RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Legislativas: Chega considera que Montenegro e Pedro Nuno de nada valeram a Aveiro

O cabeça de lista do Chega pelo círculo eleitoral de Aveiro, Pedro Frazão, considerou esta quarta-feira que de nada valeu ao distrito ter tido um primeiro-ministro, Luís Montenegro, e um ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, naturais daquela zona.

Legislativas: Chega considera que Montenegro e Pedro Nuno de nada valeram a Aveiro
Redação

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08 mai 2025, 11:31

“De que é que serviu mesmo ter um ministro das Infraestruturas durante anos que é natural do distrito? Zero, não serviu para nada, bola”, afirmou o candidato, que discursou no encerramento de um jantar-comício em Aveiro, que contou com a presença do líder do Chega, André Ventura.

Pedro Frazão referiu que a “linha do Vouga, prometida há anos, continua parada, e as autoestradas continuam a serem pagas”. “E de que é que serviu termos um primeiro-ministro durante um ano que também supostamente é natural do distrito, da cidade de Espinho? De que é que valeu? Zero, nada, bola”, acrescentou.

O candidato, que nas últimas duas eleições legislativas foi eleito deputado pelo círculo de Santarém, questionou “onde é que estão as obras prometidas para o Hospital de Aveiro, onde é que estão as infraestruturas prometidas para Aveiro”. “Não estão, prometem tudo, prometem o futuro, mas continuam sem fazer nada”, criticou.

O candidato e vice-presidente do Chega abriu o seu discurso a assinalar que era para si “uma alegria” estar numa sala “cheia de apoiantes, de militantes e de tantas mulheres bonitas”. “Digam lá se as mulheres da direita, as mulheres da verdadeira direita, não são as mais bonitas. São, são”, comentou.

Frazão acusou PS e PSD de ignorarem as mulheres e não as protegerem e considerou que elas “têm medo de andar à noite na rua”, dizendo que a razão são os imigrantes que chegaram ao país. O cabeça de lista disse também que o objetivo do partido é “levar André Ventura ao Governo de Portugal”.

“André Ventura ao poder”, gritou, pedindo aos presentes que o acompanhassem. Pedro Frazão afirmou que “os políticos sem consciência” vão “levar um cartão encarnado nestas eleições” e disse estar “absolutamente convencido de que Aveiro vai levantar-se e vai mostrar que já não quer ser mandado por partidos falhados, por políticos do sistema, e por essa gente que vive encostada ao grande Estado, ao gordo Estado”.

“Aveiro, meus amigos, vai dar uma lição a quem andou a brincar com a vida das pessoas nos últimos anos”, defendeu também. 

Pedro Frazão discursou no final do primeiro jantar-comício do Chega desde o arranque oficial da campanha, no domingo, que contou com cerca de 300 pessoas e decorreu numa quinta de eventos.

Antes, o cantor Jay C animou o comício com algumas músicas populares. Quando tocava “A cabritinha”, de Quim Barreiros, André Ventura subiu ao palco e acompanhou o animador, cantando e dançando durante alguns momentos.

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Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz
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Glória Leite é a aposta da coligação Aliança Mais Aveiro para a Junta de Glória e Vera Cruz

A coligação Aliança Mais Aveiro (PSD/CDS/PPM) escolheu Glória Leite como candidata à presidência da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, a maior freguesia do concelho de Aveiro. A informação começou a circular ao longo do dia e foi confirmada por várias fontes ligadas à candidatura de Luís Souto. Glória Leite é atualmente diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão, tendo desenvolvido um percurso profissional ligado à educação e à gestão escolar. No último mandato autárquico, entre 2017 e 2021, integrou o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal de Aveiro, como deputada municipal independente. Segundo fontes próximas do PSD-Aveiro, Glória Leite acabaria por se afastar da política local, em 2021, depois de divergências com o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), José Ribau Esteves. Em declarações à Ria, Glória Leite optou por não confirmar nem desmentir a informação. Até ao momento a Ria não conseguiu entrar em contacto com Luís Souto, candidato à CMA. Recorde-se que a União das Freguesias de Glória e Vera Cruz é atualmente liderada pelo histórico autarca Fernando Marques e que ao longo das últimas semanas circularam pelos bastidores do PSD-Aveiro nomes como Gonçalo Carvalho, ex-presidente da Associação de Andebol de Aveiro, e de Fernando Marques, filho do atual presidente, como eventuais candidatos à presidência desta Junta de Freguesia. Glória Leite (Aliança Mais Aveiro) irá disputar eleições com Bruno Ferreira, atual tesoureiro do Executivo da Junta de Freguesia, que já anunciou a sua candidatura pelo Partido Socialista (PS). Até ao momento não são conhecidos mais candidatos.

