RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz

A atual diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão será a candidata de Luís Souto (Aliança Mais Aveiro) à presidência da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Glória e Vera Cruz.

Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz
Redação

Redação

06 mai 2025, 18:47

A coligação Aliança Mais Aveiro (PSD/CDS/PPM) escolheu Glória Leite como candidata à presidência da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, a maior freguesia do concelho de Aveiro. A informação começou a circular ao longo do dia e foi confirmada por várias fontes ligadas à candidatura de Luís Souto.

Glória Leite é atualmente diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão, tendo desenvolvido um percurso profissional ligado à educação e à gestão escolar. No último mandato autárquico, entre 2017 e 2021, integrou o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal de Aveiro, como deputada municipal independente.

Segundo fontes próximas do PSD-Aveiro, Glória Leite acabaria por se afastar da política local, em 2021, depois de divergências com o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), José Ribau Esteves.

Em declarações à Ria, Glória Leite optou por não confirmar nem desmentir a informação. Até ao momento a Ria não conseguiu entrar em contacto com Luís Souto, candidato à CMA.

Recorde-se que a União das Freguesias de Glória e Vera Cruz é atualmente liderada pelo histórico autarca Fernando Marques e que ao longo das últimas semanas circularam pelos bastidores do PSD-Aveiro nomes como Gonçalo Carvalho, ex-presidente da Associação de Andebol de Aveiro, e de Fernando Marques, filho do atual presidente, como eventuais candidatos à presidência desta Junta de Freguesia.

Glória Leite (Aliança Mais Aveiro) irá disputar eleições com Bruno Ferreira, atual tesoureiro do Executivo da Junta de Freguesia, que já anunciou a sua candidatura pelo Partido Socialista (PS). Até ao momento não são conhecidos mais candidatos.

Recomendações

Aveiro comemora hoje Dia Nacional do Azulejo com oficina e visita guiada
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Aveiro comemora hoje Dia Nacional do Azulejo com oficina e visita guiada

No período da manhã desta terça-feira está a decorrer uma oficina de modelação de barro “Como criar um azulejo?”, seguindo-se da parte de tarde, pelas 17h00, uma visita guiada “Roteiro do Azulejo de Aveiro”. Nesta segunda atividade as inscrições devem ser realizadas através do email: [email protected]. Ambas as iniciativas vão decorrer no Museu da Cidade. Numa nota de imprensa enviada à Ria, o Município recorda ainda que foi “membro fundador da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC)” e que tem vindo a “desenvolver diversas ações em torno do património azulejar, reforçando o seu valor educativo e cultural”. A data, que visa destacar a importância do azulejo como expressão identitária e artística de Portugal, insere-se também nas comemorações do Feriado Municipal de Aveiro, que decorrem até ao dia 12 de maio.

CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”
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CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”

A obra, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, retrata a história da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, desde a sua origem até à atualidade, “com especial enfoque na recente intervenção de requalificação promovida pela CMA e inaugurada em maio de 2023”. “O livro destaca ainda o impacto desta requalificação na dinâmica urbana e na revitalização da principal artéria da cidade”, avança. O evento decorre na nova loja da Livraria Bertrand e integra o programa das comemorações do Feriado Municipal de Aveiro, que se prolongam até ao dia 12 de maio.

Assembleia Municipal Jovem questiona Ribau Esteves sobre apagão, habitação e comunidade imigrante
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Assembleia Municipal Jovem questiona Ribau Esteves sobre apagão, habitação e comunidade imigrante

