RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Cidade

Livre Aveiro lamenta recusa de posse por videochamada a deputado municipal

O Grupo de Coordenação Local do Livre Aveiro manifestou na passada sexta-feira, 31 de outubro, numa nota de imprensa enviada às redações, desagrado pelo anterior presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto de Miranda, não ter autorizado que Bruno Fonseca, deputado municipal agora eleito, participasse na tomada de posse do mesmo órgão por videochamada.

Livre Aveiro lamenta recusa de posse por videochamada a deputado municipal
Redação

Redação

03 nov 2025, 10:40

No comunicado enviado à comunicação social, o Livre Aveiro começou por informar que Bruno Fonseca se encontra “atualmente em comissão de serviço oficial no estrangeiro”. “Por esse motivo, não foi possível estar presente fisicamente na sessão de instalação da Assembleia Municipal de Aveiro”, justifica. Recorde-se que na passada sexta-feira decorreu a tomada de posse dos autarcas municipais- da Câmara e da Assembleia Municipal.

Antes da sessão, o Grupo de Coordenação Local do Livre Aveiro deu nota que apresentou “atempadamente” um “pedido formal” para que a tomada de posse pudesse ser realizada por videochamada, “justificando a ausência por motivo de serviço público e garantindo total disponibilidade para cumprir todas as responsabilidades do mandato- fazendo-se substituir temporariamente”.

“Este pedido para tomar posse por videoconferência, uma solução simples e transparente, foi recusado pelo presidente da Assembleia Municipal anterior, Luís Souto -atual presidente da Câmara Municipal -que também informou que, até que a tomada de posse seja realizada presencialmente, não é possível proceder à substituição temporária por outro membro da lista”, esclarece o comunicado. Como resultado, o Livre reforça que ficará, “temporariamente, sem representação ativa na Assembleia Municipal até ao regresso do eleito”.

Na nota, o partido insiste que já existem “precedentes e práticas atuais” que permitem a participação digital em atos públicos e que o objetivo do pedido “foi sempre assegurar que a vontade democrática dos eleitores fosse respeitada, garantindo representação política desde o início da legislatura”.

“O Livre continuará a agir com serenidade institucional, responsabilidade democrática e total transparência, mantendo diálogo com as entidades competentes e avaliando alternativas para que futuras situações semelhantes possam ser tratadas com flexibilidade e justiça democrática”, garante.

Recomendações

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas
Cidade

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas

“Não há acordo nenhum e a senhora Catarina Barreto não aceitou os nossos termos e nem nós os dela. Fiquei chocado com a notícia de hoje. Mas…”, escreveu Ricardo Nascimento à Ria. A resposta surge no seguimento da notícia publicada esta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Diário de Aveiro onde o mesmo dava nota que a ‘Aliança’ e o Chega teriam chegado a acordo. Recorde-se que a Junta de Freguesia de Aradas está, atualmente, em gestão com o órgão executivo em funções depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia, destinada à instalação dos órgãos autárquicos, ter sido suspensa.  Na altura, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, optou por submeter à votação o primeiro vogal do futuro executivo através de votação nominal, em vez de votação em lista. A proposta acabou por ser reprovada pelos membros da Assembleia, com sete votos contra e seis a favor, e os trabalhos foram imediatamente suspensos pela presidente de Junta. Entretanto, Catarina Barreto já marcou para esta sexta-feira, 7 de novembro, pelas 21h00, uma nova sessão. Relembre-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. À margem da primeira sessão de instalação dos órgãos autárquicos, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. Quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou.  Além do Chega, a Ria entrou ainda em contacto com Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), e Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, onde afirmaram, ambos, não terem sido novamente contactados por Catarina Barreto depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia. A Ria tentou ainda contactar Catarina Barreto, mas até ao momento não obteve resposta.

PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’
Cidade

PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’

Conforme noticiado pela Ria, o mote foi lançado pelo PS ainda antes da reunião. Numa nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, o grupo parlamentar do partido pedia a “eleição de uma Mesa da Assembleia que assegure a pluralidade democrática e o escrutínio das decisões, incluindo necessariamente um representante não eleito pelo partido ou coligação mais votados”. Antes da votação, durante um período que cada grupo parlamentar teve a oportunidade de intervir, Cláudia Cruz Santos, primeira eleita do PS, alertou que “houve um défice democrático nos últimos anos” na Assembleia que se “manifestou na constituição da Mesa”. Segundo afirma, o órgão tem um dever de fiscalizar os trabalhos da AM e, por isso, deixa “muitas dúvidas” a ideia de que os membros da ‘Aliança’ queiram uma Mesa composta apenas por deputados eleitos por si. Se a deputada acreditava que Miguel Capão Filipe devia mesmo ser eleito presidente e “admitia” que o 1º secretário fosse indicado pelo PSD, Cláudia Cruz Santos considerava “impensável” que o 2º secretário fosse também da ‘Aliança’. Como o PS, também o Chega manifestou uma posição semelhante. Armado Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à AM, avisou à partida que também ia apresentar um candidato à Mesa, mas “já sabia como ia ser”. Assim, surgiram três propostas para ser discutidas: o partido da ‘Aliança’ propunha Miguel Capão Filipe (CDS) como presidente, Manuel Cartaxo (PSD) como 1º secretário e Maria Cristina Veiga (PSD) como 2ª secretária; o PS indicou Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio (PS) para 1ª secretária e Manuel Cartaxo para 2º secretário; e o Chega propôs também Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio como 1ª secretária e Nuno Tavares (Chega) a 2º secretário. Naturalmente, Miguel Capão Filipe conseguiu a eleição por unanimidade, com 35 votos a favor (faltou um deputado do PS e o deputado único eleito pelo Livre). Na discussão do 1º secretário, Manuel Cartaxo acabou por reunir 22 votos contra 11 de Rosa Venâncio, a que se somaram duas abstenções. Uma vez que já tinha sido eleito, Manuel Cartaxo não entrou na disputa para o lugar de 2º secretário, que acabou por ser discutida entre Maria Cristina Veiga – que ganhou, com 21 votos – e Nuno Tavares – que teve quatro votos. Nesta eleição abstiveram-se dez deputados. Antes do término da instalação da Assembleia, foram chamados a intervir os deputados de todos os grupos parlamentares, bem como o novo presidente eleito. No seu discurso, Miguel Capão Filipe agradeceu a confiança em si depositada e prometeu exercer o cargo com “isenção e rigor”, com “respeito pela pluralidade de opiniões”. O presidente acabou a declarar que “o aveirismo está bem vivo e recomenda-se”, aludindo a um espírito de “irreverência” com que “quer iniciar este ciclo”. No decorrer do discurso, Capão Filipe aproveitou ainda para anunciar que os serviços da AM vão regressar ao antigo edifício da capitania – local onde se realizam as Assembleia Municipais – e que vai começar a recolher os contributos dos grupos parlamentares para a mudança do regimento da AM, deixando o desafio aos partidos para que aprovem o documento por unanimidade. Do lado da Iniciativa Liberal, Cláudia Rocha assumiu o compromisso de “fiscalizar com exigência” na AM. Da mesma forma, Armando Grave, representante do Chega,também afirmou que os eleitores reforçaram o seu grupo parlamentar por quererem um executivo que “governe de forma transparente”. O CDS, por Gonçalo Caetano Alves, vincou que a maioria da ‘Aliança’ deve ser exercida com “humildade e espírito de cooperação” e assinalou que “ter maioria não é decidir sozinho”. Fernando Nogueira, deputado do PS, aproveitou o discurso para voltar a trazer à discussão a eleição para a mesa da AM. O eleito deu nota de que os valores defendidos por Capão Filipe “mereciam melhor tratamento no primeiro ato” enquanto presidente da Assembleia. Nas suas palavras, se a mesa tivesse um eleito de uma das forças políticas que não venceu as eleições, isso daria “um sinal de maior abertura” e da possibilidade de “fazer pontes”. A terminar, Joaquim Marques, do PSD, desejou que o trabalho da Assembleia seja “sério e racional” e que seja feito “em prol dos aveirenses”, uma vez que, se não o for, “daqui a quatro anos, eles saberão fazer as contas”. Sobre o resultado das eleições, que ditou uma maioria na AM, o deputado aponta que a “mensagem [dos eleitores] não foi subliminar”.