Aveiro comemora hoje Dia Nacional do Azulejo com oficina e visita guiada
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Aveiro comemora hoje Dia Nacional do Azulejo com oficina e visita guiada

No período da manhã desta terça-feira está a decorrer uma oficina de modelação de barro “Como criar um azulejo?”, seguindo-se da parte de tarde, pelas 17h00, uma visita guiada “Roteiro do Azulejo de Aveiro”. Nesta segunda atividade as inscrições devem ser realizadas através do email: [email protected]. Ambas as iniciativas vão decorrer no Museu da Cidade. Numa nota de imprensa enviada à Ria, o Município recorda ainda que foi “membro fundador da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC)” e que tem vindo a “desenvolver diversas ações em torno do património azulejar, reforçando o seu valor educativo e cultural”. A data, que visa destacar a importância do azulejo como expressão identitária e artística de Portugal, insere-se também nas comemorações do Feriado Municipal de Aveiro, que decorrem até ao dia 12 de maio.

CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”
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CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”

A obra, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, retrata a história da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, desde a sua origem até à atualidade, “com especial enfoque na recente intervenção de requalificação promovida pela CMA e inaugurada em maio de 2023”. “O livro destaca ainda o impacto desta requalificação na dinâmica urbana e na revitalização da principal artéria da cidade”, avança. O evento decorre na nova loja da Livraria Bertrand e integra o programa das comemorações do Feriado Municipal de Aveiro, que se prolongam até ao dia 12 de maio.

Assembleia Municipal Jovem questiona Ribau Esteves sobre apagão, habitação e comunidade imigrante
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Assembleia Municipal Jovem questiona Ribau Esteves sobre apagão, habitação e comunidade imigrante

