RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Cidade

Autárquicas: PS quer “restaurar a democracia” em Aradas e questiona gestão da ‘Aliança’

O Partido Socialista (PS) de Aveiro apresentou na passada sexta-feira, 12 de setembro, no Arquivo Distrital de Aveiro, a candidatura de Sónia Aires Madaíl à Junta de Freguesia de Aradas. Durante a sessão, a candidata criticou a atual gestão, denunciando “autoritarismo” e falta de transparência. Alberto Souto de Miranda aproveitou ainda o momento para comentar o programa eleitoral da coligação ‘Aliança com Aveiro’.

Autárquicas: PS quer “restaurar a democracia” em Aradas e questiona gestão da ‘Aliança’
Redação

Redação

15 set 2025, 08:47

Na intervenção, a candidata começou por destacar as suas raízes à freguesia e por evocar a anterior gestão socialista liderada por Álvaro Patrício do Bem. “Houve conquistas, houve progresso, houve trabalho feito, mas também sabemos que esse caminho foi interrompido e que parte desse património coletivo se perdeu e que a confiança da comunidade foi em alguns momentos abalada”, frisou. No seguimento, Sónia Aires garantiu que o PS pretende “retomar esse fio” e “recuperar o que foi destruído”. “Durante a liderança socialista, a freguesia conheceu um tempo de investimento sério e responsável”, destacou.

Falando sobre os princípios da sua candidatura, a candidata do PS referiu querer descentralizar o atendimento, dar respostas rápidas aos problemas e criar canais diretos de comunicação. Acrescentou ainda o apoio às coletividades e associações locais, bem como a valorização e a proteção do património. Sugeriu também, entre outras medidas, a criação de um espaço de convívio para a juventude, de um conselho jovem da freguesia e de um laboratório cívico, o mapeamento do território material, a eliminação das “barreiras arquitetónicas” e a melhoria da mobilidade e segurança da freguesia.

Num tom mais crítico, Sónia Aires apontou falhas à atual gestão da Junta de Freguesia, que descreveu como “desastrosa, feita de autoritarismo, falta de transparência e mais preocupada com o mediatismo do que com as pessoas”. Recorde-se que, atualmente, a Junta de Freguesia de Aradas é liderada por Catarina Barreto, eleita pela coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM). No seguimento, questionou: “Que legitimidade tem em falar em legados?”. “Não tem nenhuma”, respondeu prontamente. Entre o legado que considera ter sido “destruído”, apontou como exemplo as piscinas do Carocho. “Aradas não precisa de espetáculo, precisa de proximidade. Aradas não precisa de autoritarismo, precisa de comunidade. Não queremos cargos para aparecer, queremos funções para assumir e servir”, atirou ainda a candidata socialista.

Numa crítica direta à atual presidente de Junta, Sónia Aires evocou as notícias que dão conta de “inspeções, processos, denúncias de assédio laboral e processos disciplinares”. Enquanto membro da Assembleia de Freguesia pelo PS, denunciou ainda que os elementos desse órgão já foram “humilhados e destratados”. “Este é o retrato dos últimos anos”, rematou.

Na mesma sessão, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, comentou o debate transmitido na RTP3, que juntou os candidatos à autarquia, e reagiu também ao programa eleitoral da coligação ‘Aliança com Aveiro’, igualmente apresentado na sexta-feira. Dirigindo-se diretamente a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança’, apontou que o mesmo teve uma “ideia nova e uma ideia original só que a ideia original não é boa e a nova não é original”. Sobre a “ideia nova”, recordou já a ter defendido meses antes: transformar o quartel de Sá em habitação. “É uma excelente ideia, mas precisamos de negociar muito bem com o Estado e é preciso desalojar todos os serviços de ordem nacional que lá estão para outras latitudes para que aquele quarteirão possa ser utilizado como habitação”, explicou.

Sobre a outra ideia “original” apontou: a criação de uma agência de captação de investimento. “A agência de captação do investimento, se não tiver subjacente um trabalho muito mais profundo, é só mais uma burocracia. Nós não precisamos de mais uma agência para nomear os amigos, para ter orçamentos, para ter burocracia.Não vale nada ter uma agência de captação de investimento e depois quando os investidores chegarem a Aveiro não haver zonas industriais em terrenos infraestruturados onde se instalarem, não haver condições para fixar o talento que eles precisam ou não existirem bons acessos a esses terrenos”, comentou o candidato socialista. “Pronto apareceram duas ideias ao fim destes meses todos não é mal”, rematou em tom irónico.

