Livro "A Sagres em Aveiro 2024" apresentado na Expo 2025 em Osaka
O município de Aveiro esteve hoje em destaque no Pavilhão de Portugal na Expo 2025, em Osaka, no Japão, com a apresentação oficial do livro “A Sagres em Aveiro 2024”.
Redação
A obra documenta a passagem do navio-escola Sagres pela cidade de Aveiro, durante as comemorações do Dia da Marinha em 2024, no âmbito do programa “Aveiro – Capital Portuguesa da Cultura”. Atracada junto à antiga lota, a Sagres foi, durante vários dias, ponto de encontro entre tradição marítima, cultura e comunidade.
A apresentação do livro foi um dos momentos da visita oficial de José Ribau Esteves ao Japão.
Recomendações
Candidatos à Junta de Freguesia de Aradas: estes são os nomes mais falados
Nas últimas eleições, realizadas em 2021, a coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM) venceu esta freguesia com 46,28% dos votos, elegendo sete mandatos. Seguiu-se o movimento independente 'Sentir Aradas', com 19,13% e três mandatos, e a coligação 'Viva Aveiro' (PS/PAN), com 17,87% e igualmente três mandatos. O Bloco de Esquerda (BE), o Chega e a CDU ficaram fora da representação na Assembleia de Freguesia. A atual presidente da Junta, Catarina Barreto, deverá recandidatar-se pela coligação 'Aliança Mais Aveiro'. Em caso de vitória, este será o seu último mandato, uma vez que atinge o limite legal de mandatos consecutivos (é líder do Executivo desde 2017). Figura de destaque no seio social-democrata aveirense, Catarina Barreto é presidente da Mesa da Assembleia de Secção do PSD-Aveiro e foi a primeira militante do partido a declarar apoio público a Luís Souto de Miranda após o anúncio da sua candidatura à Câmara Municipal de Aveiro pela direção nacional do PSD. Segundo apurou a Ria, o nome de Catarina Barreto chegou a ser considerado para integrar a lista de Luís Souto à Câmara Municipal. Contudo, o cabeça-de-lista da coligação preferiu que a autarca se mantivesse focada na freguesia de Aradas, que considera estratégica para o projeto político em construção. Por outro lado, o movimento independente 'Sentir Aradas', segunda força mais votada em 2021, ainda não confirmou se voltará a apresentar uma candidatura. A decisão deverá ser tomada até ao final do mês de maio, numa reunião entre os elementos que integraram a lista anterior. Se a decisão for avançar novamente, não é garantido que Gilberto Ferreira volte a ser o líder da candidatura. Caso optem por não avançar, há a possibilidade de alguns elementos virem a integrar outras candidaturas autárquicas nas próximas eleições. Uma opção que agrada ao Partido Socialista (PS) que acredita que assim estaria mais próximo de vencer a eleição para a Assembleia de Freguesia de Aradas. Já no campo socialista, há dois nomes que ganham destaque como possíveis cabeças de lista. Loraine Nazaré, que integrou a candidatura do PS em 2021 e é presidente da Assembleia Geral da Associação Escola de Música da Quinta do Picado. A par disso, é também filha de Helena Nazaré, ex-reitora da Universidade de Aveiro (UA) e membro da Comissão de Honra da candidatura de Alberto Souto à autarquia. Sónia Aires, também com participação na lista socialista anterior, é assistente social na Câmara Municipal de Aveiro e um dos nomes mais falados. O PS tem reunião interna agendada para a próxima semana, onde deverá aprovar os nomes propostos por Alberto Souto. A oficialização das candidaturas socialistas às juntas de freguesia está marcada para o dia 1 de junho. A agenda interna dos partidos promete acelerar as definições em Aradas. Catarina Barreto convocou o plenário de militantes do PSD-Aveiro para o dia 2 de junho, sendo um dos pontos centrais da ordem de trabalhos a auscultação dos militantes quanto às candidaturas autárquicas.