O que é um mandato, quais os partidos representados na Câmara Municipal de Aveiro (CMA) ou como funciona uma Assembleia Municipal foram alguns dos aspetos descodificados na iniciativa. De seguida, teve lugar uma primeira ronda de questões, na qual os jovens aproveitaram para interpelar José Ribau Esteves, presidente da CMA, sobre diversas temáticas. Entre os assuntos abordados estiveram a resposta municipal ao apagão que afetou o concelho na segunda-feira, 28 de abril, o problema da habitação e a construção da nova residência universitária. Relativamente ao apagão, José Ribau Esteves deu nota de que as “pessoas têm de aprender” a estarem preparadas para “tudo”. “A malta está a habituar-se muito mal e o apagão foi uma coisa muito bruta e surpreendente e veio-nos dizer que a rapaziada (…) tem de estar atenta e o nosso espírito preparado para responder às adversidades”, atentou. Neste seguimento, Ribau Esteves respondeu que a principal preocupação do município durante a ocorrência passou por manter os serviços essenciais em funcionamento, articulando com as entidades mais afetadas, como, por exemplo, o Hospital de Aveiro. “Não pode faltar energia elétrica ao nosso hospital. Está lá gente que precisa a cada segundo de um conjunto de coisas que só existem se a energia estiver a funcionar. O nosso hospital tem geradores, mas (…) consomem combustível. Era preciso verificar se tínhamos condição de pôr lá mais geradores e antes desta garantir combustível. Nós próprios disponibilizamos as nossas reservas da CMA e depois não foi preciso porque houve uma das empresas fornecedoras que fez o abastecimento”, explicou. Ainda no âmbito dos serviços essenciais, o presidente da CMA destacou também os esforços por garantir o abastecimento de água, através da Associação de Municípios do Carvoeiro-Vouga. “Era preciso garantir que a nossa unidade central (…) tivesse geradores de energia para não faltar a capacidade de bombar água para os depósitos serem reabastecidos. Ficamos um bocado à rasca porque só conseguimos arranjar um gerador (…) e precisávamos de dois. (…) Se a energia não tivesse chegado ao Carvoeiro ali no início da madrugada íamos ter uma escassez de água mais geral. Nós em Aveiro e em vários municípios estivemos horas sem água, mas não foi nada do outro mundo”, sublinhou. Em tom crítico, Ribau Esteves aproveitou ainda a ocasião para questionar o encerramento das centrais a carvão de Sines e do Pego, em 2021. “Há aí uns maluquinhos a acharem que o mundo tem de ser todo elétrico. Isso é uma estupidez e o apagão vem dizer isso de uma forma bruta. (…) É sempre importante na gestão da energia termos vários recursos (…)”, reconheceu. “Portugal tinha duas centrais de carvão. Uma delas (…) era das centrais que produzia energia elétrica com maior nível de eficiência de toda a Europa. O Governo anterior, por causa dos fetiches politiqueiros, decidiu fechar as duas. A China, na década que estamos a viver, está a construir 20 vezes mais centrais de produção de energia a carvão do que todo o mundo somado. (…) Vejam o ridículo. O Portuga fecha duas centrais por questões ambientais para salvar o planeta e os chineses (…) constroem mais 200. (…) O fundamentalismo é sempre um erro”, sintetizou. Ainda sobre a resposta municipal ao apagão, o presidente da CMA referiu que foi “montado” um esquema de reforço de segurança em articulação com a polícia. No que diz respeito ao problema da habitação, José Ribau Esteves sublinhou que se trata de um problema com “origem positiva”, traduzido na crescente atratividade da cidade. “Nós somos dos municípios que mais ganhamos população. Estamos a falar de população de residência permanente”, especificou. Neste seguimento, o autarca destacou ainda o papel de “crescimento” da Universidade de Aveiro (UA). “Um bocadinho mais de 50% dos alunos não ficam cá. Fazem casa-universidade todos os dias. Os outros ficam”, assegurou. Neste campo, Ribau Esteves aproveitou ainda para criticar os partidos de oposição, tal como tem vindo a ser noticiado pela Ria. “Nós somos social-democratas e democratas cristãos na nossa Aliança. Nós somos contra aquela ideia dos partidos de oposição de que é a Câmara que tem de gastar dinheiro a fazer habitação. (…) O estado deve construir algumas casas, mas nunca tem condição de responder a tudo. (…) O investimento em habitação é altíssimo. (…) Aveiro é dos municípios do país – tirando as zonas metropolitanas do Porto e Lisboa- com maior número de fogos de habitação social. Nós temos os nossos 600 mais 1000 do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU)”, recordou. Em relação à nova residência universitária a ser construída no terreno do parque de estacionamento contíguo ao antigo Autocarro Bar, o presidente da CMA reiterou que o mesmo se trata de um “investimento privado”, avançando ainda com o prazo de “dois meses” para a montagem do edifício de “seis pisos”. “Aquilo vai ser construído com uma estratégia construtiva nova. Neste momento, a estratégia está toda a ser construída em fábrica em Oliveira de Frades e é chegar e montar. Depois é preciso acabar os acabamentos (…) São 200 camas e temos mais três residências universitárias em licenciamento”, referiu. Numa segunda ronda de questões, os jovens abordaram ainda, entre outras matérias, a integração da comunidade imigrante em Aveiro. Ribau Esteves recordou que esta comunidade já existe “há muitos anos”, mas que a relação com esta tem sido “absolutamente tranquila” e a integração “positiva”. “Nós hoje temos escolas com 30/40 nacionalidades. Isto é fácil de gerir? Com certeza que não, mas naquilo que é a nossa capacidade de acolher, de resolver, de ajudar a adaptação à língua, à cultura, etc as coisas têm-nos corrido num nível de qualidade muito alto”, apontou. A sessão da manhã contou ainda com a presença de Rogério Carlos, vice-presidente da CMA, João Machado, vereador com os pelouros da Cidadania, Juventude e Seniores na CMA e Luís Souto, presidente da Assembleia Municipal. No período da tarde, os jovens apresentaram as suas moções aos órgãos executivos. Segue-se agora uma segunda Assembleia Municipal Jovem, esta sexta-feira, 9 de maio, com os alunos do 3º ciclo.