Hóti Hotéis espera investir perto de “100 milhões” em novo projeto hoteleiro junto ao Meliá
Cidade

Hóti Hotéis espera investir perto de “100 milhões” em novo projeto hoteleiro junto ao Meliá

O projeto prevê a construção de quatro edifícios ao longo de 35 mil metros quadrados, tendo a arquitetura dos mesmos ficado a cargo de Joana Borges, arquiteta da b2a e da empresa Hugo Correia Arq. A grande aposta do grupo Hóti Hotéis é no mercado residencial, a que dois dos edifícios vão estar dedicados sob o nome de “Golden Aveiro Residence”, totalizando “134 frações”. Da mesma forma, o terceiro seguirá a mesma lógica, mas quem adquirir ou arrendar apartamentos – um total de “49” - terá o benefício de poder usufruir dos serviços hoteleiros. Já o quarto edifício será um novo hotel que envolve “162” quartos e estúdios – inclui StarInn, com “90” quartos, e Star Studios, com “72” estúdios. Para além dos edifícios, vai ser também construído, em 15 mil metros quadrados, um parque de estacionamento subterrâneo com 236 lugares. De acordo com Joana Borges, os edifícios residenciais, completamente envidraçados, serão essencialmente compostos por apartamentos T3 e T4, tendo entre 25% e 30% de apartamentos T1 e T2. Por seu lado, segundo Ricardo Gonçalves, administrador da Hóti Hotéis, o edifício que serve de hotel terá duas competências: um hotel com “conceito de lifestyle” e a parte de “Smart Studios”, para “estadias de maior duração” – algo que, afirma, “faz todo o sentido” numa cidade como Aveiro, com “uma universidade pujante” e uma série de multinacionais que necessitam de alojamento de qualidade. A aposta no mercado residencial era já uma vontade antiga da Hóti Hotéis, apontou Miguel Proença, CEO do grupo, que destaca que se trata de um mercado em expansão: “Permite-nos criar um hotel onde o hotel não existe e crescer para um espaço residencial. […] É uma forma muito interessante de diversificar a receita. Permite que ela seja conseguida não apenas pela solução clássica de vários hotéis, com vários segmentos. […] É também uma forma muito bem conseguida de ver uma expressão de risco […] porque tem um timing de retorno completamente diferente do retorno da hotelaria”, explicou o responsável. Durante a sua intervenção, José Ribau Esteves, que falou na sua última ação pública enquanto presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), recordou que o processo foi “muito difícil”. No seu entender, isso aconteceu também porque “a velocidade de trabalho da Câmara é muito superior à da Hótis Hotéis”, que foi sempre “pressionada” pela autarquia ao longo do processo. Inicialmente, segundo o presidente, estava previsto que o hotel fosse construído num terreno da Universidade de Aveiro (UA) em frente à estação ferroviária. Na altura, conforme conta, foi lançado um concurso público pela instituição a que se candidatou uma empresa com um projeto “excelente”. No entanto, após a passagem de pasta entre os reitores Manuel Assunção e Paulo Jorge Ferreira, o atual responsável “deu o dito por não dito” e a UA acabou por “seguir outro caminho” – uma história que Ribau Esteves afirma não constar do seu livro, mas que espera vir a fazer parte de uma nova edição que venha a escrever “já fora da Câmara e paga por si”. Entretanto, tanto pela “menor velocidade” da Hótis Hotéis, devido a um processo judicial colocado pelos proprietários dos terrenos onde o empreendimento se vai instalar contra a CMA – e que, entretanto, acabou por ser retirado – como pela revisão do Plano de Pormenor do Centro, Ribau Esteves explica que a obra acabou por não avançar. Agora, o autarca desafia também o seu sucessor, Luís Souto, a articular com o grupo hoteleiro para conseguir que, assim que a obra esteja pronta, também esteja completa a requalificação do Barreiro – uma obra que já tem “projeto terminado” e que “faz vizinhança” com um dos prédios que vão ser construídos.

