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Autárquicas 2025: PSD-Aveiro num impasse à espera da decisão de Luís Montenegro

A pressão aumentou para o PSD-Aveiro após Alberto Souto de Miranda, ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) entre 1998 e 2005, ter confirmado disponibilidade para ser candidato nas próximas eleições autárquicas de 2025 pelo Partido Socialista (PS). Num ano particularmente importante para o PSD-Aveiro, com a saída de Ribau Esteves, um líder carismático, a escolha do sucessor não é consensual para os militantes do partido e a Ria foi procurar saber qual o ponto de situação da escolha do candidato à autarquia aveirense.

Autárquicas 2025: PSD-Aveiro num impasse à espera da decisão de Luís Montenegro
Redação

Redação

14 jan 2025, 16:32

O PSD-Aveiro tem promovido diferentes reuniões e encontros ao longo dos últimos meses, desde a Comissão Política Concelhia, o Plenário de Militantes ou o 3.º Aniversário da Vitória Eleitoral da Coligação ‘Aliança com Aveiro’. Estes momentos têm servido essencialmente para três coisas: ‘medir o pulso’ ao partido, ‘alinhar as tropas’ no combate às posições públicas do PS-Aveiro (e de Alberto Souto) e para Ribau Esteves - e os seus ‘soldados’ mais próximos - reforçarem que a solução para candidato à CMA está no Executivo da ‘Aliança com Aveiro’, afastando aqueles a quem chamam de “paraquedistas”.

Apesar disso, em nenhum momento foi votado internamente o candidato à autarquia aveirense e muitos dos militantes optam por falar no abstrato, evitando apontar um nome de forma clara, numa fase em que não se sabe a posição oficial dos órgãos nacionais.

A Ria sabe que Simão Santana, líder do PSD-Aveiro, não quer dar ‘passos em falso’, lançando internamente um nome que depois não é aceite pelos órgãos nacionais que, como a Ria já noticiou, têm a palavra final, segundo os Estatutos do PSD. É uma situação que o líder da concelhia quer evitar ao máximo, para não transmitir uma mensagem de desunião num momento decisivo para o PSD-Aveiro, com a escolha de um novo candidato. Mas a gestão deste dossier está a ficar cada vez mais difícil e a Ria sabe que Ribau Esteves tem afirmado, nos últimos dias, que seria bom que o PSD-Nacional deixasse de “empacar” este processo e tomasse decisões. Recorde-se que, como a Ria já noticiou, o preferido de Ribau Esteves deverá ser Rogério Carlos, o atual vice-presidente da CMA.

PSD Nacional definiu o fim de março como o prazo para homologar candidaturas e Luís Montenegro não quer “candidaturas de amigos”

Por mais que o PSD-Aveiro esteja neste impasse, à espera de uma decisão dos órgãos nacionais, os dirigentes locais têm uma certeza: a decisão terá que ser tomada até ao fim de março. Segundo o documento “Orientação Estratégica – Eleições Autárquicas 2025”, aprovado em reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do PSD no passado mês de dezembro, a “homologação de todas as candidaturas devem ser concluídas pela CPN até ao final do 1.º trimestre, devendo os procedimentos das estruturas locais e distritais, com vista a este propósito decorrer anteriormente”.

Relativamente aquela que poderá ser a posição do PSD, a nível nacional, recorde-se que o presidente do PSD, Luís Montenegro, assegurou, no passado sábado, 11 de janeiro, em Ovar, no 5.º Encontro Nacional de Autarcas Social-Democratas, que o partido "não quer" e "não vai ter candidaturas de amigos" nas eleições autárquicas deste ano, pedindo candidaturas "daqueles que estão em melhores condições". "

O presidente do PSD garantiu, no entanto, que não irá "adulterar" a base programática do partido, mas admitiu que esta será "adaptada, em cada município, em cada freguesia, à realidade local, às potencialidades e às capacidades de cada comunidade". "Estaremos sempre do lado das melhores ideias, das melhores soluções, dos melhores candidatos, das melhores equipas, privilegiando a qualidade e a competência", vincou.

