RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Aveiro: IL sugere seguro municipal para reduzir tempos de espera na saúde

A Iniciativa Liberal (IL) de Aveiro defendeu esta segunda-feira, 1 de setembro, a criação de um seguro de saúde municipal. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a medida pretende responder à falta de acesso a cuidados médicos no concelho.

Aveiro: IL sugere seguro municipal para reduzir tempos de espera na saúde
Redação

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01 set 2025, 12:46

De acordo com o partido, mais de um milhão de portugueses não têm médico de família e, só na região do Baixo Vouga, em 2023, “mais de 40 mil cidadãos ficaram sem acompanhamento clínico”. “Em Aveiro, esta realidade repete-se, com muitas famílias e idosos a esperarem meses por uma consulta ou, simplesmente, a desistirem de procurar ajuda”, realça.

Enquanto as obras no Hospital Infante D. Pedro continuam sem avançar, a IL defende que a autarquia deve procurar “soluções paralelas”. Entre elas, o apoio à instalação de novas unidades privadas de saúde, a celebração de protocolos com hospitais privados e IPSS e a criação de um seguro municipal.

Recorde-se que tal como noticiado pela Ria, na última reunião camarária, José Ribau Esteves, presidente do Município de Aveiro, avançou que a adjudicação do projeto de ampliação do Hospital foi reclamada pela empresa que ficou em segundo lugar. Com este novo atraso, o calendário inicialmente previsto poderá ficar novamente comprometido.

Segundo a proposta, o Seguro de Saúde Municipal permitiria aos cidadãos recorrer a consultas, exames e tratamentos em clínicas locais, reduzindo tempos de espera. A medida teria também uma cobertura reforçada para os idosos.

Numa nota final, a IL Aveiro sublinha ainda que “como partido responsável” não propõe esta medida de “forma demagógica e populista”. Através da consulta de informação sobre outros concelhos, a IL estima um custo anual de cerca de “3,8 milhões de euros” -equivalente a cinco euros por mês por habitante - acrescido de menos de dois milhões de euros para reforçar a proteção dos cerca de “17 mil idosos com mais de 65 anos”. O valor total, segundo o partido, representaria “menos de 4% do orçamento da autarquia em 2025 e que devolve dignidade, liberdade e acesso efetivo à saúde”.

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Em outubro, o destaque vai para “Sombra”, solo de stand-up de Bumba na Fofinha, que regressa a Aveiro a 2 de outubro para duas sessões. Logo depois, entre 8 e 11, a cidade volta a ser palco do PRISMA / Art Light Tech, festival de arte e tecnologia inserido na Aveiro Tech Week, que chega à 7.ª edição com o tema “A Forma das Coisas”. O mês inclui ainda concertos de Bombazine (dia 16) e Carlos Fino com a Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro (dia 17), a estreia de mais um espetáculo comunitário do Cantar-o-Lar (dia 26), uma nova edição do Festival Novos Bardos (27 a 31) e termina com “O Meu Super Herói”, de Elmano Sancho (dia 31). O mês de novembro arranca com a ópera “Adilson”, de Dino D’Santiago (dia 7), coproduzida pelo Teatro Aveirense. Segue-se a estreia de “Gosto, Logo Existo”, projeto que junta a Orquestra das Beiras e o LP Studio (dia 15). A comédia brasileira “Dois de Nós”, com António Fagundes, Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins, sobe ao palco de 20 a 23. O encerramento dos Festivais de Outono’25 acontece a 28, e Noiserv atua no dia seguinte. Em dezembro, a programação abre com o Trio Catch, formação alemã que se apresenta pela primeira vez em Portugal. A estreia de “Precópio”, da Red Cloud Teatro de Marionetas, ocupa o palco de 5 a 7. A música mantém-se em evidência com um concerto solidário que junta a Banda do Exército - destacamento do Porto e a Banda Sinfónica do Conservatório de Música de Aveiro (dia 6), o projeto Girls 96 (dia 11) e o regresso dos Danças Ocultas com o seu 10.º álbum (dia 12). O mês inclui ainda a estreia nacional de “A Caminho da Escola”, da companhia Campi Qui Pugui (dia 14), e encerra com o tradicional Concerto Coral - Cantar o Natal, no dia 21, da Escola Artística do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, o Teatro Aveirense ultrapassou no primeiro semestre de 2025 os números do ano anterior, quando Aveiro foi Capital Portuguesa da Cultura. Citado na nota, para José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro ,este resultado “é reflexo de uma estratégia cultural consistente, assente numa programação qualificada, na requalificação do edifício e na valorização dos recursos técnicos e humanos”. Já José Pina, diretor do teatro, sublinhou “o aumento sustentado da adesão do público e a capacidade de o teatro afirmar-se nacional e internacionalmente, com uma programação atual, desafiante e transversal, enraizada na comunidade local”. No reforço da infraestrutura técnica, o Município anunciou a aquisição de novos projetores, num investimento de “41 mil euros”, elevando para “660 mil euros” o total aplicado desde 2020 em equipamentos. Este investimento, garante a autarquia, tem sido fundamental para atrair estreias e produções de grande escala. Entre as novidades do trimestre destaca-se ainda a publicação dedicada à terceira edição do Laboratório de Dramaturgia, iniciativa do Centro de Documentação do Teatro Aveirense, criado em 2021 para valorizar o espólio histórico e registar a atividade atual.

