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Ribau Esteves responde a Alberto Souto e aprova extinção da Aveiro Expo

À margem da última reunião pública camarária, realizada esta quinta-feira, 2 de outubro, José Ribau Esteves reagiu à recente publicação de Alberto Souto de Miranda sobre a dívida da Câmara de Aveiro, classificando o ex-presidente e candidato do PS como um “desastre como gestor financeiro” e considerando os números divulgados “errados e ridículos”. Durante a sessão foi ainda aprovada a extinção da empresa municipal “Aveiro Expo”, tendo o presidente da Câmara acusado o ex-diretor Diogo Soares Machado de acumular “dívidas graves”.

Ribau Esteves responde a Alberto Souto e aprova extinção da Aveiro Expo
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
03 out 2025, 09:13

Naquela que foi a sua última reunião pública enquanto presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves classificou o momento como “especial” e fez questão de deixar um gesto simbólico de reconhecimento aos atuais vereadores do executivo e da oposição.

Dirigindo-se diretamente a Fernando Nogueira e Rosa Venâncio, do Partido Socialista (PS), e a Rui Carneiro, vereador independente, Ribau Esteves agradeceu a “dedicação” e a “elegância institucional” com que participaram ao longo do mandato. “A diferença de opinião é apenas uma nota de elegância daquilo que é a democracia”, sublinhou.

Como recordação, ofereceu a cada um dos vereadores um livro sobre o Rossio. A escolha não passou despercebida. Fernando Nogueira, em tom crítico, considerou o gesto “salomónico”, notando que “o peso do livro do Rossio é maior daquele lado do que do outro” e alertando para aquilo que classificou como uma “péssima herança” deixada neste dossiê.

Passando à ordem de trabalhos, o presidente aproveitou ainda a última reunião do executivo para fazer um balanço das obras e da situação financeira do Município. Referindo-se a este último ponto salientou que são apenas os “números principais” e que estão “muito longe” de serem todos “de receita, de despesa, de compromissos assumidos, de passivo, da dívida e do saldo que temos”. Garantiu, contudo, que a situação financeira da Câmara é “absolutamente sólida e tranquila”.

“Temos um pacote de investimentos, em desenvolvimento, que em termos de obras e com concursos adjudicados estamos a falar de um valor superior a 100 milhões de euros em que uma boa parte desse montante está coberto em termos de financiamento por fundos comunitários, o empréstimo bancário que contratamos também, operações ligadas ao fundo ambiental e uma outra operação que ainda estamos a lutar para que tenha decisões importantes do Governo, nos próximos dias, que é o eixo rodoviário Aveiro-Águeda que é um trabalho que fazemos em equipa com o nosso município amigo e vizinho”, explicou Ribau Esteves.

Em reação, Rui Carneiro reconheceu que a situação financeira é “confortável, embora pese muitas divergências políticas e de investimento que houve por parte da oposição com esta maioria que lidera a Câmara”. Destacou ainda o esforço do executivo em manter o equilíbrio orçamental, “durante este mandato” e acrescentou que “pelos dados apresentados, previsivelmente até ao final do ano não chegaremos a ultrapassar nem dois terços [do limite da dívida]”. O vereador independente aproveitou ainda para questionar o edil quanto aos “compromissos assumidos”, na ordem dos 160 milhões, relativos a “projetos em execução ou prontos”.

Em resposta, Ribau Esteves salientou, prontamente, que: “O equilíbrio financeiro com que iniciamos o presente mandato é o que equilíbrio financeiro com que terminamos o mandato”. Aproveitou ainda para recordar o “gravíssimo desequilíbrio” com que iniciou o ciclo político em “outubro de 2013”, descrevendo uma Câmara “falida e com dívidas monumentais de 150 milhões de euros”. Numa crítica direta a Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro e ex-presidente da autarquia entre 1997 e 2005, acrescentou ainda que “muitas” dessas dívidas tinham “até 21 anos”.

“Conseguimos logo no primeiro mandato resolver o problema e fazer a transição de um segundo mandato de uma Câmara falida e pagadora de dívidas para uma Câmara investidora. No mandato em que estamos agora a terminar a Câmara assumiu a sua plenitude de capacidade de investimento”, explicou.