Nos corredores do PSD-Aveiro, há quem considere que Luís Montenegro e os órgãos nacionais do partido apenas estão a adiar a decisão do anúncio do candidato do PSD à CMA porque esta não será de acordo com a vontade de Ribau Esteves. Alguns militantes contactos pela Ria, referiram até o exemplo de Braga, um município em que o PSD local está numa situação muito semelhante à do PSD-Aveiro, pois o atual presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, também não se pode recandidatar, mas, contudo, o candidato do partido já foi anunciado publicamente.

Para além disso, vários militantes recordam por estes dias as palavras de Ribau Esteves para Luís Montentegro, ainda há 2 anos num momento de disputa eleitoral interna, em que o edil aveirense definiu o atual líder do PSD e primeiro-ministro de Portugal como "o pior que o PSD tem" na presença da comunicação social.

Rogério Carlos e Jorge Ratola, os candidatos mais falados nos corredores

Tal como a Ria noticiou no dia 8 de outubro de 2024, Rogério Carlos, atual vice-presidente da CMA, é apontando como o preferido de Ribau Esteves. Membro do gabinete do presidente deste os tempos em que este liderava a Câmara Municipal de Ílhavo foi em 2021, no momento de anúncio da lista do PSD-Aveiro às autárquicas daquele ano, que Ribau Esteves deu o primeiro sinal de que estaria a lançar Rogério Carlos para seu sucessor ao integrá-lo, pela primeira vez, na sua lista à CMA - e logo numa posição de destaque como número dois da autarquia aveirense. O atual vice-presidente tem aumentado a sua atividade nas redes sociais e ainda recentemente participou numa conferência, organizada pelo jornal ECO, que reuniu em Lisboa vários presidentes e autarcas de municípios portugueses para debaterem o futuro das cidades.

Por outro lado, a Ria sabe que Jorge Ratola tem vindo a ser cada vez mais falado nos corredores do partido e tem falado com diversas pessoas sobre este tema. Recorde-se que Ratola foi vice-presidente de Ribau Esteves até 2021 – cumprindo por isso o requisito de ser um membro que fez parte do Executivo da ‘Aliança com Aveiro’ - e é muito próximo de vários presidentes de Junta do PSD-Aveiro. A par disso, mantém proximidade diária com Luís Montenegro, pois integra o gabinete do atual primeiro-ministro, e também de Emídio Sousa, líder da distrital de Aveiro do PSD, que teve Jorge Ratola como chefe de gabinete ao longo dos últimos anos, no período em que liderava a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

Já Silvério Regalado, atual deputado à Assembleia da República e antigo presidente da Câmara Municipal de Vagos, parece ter abrandado os seus contactos, optando por se resguardar enquanto aguarda pela decisão do PSD-Nacional.

Simão Santana não faz comentários sobre o processo de escolha do candidato do PSD-Aveiro e as primeiras reações internas ao anúncio de Alberto Souto de Miranda

Na grande entrevista aos principais representantes de cada partido Simão Santana, presidente da concelhia do PSD Aveiro afirmou à Ria que a escolha interna do candidato do PSD Aveiro ocorreria até “ao final deste ano [2024]”, mas estamos em meados de janeiro do novo ano [2025] e a decisão interna continua por tomar.

Contactado, novamente, Simão Santana afirmou que o prazo que anunciou à Ria está a ser cumprido. “Eu não tenho nenhum comentário…Mesmo que já haja uma decisão interna, não é o momento de divulgar quem é o candidato. O partido está a trabalhar e no momento certo irá divulgar. Não tem nada a ver com os timings dos outros partidos. Os outros partidos fazem como consideram que devem fazer e muito bem”, realçou.

Segundo o presidente da concelhia do PSD-Aveiro, o partido está a cumprir com o calendário estipulado pelo mesmo, a nível nacional, pelo que o candidato só deverá ser anunciado, oficialmente, no “final do primeiro trimestre”, ou seja, em março. “O normal de um partido minimamente sério e profissional como é o caso do PSD (…), num município com 80 mil habitantes, com dinâmicas muito fortes (…) Esse trabalho demora muito tempo e o partido, no seu todo, está a trabalhar em conjunto para no dia certo podermos divulgar”, afirmou.