O que é um mandato, quais os partidos representados na Câmara Municipal de Aveiro (CMA) ou como funciona uma Assembleia Municipal foram alguns dos aspetos descodificados na iniciativa. De seguida, teve lugar uma primeira ronda de questões, na qual os jovens aproveitaram para interpelar José Ribau Esteves, presidente da CMA, sobre diversas temáticas. Entre os assuntos abordados estiveram a resposta municipal ao apagão que afetou o concelho na segunda-feira, 28 de abril, o problema da habitação e a construção da nova residência universitária. Relativamente ao apagão, José Ribau Esteves deu nota de que as “pessoas têm de aprender” a estarem preparadas para “tudo”. “A malta está a habituar-se muito mal e o apagão foi uma coisa muito bruta e surpreendente e veio-nos dizer que a rapaziada (…) tem de estar atenta e o nosso espírito preparado para responder às adversidades”, atentou. Neste seguimento, Ribau Esteves respondeu que a principal preocupação do município durante a ocorrência passou por manter os serviços essenciais em funcionamento, articulando com as entidades mais afetadas, como, por exemplo, o Hospital de Aveiro. “Não pode faltar energia elétrica ao nosso hospital. Está lá gente que precisa a cada segundo de um conjunto de coisas que só existem se a energia estiver a funcionar. O nosso hospital tem geradores, mas (…) consomem combustível. Era preciso verificar se tínhamos condição de pôr lá mais geradores e antes desta garantir combustível. Nós próprios disponibilizamos as nossas reservas da CMA e depois não foi preciso porque houve uma das empresas fornecedoras que fez o abastecimento”, explicou. Ainda no âmbito dos serviços essenciais, o presidente da CMA destacou também os esforços por garantir o abastecimento de água, através da Associação de Municípios do Carvoeiro-Vouga. “Era preciso garantir que a nossa unidade central (…) tivesse geradores de energia para não faltar a capacidade de bombar água para os depósitos serem reabastecidos. Ficamos um bocado à rasca porque só conseguimos arranjar um gerador (…) e precisávamos de dois. (…) Se a energia não tivesse chegado ao Carvoeiro ali no início da madrugada íamos ter uma escassez de água mais geral. Nós em Aveiro e em vários municípios estivemos horas sem água, mas não foi nada do outro mundo”, sublinhou. Em tom crítico, Ribau Esteves aproveitou ainda a ocasião para questionar o encerramento das centrais a carvão de Sines e do Pego, em 2021. “Há aí uns maluquinhos a acharem que o mundo tem de ser todo elétrico. Isso é uma estupidez e o apagão vem dizer isso de uma forma bruta. (…) É sempre importante na gestão da energia termos vários recursos (…)”, reconheceu. “Portugal tinha duas centrais de carvão. Uma delas (…) era das centrais que produzia energia elétrica com maior nível de eficiência de toda a Europa. O Governo anterior, por causa dos fetiches politiqueiros, decidiu fechar as duas. A China, na década que estamos a viver, está a construir 20 vezes mais centrais de produção de energia a carvão do que todo o mundo somado. (…) Vejam o ridículo. O Portuga fecha duas centrais por questões ambientais para salvar o planeta e os chineses (…) constroem mais 200. (…) O fundamentalismo é sempre um erro”, sintetizou. Ainda sobre a resposta municipal ao apagão, o presidente da CMA referiu que foi “montado” um esquema de reforço de segurança em articulação com a polícia. No que diz respeito ao problema da habitação, José Ribau Esteves sublinhou que se trata de um problema com “origem positiva”, traduzido na crescente atratividade da cidade. “Nós somos dos municípios que mais ganhamos população. Estamos a falar de população de residência permanente”, especificou. Neste seguimento, o autarca destacou ainda o papel de “crescimento” da Universidade de Aveiro (UA). “Um bocadinho mais de 50% dos alunos não ficam cá. Fazem casa-universidade todos os dias. Os outros ficam”, assegurou. Neste campo, Ribau Esteves aproveitou ainda para criticar os partidos de oposição, tal como tem vindo a ser noticiado pela Ria. “Nós somos social-democratas e democratas cristãos na nossa Aliança. Nós somos contra aquela ideia dos partidos de oposição de que é a Câmara que tem de gastar dinheiro a fazer habitação. (…) O estado deve construir algumas casas, mas nunca tem condição de responder a tudo. (…) O investimento em habitação é altíssimo. (…) Aveiro é dos municípios do país – tirando as zonas metropolitanas do Porto e Lisboa- com maior número de fogos de habitação social. Nós temos os nossos 600 mais 1000 do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU)”, recordou. Em relação à nova residência universitária a ser construída no terreno do parque de estacionamento contíguo ao antigo Autocarro Bar, o presidente da CMA reiterou que o mesmo se trata de um “investimento privado”, avançando ainda com o prazo de “dois meses” para a montagem do edifício de “seis pisos”. “Aquilo vai ser construído com uma estratégia construtiva nova. Neste momento, a estratégia está toda a ser construída em fábrica em Oliveira de Frades e é chegar e montar. Depois é preciso acabar os acabamentos (…) São 200 camas e temos mais três residências universitárias em licenciamento”, referiu. Numa segunda ronda de questões, os jovens abordaram ainda, entre outras matérias, a integração da comunidade imigrante em Aveiro. Ribau Esteves recordou que esta comunidade já existe “há muitos anos”, mas que a relação com esta tem sido “absolutamente tranquila” e a integração “positiva”. “Nós hoje temos escolas com 30/40 nacionalidades. Isto é fácil de gerir? Com certeza que não, mas naquilo que é a nossa capacidade de acolher, de resolver, de ajudar a adaptação à língua, à cultura, etc as coisas têm-nos corrido num nível de qualidade muito alto”, apontou. A sessão da manhã contou ainda com a presença de Rogério Carlos, vice-presidente da CMA, João Machado, vereador com os pelouros da Cidadania, Juventude e Seniores na CMA e Luís Souto, presidente da Assembleia Municipal. No período da tarde, os jovens apresentaram as suas moções aos órgãos executivos. Segue-se agora uma segunda Assembleia Municipal Jovem, esta sexta-feira, 9 de maio, com os alunos do 3º ciclo.

