera destinado”, atira. Alberto Souto critica desde logo os dois prefácios do livro, escritos por António Costa e Luís Montenegro, por serem “arrebatadores de hipocrisia”. Se aponta que António Costa diz mesmo não ter lido o livro à data em que escreveu o texto que nele se inscreve, Alberto Souto diz mesmo que Luís Montenegro se “presta a um cómico exercício de cinismo” ao escrever que Ribau “não disfarça gostar de (…) verbalizar “tiradas” consideradas no limite do exagero”. Segundo o socialista, “Montenegro chama desbocado ao autor que prefacia”. De todas, a maior crítica apontada por Alberto Souto a Ribau Esteves é de que não tem “nenhuma obra estruturante”. Apesar das 465 páginas “para impressionar”, o vereador adianta que em “6 paginazinhas” é possível encontrar todo o elenco de obras dos últimos doze anos. Desse legado, para Alberto Souto, as intervenções no Rossio, na Avenida Lourenço Peixinho e na ponte-açude no Rio Novo do Príncipe são “marcas negras” que o ex-autarca deixa. Da mesma forma, Alberto Souto também ataca as opções políticas de Ribau Esteves que vão passar para o próximo mandato. O vereador aponta que o ex-presidente deixou “armadilhado” um “mamarracho” de doze pisos com o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso – que, afirma, está a ser investigado pelo Ministério Público -, o Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, a destruição do edifício que servia de sede à CERCIAV, a construção de uma nova escola Homem Cristo “no local errado e sem condições”, o plano para a Antiga Lota e a construção de um “caixote” antiga biblioteca. O socialista destaca ainda “as derrotas que averbou” Ribau Esteves, nomeadamente: no novo Hospital de Aveiro, na ligação Aveiro-Águeda, na alta velocidade, na edificação da antiga Lota, na candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura, nas portagens na A25, na habitação social, na modernização da Linha do Vouga, na piscina municipal, no canil/gatil municipal, no ex-centro de Saúde Mental de S. Bernardo, na criação de novas zonas de localização empresarial e na gestão da ria de Aveiro pela CIRA. A terminar, depois de Ribau Esteves já ter anunciado, durante a apresentação do seu livro, que tem o futuro traçado, Alberto Souto “parabeniza” o ex-autarca e recorda que, antes de apoiar Luís Souto, Ribau chegou mesmo a dizer que o novo presidente “não tinha perfil” para governar a Câmara Municipal. Nas palavras de Alberto Souto, “quem conhece mal a sua verticalidade ficou perplexo ao ouvi-lo desdizer o que dissera sobre o candidato da Aliança. Se na CRESAP fizessem uma ecografia à coluna vertebral, havia muita gente que nunca seria nomeada para nada”.

ESN Aveiro volta a desafiar os estudantes internacionais para um “Natal com Famílias Portuguesas”
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ESN Aveiro volta a desafiar os estudantes internacionais para um “Natal com Famílias Portuguesas”

Segundo o site da ESN Portugal, o projeto do “Natal com Famílias Portuguesas” tem como objetivo “conectar famílias portuguesas locais com estudantes internacionais durante as festas de fim de ano, proporcionando uma experiência calorosa e festiva para aqueles que, de outra forma, poderiam passar as festas sozinhos”. Entre os três objetivos principais estão: o “intercâmbio cultural” ao permitir que os estudantes internacionais vivam os costumes, tradições e a vida familiar portuguesa durante o Natal; a “construção da comunidade” através da integração dos estudantes à sociedade local e a “experiência memorável” através da construção de memórias e amizades. Segundo uma nota de imprensa da ESN Portugal, o projeto assume escala nacional pelo sexto ano consecutivo, e é organizado em colaboração com as associações locais. O “Natal com Famílias Portuguesas” está agendado para os dias 24 e 25 de dezembro. A Ria acompanhou, no ano passado, a 5ª edição que contou com a participação de 77 estudantes internacionais e meia centena de famílias portuguesas.  Entretanto, na 6ª edição as inscrições já abriram, no passado dia 20 de outubro, e encerram no dia 8 de dezembro, tanto para famílias como para estudantes internacionais. As mesmas podem ser feitas a partir da plataforma Papaya

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas
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“Não há acordo nenhum e a senhora Catarina Barreto não aceitou os nossos termos e nem nós os dela. Fiquei chocado com a notícia de hoje. Mas…”, escreveu Ricardo Nascimento à Ria. A resposta surge no seguimento da notícia publicada esta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Diário de Aveiro onde o mesmo dava nota que a ‘Aliança’ e o Chega teriam chegado a acordo. Recorde-se que a Junta de Freguesia de Aradas está, atualmente, em gestão com o órgão executivo em funções depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia, destinada à instalação dos órgãos autárquicos, ter sido suspensa.  Na altura, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, optou por submeter à votação o primeiro vogal do futuro executivo através de votação nominal, em vez de votação em lista. A proposta acabou por ser reprovada pelos membros da Assembleia, com sete votos contra e seis a favor, e os trabalhos foram imediatamente suspensos pela presidente de Junta. Entretanto, Catarina Barreto já marcou para esta sexta-feira, 7 de novembro, pelas 21h00, uma nova sessão. Relembre-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. À margem da primeira sessão de instalação dos órgãos autárquicos, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. Quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou.  Além do Chega, a Ria entrou ainda em contacto com Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), e Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, onde afirmaram, ambos, não terem sido novamente contactados por Catarina Barreto depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia. A Ria tentou ainda contactar Catarina Barreto, mas até ao momento não obteve resposta.