Regressando a Aradas, Alberto Souto de Miranda sublinhou que o maior compromisso do PS na freguesia é “restaurar e dignificar a democracia local”. “Porque Aveiro se é terra de liberdade deve-o muito a Aradas, ao papel do conselheiro Joaquim José de Queirós que foi um dos conspiradores da liberdade e o primeiro movimento que se associou a Aveiro em termos de liberdade”, recordou.

Recomendações

Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro
Cidade

Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro

Dos nove candidatos, só a candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não compareceu no debate alegando motivos profissionais. Luís Souto, atual presidente da Assembleia Municipal da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que se candidata agora à presidência da Câmara, propôs a criação de "uma estrutura dedicada para enfrentar este grave problema", bem como a criação de uma bolsa de terrenos prontos a construir, com o licenciamento pré-aprovado. O irmão Alberto Souto, do PS, considerou que a construção de habitação é uma emergência, mas lembrou que essas casas "vão demorar dois a três anos a construir", afirmando que é preciso haver “mecanismos mais ágeis”. Nesse sentido, propõe várias medidas como a criação de um programa de estímulos para que as pessoas que investiram no alojamento local, e que agora não estão a ter retorno que esperavam, regressem ao arrendamento progressivamente e a permuta de terrenos com construtores, recebendo em troca apartamentos. João Moniz, do Bloco de Esquerda, defendeu que a construção de mais habitação deve ser a prioridade nos próximos 10 anos, afirmando que é preciso "resgatar o espírito de Girão Pereira", o primeiro presidente da Câmara de Aveiro eleito democraticamente que deixou um importante legado na área da habitação social. O candidato bloquista diz que apesar de insuficiente, existe uma resposta em termos de habitação social, adiantando que o que não existe é habitação pública a custos controlados com rendas acessíveis para a classe média, e propõem a construção, nos próximos 10 anos, de 800 a 900 fogos a custos controlados com investimento publico. Diogo Machado, do Chega, apresentou algumas medidas na área da construção privada para estarem implementadas até final do primeiro semestre de 2026, como “o lançamento de loteamentos nas freguesias periurbanas para famílias jovens e com mais dificuldades a preços mais acessíveis” e a isenção de IMI para proprietários que reabilitem prédios devolutos no centro da cidade e que os coloquem no mercado de arrendamento. Já Isabel Tavares, da CDU, propõe o agravamento do IMI para prédios devolutos criando condições para que esses prédios possam ser utilizados para habitação e lembrou que é preciso apoiar as cooperativas de habitação e “criar novas dinâmicas para criar novas cooperativas de habitação para que as pessoas possam ter acesso à habitação”. Do lado da Iniciativa Liberal, Miguel Gomes diz que a resposta para a falta de habitação está do lado da iniciativa privada, defendendo uma melhoria da mobilidade no concelho para que os preços das casas no centro de Aveiro possam baixar. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, diz que é preciso mais habitação a custos controlados com boa qualidade e o mais próximo da cidade e Bruno Fonseca, do Livre, defendeu a construção de habitação pública municipal com recurso a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.

Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística
Cidade

Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística

A medida foi lançada durante a pré-campanha, pelo candidato do Bloco de Esquerda, João Moniz, que diz que “é preciso fazer justiça fiscal para que o peso que é exercido pelo turismo nas infraestruturas do município seja repartido não só por quem já paga IMI mas também pelo setor do turismo”. O candidato bloquista propôs uma taxa de dois euros por dormida, mas Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, avançou com um valor diferente: “Como queremos promover as dormidas em Aveiro, propomos uma taxa de três euros para a primeira noite e quem ficar mais de uma noite não paga nenhuma taxa”. “Está adjudicada. Boa ideia”, disse Alberto Souto, do PS, que começou por concordar com a taxa de dois euros. Diogo Machado, do Chega disse ser favorável à implementação da taxa turística assim como Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, embora este último tenha ressalvado que o valor e a forma de implementar deve ser discutido com todos os ‘players’. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, entende que o município deve seguir a tendência do território nacional, apesar de falar numa "taxa mínima", alegando que Aveiro “não está ainda consolidado em termos de turismo”. Isabel Tavares, da CDU, admitiu uma taxa turística com regimes de exceção para quem se desloca para a cidade em trabalho e precisa de alojamento e os jovens que vêm praticar desporto ou participar em competições. Também Bruno Tavares, do Livre, disse concordar com a taxa turística, mas assinalou que é preciso saber onde o dinheiro vai ser aplicado. O debate na RTP3 começou com a polémica em torno do Plano de Pormenor (PP) do Cais do Paraíso, aprovado recentemente e que prevê a construção de um hotel de 12 andares numa das principais entradas da cidade. O socialista Alberto Souto disse que se trata de uma “aberração urbanística” e acusou o seu irmão e adversário, Luís Souto, de ser “conivente com a prevalência do interesse privado sobre o interesse público”, alegando que o PP em causa “foi elaborado à medida dos interesses do investidor privado”, uma ideia partilhada por Diogo Machado, do Chega, que fala num “crime de lesa Aveiro”. Pelo Bloco, João Moniz, diz que este PP “é uma peça do que tem sido a governação autárquica do PSD e CDS que é feita à medida dos interesses da especulação imobiliária”. Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, referiu que o prédio previsto para aquele local tem “uma volumetria exagerada” e “vai manchar o contacto por completo entre Aveiro e a ria”, enquanto que Isabel Tavares, da CDU, disse que “é um desastre total do ponto de vista paisagístico e urbanístico”. Opinião diferente foi transmitida por Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, que disse não ter nada contra o prédio de 12 andares, mas alertou que um hotel de 600 camas no centro da cidade vai “dar cabo” dos alojamentos locais e hotéis de pequena dimensão que existem na zona. Ao contrário de todos os outros candidatos, Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, foi o único a defender o projeto, sustentando que é preciso garantir competitividade para Aveiro. "Se o hotel não vier para Aveiro vai para outra cidade”, frisou. A candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não participou no debate devido a motivos profissionais.

Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso
Cidade

Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso

No mesmo texto, a ‘Aliança com Aveiro’ pede que Bruno Ferreira esclareça publicamente a sua posição sobre o Plano de Pormenor “Cais do Paraíso”. A coligação recorda que, na Assembleia Municipal de 2 de setembro, “onde o Plano de Pormenor foi discutido”, o executivo da Junta da Glória e Vera Cruz se fez representar pela segunda vogal, “que votou favoravelmente à aprovação do Plano de Pormenor”. Face a isso, a candidatura pergunta se Bruno Ferreira “acompanha a votação favorável do seu Executivo da Junta" e a posição "do candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro”. A Ria apurou que Fernando Marques, presidente da Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz - que já esclareceu não apoiar a escolha de Glória Leite como candidata àquela junta - optou por não participar na votação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e indicou a vogal da sua equipa para representar a Junta de Freguesia. Segundo fontes próximas, a decisão terá sido motivada pela sua proximidade pessoal à família Bóia e por reservas em relação ao projeto previsto para aquela zona da cidade. A estrutura de campanha acrescenta ainda que, caso Bruno Ferreira não siga o voto favorável do seu Executivo em relação ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, “por uma questão de seriedade e ética política, não lhe resta outra alternativa senão a de se demitir”. No comunicado, a coligação caracteriza Bruno Ferreira como alguém que “já foi candidato pelo PS, depois pela ‘Aliança’ e agora novamente pelo PS”, sublinhando que essa trajetória, aliada ao alegado uso do cargo, “visa a obtenção de ganhos políticos”. A direção de campanha da 'Aliança com Aveiro' estende as críticas a Alberto Souto, candidato do PS à Câmara, acusando-o de “incoerência política”. Recorda que o socialista “veio exigir publicamente a demissão do candidato Luís Souto de Miranda da presidência da Assembleia Municipal, para não usar o cargo para aproveitamento político”, mas que, “em relação ao seu candidato Bruno Ferreira, o silêncio é absoluto e total”. O comunicado termina reiterando o apelo a que Bruno Ferreira esclareça a sua posição relativamente ao Plano de Pormenor “Cais do Paraíso” e cesse “de imediato” o alegado aproveitamento do cargo de tesoureiro para efeitos de campanha. O texto é assinado pela direção de campanha da ‘Aliança com Aveiro’ e foi enviado à comunicação social precisamente na hora de início da apresentação da candidatura de Bruno Ferreira.