Jovens voluntários recolhem mais de 90 quilos de lixo da Ria de Aveiro
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Jovens voluntários recolhem mais de 90 quilos de lixo da Ria de Aveiro

Foi com a mentalidade “de que a nossa Ria merece ser respeitada e cuidada” que os voluntários da Agora Aveiro junto com o Grupo 249 de Escoteiros de Aveiro deram início a uma “árdua” manhã de trabalho nos Passadiços de Aveiro, em Esgueira. A atividade iniciou com uma “vigorosa” pedalada da Casa da Bicicleta até ao Cais de Esgueira com as bicicletas de carga emprestadas pela Ciclaveiro, para transporte dos resíduos. Já à entrada dos passadiços, a Anabela Pereira da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) deu uma mini-palestra para a sensibilização ambiental e proteção da biodiversidade na Ria de Aveiro. “A poluição continua a ser um dos grandes problemas em todo o mundo com a poluição marinha a aumentar a cada ano que passa. Não há cidade que escape a esta ameaça e Aveiro não é exceção. A Ria de Aveiro tem uma área de 1693 quilómetros quadrados, e a Região do Baixo Vouga uns cerca de 370 mil habitantes. É uma região recheada de paisagens tão distintas e encantadoras”, alerta a nota enviada pela Agora Aveiro à Ria.  No total, foram retirados “91.5 quilos de lixo” das lamas da Ria, transportados com recurso às bicicletas da Ciclaveiro e, no final, recolhidos pela Veolia. “Ainda que o peso final pareça elevado, corresponde apenas a uma pequeníssima fração dos resíduos que abundam na ria. Material de construção, garrafas de plástico e vidro, pneus, contentores de detergentes, sacos, pedaços de esferovite, redes e arames foram alguns dos objetos mais comuns”, descreve. A recolha foi ainda feita com a ajuda de galochas e jardineiras impermeáveis emprestadas pela Associação Bioliving e pela ASPEA.

