RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Um ano do novo Rossio: parque de estacionamento “pouco utilizado” continua a ser alvo de críticas

Há precisamente um ano inaugurava-se aquela que viria a tornar-se uma das obras mais polémicas da cidade de Aveiro: a requalificação do Largo do Rossio. Uma das grandes críticas apontadas ao projeto estava relacionada com a construção de um novo parque de estacionamento subterrâneo. A Ria procurou sair à rua para perceber o balanço do primeiro ano de inauguração do novo Rossio.

Um ano do novo Rossio: parque de estacionamento “pouco utilizado” continua a ser alvo de críticas
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
07 jan 2025, 12:54

Há mais de um ano que Márcia é lojista na zona do Rossio. Para esta comerciante a obra era “necessária”, não só para os peões como para os automóveis. “Antes era uma grande confusão… Eu via as pessoas a atravessar a rua no meio dos carros. Era bastante perigoso”, começou por recordar. Apesar de reconhecer desvantagens que o trânsito [daquela zona] se faça agora num único sentido, Márcia destacou que a empreitada veio tornar o local “mais amplo e arejado”. “No fundo, acabou por ampliar o espaço. Também se nota aqui o movimento, dado que também estamos bem situados e próximos dos moliceiros (…) As pessoas passam aqui com alguma facilidade…. Inclusive já tive pessoas que são daqui de Aveiro e que, por vezes, nos questionam há quanto tempo é que a loja aqui está porque nunca tinham reparado [nela]”, constatou.

Apesar da construção do novo parque de estacionamento subterrâneo, Márcia opta por estacionar, diariamente, o seu carro “debaixo da autoestrada” já que esta é uma zona não paga. “Trabalhar quase todos os dias e pagar [estacionamento] para mim era impensável…”, frisou à Ria. “Das poucas vezes em que lá estacionei, realmente vê-se muitos lugares vagos, ou seja, o que significa que não é muito utilizado”, lamentou. “Por exemplo, ao pé da Universidade [há uma tarifa de estacionamento] em que o dia inteiro é um euro… Francamente, o dia inteiro não acho assim tão caro… Pode-se pensar numa solução do género”, apontou.

Júlio é outro dos comerciantes que não deixou de assinalar um balanço positivo com o avanço da obra no Rossio. “O comércio beneficiou. Acho que toda a gente deve estar a pensar dessa maneira (…) Também beneficiou a parte social (…) Isto era uma zona com muitos arrumadores, muita prostituição e isso parece que desapareceu daqui…”, relembrou. No que toca ao “nível arquitetónico” da empreitada [o que incluiu também a construção do novo parque de estacionamento] caraterizou a mesma de “polémica”. “Eu era contra a obra do parque [de estacionamento] e continuo a ser. Acho que é polémico… Por causa do parque de estacionamento tiraram a parte do arvoredo. Agora isto tem sempre o lado positivo e o lado negativo... Eu pessoalmente para o comércio acho que melhorou”, opinou.

Se até agora os lojistas identificavam um maior número de pontos positivos do que negativos, para Augusta - que já está há mais de duas décadas na zona do Rossio - a empreitada não trouxe vantagens. “Está engraçada, está muito bonita, mas não tem nada de utilitária. Não era esta a solução de todo…”, frisou. “Isto está muito mal. Não sei se é o sentido de trânsito…. Qualquer coisa aqui não está a correr bem. Depois não temos sítios para parar…. Portanto, nós queremos descarregar alguma coisa e não temos”, desabafou, acrescentando que, nos dias de hoje, os seus clientes “são os turistas que andam a pé”.

“O turista que vai a Aveiro não sai dali e não faz mais do que um passeio de moliceiro”

A obra de requalificação do Rossio e da Praça General Humberto (também conhecida como Ponte-Praça), teve um custo de 20,5 milhões de euros. Um custo de mais 8,1 milhões do que estava previsto inicialmente [o custo inicial era de 12,4 milhões de euros]. Desses, 2 milhões foram comparticipados por fundos comunitários. À data de inauguração a autarquia justificou o aumento do preço da empreitada com “a guerra, a pandemia, a inflação e trabalhos complementares necessários”. A obra incluiu, entre outras estruturas, a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, a requalificação da superfície e a remodelação de toda a Ponte-Praça.

Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, não tem dúvidas de que a obra do Rossio era necessária, ainda que reconheça que esta “não era a requalificação” que o seu partido proporia. Por exemplo, o PS “não proporia o parque de estacionamento pelos custos que teve e pela baixa utilização que tem… Proporia uma requalificação que pensasse o espaço de modo que os aveirenses pudessem usufruir do mesmo. Condicionaria ainda o trânsito aos moradores daquela zona... É importante que os moradores do bairro da Beira-Mar possam de facto usufruir do mesmo com alguma qualidade de vida. Retiraria dali também aquela pressão turística, mas isso só se consegue com um plano municipal para o turismo que tenha outras rotas e que tenha outros pontos de interesse devidamente identificados que não o Rossio”, criticou. “O turista que vai a Aveiro não sai dali e não faz mais do que um passeio de moliceiro”, lamentou.

Para a presidente da concelhia do PS-Aveiro, o Rossio tornou-se assim, desde há um ano para cá, um espaço pensado para “passantes” e não para quem quer usufruir dele. “Esse conforto não existe porque as árvores ainda não cresceram e esperemos que de facto cresçam em breve”, esperançou, reafirmando que era uma “requalificação necessária” ainda que, na sua opinião, o “custo benefício” da empreitada seja “negativo”. “Mas não se pode dizer que está pior porque não está… Não estava bem”, sustentou.

Concessionária do Parque de Estacionamento contraria afirmações de baixa utilização

Sobre a baixa utilização do parque de estacionamento do Rossio [descrita pelos comerciantes e pela líder socialista], a Ria contactou a empresa Telpark (Empark), que tem a concessão do espaço, bem como do parque do Mercado Manuel Firmino, que contrariou esta perspetiva e que destacou que o projeto “tem vindo a decorrer de acordo com as expectativas estabelecidas” e que “ambos [os parques] têm registado uma utilização significativa, com fluxos variados em função das dinâmicas e necessidades dos munícipes e dos turistas”. No que toca ao parque do Rossio a empresa acrescentou ainda que o “balanço é muito positivo”. “Este parque de estacionamento destaca-se pelo seu carácter multifuncional, conferindo uma mais-valia ao habitual modelo de parqueamento, ao incluir a opção de converter o espaço num local para exposições e eventos culturais. Aliás, no passado ano de 2024, ano em que Aveiro foi Capital da Cultura, o parque recebeu milhares de visitantes, quer para estacionar, quer para participar nas diversas atividades que se realizaram”, referiu.

A Ria foi, ao longo dos últimos meses, até ao Parque de Estacionamento do Rossio onde verificou que a média de carros estacionados, diariamente, era de 30/40 automóveis, aumentando este número ao fim de semana, mas raramente para números superiores à metade da lotação. Recorde-se que a lotação máxima do parque é de 222 lugares.

Fonte próxima confirmou ainda à Ria que, até ao momento, apenas por duas vezes o parque de estacionamento ficou totalmente lotado, uma no último fim de semana de outubro e outra na véspera de Natal. Também esta realidade foi contrariada pela empresa que referiu à Ria que “em várias ocasiões, o parque atingiu a sua capacidade total”, apontando como exemplo “o período em que decorreu o Europeu de Futebol, mas também noutras ocasiões não relacionadas diretamente com um evento concreto”. Sobre o tempo médio de permanência dos veículos, a Telpark garantiu que o mesmo “varia consoante o período do dia e o dia da semana”.

Ao longo dessas visitas ao Parque de Estacionamento do Rossio, a Ria verificou ainda que já há paredes e portas degradadas no espaço. Confrontada com esta realidade, a Telpark não confirmou a situação e expôs que a “segurança das nossas instalações é fundamental” e que são realizadas “inspeções regulares a todas elas, de forma a garantir a sua segurança e correta manutenção”. “Caso seja detetada alguma necessidade de intervenção ou melhoria, esta é programada e efetuada de acordo com os horários previstos, garantindo sempre a melhor experiência para os nossos clientes”, afirmou.

“O Rossio não é uma zona periférica da cidade”

Maria Miguel Galhardo, atual presidente da Ciclaveiro [uma associação que defende e promove o uso da bicicleta], defende que a obra do Rossio não acrescentou uma “mais-valia” à promoção das bicicletas, no centro da cidade, “por várias razões”. “Primeiro porque a via supostamente ciclável, alocada ao uso da bicicleta, é uma via que não está sinalizada e que não é confortável porque o piso é paralelo (…) Está desenhada sem estar segregada relativamente ao uso pedonal e, portanto, cria conflitos entre o utilizador da bicicleta e o peão (…)”, apontou, reconhecendo que a mesma “muitas vezes” está ocupada. “Ou está a ser utilizada pelos peões (…) ou para os automobilistas pararem, estacionarem e fazerem cargas e descargas para os estabelecimentos que ali existem”, observou.

Sobre a estrutura e os estacionamentos que foram colocados para as bicicletas [na zona do Rossio], a presidente da Ciclaveiro afirmou que os mesmos são uma “solução totalmente contra todas as boas práticas”. “Esta Câmara tem mais do que informação técnica sobre o que são estacionamentos seguros. Aliás, já os colocou em vários outros projetos como na Mário Sacramento (…) Ali aquelas rodas - que parecem quase umas jantes de automóveis - não dão absolutamente segurança nenhuma ao utilizador das bicicletas que a quer deixar em segurança (…)”, reconheceu.

Em jeito de balanço, Maria Miguel Galhardo recordou a posição [contra] da Ciclaveiro, desde o início, no que toca ao projeto do Rossio, realçando que o mesmo tornou “totalmente acética aquela zona da cidade”. “Uma zona onde havia muito verde e era um espaço de fruição… Em dias de pico de calor é terrível estar ali (…) Relativamente à questão prática, esta Câmara disse que aquele estacionamento subterrâneo que ali foi feito é um parque periférico… Isto é completamente incoerente, porque o Rossio não é uma zona periférica da cidade... O Rossio é o coração da cidade. Continuarmos a bombear carros e sobretudo autocarros de turismo enormes (…) a passar no coração do Rossio e da cidade não faz sentido (…)”, salientou.

Ainda sobre o parque de estacionamento subterrâneo do Rossio, a presidente da Ciclaveiro salientou que “nunca teve” fundamento e que o Rossio continua a ter “carros mal-estacionados, em cima de passeios, na zona de coexistência sem que a parte da fiscalização faça o que lhe compete (…)”.

A Ria tentou ainda obter uma reação da autarquia relativamente ao primeiro ano da obra de requalificação do Rossio, mas, até ao momento, não obteve resposta.

Recomendações

Luís Souto de Miranda apresenta mandatário e candidatos às juntas de freguesia esta sexta-feira
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De acordo com uma nota enviada às redações, a sessão contará ainda com a apresentação dos mandatários da juventude e sénior.  Recorde-se que os cabeças de lista às dez juntas de freguesia do concelho foram aprovados no passado dia 2 de junho, em plenário de militantes da Comissão Política da Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Aveiro, tal como noticiado pela Ria.

Ribau Esteves assegura que Câmara de Aveiro será entregue em “excelente condição financeira”
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O ponto dois da ordem de trabalhos da Assembleia Municipal desta terça-feira tinha como objetivo a apreciação e votação das contas consolidadas de 2024. José Ribau Esteves sublinhou que “a história que estas contas contam de saúde financeira desta Câmara, em termos de substância, é exatamente igual à história que se vai contar na conta que a Câmara vai fazer até ao último dia do meu mandato”, garantindo que “a nova Câmara, seja ela qual for, em dois meses e pouco não vai conseguir estragar a qualidade das contas”. O presidente reforçou ainda que “a Câmara Municipal de Aveiro - bem presidida [atualmente] - vai ser entregue ao meu sucessor em excelente condição financeira”, numa resposta direta às preocupações levantadas pela oposição, nomeadamente, ao PAN. Referindo-se ao facto de o partido ainda não ter apresentado candidato à Câmara de Aveiro nas próximas eleições autárquicas e à gestão de Alberto Souto de Miranda (ex-presidente entre 1997 e 2005), Ribau Esteves aproveitou ainda para lançar uma indireta: “Se o problema do PAN em arranjar candidato é alguém que está aterrado, cheio de medo, que vai receber uma Câmara parecida com a que eu recebi, digam à pessoa para não ter medo”, ironizou. “Se quiserem que eu lhe explique as contas, tenho muito gosto em recebê-la no meu gabinete e explicar-lhe a situação. (…) Não inventem fantasmas em relação a essa matéria”, concluiu. Pedro Rodrigues, do PAN, criticou a narrativa positiva da Câmara sobre as contas, argumentando que “esta realidade só poderá ser verdadeira avaliada no final do mandato, uma vez que foram realizados investimentos de grande dimensão, muitos deles em obras cuja relevância questionamos”. O deputado municipal alertou para o impacto desses investimentos, suportados em parte por fundos comunitários, mas também “à custa de uma forte carga fiscal imposta aos cidadãos aveirenses”, justificando o voto contra do partido. Recorde-se que o investimento de 22,1 milhões de euros na construção do novo pavilhão municipal ‘Oficina do Desporto’ será totalmente suportado pela Câmara Municipal de Aveiro, sem recurso a fundos comunitários. O financiamento será assegurado através de um empréstimo bancário de longo prazo. Segundo a autarquia "o contrato prevê que o reembolso seja realizado em prestações trimestrais, com taxa de juro variável, indexada à Euribor a 3 meses do spread de 0,239% e pagamento de juros também a três meses". Contabilizando os encargos com juros, o custo total da obra poderá ascender aos 30 milhões de euros - valor que pressupõe a inexistência de derrapagens financeiras. Segundo uma notícia do Jornal de Notícias, publicada a 17 de maio deste ano, a dívida total da Câmara Municipal de Aveiro situava-se, em 2024, em 58,6 milhões de euros: a sexta maior dívida, em valores absolutos, dos municípios portugueses. Contudo, neste valor ainda não está incluído o empréstimo para construção do novo pavilhão municipal, contraído apenas este ano. Por sua vez, Jorge Greno, do CDS-PP, manifestou o voto favorável à conta consolidada, enquanto Manuel Prior, do PSD, considerou o momento “mais um ato burocrático legal” e classificou as contas como “boas” e “positivas”. O deputado social-democrata realçou o voto favorável do PS em reunião de Câmara e expressou o desejo de que os resultados positivos se mantenham nos próximos anos.

Legislativas, Chega e Hospital de Aveiro dividem deputados municipais na Assembleia Municipal
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Legislativas, Chega e Hospital de Aveiro dividem deputados municipais na Assembleia Municipal

O debate político em torno das legislativas ficou marcado por posições divergentes entre os deputados municipais. Gabriel Bernardo, do Chega, fez questão de destacar o crescimento do seu partido como reflexo da vontade popular. “No dia 18 [de maio] os portugueses foram muito claros naquilo que queriam. (…) Tivemos uma clara demonstração daquilo que é a democracia”, considerando que “os grandes derrotados das legislativas foram o Partido Socialista (PS) e o Bloco de Esquerda (BE), os principais responsáveis pela política de emigração desastrosa destes últimos anos”. Neste seguimento, Jorge Girão, do CDS-PP, fez uma leitura crítica do crescimento do Chega. “Eu continuo a achar que o Chega não é um partido de extrema-direita. É um partido de oportunismo”, defendendo que muitos dos seus votos vieram de “esquerda”. Referindo-se diretamente a José Ribau Esteves vincou ainda que se “houvesse mais políticos em Portugal com o discurso do engenheiro Ribau não haveria Chega ou haveria um Chega muito mais pequeno”. Sobre o crescimento da “direita e da extrema-direita”, Nuno Teixeira, deputado do PCP, deixou ainda a garantia que o partido está preparado “para intervir”. Do lado do PSD, Manuel Prior assumiu a vitória do seu partido nas legislativas, realçando que o Chega foi o “vencedor dos perdedores”. “Neste ato eleitoral de maio houve um vencedor e só um vencedor que foi o PSD. Todos os outros perderam. (…) Pode-se, no máximo, dizer que entre os perdedores o Chega foi quem teve mais votos”. A inclusão da ampliação e modernização do Hospital de Aveiro no programa do novo Governo foi abordada por vários deputados municipais. Pedro Rodrigues, do PAN, sublinhou a urgência da intervenção. “Não faz sentido que os utentes sejam chamados para cirurgias, se apresentem no hospital e uma vez lá chegados não tenham a garantia que a cirurgia vá ocorrer no próprio dia”, denunciou. “Esperamos que as últimas promessas eleitorais possam dar frutos, pois esta situação arrasta-se há demasiado tempo com um custo elevado para os utentes e profissionais de saúde”, desejou. Também João Moniz, do Bloco de Esquerda, reagiu de forma positiva à inclusão da obra no plano governativo. “Esta tem sido uma luta do Bloco de Esquerda há muito tempo. (…) Isto é uma boa notícia para Aveiro e para as pessoas que aqui vivem e para toda a região. (…) Queremos também rejeitar pessoas que estão outra vez a agitar outra vez o fantasma da localização do hospital. Nós pensávamos que esse debate já estava ultrapassado. Existem pré-existências e temos de lidar com elas não podemos simplesmente terraplanar o que existe e, portanto, o hospital existe ali. (…) Temos de avançar com a expansão o quanto antes”, relembrou, numa alusão a uma publicação de Alberto Souto nas suas redes sociais onde defende que seja estudada uma outra localização para o Hospital de Aveiro. Em resposta às preocupações levantadas, José Ribau Esteves garantiu que o processo de ampliação está em curso e criticou o ruído político gerado em torno do tema, garantindo que “não há novidade na história do hospital”. “A ampliação do hospital [vai avançar], independentemente de haver outras pessoas que andam sempre a dispersar (…) e que dizem outras coisas. É tudo respeitável, mas não interessa para nada”, considerou. Neste seguimento, o presidente da Câmara relembrou ainda que a “ULS da região de Aveiro” já adjudicou “o segundo concurso do projeto por infelicidade do que aconteceu no primeiro”. “Há uma reserva financeira no [Programa] Centro 2030 para financiar a obra. (…) Nunca esteve em causa”, frisou, criticando a contratação pública. “É preciso andar para a frente, que se assine o contrato com o projetista que ganhou, que o contrato tenha visto do tribunal de contas (…) e que se faça bem e depressa naquele realismo que lembrei na Assembleia Municipal lá para o final de 2026…”, lembrou. Sobre o projetista, Ribau Esteves garantiu que a empresa que ganhou o concurso é de “grande qualidade” e “com muita experiência no setor hospitalar”. “Não é preciso dinheiro em 2026. É preciso cabimento orçamental para que se possa lançar o concurso e, obviamente a partir de 2027 é preciso dinheiro no pressuposto que teremos empreiteiro. É preciso começar a pagar ao empreiteiro”, atentou. Note-se que o concurso para “Aquisição dos Serviços de Elaboração do Projeto de Execução para a Empreitada de Construção da Unidade de Ambulatório da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, EPE, e de Assistência Técnica Durante as Fases de Concurso e de Construção” é da responsabilidade da própria ULS.