SC Beira-Mar deve constituir sociedade desportiva até ao final da época com investidores portugueses
Cidade

SC Beira-Mar deve constituir sociedade desportiva até ao final da época com investidores portugueses

Após ter caído o acordo que o SC Beira-Mar tinha com Breno Dias Silva para a constituição de uma Sociedade Desportiva por Quotas (SDQ), Nuno Quintaneiro conta que, durante o verão, voltou ao processo de “abrir as portas” do clube para ouvir propostas. Durante esse período, o presidente conta que “apanhou de tudo” e foi vítima de um “assédio constante” por parte de quem se queria constituir como parceiro do Beira-Mar, mas acabou por reduzir as opções a três potenciais investidores: dois estrangeiros e um português. O escolhido acabou por ser mesmo o português, que foi conduzido ao clube por intermédio de Gualter Barros, administrador da IRBAL S.A. – uma pessoa que, diz o presidente, merece a confiança do Beira-Mar. Apesar de garantir que se trata de alguém com experiência no mundo do futebol, Nuno Quintaneiro não revelou a identidade do parceiro escolhido a pedido do próprio, que alega que se o acordo fosse revelado agora poderia criar “instabilidade” noutros negócios em que está envolvido. Inicialmente, conta o presidente, o investidor estava reticente em aceitar os princípios impostos pelos associados para a constituição de uma sociedade desportiva. Mais tarde, acabou por perceber que “deste lado existe gente séria” e, depois de “dar luta” e de os responsáveis do Beira-Mar “forçarem, forçarem, forçarem”, ambas as partes acabaram por chegar a um entendimento. A principal novidade deste acordo é que, para além dos dez milhões de euros previstos para a operação – um milhão e meio a ser usados para a liquidação da dívida do clube, e oito para a sociedade desportiva, sendo desses três milhões e meio para a construção de um centro de alto rendimento e cinco para a equipa principal de futebol -, o investidor vai também investir 200 mil euros ao longo da presente temporada nas equipas principais de futebol. Segundo conta Nuno Quintaneiro, tanto o clube tem pressa para que o negócio avance como o próprio investidor, por “segurança jurídica dos investimentos que estão a fazer”. Prevê-se que em dezembro o acordo seja formalizado, embora o prazo seja extensível até ao final da temporada. Já a transmissão dos direitos desportivos do clube só pode acontecer em 2026/2027. Conforme tinha sido noticiado pela Ria, a reunião de associados do clube tinha também na ordem de trabalhos o ponto “Informação aos sócios sobre a aplicação da ‘regra de ouro’, respeitante ao triénio 2021-2024, nos termos e para os efeitos previstos no art. 27º, nº 4 dos Estatutos”. De acordo com os estatutos do clube, cada direção deve ter como “regra de ouro” que, “no final do seu mandato, a situação líquida do S. C. Beira-Mar, seja, se nada de anormal e extraordinário ocorrer, pelo menos igual à existente aquando da sua tomada de posse, devendo o eventual agravamento da mesma, após confirmação por auditoria promovida pela nova Direção, ser assumido solidariamente pelos membros em funções da Direção cessante”. Após fazer uma contextualização histórica sobre a entrada da regra nos estatutos do clube, Nuno Quintaneiro acabou por concluir que “o défice do Beira-Mar é um défice estrutural” e que, por isso, no paradigma atual, a responsabilidade não pode ser imputada totalmente à direção. “Enquanto estivermos neste contexto no Campeonato de Portugal é praticamente impossível não ter défice […] Esta regra serve para proteger uma situação de equilíbrio, não para sancionar as pessoas que num contexto extremamente adverso acabam por apresentar uma situação líquida negativa”, apontou. Assim, a decisão da atual direção do SC Beira-Mar foi a de não aplicar a “regra de ouro” à direção que esteve em funções entre 2021 e 2024, presidida por Afonso Miranda. Não obstante, o presidente salientou que concorda com a manutenção da regra nos estatutos e disse que é seu “objetivo” entregar o Beira-Mar numa “situação de equilíbrio” a quem lhe suceder. Por outro lado, pode ler-se na deliberação do Conselho Fiscal que a regra não deve ser aplicada nem à direção anterior nem à atual e fica a recomendação de que se reveja o texto dos estatutos. A Assembleia Geral do SC Beira-Mar serviu ainda para aprovar o Relatório de Atividades e Contas do exercício de 2024/2025, que apenas não mereceu o voto favorável de um associado presente, que votou contra o documento. O relatório dá nota de um resultado líquido negativo superior a 54 mil euros, que, segundo Nuno Quintaneiro, representa uma “grande recuperação”. No ano anterior, o valor ultrapassava os 200 mil euros negativos.