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Legislativas: candidatos por Aveiro debatem amanhã na Universidade
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Legislativas: candidatos por Aveiro debatem amanhã na Universidade

A iniciativa contará com três rondas de questões aos candidatos e, conforme adiantado ontem, as temáticas incidirão sobre a vida dos jovens portugueses e estudantes do Ensino Superior, bem como temas estruturantes para a população do distrito de Aveiro. A última ronda será composta por perguntas enviadas pela população. As questões devem ser enviadas para o email [email protected] até às 11h do dia de amanhã (dia7), mas apenas duas serão integradas no debate. A discussão contará ainda com uma ronda final onde cada candidato poderá fazer um apelo ao voto. Organizado pela Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e pela Ria – Rádio Universitária de Aveiro, o debate vai contará com Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), Hugo Oliveira (PS), Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN) e será moderado por Isabel Marques, diretora de informação da Ria. Também Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv fará uma intervenção no princípio da iniciativa. O debate é aberto à comunidade académica e ao público em geral, até à lotação máxima do auditório. Se não conseguir garantir um lugar, poderá assistir à transmissão em direto através da página de Facebook da Ria – Rádio Universitária de Aveiro.

Dia Nacional do Azulejo: Acervo de Ana Velosa e iniciativa de Isabel motiva exposição no DECivil
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Dia Nacional do Azulejo: Acervo de Ana Velosa e iniciativa de Isabel motiva exposição no DECivil

“Eu sou de Aveiro, sou da Beira Mar”, começa por dar nota Isabel da Paula, assistente operacional da secretaria do DECivil, para explicar a sua ligação aos azulejos. “As casas da Beira Mar eram todas com azulejo, tive algumas pessoas da família que estavam na Fábrica Aleluia - na pintura e também no fabrico, de mãos na massa para fazer o azulejo -, e outros também que passaram pelas faianças [fábricas de cerâmica] de São Roque, que também já não existem, pela dos Santos Mártires também”, lembra. Cresceu, portanto, cercada pelo mundo da azulejaria tradicional e vê com alguma tristeza a perda dessa tradição. “A zona da Beira-Mar, não era só marnoto. Era marnotos, eram os trolhas, pedreiros, que eram os da construção civil, e era a cerâmica do azulejo. Era um bairro de tradição”, enfatiza. Não seguiu o caminho da família na tradição azulejar, mas acabou de alguma forma a trabalhar no departamento da UA que ajudou a que fosse possível existir o Dia Nacional do Azulejo. Este ano, a par de Celme Tavares, técnica superior do mesmo departamento, e de Ana Velosa, professora no mesmo departamento, impulsionaram a exposição de 25 azulejos patente a partir do dia de hoje, 6 de maio, no átrio do DECivil. Isabel espera que a iniciativa traga mais amantes do azulejo ao departamento e à universidade e não esconde o sentimento de que a instituição “deveria desenvolver mais nos nossos azulejos [de Aveiro], proteger o que temos e a área do curso de reabilitação deveria ser bem defendida”. “Há uma tradição muito grande na área da cerâmica (…) os poucos azulejos que ainda se vê nas poucas casas deveriam ser bem protegidos”, aponta. O armário branco que guarda a exposição tem exemplares de azulejos vindos de várias partes de Aveiro. “Temos aqui alguns azulejos, alguns que estão aqui são de fábricas que já não existem”, atenta Isabel enquanto enumera: “este, que é da fábrica dos Santos Mártires, que era uma fábrica antiga em Aveiro de azulejos: já não existe; (…) Da fábrica da Fonte Nova, que também já não existe”. Há ainda exemplares da fachada de uma capela antiga, um exemplar de Cândido dos Reis e um em alto relevo que Isabel confidencia achar “lindíssimo”. “E é uma pena... já não são muito comuns”, atira. A mostra, agora patente em DECivil, é composta na verdade por 25 azulejos do acervo pessoal de Ana Velosa, docente do DECivil e uma das pessoas que contribuiu, em nome da Universidade, para que o dia 6 de maio fosse reconhecido como o Dia Nacional do Azulejo. “Procurei ter azulejos que fossem aqui produzidos”, aponta a docente sobre a mostra. “Tem alguns também de Ovar e tem também alguns azulejos degradados, porque nós trabalhamos muito a parte da degradação do azulejo: não é uma exposição assim dos azulejos bonitos, tem degradação e tem azulejos que podem ser utilizados como réplicas”, frisa. Também a história da data e o papel da UA nesse processo é contada pela docente. Começa com a criação do Projeto SOS Azulejos, “um processo coordenado pelo Museu da Polícia Judiciária que teve início devido ao furto de azulejos que começou a ocorrer de forma muito sistemática”, aponta Ana Velosa. Como havia “muito trabalho da Universidade de Aveiro na área do azulejo”, a professora conta que acabou por entrar no projeto, em representação da UA. “Eu trabalhava nessa altura muito com azulejo e estou agora a voltar a trabalhar”, repara. Para a docente o SOS Azulejos foi “um projeto muito dinâmico” e sublinha a disparidade das entidades envolvidas [forças de segurança e instituições de ensino] o que considera reforçar os feitos conseguidos. “Falamos de um projeto com poucas pessoas que conseguiu um Dia Nacional e que conseguiu uma lei”, frisa. Segundo a professora, o “azulejo era menosprezado durante muito tempo pelos portugueses” e a preocupação com a preservação do património azulejar foi começando “quando os turistas chegaram e acharam que era uma coisa muito especial”. “Para alertar para a preservação, pensamos em fazer duas ações: pedir que existisse o Dia Nacional do Azulejo e pedir que existisse uma lei, na qual nós trabalhamos, que não permitisse a demolição de fachadas com azulejo, nem a retirada de azulejo de fachada”, repara Ana Velosa. As propostas foram levadas e aprovadas em Assembleia da República em 2017. A lei passou a vigorar e o dia 6 de maio passou a ser assinalado como o Dia Nacional do Azulejo.  Na vida de Ana Velosa o azulejo, uma peça portuguesa “extremamente identitária”, entrou pela mão da “reabilitação do património edificado”, pela sua origem ser a cidade do Porto e porque teve “a sorte” de se cruzar “com um ateliê de conservação e restauro do Azulejo de Ovar”. O processo da reabilitação do azulejo, a ligação da arquitetura com o material e mesmo o “pôr a mão na massa” são as partes que Ana Velosa aponta mais durante o seu discurso. Lembra, ainda, as várias iniciativas que foram sendo desenvolvidas no âmbito da preservação da cultura do azulejo, destacando uma iniciativa conjunta entre a Câmara Municipal de Aveiro, a UA e a Fábrica de Ciência Viva que, depois da pandemia, viu a sinergia chegar ao fim. “Era uma iniciativa que exigia contacto (…) e nós já tínhamos de alguma forma esgotado o modelo”, repara. “Foi importante, acho que as crianças ganharam muita sensibilidade em relação ao azulejo e acho que teve o tempo teve de ter”, frisa a docente. Para a professora, as autarquias têm vindo “a ser mais sensibilizadas” e “a ter muito mais exigência em relação a esta situação da remoção dos azulejos das fachadas”, algo que considera “extremamente importante para manter a imagem da cidade e a imagem urbana e identitária portuguesa”. Sublinha, ainda, que a própria Universidade tem um património azulejar “relevante” e “com muito interesse”. “Até podíamos ter um percurso de azulejo aqui na Universidade”, sugere Ana Velosa.