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FNAM preocupada com falta de médicos na obstetrícia do Hospital da Feira
Região

FNAM preocupada com falta de médicos na obstetrícia do Hospital da Feira

A medida foi identificada à Lusa por Joana Bordalo Sá, presidente da federação, após uma reunião com médicos de várias especialidades da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV) – que, a partir da Feira, gere ainda três outros três hospitais no distrito de Aveiro, em concreto os de São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Ovar. “Na área materno-infantil, na obstetrícia, as equipas trabalham de forma extremamente reduzida. Têm dois médicos do quadro e um interno (que é um médico em formação), sendo que, à noite, às vezes não está de serviço nenhum médico do quadro e só há prestadores de serviço, com o interno, que assim nem está a ser tutelado como devia”, declarou. Joana Bordalo Sá mostrou-se preocupada com a componente médica devido a “equipas que estão a funcionar nos mínimos” e nas quais há profissionais “bastante cansados”, e mostrou-se apreensiva também quanto às utentes desse serviço, dado “o risco que esta situação pode representar para as grávidas e os seus bebés”. A presidente da FNAM admitiu que a falta de recursos humanos afeta igualmente outras valências da ULS EDV, “como a de pneumologia”, mas defendeu que a prioridade é o serviço materno-infantil, onde “o problema não pode mesmo ser ignorado”. Na mesma reunião com os médicos do Hospital São Sebastião foi ainda abordado o contexto do corte nacional de eletricidade verificado a 28 de abril, quando essa unidade manteve um funcionamento próximo do normal graças a geradores de energia. Nesse caso, o balanço da FNAM é positivo, mas motiva uma avaliação ao desempenho da tutela. “No apagão foi tudo assegurado, muito graças aos médicos e profissionais de saúde de cada unidade, que vestem a camisola do hospital, e isso é de enaltecer”, realçou Joana Bordalo Sá. Mas, disse, “é necessário que este esforço também seja reconhecido pela administração central, inclusivamente pela ministra [da Saúde] Ana Paula Martins, que até aqui não fez nada para fixar mais médicos no Serviço Nacional de Saúde”, concluiu.

Carlos Azevedo será o novo juiz presidente da Comarca de Aveiro a partir de setembro
Região

Carlos Azevedo será o novo juiz presidente da Comarca de Aveiro a partir de setembro

As nomeações foram decididas em plenário do CSM, a 06 de maio, que decidiu ainda que na comarca de Bragança a presidência será assegurada em regime de acumulação de funções pela juíza presidente da comarca de Vila Real, algo possível para comarcas de menor dimensão, depois de não terem sido encontrados candidatos com todos os requisitos exigidos. Para as cinco comarcas com novos presidentes “foi deliberado prorrogar as comissões de serviço dos atuais juízes presidentes até 31 de agosto de 2025, de forma a assegurar a transição de funções”, sendo que “as novas nomeações produzem efeitos a partir de 1 de setembro de 2025”. As escolhas tiveram em conta os currículos dos candidatos e a auscultação dos juízes das respetivas comarcas, esclareceu o CSM. Em Aveiro a comarca vai ser presidida pelo juiz de direito Carlos Azevedo, magistrado desde julho de 1999, estando colocado desde 2017 em Santa Maria da Feira, onde coordenou unidades de instância central e local.