Programa gratuito na Fábrica Ciência Viva de Aveiro assinala 10 anos das ondas gravitacionais
Cidade

Programa gratuito na Fábrica Ciência Viva de Aveiro assinala 10 anos das ondas gravitacionais

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, das 10h00 às 17h00, será possível visitar a exposição “Viagem pelo Universo escuro”, do Instituto de Ciências do Cosmos da Universidade de Barcelona, e a exposição “Traços de Curvatura: Gravidade na Universidade de Aveiro”. Simultaneamente, ao longo do dia, vão estar ainda a decorrer vários workshops e uma história com ciência para os mais miúdos. Pelas 16h00 terá início a palestra “Ondas gravitacionais: a verdadeira música celestial”. O momento contará com os contributos de Carlos Herdeiro, professor e investigador na Universidade de Aveiro, onde lidera o grupo de gravitação. “Nesta palestra será abordada a história fascinante das ondas gravitacionais, o que estamos a aprender com elas e até será possível ouvi-las”, realça a nota. A palestra tem entrada livre, ainda assim, é recomendada inscrição prévia para os workshops através do email [email protected]. O programa completo pode ser consultado aqui. O evento é organizado em colaboração com as Sociedades Portuguesas de Astronomia, Física, Matemática e Relatividade e Gravitação, em parceria com a Rede de Centros Ciência Viva. As ondas gravitacionais foram previstas por Albert Einstein na Teoria da Relatividade Geral, mas só um século depois foi possível detetá-las. A primeira deteção direta, a 14 de setembro de 2015, foi proveniente de uma colisão de dois buracos negros, evento conhecido como GW150914. O impacto desta descoberta originou o prémio Nobel da Física em 2017. Desde a primeira deteção já foram observados mais de uma centena de sinaisde ondas gravitacionais, revelando os mistérios de alguns dos objetos mais secretos do Universo, como buracos negros e estrelas de neutrões, e prometendo aceder ao nunca visto, talvez mesmo a um vislumbre do Big Bang.

Últimas

Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro
Cidade

Autárquicas: Construção de habitação é prioridade para todos os candidatos em Aveiro

Dos nove candidatos, só a candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não compareceu no debate alegando motivos profissionais. Luís Souto, atual presidente da Assembleia Municipal da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que se candidata agora à presidência da Câmara, propôs a criação de "uma estrutura dedicada para enfrentar este grave problema", bem como a criação de uma bolsa de terrenos prontos a construir, com o licenciamento pré-aprovado. O irmão Alberto Souto, do PS, considerou que a construção de habitação é uma emergência, mas lembrou que essas casas "vão demorar dois a três anos a construir", afirmando que é preciso haver “mecanismos mais ágeis”. Nesse sentido, propõe várias medidas como a criação de um programa de estímulos para que as pessoas que investiram no alojamento local, e que agora não estão a ter retorno que esperavam, regressem ao arrendamento progressivamente e a permuta de terrenos com construtores, recebendo em troca apartamentos. João Moniz, do Bloco de Esquerda, defendeu que a construção de mais habitação deve ser a prioridade nos próximos 10 anos, afirmando que é preciso "resgatar o espírito de Girão Pereira", o primeiro presidente da Câmara de Aveiro eleito democraticamente que deixou um importante legado na área da habitação social. O candidato bloquista diz que apesar de insuficiente, existe uma resposta em termos de habitação social, adiantando que o que não existe é habitação pública a custos controlados com rendas acessíveis para a classe média, e propõem a construção, nos próximos 10 anos, de 800 a 900 fogos a custos controlados com investimento publico. Diogo Machado, do Chega, apresentou algumas medidas na área da construção privada para estarem implementadas até final do primeiro semestre de 2026, como “o lançamento de loteamentos nas freguesias periurbanas para famílias jovens e com mais dificuldades a preços mais acessíveis” e a isenção de IMI para proprietários que reabilitem prédios devolutos no centro da cidade e que os coloquem no mercado de arrendamento. Já Isabel Tavares, da CDU, propõe o agravamento do IMI para prédios devolutos criando condições para que esses prédios possam ser utilizados para habitação e lembrou que é preciso apoiar as cooperativas de habitação e “criar novas dinâmicas para criar novas cooperativas de habitação para que as pessoas possam ter acesso à habitação”. Do lado da Iniciativa Liberal, Miguel Gomes diz que a resposta para a falta de habitação está do lado da iniciativa privada, defendendo uma melhoria da mobilidade no concelho para que os preços das casas no centro de Aveiro possam baixar. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, diz que é preciso mais habitação a custos controlados com boa qualidade e o mais próximo da cidade e Bruno Fonseca, do Livre, defendeu a construção de habitação pública municipal com recurso a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.

Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística
Cidade

Autárquicas: Candidatos à Câmara de Aveiro admitem aplicar taxa turística

A medida foi lançada durante a pré-campanha, pelo candidato do Bloco de Esquerda, João Moniz, que diz que “é preciso fazer justiça fiscal para que o peso que é exercido pelo turismo nas infraestruturas do município seja repartido não só por quem já paga IMI mas também pelo setor do turismo”. O candidato bloquista propôs uma taxa de dois euros por dormida, mas Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, avançou com um valor diferente: “Como queremos promover as dormidas em Aveiro, propomos uma taxa de três euros para a primeira noite e quem ficar mais de uma noite não paga nenhuma taxa”. “Está adjudicada. Boa ideia”, disse Alberto Souto, do PS, que começou por concordar com a taxa de dois euros. Diogo Machado, do Chega disse ser favorável à implementação da taxa turística assim como Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, embora este último tenha ressalvado que o valor e a forma de implementar deve ser discutido com todos os ‘players’. Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, entende que o município deve seguir a tendência do território nacional, apesar de falar numa "taxa mínima", alegando que Aveiro “não está ainda consolidado em termos de turismo”. Isabel Tavares, da CDU, admitiu uma taxa turística com regimes de exceção para quem se desloca para a cidade em trabalho e precisa de alojamento e os jovens que vêm praticar desporto ou participar em competições. Também Bruno Tavares, do Livre, disse concordar com a taxa turística, mas assinalou que é preciso saber onde o dinheiro vai ser aplicado. O debate na RTP3 começou com a polémica em torno do Plano de Pormenor (PP) do Cais do Paraíso, aprovado recentemente e que prevê a construção de um hotel de 12 andares numa das principais entradas da cidade. O socialista Alberto Souto disse que se trata de uma “aberração urbanística” e acusou o seu irmão e adversário, Luís Souto, de ser “conivente com a prevalência do interesse privado sobre o interesse público”, alegando que o PP em causa “foi elaborado à medida dos interesses do investidor privado”, uma ideia partilhada por Diogo Machado, do Chega, que fala num “crime de lesa Aveiro”. Pelo Bloco, João Moniz, diz que este PP “é uma peça do que tem sido a governação autárquica do PSD e CDS que é feita à medida dos interesses da especulação imobiliária”. Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, referiu que o prédio previsto para aquele local tem “uma volumetria exagerada” e “vai manchar o contacto por completo entre Aveiro e a ria”, enquanto que Isabel Tavares, da CDU, disse que “é um desastre total do ponto de vista paisagístico e urbanístico”. Opinião diferente foi transmitida por Paulo Alves, do Nós, Cidadãos!, que disse não ter nada contra o prédio de 12 andares, mas alertou que um hotel de 600 camas no centro da cidade vai “dar cabo” dos alojamentos locais e hotéis de pequena dimensão que existem na zona. Ao contrário de todos os outros candidatos, Luís Souto, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, foi o único a defender o projeto, sustentando que é preciso garantir competitividade para Aveiro. "Se o hotel não vier para Aveiro vai para outra cidade”, frisou. A candidata do PAN, Ana Rita Moreira, não participou no debate devido a motivos profissionais.

Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso
Cidade

Aliança acusa Bruno Ferreira de “aproveitamento político” e exige posição sobre o Cais do Paraíso