Relativamente à opinião do PSD, a nível nacional, sobre o nome do melhor candidato à CMA, Simão Santana remeteu-se, novamente, ao silêncio. “Eu não vou fazer nenhum comentário até ao momento de termos definido internamente o candidato”, sublinhou.

Relativamente ao anúncio do nome de Alberto Souto de Miranda, o presidente da concelhia do PSD-Aveiro não se mostrou surpreendido e realçou que o partido sempre disse que “era esse o caminho que estava a ser seguido e, portanto, não há surpresa absolutamente nenhuma”.

Para Simão, confirmando-se a escolha de Alberto Souto, o PS “continua a olhar para trás (…) para os anos que foram a sua governação. Utilizar a mesma carta parece que é premonitório de um desastre absolutamente incrível do Partido Socialista”.

Numa segunda nota, o líder da concelhia do PSD-Aveiro [face às acusações de Alberto Souto, no passado sábado, 11 de janeiro, no almoço de Ano Novo do PS, em que acusou o atual executivo de posicionar Aveiro no marasmo] reagiu que isso é uma “absoluta mentira”. “Nós podemos concordar ou não concordar com muitas coisas que são feitas em Aveiro… Agora dizer que Aveiro está no marasmo... Não! Acabamos de ser Capital Portuguesa da Cultura, mantemos recordes de turismo todos os anos e temos feito obras pelos quatro cantos do Município. Temos feito evoluir as nossas escolas com qualificações, mês após mês, em todo o parque escolar do Município, renovamos os transportes públicos, fizemos uma data de investimentos na área da inovação, incluindo o próprio Salicórnia [ferryboat elétrico] que é um bom exemplo da aposta do que é a inovação tecnológica e a sustentabilidade em Aveiro. Portanto, o Partido Socialista continua a querer o caminho da mentira”, atirou. “Dizer que Aveiro está no marasmo… ou não vive em Aveiro ou quer enganar o seu eleitor disso”, exprimiu.

Numa nota final, Simão Santana deixou ainda um conjunto de perguntas para Alberto Souto de Miranda: “Vai Alberto Souto continuar à frente da SEDES Distrital de Aveiro, assumindo como já se sabia a condição de putativo candidato do PS à CMA? Vai deixar Álvaro Beleza, na qualidade de presidente da SEDES Nacional, que esta importante organização continue a ser usada pelo PS Aveiro para os objetivos políticos e pessoais de Alberto Souto?”, questionou.

Quem também já reagiu ao nome de Alberto Souto de Miranda foi Manuel Prior, líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Aveiro, que utilizou as suas redes sociais para questionar “se o Souto quer ser candidato à CMA, porque o Sócrates não pode ser candidato a Presidente da República?”, numa aparente comparação entre o antigo primeiro-ministro - que está a responder em tribunal por acusações de crimes relacionados com corrupção – e Alberto Souto.

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O documento analisa Ordenamento do Território no período entre 2020 e 2024, tendo sido publicado em Diário da República no passado dia 16. Até dia 15 de junho está aberto o período de discussão pública de 30 dias. Em nota enviada às redações, a autarquia aponta que durante o período legal “qualquer interessado poderá apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito, em documento devidamente identificado, dirigido ao presidente da Câmara Municipal de Aveiro”. As contribuições podem ser feitas “através de modelo próprio disponível nos locais de consulta ou no sítio da internet do Município, e enviadas para o e-mail [email protected], ou por correio registado para a morada: Edifício Centro de Congressos, Cais da Fonte Nova, 3800-200 Aveiro”. A autarquia aponta que o documento “destaca a execução do Plano Diretor Municipal (PDM), a criação dos planos de pormenor do Cais do Paraíso e do Parque Desportivo de Aveiro, bem como a elevada taxa de concretização dos investimentos previstos na 1.ª Revisão do PDM”. O documento em análise está disponível no site da autarquia.