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Ao longo dos cinco dias do “Campus Internacional Climántica – eCO2rivers”, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, os jovens entre os 13 e os 18 anos terão a oportunidade de participar em workshops de dança, canto, improvisação teatral e musical, artes plásticas, fotografia, edição de vídeo, DJ, holografia e robótica. O programa, assente numa abordagem STEAM, procura desenvolver produtos de comunicação de ciência através da arte, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a emergência climática. O evento conta ainda com a participação de 12 investigadores e 38 divulgadores de ciência da Universidade de Aveiro e de instituições espanholas. A organização é partilhada entre a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o projeto Climántica. Segundo explica a nota, com base no conhecimento adquirido no campus, os alunos estão a trabalhar em equipas para desenvolver dois tipos de projetos: um teatro musical e várias curtas-metragens de sensibilização ambiental sobre as alterações climáticas. Está ainda a decorrer um programa de capacitação de professores do 3º ciclo do ensino básico e secundário, que inclui palestras com investigadores e workshops. O evento final de encerramento está marcado para o dia 3 de setembro, das 11h30 às 13h00, no auditório do Centro de Congressos de Aveiro. Na ocasião serão apresentadas as curtas-metragens produzidas pelos alunos, bem como o teatro musical. A iniciativa contará com a presença de Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, de Rogério Carlos, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, de Francisco Soñora-Luna, da Universidade de Santiago de Compostela e coordenador do projeto Climántica e de Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A edição deste ano do Campus Internacional Climántica surge no âmbito do projeto europeu eCO2rivers, focado no impacto das alterações climáticas nos rios e zonas húmidas da Península Ibérica, e que tem como propósito criar um documentário e materiais educativos que promovam o cuidado com estes ecossistemas. A Universidade de Aveiro, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, integra o consórcio responsável, juntamente com o IES Virxe do Mar e o IES Lope de Veja (Espanha) e a Associação Diogo de Azambuja (Portugal).

Piscina Municipal de São Jacinto reabre com novas valências e utilização gratuita até 14 de setembro
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A obra do Município de Aveiro – executada pela empresa Cimave (Construtora e Imobiliária de Aveiro, Lda) - incluiu a “renovação estrutural do espaço, com especial enfoque na melhoria da segurança, conforto e funcionalidade da piscina”. De acordo com a nota, o tanque principal foi alvo de uma “intervenção completa” onde se incluiu a “renovação integral do piso, reforço das estruturas e modernização dos sistemas de tratamento e circulação de água”. Os dois tanques mais pequenos foram ainda substituídos por um “único tanque adaptado às necessidades específicas de bebés entre 1 e 3 anos e de crianças entre os 3 e os 12 anos ou 1,20m de altura”. Também o edifício dos balneários foi alvo de uma requalificação. A intervenção contemplou ainda a construção de uma nova casa de máquinas, tendo a antiga estrutura sido “reabilitada e adaptada para zona de arrumos”. Foram ainda realizadas “pinturas interiores e exteriores, a impermeabilização da cobertura e do solário, bem como uma revisão geral das infraestruturas técnicas, reforçando a durabilidade do equipamento e a sua resistência às condições ambientais, marcadas pela proximidade ao mar”, esclarece a nota. Uma das novidades foi a ampliação do recinto que, segundo explica a autarquia, passa a integrar um “campo de voleibol de praia e um parque infantil”. “Os equipamentos lúdicos deste último serão instalados até ao final de outubro, uma vez que se tratam de estruturas especiais para resistir ao contacto frequente com água, humidade e salitre”, refere, salientando ainda que foram adquiridas novas espreguiçadeiras e guarda-sóis. “Com esta requalificação, a Câmara de Aveiro reforça a aposta na modernização dos seus equipamentos desportivos e de lazer, numa obra que pretende valorizar a localidade de São Jacinto, atrair visitantes e oferecer melhores condições de utilização à população local”, finaliza a nota. A inauguração contou com a presença de José Ribau Esteves, presidente da autarquia. Recorde-se que no passado sábado ao longo apresentação do PS Aveiro, na Junta de Freguesia de São Jacinto, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, ironizou a inauguração da piscina, lembrando que o equipamento “já existia há 40 anos”. “Toda a gente sabe em São Jacinto que a piscina foi construída no tempo do Dr. Girão. (…) Mas eles estão a tentar reescrever a história e o grande paragone é que vieram hoje inaugurar a piscina”, sublinhou, acusando a autarquia de querer passar um “atestado de burrice à população de São Jacinto”.