"Conselho Geral: Supervisão, Independência e Participação", opinião de Diogo Gomes
Opinião

"Conselho Geral: Supervisão, Independência e Participação", opinião de Diogo Gomes

No passado dia 19 de Abril, publicou a Radio Ria um artigo sobre as eleições para o Conselho Geral da Universidade de Aveiro, que se realizam no próximo dia 3 de Junho. O artigo aponta também a armadilha do que são atualmente os conselhos gerais na generalidade das Instituições de Ensino Superior (IES): um colégio eleitoral para eleição do reitor. Importa recordar outras competências deste órgão. De acordo com o regulamento jurídico das IES (RJIES), ao Conselho Geral compete a definição das linhas estratégicas através da aprovação dos planos estratégicos e de atividades, garantir a sustentabilidade financeira ao aprovar o orçamento e as contas, decidir sobre a estrutura interna e supervisionar o funcionamento da instituição ao acompanhar e fiscalizar a atividade do reitor e do conselho de gestão. Cientes do problema, os vários partidos têm vindo a trabalhar projetos lei na Assembleia da República, tendo na última legislatura sido apresentados projetos tanto do PSD/CDS (Governo) como do PS. Nestes projetos, o Conselho Geral é desligado da eleição do reitor, que passa a ser feito através de uma eleição direta pelos professores, investigadores, funcionários, estudantes e até alumni. A eleição direta do reitor tem duas grandes vantagens. A primeira - e a mais fácil de entender - é o poder que dá à comunidade universitária, de diretamente votar o candidato a reitor com base nos programas de ação do/a(s) candidato/a(s) admitido/a(s) e não nos manifestos apresentados por listas ao Conselho Geral que elencam um role de propostas e promessas executivas que não podem ser cumpridas por este órgão. A segunda grande vantagem é que liberta os representantes no Conselho Geral de qualquer compromisso de lealdade a um futuro reitor, permitindo desta forma que cumpram o papel de supervisão sobre aqueles que são os atos do reitor, com plena independência e transparência. Infelizmente a revisão do RJIES caiu com a queda do Governo a 12 de março, não se antevendo, num futuro próximo, a aprovação desta importante alteração à lei. Daí se conclui que, a breve trecho, a eleição do futuro reitor da Universidade de Aveiro, em 2026, tal como das demais IES, será feita nos trâmites habituais, com os candidatos a reitor a dinamizar ativamente a construção de listas, para garantir que no futuro os membros eleitos lhes sejam leais garantindo a posterior eleição e um mandato sem grandes percalços. O que está aqui em causa é o que os anglo-saxónicos chamam de “checks and balances”, cujo funcionamento hoje temerariamente testemunhamos no outro lado do atlântico. Para o Conselho Geral cumprir a sua missão, este necessita de ser totalmente independente do(s)candidato(s) a reitor, pelo que as listas ao Conselho Geral precisam evidentemente de partir de membros da comunidade académica, despojados de qualquer compromisso com pretensos candidatos futuros ao cargo. Importa, por isso, eleger representantes que espelhem as opiniões e aspirações dos seus pares e a pluralidade da comunidade académica. Representantes que defendam os supra interesses da instituição, tendo tanto a capacidade de apoiar o reitor na prossecução dos planos e projetos que sejam do interesse da instituição e valorizar o que está a ser bem executado, assim como alertar, chamar à razão, questionar e/ou aconselhar sobre a boa gestão e planeamento da universidade, a curto, médio e longo-prazo. Para que esta não seja uma opinião inconsequente, juntamente com diversos colegas que partilham esta visão constituímos em tempo recorde o movimento “ua50 – 50 anos de história, 50 anos de ambição”. Do movimento saem 4 listas às circunscrições dos professores e investigadores. Com estas listas quisemos provar que não há inevitabilidades e que a UA está viva. Estamos a concorrer ao Conselho Geral com um manifesto claro de independência, sem qualquer apoio a putativos candidatos. A discussão de quem deverá ser o próximo reitor deve ser feita daqui a um ano, em sede própria, isto é, no Conselho Geral da UA que vier a ser eleito.