Três jovens detidos por suspeita de roubos a estudantes universitários em Aveiro
Em comunicado, a PSP esclareceu que os suspeitos, de 16, 17 e 24 anos, foram detidos no âmbito da Operação "Faina", em cumprimento de três mandados de detenção, emanados por autoridade judiciária. Os detidos, segundo a Polícia, são suspeitos da prática de vários crimes de roubo, coação, acesso ilegítimo, falsidade informática e abuso de cartão de garantia ou de cartão, na cidade de Aveiro, com particular incidência contra estudantes universitários. "No âmbito desta operação, foram ainda cumpridos cinco mandados de busca domiciliária, resultando na apreensão de vários artigos que haviam sido roubados, nomeadamente telemóveis, cartões bancários, peças de vestuário, bem como de cerca de 1.375 doses de estupefaciente (cocaína e anfetaminas)", refere a mesma nota. A PSP referiu ainda que procedeu à detenção de um quarto elemento, um homem de 43 anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes.
Município de Aveiro reforça laços com Japão em visita oficial a Tóquio e Oita
O encontro teve como objetivo apresentar cumprimentos institucionais e partilhar a estratégia de diplomacia municipal da autarquia aveirense. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, entre os assuntos em destaque esteve a “relação de amizade entre Aveiro e a cidade japonesa de Oita, cuja geminação assinala 50 anos em 2028”. “Durante a reunião, foram igualmente abordadas oportunidades para reforçar as ligações comerciais e turísticas entre Portugal e o Japão, bem como a promoção de iniciativas de intercâmbio juvenil e de partilha cultural entre os dois países”, lê-se na nota. Até esta quinta-feira, 22 de maio, José Ribau Esteves permanecerá na “cidade irmã de Oita” onde tem agendadas “várias iniciativas de destaque”. Entre elas, “uma reunião com o presidente da Câmara de Oita, Shinya Adachi e uma visita a uma escola japonesa”, adianta.
Alberto Souto apresenta “Rota das Oportunidades” para mostrar potencial desaproveitado em Aveiro
Numa nota de imprensa enviada à Ria, a concelhia do PS Aveiro esclarece que a ação de campanha arranca já amanhã, 22 de maio, e que pode ser acompanhada “nas redes sociais do candidato, com o lançamento de um episódio por semana sempre às quintas-feiras”. A iniciativa “parte do princípio de que Aveiro tem recursos e capacidades desaproveitados, muitas vezes bloqueados por marasmo, burocracia ou inércia, seja ela local ou estatal”, explica. Assim, a “Rota das Oportunidades” pretende “propor soluções concretas e exequíveis para transformar obstáculos em motor de desenvolvimento”. “Aveiro tem oportunidades à espera de acontecer. Queremos sair do discurso e ir aos locais onde as coisas podiam e deviam estar a acontecer – e não estão. O que propomos é ação, com futuro e com visão”, sublinha Alberto Souto de Miranda. Sem discriminar quais os pontos do concelho, a nota adianta que a iniciativa passará por “zonas industriais por dinamizar”, bem como “projetos comunitários travados por burocracia, passando por equipamentos públicos subaproveitados ou áreas com potencial turístico e económico ainda por concretizar”. “Esta é mais uma ação que reflete a estratégia do PS para Aveiro: próxima das pessoas, atenta aos bloqueios reais, e focada em soluções para um concelho com mais ambição e menos resignação”, finaliza.
Últimas
Festival "Do Pão" de Albergaria-a-Velha recebeu mais de dois mil filmes
O festival vai exibir 30 filmes no Cineteatro Alba, Biblioteca Municipal e no Torreão da Quinta da Boavista. O festival nasceu ligado ao Festival Pão de Portugal, que este ano se realiza de 30 a 01 de junho, e ganha dimensão internacional, tendo sido submetidos 2.785 filmes de 131 países. O júri selecionou 23 filmes que concorrem aos prémios de curta e longa-metragem. O município de Albergaria-a-Velha atribui dois mil euros ao melhor documentário de longa-metragem e mil euros à melhor curta-metragem. O Irão liderou as inscrições com 256 filmes, seguido pelo Brasil (222) e Índia (218). Espanha (142), Turquia (121), China (103), Itália (100), França (99), Estados Unidos e Argentina (ambos com 86), e Egito (83) também se destacaram. Já quanto a Portugal, foram apresentados a concurso 74 filmes. O evento inclui ainda workshops e apresentações de livros. O Festival Do Pão, que ocorre desde 2016, é organizado pelo Cine Clube de Avanca e pelo Município de Albergaria-a-Velha, com apoio do Ministério da Cultura.
Ria promove debate entre docentes e investigadores para o Conselho Geral da UA
O debate terá lugar às 16h00 no Auditório Renato Araújo, localizado no Edifício Central e da Reitoria da UA, e contará com a participação de quatro candidatos, representando todas as circunscrições e ambas as listas que concorrem ao ato eleitoral. O Conselho Geral é o principal órgão de governo da universidade, sendo responsável por funções estruturantes como a eleição do reitor, a aprovação e alteração dos estatutos, a aprovação do plano estratégico e dos documentos anuais de atividades e contas. Nesta eleição, foram admitidas duas listas: a lista “UA 2030 – Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural” e a lista “UA50 – 50 anos de história, 50 anos de ambição” O debate será moderado por Isabel Cunha Marques, diretora de informação da Ria, e transmitido em direto na página de Facebook da Rádio Universitária. A sessão é aberta à comunidade académica, que poderá assistir presencialmente ou acompanhar a transmissão online. Durante o debate, serão discutidos temas diretamente relacionados com as competências do Conselho Geral e a visão estratégica para o futuro da Universidade de Aveiro. Está também prevista uma ronda de perguntas enviadas pela comunidade académica e dirigidas às duas listas. As perguntas podem ser submetidas até às 23h59 de quarta-feira, 28 de maio, através do preenchimento deste formulário. A redação da Ria selecionará as mais relevantes para serem colocadas durante o evento.
Candidatos do PS da Murtosa reuniram com a SEMA para discutir comércio e desenvolvimento local
Em nota enviada às redações, a Comissão Política da Concelhia da Murtosa dá nota de que o encontro teve como principal objetivo debater medidas de apoio ao comércio local e ao tecido empresarial da Murtosa. Na reunião foram abordadas questões vistas pelos socialistas como “prioritárias”, tais como “o apoio logístico e formativo aos comerciantes”, “a sustentabilidade e desenvolvimento” dos negócios locais e a “necessidade de criação de ‘imagens de marca’ identitárias” da região. Os representantes do PS reconheceram ainda o esforço dos comerciantes e defendem “que o Município deve ser um “aliado” de referência, em parceria e reciprocidade com esta [SEMA] e outras associações”. Para Augusto Vidal Leite, candidato à presidência da Câmara, “o comércio local é um pilar essencial da economia e da vida dos nossos munícipes”. “Vamos construir uma política municipal que incentive o consumo local, as nossas “imagens de marca” e crie condições para que os nossos comerciantes se possam afirmar e fixar os seus negócios na Murtosa”, defendeu o candidato socialista. A candidatura socialista continuará nas próximas semanas a promover encontros com associações e representantes da sociedade civil.
"Os Traidores", opinião de Samuel Dias Xavier
Dizem que aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo. Se fizermos um pequeno exercício de memória, seja ela mais curta ou mais longínqua, temos na nossa memória, enquanto indivíduos, enquanto parte de um grupo ou família, parte de um povo ou de uma nação, a resposta para quase todos os nossos problemas. A natureza humana, por mais solavancos a que possa ser sujeita, está condenada a repetir-se, a criar rotina e a gerar ciclos. O resultado das eleições do passado domingo são surpreendentes, chocantes, mas que em certa parte não são uma novidade. Desta vez, teremos um partido ultrarradical de extrema-direita como líder da oposição. Não é a primeira vez que outros partidos, além do PSD e PS, têm elevadas representações parlamentares. PCP e CDS já tiveram quase 50 deputados cada um e, em finais dos anos 80, PPD, CDS e PRD tinham cerca de 70% da representação parlamentar, o mesmo que hoje AD, IL e Chega representam. O que há aqui de diferente é que o PRD desapareceu, entalado entre PS e PSD, condenado à sua dimensão unipessoal de Eanes, facto este que dificilmente acontecerá com o Chega. A minha reflexão não tem como objetivo discutir e analisar as flutuações percentuais e de representação parlamentar que o povo português sabiamente vai confiando aos partidos. Portugal tem sido condenado a ciclos governativos muito curtos no passado recente, sempre incentivados por dissoluções da Assembleia da República. Estes miniciclos não permitem que se mude rigorosamente nada, além da composição parlamentar. Esta circunstância, a somar à complexidade da geopolítica atual gera frustração e resignação. O país não cresce de acordo com as expectativas, a economia não consegue subir de patamar e a esperança vai caindo. Na Grécia antiga, Platão apontava para o declínio das democracias através dos populismos – gerado através das frustrações pessoais dos cidadãos, da exploração das paixões do povo em contraste com as ideias e a razão. Os ingleses, com uma cultura democrática largamente maior que a nossa não têm embaraços destes. Felizmente para eles, uma maioria parlamentar consegue manter-se e seguir um programa de ideias, independentemente do primeiro-ministro, do governo e dos MP’s (veja-se que a maioria absoluta dos conservadores em 2019 teve 3 primeiros-ministros: Boris, Truss e Sunak). Também na Alemanha há compromissos entre os partidos para garantir uma legislatura completa. Enfim, poderia dar variadíssimos exemplos europeus que se distanciam da nossa circunstância. A situação atual é complexa, muito complexa. Como nos sugeriu Mencken: “para cada problema complexo, há uma resposta simples, clara e errada”. Podemos ver então que nada disto é novo. O ser humano, quando é confrontado com problemas, tem instintivamente uma inclinação para responsabilizar alguém ou uma circunstância e de procurar uma certa ideia messiânica que responda facilmente ao problema. Não existe mais espaço para a razão e para as ideias. Esse espaço é agora ocupado pela purga, pelo simplismo e por modas. Não interessa a governação, a estabilidade, a previsibilidade, nem a discussão. Também os romanos nos advertiam por sermos “um povo que não se governa nem se deixa governar”. É sempre mais simples responsabilizar um grupo (normalmente excluído e em minoria) por um problema mais complexo e antigo. A retórica é sempre a mesma: subsídio-dependentes, ciganos, imigrantes, palestinianos, judeus… As minorias são sempre a válvula de escape para os maiores disparates. A ironia disto tudo é sermos também um povo que tem milhões de emigrantes pelos vários continentes - e que também eles próprios foram responsabilizados por problemas aos quais eram alheios – encontramos as responsabilidades para os nossos problemas nesse grupo tão heterogéneo que são os imigrantes. Nos anos 60, muitos milhares de portugueses emigraram para Paris, ilegalmente, para encontrarem refúgio nos bidonville (bairros de lata), vivendo na lama, em barracas de tijolo e chapa, muitas vezes sem luz ou água canalizada, para fugir a um regime totalitário, à miséria e à guerra. Trabalhando de sol a sol, amealharam o pouco que conseguiam para trazer de volta à sua pátria amada, com um sonho de criar família e de dar um futuro melhor aos seus filhos. Hoje, muitos dos netos destes emigrantes votam no Chega para dar “um abanão” ao país. Porque não querem imigração ilegal, não querem estrangeiros na sua terra. Quando desligamos da nossa identidade o ‘botão do humanismo’, não há esclarecimentos nem pedagogia que nos possam salvar. O mundo pós-1945 permitiu construir sociedades modernas e capazes de criar equilíbrios e consensos. Foi uma época em que imperou a razão, a ideia e o compromisso. Daí triunfaram os catch-all parties. Foi possível estimular a economia, criar estados de direito, equilíbrio de poderes, distribuição de riqueza e consolidação dos welfare state. Em Portugal, com várias crises sucessivas, permitiu-se um certo desgaste das ideias, dos partidos e destes grandes progressos que foram possíveis. Que não haja ilusões, os partidos e o parlamento são o reflexo da sociedade, são o primeiro indício de um certo declínio das ideias. Responsabilizar líderes, partidos ou o parlamento é desonesto e é antidemocrático. Não há democracia sem partidos, ponto. A História tem essa prova, tudo o resto são ilusões e fantasias platónicas de uma sociedade de independentes com ideias simples e luminosas como uma manhã de primavera. Este é um regime de Homens, e portanto, de erros. Se ignorarmos esse facto, estaremos a cavar uma trincheira de ignorância, para ali permanecer, imóveis, e resguardarmo-nos de qualquer bala de responsabilidade. Shakespeare revelou-nos em ‘Júlio César’ a natureza traiçoeira do ser humano. Somos capazes da maior das traições – contra os nossos, contra as nossas ideias, contra nós próprios. Permitir que nos deixemos enganar por soluções simples, para causar “abanões”, para realçar o ódio contra o que é diferente, é trair a nossa História e a nossa experiência coletiva. Seremos os nossos próprios traidores.