Últimas

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas
Cidade

Chega nega acordo com ‘Aliança com Aveiro’ para viabilizar governação em Aradas

“Não há acordo nenhum e a senhora Catarina Barreto não aceitou os nossos termos e nem nós os dela. Fiquei chocado com a notícia de hoje. Mas…”, escreveu Ricardo Nascimento à Ria. A resposta surge no seguimento da notícia publicada esta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Diário de Aveiro onde o mesmo dava nota que a ‘Aliança’ e o Chega teriam chegado a acordo. Recorde-se que a Junta de Freguesia de Aradas está, atualmente, em gestão com o órgão executivo em funções depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia, destinada à instalação dos órgãos autárquicos, ter sido suspensa.  Na altura, Catarina Barreto, presidente da Junta de Aradas, optou por submeter à votação o primeiro vogal do futuro executivo através de votação nominal, em vez de votação em lista. A proposta acabou por ser reprovada pelos membros da Assembleia, com sete votos contra e seis a favor, e os trabalhos foram imediatamente suspensos pela presidente de Junta. Entretanto, Catarina Barreto já marcou para esta sexta-feira, 7 de novembro, pelas 21h00, uma nova sessão. Relembre-se que, tal como noticiado pela Ria, a oposição em Aradas tinha-se mostrado disponível para aprovar um executivo integralmente constituído por elementos da coligação ‘Aliança com Aveiro’. Para tal, tinha imposto um conjunto de condições, com destaque para a realização de uma auditoria financeira independente e o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal. À margem da primeira sessão de instalação dos órgãos autárquicos, Catarina Barreto assegurava que tinha reunido, “na passada quarta-feira”, 23 de outubro, com a oposição e que tinha ficado acordado a aprovação do executivo proposto. Quando questionada pelo acordo apresentado pela oposição, Catarina Barreto mostrou-se inflexível quanto à possibilidade de o aceitar. “A postura da ‘Aliança com Aveiro’ mantém-se”, assegurou.  Além do Chega, a Ria entrou ainda em contacto com Sónia Aires, eleita pelo Partido Socialista (PS), e Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, onde afirmaram, ambos, não terem sido novamente contactados por Catarina Barreto depois da primeira reunião da Assembleia de Freguesia. A Ria tentou ainda contactar Catarina Barreto, mas até ao momento não obteve resposta.

Câmara de Estarreja abre candidaturas a bolsas de estudo com novas regras
Região

Câmara de Estarreja abre candidaturas a bolsas de estudo com novas regras

O programa municipal, que já vai na 17.ª edição, “visa apoiar estudantes do ensino superior, com idades até 29 anos, residentes no concelho há mais de dois anos e cujos rendimentos familiares se enquadrem nos critérios estipulados no regulamento”. São abrangidos pelo programa os estudantes inscritos em ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado, ao grau de mestre e inscritos em cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) ministrados em Estarreja. O prazo de candidatura decorre até dia 28, “exclusivamente online através da Plataforma SIGA”, de acordo com uma nota municipal, dando conta de que este ano há alterações no procedimento de candidatura. “Os estudantes devem, em primeiro lugar, enviar uma comunicação para o endereço eletró[email protected], indicando o nome completo, data de nascimento, número de identificação fiscal, número do cartão de cidadão, nome do pai e da mãe, nome do encarregado de educação e respetivo número de identificação fiscal”, explica. Após o envio desses dados, “os candidatos receberão um código de acesso que lhes permitirá submeter a candidatura na Plataforma SIGA, de forma exclusivamente online”. Para além de novas bolsas, o programa permite a renovação de bolsas atribuídas em edições anteriores, pesando nos critérios de seleção o menor rendimento per capita do agregado familiar e o mérito académico dos candidatos. O apoio financeiro mensal mantém-se até 125 euros, num total anual entre 750 euros e 1.250 euros, dependendo do escalão atribuído. A Bolsa de Estudo é uma prestação pecuniária, destinada a apoiar os encargos normais inerentes à frequência do curso, e tem uma duração de 10 meses, correspondente ao ano escolar. Como contrapartida, os bolseiros comprometem-se a prestar 80 horas anuais de serviço comunitário em iniciativas municipais. Desde o lançamento do programa em 2009, a Câmara Municipal de Estarreja já atribuiu mais de 350 bolsas de estudo, “consolidando-se como um forte aliado na formação e qualificação dos jovens do concelho”, indica a nota municipal.

GNR encerra lar ilegal em Oliveira do Bairro devido a maus tratos a idosos
Região

GNR encerra lar ilegal em Oliveira do Bairro devido a maus tratos a idosos

Segundo o comunicado da GNR, as diligências policiais realizadas pelos militares “permitiram apurar que os suspeitos desenvolviam a atividade de acolhimento de idosos em residências arrendadas, sem que os espaços em questão possuíssem condições adequadas para acolher os idosos ali residentes, nem os seus cuidadores fossem detentores de formação profissional adequada”. Durante a investigação foram efetuadas três buscas domiciliárias nas freguesias de Bustos e Oiã, que culminaram com o encerramento administrativo da estrutura. As diligências levaram a que quatro idosos fossem encaminhados para a rede de apoio da Segurança Social e uma criança foi retirada e sinalizada, junto da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, e posteriormente encaminhada para uma instituição de solidariedade social de apoio a menores em risco.

PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’
Cidade

PS e Chega candidataram membros à mesa da AM, mas acabaram por só ser eleitos deputados da ‘Aliança’