UA vai ter eleições disputadas: movimento ‘UA50’ apresenta candidatura ao Conselho Geral
Universidade

UA vai ter eleições disputadas: movimento ‘UA50’ apresenta candidatura ao Conselho Geral

A candidatura surge num contexto de renovação do Conselho Geral da UA, um órgão determinante na definição das políticas estratégicas da universidade, que, entre outras funções, será responsável pela eleição do próximo reitor. As eleições do Conselho Geral estão marcadas para o próximo dia 3 de junho de 2025. O movimento, que se afirma totalmente independente e plural, destaca a importância de fortalecer a representatividade e garantir que todas as vozes sejam ouvidas no contexto universitário. No manifesto apresentado, considera que “nos últimos anos” se tem observado “uma desmotivação generalizada e enfraquecimento da participação da comunidade da UA nas decisões que são tomadas, uma diminuição na transparência na gestão da UA, e uma postura de distanciamento e pouca empatia com as pessoas”. Como princípios da candidatura o movimento 'UA50' destaca a defesa da realização de eleições diretas para todos os órgãos de gestão unipessoais, incluindo o reitor, assim que legalmente possível: o aumento da transparência na gestão universitária, promovendo o acesso à informação e o diálogo com a comunidade; o reforço do papel fiscalizador do Conselho Geral, garantindo um órgão forte, plural e independente; a valorização da diversidade e representatividade científica e cultural dentro da universidade ; o empoderamento das pessoas e reforço do sentimento de pertença à UA, promovendo condições dignas para a progressão nas carreiras académicas; a afirmação da UA na sociedade através da educação, cultura e artes, promovendo uma universidade dinâmica e inovadora; a melhoria da qualidade de vida nos campi, através de parcerias que garantam melhores infraestruturas e serviços; e a promoção da inovação e excelência científica, maximizando oportunidades para investigadores e combatendo a precariedade laboral. A eleição do Conselho Geral da UA será decisiva para a definição do futuro da instituição, especialmente num momento de transição marcado pelo fim do mandato do atual reitor, Paulo Jorge Ferreira. Na lista de candidatos apresentada pelo movimento ‘UA50’ verifica-se a continuidade de alguns docentes e investigadores que já tinham participado num movimento de oposição nas últimas eleições de 2021, como são exemplos Rui Aguiar (DETI), Artur Alves (Biologia), Roberto Martins (Biologia) e Manuel Coimbra (Química). Todos eles já tinham integrado o movimento “Melhor UA: Projetar os próximos 50 anos” nas eleições para o Conselho Geral da UA em 2021. É previsível que durante a próxima semana a Comissão Eleitoral anuncie as listas oficialmente aceites, sendo que nos próximos dias decorre o período de correções e reclamações. Circunscrição A - Engenharia • Rui Luís Andrade Aguiar (mandatário) – Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática • Diogo Nuno Pereira Gomes – Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática • Cristina Sofia dos Santos Neves – Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica • Eloísa Catarina Monteiro de Figueiredo Amaral e Macedo – Departamento de Engenharia Mecânica • Pedro Renato Tavares de Pinho – Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática Circunscrição B – Ciências • Manuel António Coimbra Rodrigues da Silva (mandatário) – Departamento de Química • Roberto Carlos Domingues Martins – Departamento de Biologia • Elisabete Verde Martins Coelho – Departamento de Química • Carlos Alberto Ferreira Marques – Departamento de Física • Enide Cascais Silva Andrade – Departamento de Matemática • Slavka Carvalho Andrejkovicová – Departamento de Geociências • Sílvia Luísa Soreto Teixeira – Departamento de Física • Ricardo Miguel Moreira de Almeida – Departamento de Matemática • Artur Jorge da Costa Peixoto Alves – Departamento de Biologia Circunscrição C - Ciências Sociais, Artes e Humanidades • Armando Domingos Batista Machado (mandatário) – Departamento de Educação e Psicologia • Ana Filipa Fernandes Aguiar Brandão – Departamento de Economia, Gestão, Eng.ª Industrial e Turismo • Armando Domingos Batista Machado – Departamento de Educação e Psicologia • Pedro Miguel dos Santos Beça Pereira – Departamento de Comunicação e Arte • Joana Maria Costa Martins das Dores – Departamento de Economia, Gestão, Eng.ª Industrial e Turismo Circunscrição D - Politécnico • Valter Castelão da Silva (mandatário) – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) • Ana Miriam Duarte Reis da Silva – Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro-Norte (ESAN) • Joaquim José de Castro Ferreira – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) • Sandra Sarabando Filipe – Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA) • Luís Nuno Sancho Ribeiro – Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA)