RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Cidade

“Quebrar o Ciclo”: Instalação no Fórum Aveiro convidou à reflexão sobre violência doméstica

A Associação Agora Aveiro, em colaboração com a Vizinhança, promoveu, no passado sábado, 24 de maio, a instalação “Quebrar o Ciclo”, no Fórum Aveiro. A atividade contou com “mais de 120 participantes” e teve como objetivo promover a reflexão sobre a violência doméstica na cidade de Aveiro com uma “photobooth”.

“Quebrar o Ciclo”: Instalação no Fórum Aveiro convidou à reflexão sobre violência doméstica
Redação

Redação

30 mai 2025, 14:05

A iniciativa, instalada no Fórum Aveiro, decorreu numa espécie de cabine de madeira, semelhante a uma cabine fotográfica, com cortinas fechadas e uma mensagem simples à entrada: “Photobooth Grátis”. Lá dentro, os visitantes eram convidados a tirar quatro fotografias de forma totalmente gratuita. Quando recebiam as fotografias impressas, algo era revelado: uma das quatro fotos tinha o rosto da mulher riscado. Por baixo, lia-se: “Segundo a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima), uma em quatro mulheres já sofreu de violência física ou sexual durante a sua vida”.

Posteriormente, era entregue um flyer onde se lia: “uma experiência imersiva sobre a violência doméstica” juntamente com a fotografia e partilhado por muitas das pessoas que participaram ao longo da tarde. 

Segundo uma nota de imprensa à Ria, o projeto “Quebrar o Ciclo” nasceu por iniciativa de um grupo informal de jovens, a “Vizinhança” que, em colaboração com a Agora Aveiro, e com o apoio do programa “Namorar com Fair Play” do Instituto Português da Juventude, quis alertar para a dimensão do problema da violência doméstica em Portugal.

“Com esta instalação procurou-se sensibilizar para a urgência de identificar sinais de violência doméstica, muitas vezes silenciosa e invisível, e inspirar uma cultura de denúncia, empatia e ação”, lê-se. O evento contou ainda com a participação de “mais de 120 pessoas”.

O encerramento da iniciativa contou com uma intervenção de João Tinoco, cantor e compositor do tema “O Ciclo”, que inspirou a criação da instalação. “A sua abordagem abordou o tema da violência doméstica através da arte, estabelecendo uma ligação profunda com todas as pessoas que participaram”, esclarece.

De acordo com um artigo publicado no Expresso, quase 700 pessoas foram assassinadas em contexto de violência doméstica em Portugal nos últimos 25 anos. Só em 2024, 22 pessoas perderam a vida e foram registadas mais de 30 mil denúncias, números que revelam a persistência e gravidade do problema.

O projeto “Quebrar o Ciclo” foi organizado pela Agora Aveiro em colaboração com a Vizinhança. Teve como main partner o Fórum Aveiro e contou com o apoio do Município de Aveiro e do Instituto Português do Desporto e Juventude I.P. através do programa “Namorar com Fair Play”.

Recomendações

“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House
Cidade

“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House

A anfitriã da noite será a escritora Rosa Alice Branco, que convida Jorge Loura, Renato Filipe Cardoso e Sílvio Fernandes para uma sessão que promete ser tudo menos convencional. “Hedonistas gananciosos que somos, escolhemos a guitarra do Jorge Loura para prato principal desta invulgar sessão de tapas. O Sílvio dedilha um fino, o Renato mastiga as palavras que havemos de digerir, o Loura afina as cordas vocais e a Rosa Alice fica com os restos, que nesta mesa não há lugar para desperdício. Entre a conversa a várias vozes e a poesia dita, as tapas são condimentadas com a especiaria do humor. Os montaditos não foram convidados: as tapas sustentam-se no ar do improviso sem rede”, lê-se numa nota de imprensa enviada à Ria. Entre poesia dita, conversa a várias vozes e improviso musical, o humor será o tempero principal. Como escreveu Rui Zink - cuja máxima serve de fio condutor ao evento: “O humor é para mim a maior das poesias, a mais bonita forma de chegar ao outro”. Segundo Zink, o humor tem a capacidade de desarmar as pessoas. Vamos exportar?”. A abertura das portas ocorrerá pelas 21h15, tendo ainda o evento uma contribuição sugerida de cinco euros. Jorge Loura toca guitarra desde 1992. É músico e professor de música e realizou digressões com inúmeros projetos musicais, tendo gravado cerca de 30 discos numa variedade de géneros, desde o rock ao jazz, hip-hop, avant-garde, blues, pop e folk. Por sua vez, Renato Filipe Cardoso foi o finalista do prémio Correntes d’Escritas e convidado de diversos festivais e eventos literários em Portugal e no estrangeiro. O seu percurso inclui o jornalismo na área da música alternativa e independente, a locução comercial, a formação de locutores, a microedição, e a organização de eventos culturais e de atividades para a promoção da leitura e literacia. Sílvio Fernandes trabalha na área da programação, produção e promoção de eventos culturais, pertencendo à organização do Encontro Literário "Correntes d'Escritas".

Micaela Araújo é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol
Cidade

Micaela Araújo é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol

De acordo com uma nota enviada à Ria, esta quarta-feira, 9 de julho, Micaela Araújo tem 24 anos e é mestre em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro (UA) desde 2023, trabalhando atualmente na área da eletrónica. É ainda descrita como uma pessoa “ativa na área cultura através da integração da Associação Recreativa Eixense onde toca clarinete desde 2015”. A candidata, citada na nota, pretende criar “políticas públicas” que garantam a redução do seu custo para as famílias, bem como “retirar o trânsito de atravessamento da freguesia no centro de Eixo”.  “A manutenção dos espaços públicos e a realização de atividades comunitárias nos mesmos” é outra das marcas que pretende alcançar. Enquanto “entusiasta da prática desportiva” quer ainda “melhores condições e equipamentos para a sua prática no espaço público na freguesia”. Recorde-se que nas últimas eleições autárquicas, o BE alcançou nesta freguesia “4.65%” dos votos. A coligação “Aliança com Averio” (PSD/CDS-PP/PPM) acabou por vencer a mesma com “51.55%” dos votos.

João Moniz defende que Aveiro deve considerar aplicar taxa municipal turística
Cidade

João Moniz defende que Aveiro deve considerar aplicar taxa municipal turística

Na publicação, João Moniz começa por relembrar que em 2012 o Bloco de Esquerda “foi desfavorável” à medida apresentada pelo então executivo PSD/CDS, liderado por Élio Maia de avançar “com a aplicação de uma taxa municipal turística”. Aponta, no entanto, que “a realidade mudou”. “Em 2012, o turismo não representava o que hoje representa na economia do concelho — tanto para o bem como para o mal”, lê-se na publicação do bloquista que considera ainda que a atividade se massificou e que Aveiro se foi “moldando para a acomodar”. João Moniz apresenta um quadro com “a receita que o Município de Aveiro poderia ter arrecadado entre 2020 e 2024 com a aplicação de uma taxa municipal turística sobre dormidas”, apontando que os cálculos “assumem que todas as dormidas seriam tributadas, sem considerar eventuais isenções, limites máximos ou restrições específicas”. As contas feitas pelo bloquista são feitas tendo por base três modelos diferentes: um modelo simples que cobraria 1 euro por dormida, o modelo Lisboa, que cobraria “seguindo a evolução real da taxa na capital, de 1 € em 2020 até 4 € em 2024” e o modelo Porto, “com uma taxa constante de 2 € por dormida”. Os resultados apresentados apontam para uma receita que varia entre os “1.726.353 €” com a aplicação do modelo simples e os “4.179.012 €” caso fosse adotado o modelo Lisboa. Para Moniz, a “simulação evidencia que a adoção de uma taxa turística, mesmo em valores moderados, poderia representar milhões de euros de receita adicional para o Município”. Essa receita, explica ainda, poderia ser canalizada “para políticas públicas como mobilidade, habitação acessível, ambiente ou cultura”. “Cabe à deliberação democrática escolher o modelo, os valores, e as isenções”, atenta, apontando novamente que “o Bloco de Esquerda tinha razão em 2012, mas novos tempos e circunstâncias exigem respostas diferentes”.

SC Beira-Mar: época 25/26 arranca com 11 novas contratações
Cidade

SC Beira-Mar: época 25/26 arranca com 11 novas contratações

É já este sábado, dia 12, que a nova equipa do SC Beira-Mar entra em campo para um jogo de pré-época, à porta fechada, frente ao Naval 1893. Tomás Bozinoski, Pedro Neves, Tiago Melo, Francisco e Diogo Sancho, Abdul, Rodrigo Mathiola e Diogo Silva (Didi) renovaram o compromisso com o Beira-Mar e dão as boas-vindas a Carlos Madureira (ex- CD Trofense), Tomás Sério (AC Viseu), Bruno Cruz (S.Arronches e Benfica), André Alves (ex-Pevidém SC), Sérgio Silva (ex-Gondomar SC), Pietro Romano (ex- CD Alcains), Muslim (GD Resende), Tiago Luís (Guarda FC), João Pedra (FC Porto) e Diogo Pereira (AD Limianos), que envergam pela primeira vez o equipamento amarelo e negro. André Motta volta também ao Beira-Mar, depois de ter passado as duas últimas épocas fora de casa (FC Famalicão em 23/24 e AC Viseu na época passada). Tal como adiantado pela Ria,também Fábio Barros (Fabeta) volta a assumir o comando técnico da equipa aurinegra. À Ria, o técnico frisa que o elevado volume de novas contratações “é um cenário que não é positivo, mas que é real no futebol e que acontece muito todos os anos por muitos clubes”. “Criar sempre rotinas novas todos os anos torna sempre difícil porque o rendimento desportivo também está associado à continuidade, à aquisição e consolidação de processos, e neste momento obriga-nos a trabalhar tudo de novo porque o plantel vai ser novo”, detalha o técnico. O dia de ontem marcou o arranque da época com uma palestra de apresentação e uma primeira sessão de trabalho que contou ainda com três ausências. O dia marcou também o arranque para os atletas das equipas sub-19 e B, que vão ter “a oportunidade (…) para serem integrados, ao longo da pré-época, na equipa principal”, aponta o técnico. Esta primeira sessão, aos olhos de Fábio, contou já com aspetos positivos: “houve comunicação que muitas das vezes é o que mais falha (…) durante o processo de treino, a dar feedbacks positivos, a incentivarem-se uns aos outros. (…) Sentimos a malta preocupada em apoiar-se e em estimular aquilo que é o comportamento técnico ou tático”. Fabeta repara ainda que, apesar do Beira-Mar ter chegado “um bocadinho tarde ao mercado”, houve “um cuidado grande na escolha dos atletas”. “Temos a capacidade de escolher os atletas que são capazes de conseguir impor o ADN [do Beira-Mar] e demonstrar para fora, sabendo que face às contingências financeiras essa capacidade de escolha não é tão abrangente”, exprime. Ainda assim, o técnico está confiante de que o plantel terá capacidades para lutar pela manutenção da equipa no Campeonato de Portugal. Henrique Martins, Rui Pedro Santana e Cilio Souza são os treinadores-adjuntos e Renato Farinhas o responsável pela preparação dos guarda-redes. José Dias tem a seu cargo a preparação física da equipa. A equipa técnica conta ainda com o fisiologista Guy Sauce e com o analista Gabriel Atz. Afonso Batista assume a função da direção clínica, com o apoio dos fisioterapeutas Guilherme Ramos, Pedro Pinho, Tozé Lobos e Tomás Santos. A nutrição é assumida por Ivo Ferreira e Miguel Vinagre é o treinador mental. Armando Rodrigues e António Pires são os técnicos de equipamentos desta época, e Fernando Neto assume a operação logística. Aos jogadores que abandonaram o plantel, o Beira Mar deixou nas redes sociais uma mensagem de agradecimento: “Na época 2024-2025, o SC Beira-Mar orgulha-se de ter contado com um grupo de trabalho que ficará na memória dos Beiramarenses pela forma como defendeu as cores do clube”, lê-se na publicação. “Agradecemos o empenho demonstrado no nosso clube e desejamos os maiores sucessos pessoais e desportivos”, rematam. Os jogos da pré-época disputam-se todas as quartas-feiras e sábados de julho, sendo o arranque já este sábado, dia 12. Os jogos são realizados à porta fechada. Para Fabeta estes jogos são importantes para começar a criar grupo na equipa, dado o número alto de novas contratações. “Precisamos muito desses jogos de treino para começarmos a trabalhar aquilo que é a consolidação da própria estrutura da equipa, dinâmicas e sobretudo a união de tudo, portanto, os jogos de treino visam sobretudo fortalecer aquilo que são as nossas ideias de jogo”, frisa. Apesar da vitória não ser o principal objetivo para estes jogos, Fábio não esconde querer “obviamente trabalhar no processo sobre vitórias”. O Beira-Mar disputa o último jogo da pré-época no dia 2 de agosto e o jogo de apresentação acontece no primeiro domingo do próximo mês, dia 3, pelas 17h. A equipa aurinegra recebe nesse dia o AD Sanjoanense no Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte.