'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA
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'Juntos Somos Mais UA' é a primeira candidatura dos funcionários ao Conselho Geral da UA

Destinada ao colégio eleitoral do pessoal ‘não docente e não investigador’, a candidatura afirma-se com “sentido de responsabilidade e compromisso” e defende o reforço da voz dos trabalhadores nos órgãos de decisão da universidade, num email dirigido à comunidade. Para além de Inês Carlos como candidata efetiva, a lista tem ainda como suplentes Vítor Proença, técnico superior nos Serviços de Ação Social, e Cecília Reis, técnica superior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). A mandatária da candidatura é Eva Andrade, gestora de ciência e tecnologia na UACOOPERA – Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade. No manifesto enviado à comunidade, o grupo destaca a importância do Conselho Geral como espaço de decisão estratégica e apela à valorização do papel dos trabalhadores TAG na vida da instituição. Entre as principais propostas, incluem-se: a defesa de condições dignas de trabalho e valorização profissional; a promoção da formação contínua, mobilidade interna e transmissão de conhecimento entre gerações; o incentivo à participação ativa e ao diálogo entre órgãos de governo e trabalhadores; a aposta na inclusão, bem-estar físico e mental e conciliação entre a vida profissional e pessoal; o estímulo ao uso de transportes sustentáveis nas deslocações para os campi; e o compromisso com uma gestão participada, ética e sustentável. “Queremos ser uma ponte entre o pessoal TAG e os órgãos de governo da instituição, defendendo os nossos direitos e contribuindo para uma Universidade mais justa, transparente e colaborativa”, pode ler-se no documento. As eleições para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro realizam-se a 3 de junho de 2025 e amanhã, dia 7 de maio, termina o prazo de entrega de candidaturas dos diferentes colégios eleitorais: docentes/investigadores, pessoal ‘não docente e não investigador’ e estudantes.