Conforme noticiado pela Ria, o mote foi lançado pelo PS ainda antes da reunião. Numa nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, o grupo parlamentar do partido pedia a “eleição de uma Mesa da Assembleia que assegure a pluralidade democrática e o escrutínio das decisões, incluindo necessariamente um representante não eleito pelo partido ou coligação mais votados”. Antes da votação, durante um período que cada grupo parlamentar teve a oportunidade de intervir, Cláudia Cruz Santos, primeira eleita do PS, alertou que “houve um défice democrático nos últimos anos” na Assembleia que se “manifestou na constituição da Mesa”. Segundo afirma, o órgão tem um dever de fiscalizar os trabalhos da AM e, por isso, deixa “muitas dúvidas” a ideia de que os membros da ‘Aliança’ queiram uma Mesa composta apenas por deputados eleitos por si. Se a deputada acreditava que Miguel Capão Filipe devia mesmo ser eleito presidente e “admitia” que o 1º secretário fosse indicado pelo PSD, Cláudia Cruz Santos considerava “impensável” que o 2º secretário fosse também da ‘Aliança’. Como o PS, também o Chega manifestou uma posição semelhante. Armado Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à AM, avisou à partida que também ia apresentar um candidato à Mesa, mas “já sabia como ia ser”. Assim, surgiram três propostas para ser discutidas: o partido da ‘Aliança’ propunha Miguel Capão Filipe (CDS) como presidente, Manuel Cartaxo (PSD) como 1º secretário e Maria Cristina Veiga (PSD) como 2ª secretária; o PS indicou Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio (PS) para 1ª secretária e Manuel Cartaxo para 2º secretário; e o Chega propôs também Miguel Capão Filipe para presidente, Rosa Venâncio como 1ª secretária e Nuno Tavares (Chega) a 2º secretário. Naturalmente, Miguel Capão Filipe conseguiu a eleição por unanimidade, com 35 votos a favor (faltou um deputado do PS e o deputado único eleito pelo Livre). Na discussão do 1º secretário, Manuel Cartaxo acabou por reunir 22 votos contra 11 de Rosa Venâncio, a que se somaram duas abstenções. Uma vez que já tinha sido eleito, Manuel Cartaxo não entrou na disputa para o lugar de 2º secretário, que acabou por ser discutida entre Maria Cristina Veiga – que ganhou, com 21 votos – e Nuno Tavares – que teve quatro votos. Nesta eleição abstiveram-se dez deputados. Antes do término da instalação da Assembleia, foram chamados a intervir os deputados de todos os grupos parlamentares, bem como o novo presidente eleito. No seu discurso, Miguel Capão Filipe agradeceu a confiança em si depositada e prometeu exercer o cargo com “isenção e rigor”, com “respeito pela pluralidade de opiniões”. O presidente acabou a declarar que “o aveirismo está bem vivo e recomenda-se”, aludindo a um espírito de “irreverência” com que “quer iniciar este ciclo”. No decorrer do discurso, Capão Filipe aproveitou ainda para anunciar que os serviços da AM vão regressar ao antigo edifício da capitania – local onde se realizam as Assembleia Municipais – e que vai começar a recolher os contributos dos grupos parlamentares para a mudança do regimento da AM, deixando o desafio aos partidos para que aprovem o documento por unanimidade. Do lado da Iniciativa Liberal, Cláudia Rocha assumiu o compromisso de “fiscalizar com exigência” na AM. Da mesma forma, Armando Grave, representante do Chega,também afirmou que os eleitores reforçaram o seu grupo parlamentar por quererem um executivo que “governe de forma transparente”. O CDS, por Gonçalo Caetano Alves, vincou que a maioria da ‘Aliança’ deve ser exercida com “humildade e espírito de cooperação” e assinalou que “ter maioria não é decidir sozinho”. Fernando Nogueira, deputado do PS, aproveitou o discurso para voltar a trazer à discussão a eleição para a mesa da AM. O eleito deu nota de que os valores defendidos por Capão Filipe “mereciam melhor tratamento no primeiro ato” enquanto presidente da Assembleia. Nas suas palavras, se a mesa tivesse um eleito de uma das forças políticas que não venceu as eleições, isso daria “um sinal de maior abertura” e da possibilidade de “fazer pontes”. A terminar, Joaquim Marques, do PSD, desejou que o trabalho da Assembleia seja “sério e racional” e que seja feito “em prol dos aveirenses”, uma vez que, se não o for, “daqui a quatro anos, eles saberão fazer as contas”. Sobre o resultado das eleições, que ditou uma maioria na AM, o deputado aponta que a “mensagem [dos eleitores] não foi subliminar”.