Últimas

“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House
Cidade

“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House

A anfitriã da noite será a escritora Rosa Alice Branco, que convida Jorge Loura, Renato Filipe Cardoso e Sílvio Fernandes para uma sessão que promete ser tudo menos convencional. “Hedonistas gananciosos que somos, escolhemos a guitarra do Jorge Loura para prato principal desta invulgar sessão de tapas. O Sílvio dedilha um fino, o Renato mastiga as palavras que havemos de digerir, o Loura afina as cordas vocais e a Rosa Alice fica com os restos, que nesta mesa não há lugar para desperdício. Entre a conversa a várias vozes e a poesia dita, as tapas são condimentadas com a especiaria do humor. Os montaditos não foram convidados: as tapas sustentam-se no ar do improviso sem rede”, lê-se numa nota de imprensa enviada à Ria. Entre poesia dita, conversa a várias vozes e improviso musical, o humor será o tempero principal. Como escreveu Rui Zink - cuja máxima serve de fio condutor ao evento: “O humor é para mim a maior das poesias, a mais bonita forma de chegar ao outro”. Segundo Zink, o humor tem a capacidade de desarmar as pessoas. Vamos exportar?”. A abertura das portas ocorrerá pelas 21h15, tendo ainda o evento uma contribuição sugerida de cinco euros. Jorge Loura toca guitarra desde 1992. É músico e professor de música e realizou digressões com inúmeros projetos musicais, tendo gravado cerca de 30 discos numa variedade de géneros, desde o rock ao jazz, hip-hop, avant-garde, blues, pop e folk. Por sua vez, Renato Filipe Cardoso foi o finalista do prémio Correntes d’Escritas e convidado de diversos festivais e eventos literários em Portugal e no estrangeiro. O seu percurso inclui o jornalismo na área da música alternativa e independente, a locução comercial, a formação de locutores, a microedição, e a organização de eventos culturais e de atividades para a promoção da leitura e literacia. Sílvio Fernandes trabalha na área da programação, produção e promoção de eventos culturais, pertencendo à organização do Encontro Literário "Correntes d'Escritas".

Autárquicas: Milton Matos volta a ser cabeça de lista da CDU à Câmara de Águeda
Região

Autárquicas: Milton Matos volta a ser cabeça de lista da CDU à Câmara de Águeda

Uma das preocupações apontadas por Milton Matos são as dificuldades no acesso à saúde, “com urgências frequentemente encerradas e falta de profissionais nos centros de saúde, o que causa constrangimentos, especialmente aos idosos”, enquanto na educação “a delegação de competências trouxe problemas às escolas, com precariedade entre os trabalhadores e sobrecarga horária, colocando em causa o normal funcionamento”. No que diz respeito aos transportes e mobilidade, a oferta pública é considerada “insuficiente, mal desenhada e divulgada”, pelo que a CDU defende “uma oferta consistente com as necessidades da população, tanto em termos de capacidade como de horários, com reforço da Linha do Vouga. A habitação em Águeda é outra preocupação que o candidato partilha, “com valores exorbitantes e incompatíveis com a realidade da maioria dos trabalhadores” e defende por isso “o incentivo a movimentos cooperativos de construção e a construção a custos controlados para arrendamento”. “Relativamente ao emprego e economia local, Águeda continua com uma força de trabalho baseada em trabalho precário e baixos salários”, critica Milton Matos, adiantando que a CDU propõe criar “apoios e estratégias de cooperação para que as micro, pequenas e médias empresas (MPME) possam inovar e criar emprego de qualidade”. Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD coligado com o MPT obteve 44,77% e conquistou quatro mandatos no executivo presidido por Jorge Almeida, enquanto o PS foi o segundo partido mais votado com 29,52%, obtendo dois mandatos, e o CDS conseguiu um mandato com 13,04% dos votos. Além de Milton Matos são já conhecidas as candidaturas de Cláudia Afonso (BE), Jorge Almeida (PSD/MPT), Antero Almeida (CDS) e Francisco Vitorino (PS). As eleições estão marcadas para 12 de outubro.