No mesmo texto, a ‘Aliança com Aveiro’ pede que Bruno Ferreira esclareça publicamente a sua posição sobre o Plano de Pormenor “Cais do Paraíso”. A coligação recorda que, na Assembleia Municipal de 2 de setembro, “onde o Plano de Pormenor foi discutido”, o executivo da Junta da Glória e Vera Cruz se fez representar pela segunda vogal, “que votou favoravelmente à aprovação do Plano de Pormenor”. Face a isso, a candidatura pergunta se Bruno Ferreira “acompanha a votação favorável do seu Executivo da Junta" e a posição "do candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro”. A Ria apurou que Fernando Marques, presidente da Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz - que já esclareceu não apoiar a escolha de Glória Leite como candidata àquela junta - optou por não participar na votação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e indicou a vogal da sua equipa para representar a Junta de Freguesia. Segundo fontes próximas, a decisão terá sido motivada pela sua proximidade pessoal à família Bóia e por reservas em relação ao projeto previsto para aquela zona da cidade. A estrutura de campanha acrescenta ainda que, caso Bruno Ferreira não siga o voto favorável do seu Executivo em relação ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, “por uma questão de seriedade e ética política, não lhe resta outra alternativa senão a de se demitir”. No comunicado, a coligação caracteriza Bruno Ferreira como alguém que “já foi candidato pelo PS, depois pela ‘Aliança’ e agora novamente pelo PS”, sublinhando que essa trajetória, aliada ao alegado uso do cargo, “visa a obtenção de ganhos políticos”. A direção de campanha da 'Aliança com Aveiro' estende as críticas a Alberto Souto, candidato do PS à Câmara, acusando-o de “incoerência política”. Recorda que o socialista “veio exigir publicamente a demissão do candidato Luís Souto de Miranda da presidência da Assembleia Municipal, para não usar o cargo para aproveitamento político”, mas que, “em relação ao seu candidato Bruno Ferreira, o silêncio é absoluto e total”. O comunicado termina reiterando o apelo a que Bruno Ferreira esclareça a sua posição relativamente ao Plano de Pormenor “Cais do Paraíso” e cesse “de imediato” o alegado aproveitamento do cargo de tesoureiro para efeitos de campanha. O texto é assinado pela direção de campanha da ‘Aliança com Aveiro’ e foi enviado à comunicação social precisamente na hora de início da apresentação da candidatura de Bruno Ferreira.

Autárquicas: CDU candidata Raul Rodrigues à Câmara Municipal de Sever do Vouga
Região

Autárquicas: CDU candidata Raul Rodrigues à Câmara Municipal de Sever do Vouga

“A candidatura pretende focar-se em questões que preocupam os habitantes, como acessibilidade e transportes, gestão florestal, agricultura e saúde”, assume a CDU. A acessibilidade “continua uma prioridade de intervenção”, porque “com a eliminação das portagens da A25, após várias propostas da CDU nesse sentido, falta ainda concretizar a eliminação dos pórticos na zona de Aveiro”, defende a candidatura, em nota enviada à Lusa. “É fundamental reforçar a rede de transporte público entre Sever do Vouga e os concelhos vizinhos, mas igualmente entre freguesias do concelho”, acrescenta, referindo-se às acessibilidades. Num Município com uma relevante mancha florestal, a candidatura autárquica da CDU diz que “é preciso tratar de uma vez por todas da gestão da floresta e da valorização da agricultura familiar”. “Temos várias propostas apresentadas em sede de Assembleia da República, que visam valorizar o preço da madeira, favorecer os pequenos e médios agricultores, apostar nos mercados de proximidade, assegurar que os apoios públicos cheguem a quem verdadeiramente precise”, lembra a CDU. Melhorar as condições de quem combate os incêndios, é outra das propostas: “iremos continuar a defender a valorização dos bombeiros e a construção de um novo quartel para os Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga”. Nas prioridades da CDU está também garantir o acesso aos cuidados de saúde, “exigindo mais equipas médicas e profissionais de saúde”, bem como o funcionamento adequado do Hospital de Aveiro, para são encaminhados os doentes de Sever, em caso de urgência. “Concretizar o acesso ao saneamento básico em todo o concelho”, é outra das preocupações. “Contamos com homens e mulheres em condições de fazer a diferença, pois a CDU faz falta em Sever do Vouga”, conclui. Além de Raul Rodrigues, da CDU, concorrem à Câmara Municipal de Sever do Vouga o atual presidente Pedro Lobo, pelo PSD, Sérgio Soares, pelo movimento Sever Mais Forte, Luís Martins, pelo PS, Sandra Bento, pelo Chega, e Ricardo Silva pelo CDS. Nas eleições autárquicas de 2021 o partido mais votado foi o PSD, com 43,51% dos votos e três mandatos, seguido do PS, com 28,85% dos votos e dois mandatos, enquanto o CDS foi a terceira força política mais votada, com 22,41% dos votos e dois mandatos. As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.