Hospital da Feira vai passar a ter estacionamento pago 24 horas por dia
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Hospital da Feira vai passar a ter estacionamento pago 24 horas por dia

Segundo fonte da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que tem sede no referido hospital do distrito de Aveiro, ainda não está definida a data para ativação da medida, mas uma das datas avançadas como prováveis é já esta quinta-feira. O certo é que a cobrança vai afetar os “mais de 180 lugares” disponíveis para os veículos do público externo, que passará agora a estacionar numa zona mais próxima da entrada principal do hospital. “O novo sistema visa responder aos desafios de mobilidade que, nos últimos anos, resultam num aumento da pressão sobre o espaço de estacionamento no hospital, e procura garantir que os lugares de aparcamento sejam utilizados exclusivamente pelos utentes e acompanhantes”, adianta a administração da ULS. Questionada sobre o preço a praticar no estacionamento, fonte do hospital não o adiantou, mas uma visita ao local já permite identificar na sinalética própria que o primeiro quarto de hora será gratuito – a pensar nos automobilistas que se deslocam ao local apenas para aí deixar um utente – e que, daí em diante, cada nova fração de 15 minutos custará 30 cêntimos – num total de 1,20 euros por hora. Para os funcionários do hospital continua a haver uma zona de parque reservada, mas essa é generalizadamente reconhecida como insuficiente, sobretudo durante os turnos diurnos, pelo que parte do pessoal também deverá recorrer à zona paga – sem que a já referida fonte do hospital indique se esses trabalhadores usufruirão de um preço diferente em relação ao dos restantes utilizadores. Realçando que o São Sebastião “era uma das últimas instituições hospitalares no país a manter há vários anos o estacionamento gratuito”, a administração da ULS EDV adianta que assumirá ela própria a gestão do novo sistema, que funcionará ininterruptamente durante 24 horas, nos 365 dias do ano, com barreiras para controlar o acesso dos veículos e “câmaras de videovigilância para aumentar a segurança de pessoas e bens”. Quanto à receita gerada pela nova medida, o compromisso da ULS é que será “reinvestida no hospital, contribuindo para a contínua evolução dos serviços de saúde oferecidos” por essa unidade. Medidas idênticas ainda não estão anunciadas para os hospitais de São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Ovar, que também integram a ULS EDV, mas a administração informa que, no âmbito da sua nova estratégia de mobilidade, para a Feira também “está prevista uma melhoria da capacidade de estacionamento para bicicletas e veículos que transportam pessoas com deficiência”, quando essas viaturas sejam portadoras de cartão ou dístico legal para o efeito. Entretanto, são três as principais situações que funcionários e utentes esperam ver resolvidas pelo novo sistema de estacionamento pago: “que se demore menos tempo a arranjar lugar” para o carro; que os lugares disponíveis “passem a ser maiores”, porque até aqui eram “pequenos demais e estavam sempre a provocar riscos” e outros estragos nas viaturas; e que deixem de verificar-se os “abusos” de pessoas que se servem do estacionamento do hospital em dias de eventos com grande procura no centro da Feira, “como o [festival] Imaginarius ou a Viagem Medieval”, e que, para “apanhar o autocarro para o Porto à porta do hospital, deixam o carro estacionado lá dentro todo o dia, enquanto vão trabalhar”.