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No contexto distrital, o concelho de Aveiro revelou um comportamento eleitoral relativamente estável, sobretudo quando comparado com as oscilações significativas registadas noutros municípios do distrito. A AD - Coligação PSD/CDS, apesar de vencer no concelho, registou aqui um dos crescimentos mais baixos de todo o distrito, ficando na 18.ª posição entre os 19 concelhos. Já o Partido Socialista (PS) encontrou em Aveiro uma das descidas menos acentuadas do distrito, ocupando a 17.ª posição no ranking. O Chega (CH) subiu em praticamente todo o território, tendo ficado no 13.º lugar do ranking de crescimento em Aveiro, o que evidencia que foi um dos concelhos onde menos cresceu. Já a Iniciativa Liberal (IL) destacou-se positivamente, com o concelho a surgir no 3.º lugar entre os que mais contribuíram para o crescimento do partido. No caso do Livre (L), Aveiro ocupou o 2.º lugar entre os concelhos onde o partido mais cresceu, confirmando uma tendência de maior expressão em meios urbanos. Em contraste, o Bloco de Esquerda (BE) sofreu uma quebra muito significativa no concelho, que ocupa a 3.ª posição no ranking. O resultado do PAN em Aveiro surge na 6.ª posição, enquanto a CDU ocupa o 14.º lugar, evidenciando que o concelho aveirense foi um dos que menos desceu. 1. Arouca: +9,43% 2. Castelo de Paiva: +8,00% 3. Espinho: +6,80% 4. Vale de Cambra: +5,60% 5. Águeda: +5,46% 6. Oliveira de Azeméis: +5,30% 7. Estarreja: +4,95% 8. Mealhada: +4,68% 9. Albergaria-a-Velha: +4,56% 10. Ovar: +4,43% 11. Anadia: +4,30% 12. Santa Maria da Feira: +4,11% 13. São João da Madeira: +3,55% 14. Sever do Vouga: +3,39% 15. Ílhavo: +3,16% 16. Murtosa: +2,92% 17. Oliveira do Bairro: +2,79% 18. Aveiro: +2,28% 19. Vagos: -0,20% 1. Castelo de Paiva: -8,56% 2. Arouca: -7,98% 3. Espinho: -7,61% 4. Oliveira de Azeméis: -7,05% 5. São João da Madeira: -7,05% 6. Estarreja: -6,59% 7. Santa Maria da Feira: -6,49% 8. Ovar: -6,45% 9. Vale de Cambra: -6,14% 10. Águeda: -5,95% 11. Albergaria-a-Velha: -5,89% 12. Mealhada: -5,63% 13. Murtosa: -5,42% 14. Ílhavo: -4,92% 15. Anadia: -4,83% 16. Sever do Vouga: -4,16% 17. Aveiro: -4,14% 18. Oliveira do Bairro: -3,49% 19. Vagos: -3,22% 1. Murtosa: +4,88% 2. Santa Maria da Feira: +4,61% 3. Vagos: +4,26% 4. Estarreja: +4,15% 5. São João da Madeira: +4,06% 6. Ovar: +4,01% 7. Albergaria-a-Velha: +3,60% 8. Oliveira de Azeméis: +3,59% 9. Mealhada: +3,59% 10. Ílhavo: +3,43% 11. Castelo de Paiva: +3,37% 12. Espinho: +2,89% 13. Aveiro: +2,86% 14. Anadia: +2,68% 15. Oliveira do Bairro: +2,62% 16. Águeda: +2,34% 17. Vale de Cambra: +2,21% 18. Sever do Vouga: +1,23% 19. Arouca: +0,01% 1. São João da Madeira: +1,13% 2. Vagos: +1,06% 3. Aveiro: +1,02% 4. Sever do Vouga: +0,82% 5. Ílhavo: +0,71% 6. Albergaria-a-Velha: +0,67% 7. Oliveira de Azeméis: +0,62% 8. Arouca: +0,54% 9. Ovar: +0,53% 10. Espinho: +0,47% 11. Mealhada: +0,45% 12. Anadia: +0,45% 13. Santa Maria da Feira: +0,45% 14. Vale de Cambra: +0,30% 15. Águeda: +0,29% 16. Oliveira do Bairro: +0,20% 17. Estarreja: -0,05% 18. Castelo de Paiva: -0,23% 19. Murtosa: -0,51% 1. Ílhavo: +1,50% 2. Aveiro: +1,40% 3. Murtosa: +1,24% 4. Ovar: +1,15% 5. São João da Madeira: +1,13% 6.Mealhada: +1,10% 7. Espinho: +0,92% 8.Oliveira de Azeméis: +0,83% 9. Vale de Cambra: +0,78% 10. Santa Maria da Feira: +0,72% 11. Estarreja: +0,71% 12. Águeda: +0,61% 13. Vagos: +0,57% 14. Oliveira do Bairro: +0,51% 15. Sever do Vouga: +0,50% 16. Arouca: +0,41% 17. Anadia: +0,40% 18. Castelo de Paiva: +0,21% 19. Albergaria-a-Velha: +0,12% 1. Mealhada: -3,68% 2. Ovar: -3,30% 3. Aveiro: -2,99% 4. Ílhavo: -2,85% 5. São João da Madeira: -2,58% 6. Espinho: -2,48% 7. Santa Maria da Feira: -2,46% 8. Oliveira de Azeméis: -2,34% 9. Estarreja: -2,23% 10. Águeda: -2,13% 11. Vale de Cambra: -2,02% 12. Anadia: -1,97% 13. Murtosa: -1,89% 14. Albergaria-a-Velha: -1,84% 15. Oliveira do Bairro: -1,73% 16. Castelo de Paiva: -1,48% 17. Arouca: -1,39% 18. Sever do Vouga: -1,36% 19. Vagos: -1,23% 1. Murtosa: -0,81% 2. Oliveira de Azeméis: -0,61% 3. Espinho: -0,58% 4. Santa Maria da Feira: -0,58% 5. Ílhavo: -0,54% 6. Aveiro: -0,51% 7. Ovar: -0,50% 8. Estarreja: -0,50% 9. Vagos: -0,49% 10. Albergaria-a-Velha: -0,48% 11. Anadia: -0,45% 12. Vale de Cambra: -0,41% 13. São João da Madeira: -0,41% 14. Sever do Vouga: -0,39% 15. Castelo de Paiva: -0,39% 16. Arouca: -0,37% 17. Águeda: -0,28% 18. Mealhada: -0,25% 19. Oliveira do Bairro: -0,05% 1. Estarreja: -0,43% 2. Arouca: -0,41% 3. Espinho: -0,36% 4. Sever do Vouga: -0,32% 5. Anadia: -0,26% 6. Águeda: -0,25% 7. Santa Maria da Feira: -0,23% 8. Oliveira do Bairro: -0,23% 9. Castelo de Paiva: -0,23% 10. Vagos: -0,22% 11. Mealhada: -0,21% 12. Ovar: -0,20% 13. Oliveira de Azeméis: -0,15% 14. Aveiro: -0,08% 15. Vale de Cambra: -0,07% 16. São João da Madeira: -0,07% 17. Albergaria-a-Velha: -0,02% 18. Ílhavo: +0,00% 19. Murtosa: +0,10%