Recorde-se que esta quinta-feira, através das suas redes sociais, Alberto Souto de Miranda publicou um texto intitulado de “30 perguntas e respostas sobre a dívida de há vinte anos”. Na publicação, o socialista refere que o “total da dívida de curto, médio e longo prazo e ‘leasings’, de todo o grupo municipal (Câmara Municipal e empresas municipais) em 2005 era de cerca de 162 milhões de euros”. Avança ainda que, “até outubro de 2005” aumentou os ativos da Câmara em “54%” e admitiu que houve um “um desequilíbrio na tesouraria que provocou prazos médios de pagamento excessivo”. Sobre esse desequilíbrio justificou que o mesmo aconteceu com a “construção do novo Estádio para o Euro 2004”.

Já na parte final da sua nota, o ex-presidente respondeu à questão sobre o montante atual da dívida, após vinte anos de gestão do PSD e do CDS. “O montante da dívida que consta das contas já aprovadas de 2024 é de 58 milhões de euros; a este montante há que somar o valor do empréstimo contraído já em 2025 de 19 milhões de euros, o que dá 77 milhões. Se a este valor de 77 milhões somarmos 15 milhões (que são devidos à Visabeira no quadro da PDA e não aparecem nas contas de 2024), o total é de 92 milhões de euros".

Segundo Alberto Souto, este montante é “praticamente igual” ao que deixou, se descontado o custo do Estádio: “Se deduzirmos aos 162 milhões de euros deixados por Alberto Souto, os 68 milhões imputáveis à operação do Estádio, isso dá um montante de 94 milhões. Portanto, politicamente, sem o Estádio, o montante da dívida de Ribau Esteves (92 milhões) é praticamente igual ao de Alberto Souto”, atira. Finaliza a publicação com a seguinte questão: “Não será muito mais interessante pensar no futuro, em vez de tentarem denegrir o que se fez há vinte anos?”.

Questionado à margem da reunião camarária sobre estes valores, Ribau Esteves classificou Alberto Souto como um “desastre como gestor financeiro” e considerou os valores apresentados “errados e ridículos”. “Onde é que ele foi buscar esse 90 e não sei do quê? Tudo isso não tem pés nem cabeça”, reagiu.

De seguida, relembrou os números oficiais: “A dívida da Câmara são os 46 milhões de euros que nós devemos ao FAM [Fundo de Apoio Municipal] e temos um empréstimo de médio longo prazo [19.35 milhões de euros] que ainda não é dívida porque ainda não o começamos a usar que é o tal empréstimo que vai financiar a obra do Pavilhão Desportivo e do estádio. Depois temos, neste momento, 490 mil euros (…) que é a chamada dívida a fornecedores. São as faturas que entram e que têm de ter a validação administrativa antes de as podermos pagar”, frisou.

Em jeito de comentário ao texto, o autarca relembrou ainda que o mesmo está a “dez dias da eleição autárquica”. “Ele e os outros oito cidadãos que se candidatam têm de debater uns com os outros. Os números, o passado, o futuro e, portanto, essa fixação ridícula que o doutor Alberto Souto tem em mim que é chocante porque nunca quis e teve essa possibilidade três vezes (…) por um motivo muito simples: sabia que tinha uma derrota pesada em cima das suas costas”, comentou.

Devolveu ainda a questão: “O que é a dívida do presidente Ribau Esteves e o que é a dívida do Alberto Souto?”. “Uma coisa muito diferente”, respondeu. “A minha dívida é o pagamento de um empréstimo que tem mais 12 anos que temos de pagar capital e juros nos termos do nosso programa de ajustamento municipal da recuperação da nossa Câmara ao Fundo de Apoio Municipal. E depois é uma dívida a fornecedores porque é o que nós compramos e temos um espaço de tempo que no nosso caso é muito curto. Somos das melhores Câmaras a pagar. O último número estatístico são seis dias”, referiu.

Sobre a dívida de Alberto Souto disse: “Seja ela 250 milhões, que é o número mais clássico, 160 milhões, era a dívida a toda a gente. Não pagava a empreiteiros, comprava terrenos às pessoas e não lhes pagava, não pagava aos jornais, aos quiosques onde os comprava, não pagava as refeições aos restaurantes… Não pagava a ninguém”. Sem confirmar o valor ao certo, o presidente da Câmara insistiu ainda que: “Independentemente do valor, ele que fique com os 160 milhões, eu fico com os 250 milhões de euros, porque depois há a dívida formal e houve muita dívida de gaveta seja do presidente Alberto Souto, seja do presidente Élio Maia”.

Extinção da Aveiro Expo aprovada: Município acusa ex-diretor Diogo Machado de dívidas por cobrar

Ainda durante a ordem de trabalhos, o Município deliberou a extinção e liquidação, em definitivo, da empresa municipal Aveiro Expo. Na reunião, Ribau Esteves explicou que este foi um “processo longo, complexo” e que está “finalmente terminado” no âmbito de um “acordo interno” entre a Câmara e a Associação Industrial do Distrito de Aveiro [AIDA]. “Conseguimos livrar o nosso sócio da sua própria falência porque se acabássemos com a empresa à bruta e com o seu milhão de euros de dívida, arredondando a conta, 49% desse valor entregue ao nosso sócio era a sua falência e quisemos recuperar a empresa pela atividade e é isso que está feito e concretizado”, adiantou.

O presidente da Câmara destacou, no entanto, que nem todas as dívidas foram cobradas e aproveitou para criticar Diogo Soares Machado, candidato do Chega à Câmara e ex-diretor da Aveiro Expo: “Algumas dessas pessoas até estão em disputas política-eleitorais e têm dívidas graves e de montante relevante para com a nossa empresa”.

Interpelado pelo vereador Rui Carneiro sobre uma das “imparidades reconhecidas” relacionadas com o “adiantamento por conta de despesas do ex-funcionário Diogo Machado, de um valor superior a 20 mil euros”, Ribau Esteves respondeu que “é da vida” e que não tem “grandes ilusões” de receber esse montante.

O documento foi aprovado por unanimidade e segue agora para aprovação na próxima Assembleia Municipal Extraordinária que acontece na próxima quarta-feira, 8 de outubro.

Entretanto, Diogo Machado já informou que irá prestar esclarecimentos sobre a situação na conferência de imprensa que tem agendada para hoje, ao final do dia.

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Entre bandeiras, megafones e a distribuição de panfletos e do jornal do partido, a iniciativa contou com a presença de Rui Tavares. A acompanhar a comitiva seguia também o ‘pequeno’ José Caçador, de 14 anos, natural de Ílhavo, que se destacava- além da sua tenra idade- ao levar uma das bandeiras do partido. Aos jornalistas, explicou que o que mais o atraía no Livre eram os seus valores: “O europeísmo e a vertente verde, que o diferenciam. É por isso que sou do Livre e não de outro partido”. Terminada a primeira paragem, a arruada prosseguiu pela Avenida Lourenço Peixinho, onde Rui Tavares ia cumprimentando com quem se cruzava pelo caminho.  Durante a caminhada, aconteceu uma situação insólita: os megafones da carrinha da ‘Aliança com Aveiro’, estacionada na Avenida, eram claramente audíveis. A situação não passou despercebida a Bruno Fonseca.  “Demonstra, mais uma vez, a falta de consciência do que é a mobilidade nesta Avenida. Como podemos verificar é de trânsito. Nós temos de arranjar alternativas para a cidade. As pessoas têm de ter o desejo de querer usar o transporte e não como primeira opção o carro ou o uber”, comentou à Ria. Já pelo Fórum Aveiro, Rui Tavares aproveitou para tomar o segundo café do dia e para conversar com alguns estudantes de 17 anos, indecisos sobre seguir ou não para a universidade. No momento, tirou até uma foto com os jovens. “É sempre uma oportunidade para ouvir as pessoas até mais do que falar. Pelo menos, essa foi a maneira que eu fui encontrando para me sentir confortável nesta pele de político e candidato que não era aquilo que tinha pensado fazer na minha vida. Na verdade, o grande motivo de interesse que tenho quando faço estas caminhadas e estes contactos com as pessoas é perguntar-lhe acerca delas”, contou aos jornalistas. Questionado sobre as expectativas para os resultados das autárquicas, em Aveiro, já que esta é a primeira vez que o partido concorre no concelho, Rui Tavares disse que eram “altas”. “Queremos que o Livre seja um representante político aqui, com o Bruno Fonseca, a Aurora Cerqueira e tantas outras candidatas que honram Aveiro e os cidadãos deste município. Queremos identificar os problemas ambientais, patrimoniais e sociais que podem ser corrigidos e, acima de tudo, apresentar uma visão e um modelo de desenvolvimento que acompanhem o dinamismo da cidade e os sonhos das pessoas que vêm para Aveiro. Há muita gente que vem estudar aqui e decide ficar, e queremos que essas pessoas tenham opções, oportunidades económicas e possam ser felizes em Aveiro”. “Uma candidatura municipal era absolutamente imprescindível para construirmos um caminho de enraizamento. Pessoas que já votaram no Livre [nas legislativas] (…) poderão agora votar no Livre para eleger o Bruno Fonseca para a Câmara Municipal”, acrescentou. A Ria aproveitou ainda para questionar o co-porta-voz sobre o que já tinha ouvido falar da campanha autárquica em Aveiro, marcada pela disputa entre dois irmãos: Alberto Souto de Miranda, pelo PS, e Luís Souto de Miranda, pela ‘Aliança com Aveiro’. “Não é o único município”, respondeu, apontando o Porto como exemplo. “Eu tenho acompanhado a campanha autárquica, um pouco por todo o país, o que espero é que os munícipes de Aveiro tenham escolha. Nós achamos que faltava aqui escolha numa esquerda verde, europeia, que defenda os direitos humanos que, no fundo, representa uma candidatura de progresso, de humanismo e queríamos muito ter esta escolha no boletim de voto”. A arruada terminou no Rossio, depois de uma passagem pela Câmara de Aveiro, onde Rui Tavares perguntou em tom alegre se já era altura de provar os tradicionais ovos moles. Recorde-se que no passado sábado, 27 de setembro, o Livre apresentou a sua candidatura autárquica ao concelho de Aveiro. Entre as prioridades do partido estão a habitação, a mobilidade, a saúde, entre outras. Relembre-se também que esta é a primeira vez que o partido avança com uma candidatura à Câmara de Aveiro. Neste caso, encabeçada por Bruno Santos Fonseca, especialista em Relações Internacionais, de 33 anos, natural de Ovar e residente, atualmente, em Esgueira. 