ADASCA: Brigadas de sangue regressam esta quarta-feira ao Mercado Manuel Firmino
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Além desta quarta-feira, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a ADASCA vai ainda realizar brigadas, ao longo do mês de setembro, todas as quartas e sextas-feiras, nomeadamente, nos dias 3,5,10,12,17, 19, 24 e 26. As recolhas de sangue decorrem das 15h00 às 19h00 no Mercado Manuel Firmino. De acordo com o site da ADASCA, com três anos de existência, a instituição tem como missão fazer aumentar as dádivas de sangue “substancialmente” no concelho.

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Biblioteca de Ílhavo com mais de 257 mil empréstimos em duas décadas
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Biblioteca de Ílhavo com mais de 257 mil empréstimos em duas décadas

“Ao longo de 20 anos, a Rede de Bibliotecas de Ílhavo integrou mais de 195 mil exemplares no seu catálogo, registando quase 18 mil leitores inscritos e mais de 257 mil empréstimos”, refere uma nota municipal. Para celebrar “duas décadas de promoção da leitura e da cultura” foi elaborado um programa que começa na quarta-feira e vai até ao dia 27, com uma exposição de ilustração de Pedro Costa, edições especiais da Bebeteca e um Baile Literário.  Encontros com autores, ‘workshops’, horas do conto e espetáculos, entre outras atividades, preenchem a programação, que inclui um concerto de Luísa Sobral, no dia 13, às 21:30, na Casa da Cultura de Ílhavo, onde apresentará o seu novo disco, “DanSando”.  Os utilizadores da biblioteca têm 20% de desconto nos bilhetes e antes do espetáculo, às 16:00, a artista estará na Biblioteca a apresentar o seu livro.

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Cineclube de Espinho faz ciclo gratuito sobre realizador brasileiro Glauber Rocha
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A descrição é de fonte do cineclube dinamizado pela mesma associação cultural que anualmente promove o FEST – Festival Novos Realizadores Novo Cinema, na referida cidade do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto. A programação de setembro também integra filmes de Una Gunjak, Melanie Pereira, Oliver Laxe e Jonathan Millet, mas o destaque do cineclube é “o ciclo especial dedicado ao grande nome do Cinema Novo Brasileiro, com as suas principais obras, obrigatórias de ver ou rever”. O primeiro dos quatro filmes em exibição com assinatura do realizador – que também foi ator, jornalista, crítico de cinema e escritor – será "Deus e o Diabo na Terra do sol" (1964), na sua versão restaurada, que teve estreia em 2022 no Festival de Cannes, 58 anos depois da apresentação original no certame, e aborda “o real e o divino do sertão brasileiro”. Nomeado para a Palma d’Ouro também em Cannes, em 1967, segue-se “Terra em Transe”, onde o autor Paulo Autran tem um dos principais papéis da sua carreira, enquanto Porfírio Diaz, com “o seu sonho de ser imperador do Eldorado”. A terceira obra do ciclo será "António das Mortes" (1969), um 'western' que no mesmo ano deu a Glauber Rocha o prémio de melhor realizador em Cannes, e a quarta será "A Idade da Terra" (1980), um drama experimental que, retratando a “situação política, cultural e racional do Brasil no final dos anos 70”, foi o derradeiro filme do cineasta e o mais polémico da sua carreira. Glauber Pedro de Andrade Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, em 14 de março de 1939. Realizou dezena e meia de filmes, entre curtas e longas metragens, que marcaram o Cinema Novo brasileiro. Da sua filmografia destacam-se igualmente "Barravento" (1961), "Amazonas, Amazonas" (1965), "Câncer" (1972), "História do Brasil" (1974), "Claro" (1975) e "Di Cavalcanti" (1977), curta-metragem que também lhe deu o Prémio do Júri, em Cannes. Presente em Portugal, em 1974, Glauber Rocha é um dos cineastas de "As Armas e o Povo", documentário realizado e produzido pelo Coletivo de Trabalhadores da Atividade Cinematográfica, que retrata os dias que vão da queda da ditadura portuguesa, em 25 de Abril de 1974, às manifestações do 1.º de Maio. Glauber Rocha exilou-se em Portugal, pouco depois, tendo vivido em Sintra até vésperas da morte, no Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1981. Os outros filmes que o Cineclube FEST vai exibir em setembro, em Espinho, são: “Visita de Estudo” (2023), uma “poderosa representação da adolescência” pela realizadora bósnia Una Gunjak; “Sirât” (2025) obra “única e arrebatadora” com que o cineasta espanhol Oliver Laxe ganhou o Prémio do Júri em Cannes; “As Melusinas à Margem do Rio” (2023), um documentário da portuguesa Melanie Pereira sobre mulheres nascidas em famílias imigradas no Luxemburgo; e “Os Fantasmas” (2024), um 'thriller' do francês Jonathan Millet sobre “um grupo secreto de perseguição aos líderes fugitivos do regime sírio”. Apesar de terem entrada livre, as sessões do Cineclube FEST são limitadas aos lugares existentes, pelo que os bilhetes devem ser reservados com antecedência, para levantamento 30 minutos antes do início da exibição.