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No plano local, a candidatura sublinha a vitória da AD nas dez freguesias do concelho de Aveiro e aponta o “enfraquecimento significativo do Partido Socialista” como um sinal claro da rejeição do eleitorado ao projeto socialista: “Aveiro declarou de forma clara que rejeita o socialismo.” Luís Souto encara os resultados como um impulso político rumo às eleições autárquicas de 2025, referindo que a candidatura entra agora numa nova fase “com confiança redobrada, mas com humildade e trabalho”. A nota termina com a assinatura habitual da candidatura, "Com as Pessoas. Por Aveiro", e não faz qualquer referência a nenhuma outro força política.

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A AD (PPD/PSD.CDS-PP) venceu de forma clara as eleições legislativas de 2025 no concelho de Aveiro, com 37,22% dos votos (17.165 votos), reforçando o resultado alcançado em 2024 (34,94%) e impondo-se em todas as freguesias. O Partido Socialista (PS), com uma quebra muito significativa — de 25,19% (2024) para 21,05% em 2025 (9.705 votos) —, consegue ainda manter o segundo lugar graças aos resultados mais sólidos nas freguesias mais urbanas e centrais, como a União de Glória e Vera Cruz e Esgueira, onde recupera alguma desvantagem relativamente ao Chega, quando comparado com freguesias mais periféricas. Nestes territórios, mais densamente povoados, o PS ficou ainda assim muito longe do resultado da coligação AD - PSD/CDS. Já o Chega continua a sua trajetória ascendente e ficou muito próximo do PS, com 19,18% (8.844 votos), uma subida de quase 3 pontos percentuais face a 2024 (16,32%). O partido de André Ventura destacou-se especialmente em zonas mais periféricas, como Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz; Oliveirinha; Eixo e Eirol; e Cacia. Em todas estas freguesias conseguiu o segundo lugar, à frente do Partido Socialista. A Iniciativa Liberal também reforçou a sua presença, alcançando 7,46% (3.442 votos), subindo face aos 6,44% do último ano, enquanto o Livre registou uma das maiores subidas em termos proporcionais, passando de 3,70% para 5,10% (2.353 votos), refletindo a sua crescente penetração no eleitorado jovem e urbano. Em contraciclo, o Bloco de Esquerda (BE) sofreu uma queda muito acentuada, passando de 5,17% para apenas 2,18% (1.007 votos), perdendo representação expressiva em todas as freguesias do concelho. Também o PAN perdeu terreno (de 1,97% para 1,46%), enquanto o ADN conseguiu, surpreendentemente, melhorar o seu resultado de 1,11% para 1,47% dos votos. A CDU (PCP-PEV) desce novamente, desta vez para 1,39%. A participação baixou de 67,27% para 65,70%, com 46.113 votantes entre os 70.189 inscritos no concelho. Com estes resultados, a AD consolida a sua força no território aveirense, enquanto o PS tem um queda muito significativa. Já o Chega confirma a tendência de crescimento no concelho e aproxima-se cada vez mais do patamar das forças tradicionais.

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Com esse reforço, aprovado por unanimidade de PSD e PS, o objetivo da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto é impedir que se repita a situação do primeiro concurso, que no passado mês de fevereiro terminou sem propostas válidas. “É do conhecimento público que, neste momento, os municípios de Norte a Sul do país enfrentam dificuldades significativas na contratação de projetos e empreitadas, devido ao elevado volume de investimentos públicos em curso no âmbito do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência”, declara à Lusa o presidente da Câmara, Amadeu Albergaria. A obra em causa tem a designação formal de “Projeto de Requalificação Urbana da Zona da Cruz na EN 223 - Ligação ao Nó da A1 e Desnivelamento da EN 223 do Km 21+600 ao Km22+100, em Santa Maria da Feira” e tem como grande propósito acabar com dois grandes constrangimentos nessa zona. Em primeiro lugar, visa atenuar as dificuldades viárias na circulação entre a zona da cidade mais próxima da autoestrada e os acessos às freguesias periféricas do concelho, assim como aos municípios de São João da Madeira, Arouca e Oliveira de Azeméis; em segundo, pretende eliminar a barreira urbanística entre o centro da cidade da Feira e a urbanização dos Passionistas, que é uma das zonas do concelho com maior crescimento habitacional em anos recentes e tem na referida EN 223 uma barreira física à fluidez de circulação viária e pedonal. Logo que tomou posse como presidente da Câmara, em março de 2024 na sequência da renúncia de Emídio Sousa ao cargo após a sua eleição para o Parlamento, Amadeu Albergaria incluiu na sua lista de prioridades o Túnel da Cruz – que, no subsolo, facilitará o atravessamento rápido da cidade entre as portagens e outras freguesias e concelhos da região, e, à superfície, ficará reservado para trânsito local e espaços verdes, mediante um arranjo urbanístico destinado a unir a cidade ao bairro dos Passionistas. É essa mudança que o autarca social-democrata se propõe viabilizar ao reforçar a verba disponível para o projeto da empreitada. “Queremos garantir as melhores condições para atrair [ao concurso público] uma equipa técnica qualificada, capaz de desenvolver com rigor esta obra estratégica para a mobilidade urbana e para o desenvolvimento sustentável do nosso concelho”, declara Amadeu Albergaria. O estudo prévio para o Túnel da Cruz já teve o aval da Infraestruturas de Portugal, sendo que o investimento global para o efeito, até conclusão efetiva da obra, está estimado em “15 a 20 milhões de euros”.

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