Micaela Araújo é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol
Cidade

Micaela Araújo é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol

De acordo com uma nota enviada à Ria, esta quarta-feira, 9 de julho, Micaela Araújo tem 24 anos e é mestre em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro (UA) desde 2023, trabalhando atualmente na área da eletrónica. É ainda descrita como uma pessoa “ativa na área cultura através da integração da Associação Recreativa Eixense onde toca clarinete desde 2015”. A candidata, citada na nota, pretende criar “políticas públicas” que garantam a redução do seu custo para as famílias, bem como “retirar o trânsito de atravessamento da freguesia no centro de Eixo”.  “A manutenção dos espaços públicos e a realização de atividades comunitárias nos mesmos” é outra das marcas que pretende alcançar. Enquanto “entusiasta da prática desportiva” quer ainda “melhores condições e equipamentos para a sua prática no espaço público na freguesia”. Recorde-se que nas últimas eleições autárquicas, o BE alcançou nesta freguesia “4.65%” dos votos. A coligação “Aliança com Averio” (PSD/CDS-PP/PPM) acabou por vencer a mesma com “51.55%” dos votos.

Autárquicas: BE quer Moisés Ferreira em S. João da Madeira a tratar de rendas e hospital
Região

Autárquicas: BE quer Moisés Ferreira em S. João da Madeira a tratar de rendas e hospital

“Em São João da Madeira, o preço da habitação aumentou 80% nos últimos quatro anos e hoje veem-se apartamentos para arrendar a 800 e 900 euros e quartos a 300 ou 400. É obsceno”, defende Moisés Ferreira, garantindo que “não há salário que chegue para tamanha especulação”. O candidato diz ainda que é preciso “mobilizar os imóveis devolutos e fazer com que uma percentagem da nova construção seja colocada a arrendar a custos controlados, o que fará baixar drasticamente o preço da habitação”. Quanto ao Hospital de São João da Madeira, apontado como um dos que o Estado prevê transferir para a gestão das Misericórdias, Moisés Ferreira afirma: “Há a ameaça de perdermos o nosso hospital e várias valências nele inseridas. Aliás, alguns serviços, como o de Oftalmologia, já começaram a ser deslocados para Ovar”. Nessa perspetiva, o candidato do BE salienta que a entrega do hospital à Misericórdia “representará um corte nos serviços de saúde à população” e argumenta que é preciso “dizer claramente que o município não aceita essa entrega” – quer é o reforço de valências, nomeadamente “uma política que promova a criação e o acesso a serviços de saúde mental”. Encarando assim as áreas de habitação e saúde como essenciais à qualidade de vida, Moisés Ferreira nota que o custo dos bens essenciais aumentou brutalmente e continua a subir “de semana para semana”, mas os programas e apoios sociais do município não acompanharam esse crescimento. “A crise aprofunda-se – a da habitação, a da saúde, a dos rendimentos – e o executivo da Câmara de São João da Madeira não fez nada nos últimos anos para a combater ou impedir”, afirma. Em domínios distintos, o BE indica depois mais duas das suas prioridades: “Precisamos de melhorar os transportes e a mobilidade urbana, com os TUS [Transportes Urbanos Municipais] a funcionar de 15 em 15 minutos, e uma rede pública de bicicletas elétricas partilhadas. E precisamos de combater as alterações climáticas e promover a qualidade de vida, com mais jardins, corredores verdes, espaços de lazer e parques infantis em toda a cidade”. Com 39 anos e natural de São João da Madeira, onde vive, Moisés Ferreira é atualmente investigador no Centro de Psicologia da Universidade do Porto, encontrando-se a fazer doutoramento na área da Psicologia do Trabalho. Foi deputado na Assembleia da República entre 2015 e 2022, período durante o qual coordenou as políticas de saúde do Grupo Parlamentar do BE. Antes trabalhou como formador e como coordenador de formação, focando-se em populações em situação de exclusão social. Além de Moisés Ferreira pelo BE, à Câmara Municipal de São João da Madeira também já foi formalizada a candidatura de João Oliveira, pela coligação PSD e CDS-PP, e a do socialista Jorge Vultos Sequeira, que é o atual presidente da autarquia – a mais pequena do país, com cerca de oito quilómetros quadrados e 22.200 habitantes. O executivo camarário eleito em 2021 integra quatro elementos do PS e três da coligação entre sociais-democratas e populares.