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“O executivo municipal deliberou aprovar o projeto de execução e a abertura de procedimento para o Concurso Público da empreitada da ‘Nova Escola Homem Cristo’, pelo valor base de 10.500.099,98 euros, com um prazo de execução de 732 dias”, refere uma nota camarária. A proposta foi aprovada por maioria com dois votos contra de um vereador do PS e outro vereador eleito pelo PS, mas que atualmente é independente, após a retirada da confiança política por parte do partido. Segundo a autarquia, a nova Escola Secundária Homem Cristo, fica localizada nos terrenos contíguos à Escola Básica de 2º e 3º Ciclo João Afonso de Aveiro, junto à Avenida da Universidade de Aveiro. “Será um edifício novo que a Câmara entregará ao Ministério da Educação, criando melhores condições a toda a comunidade escolar, quer seja ao nível dos edifícios e dos espaços verdes, de recreio e de desporto”, refere a mesma nota. Para as atuais instalações da Homem Cristo, um edifício que está a necessitar de uma obra de profunda requalificação, a Câmara diz estar a projetar “uma vida nova” com a instalação dos serviços camarários, que se encontram atualmente e provisoriamente instalados, há quase 25 anos, no edifício da antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos. A autarquia refere ainda que a área ocupada pelos Serviços da Câmara de Aveiro no edifício da antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos "será qualificada e adaptada em termos funcionais para integrar o Centro de Congressos de Aveiro”.

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Aprovadas 22 candidaturas da região de Aveiro ao Mar 2030 de 5,8 milhões de euros
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“Das 38 propostas submetidas, 22 receberam parecer favorável, totalizando um investimento de 5.813.363,88 de euros, e foram enviadas para homologação pela Autoridade de Gestão do Mar 2030”, informa uma nota de imprensa da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. De acordo com aquela entidade, “o maior ênfase, tanto em quantidade como em apoio financeiro, recai na melhoria de infraestruturas físicas e na aquisição de material de apoio à transformação, distribuição e comercialização dos produtos”. Outro destaque é a aquisição de equipamentos, como os de apoio à “Arte Xávega”, ou de embarcações que apoiam a preservação da construção naval tradicional. “As propostas aprovadas também fomentam o empreendedorismo ligado ao mar e promovem a sustentabilidade ambiental e a adaptação às alterações climáticas”, realça a nota de imprensa. O Grupo de Ação Costeira da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro é responsável pela execução da Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL), “apoiando iniciativas que reforcem a competitividade dos setores da pesca e aquicultura e valorizem o património marítimo-cultural”. “A CIRA assume, assim, um papel ativo na concretização deste instrumento nacional que aplica o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura, visando promover uma economia azul sustentável”, refere a nota.