Ribau Esteves diz que Nave da UA “é ilegal” e rejeita comparação com novo pavilhão municipal
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A crítica surgiu em resposta a Mário Costa, deputado municipal do PS, depois deste ter apontado a Nave Multiusos ‘Caixa UA’ como um exemplo de eficiência financeira, ao referir que a estrutura custou “oito ou nove milhões de euros” e que, por isso, deveria servir de referência para a Câmara Municipal que adjudicou o novo pavilhão municipal por 22,1 milhões de euros. Ribau Esteves optou por não responder à comparação feita entre os valores das duas obras e centrou-se exclusivamente no caso da UA, sublinhando que a obra da Universidade “tem um complexo processo de licenciamento” e que já foi chumbada “duas vezes” pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). “Não se use como exemplo, porque é um mau exemplo”, reforçou, acrescentando que o edifício “legalmente não existe” e que o Executivo Municipal “não pode emitir uma licença especial de ruído” para eventos no local por causa dessa situação. Segundo o edil aveirense “tudo o que são estruturas para a atividade desportiva têm que ter parecer obrigatoriamente do IPDJ”, dando nota ainda que a CMA avisou “a Universidade que devia ter feito o licenciamento antes de começar a obra”. Note-se que Ribau Esteves marcou presença na inauguração desta infraestrutura, ao lado de Luís Montenegro, em maio de 2024, sendo que em outubro do mesmo ano a Caixa UA acolheu a semana de concertos do Integra-te, organizado pela Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). A terceira revisão orçamental - ponto um da ordem do dia - foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP, mas contou com os votos contra do PS, BE, PCP e PAN. A proposta inclui, entre outras medidas, a edificação de um novo pavilhão desportivo - a Oficina do Desporto - que motivou críticas da oposição, principalmente pelo recurso a um empréstimo bancário, pelos custo total da obra e pela ausência de um plano de utilização. O PAN justificou o voto contra alegando a falta de integração ambiental e de planeamento urbano. “A este Executivo falta-lhe uma visão ambientalista a integrar nos seus projetos. (…) Elaboram-se projetos sem que se tenha pensado numa política de mobilidade como é o caso do Pavilhão Municipal”, disse Pedro Rodrigues, considerando o projeto “mais um Estádio Municipal, servidor de dinheiro dos contribuintes e tão pouco da parca utilização”. Também João Moniz, do Bloco de Esquerda, criticou a prioridade atribuída ao novo pavilhão, propondo que o Município apostasse, antes, na habitação acessível. “Nós devíamos estar, por exemplo, a discutir a contratação de um empréstimo para construir habitação a custos controlados promovida pela Câmara Municipal”, afirmou, referindo que os preços da habitação em Aveiro são “completamente incomportáveis com a massa salarial das pessoas que vivem e trabalham aqui”. Mário Costa, do PS, reiterou a crítica ao custo do pavilhão e reforçou que existem soluções mais económicas. “O Partido Socialista vai votar contra, porque entendemos que é um exagero gastar-se tanto dinheiro num pavilhão”, afirmou. Ainda assim, mostrou-se favorável às obras no Estádio Municipal de Aveiro, destacando a urgência da intervenção. “Aquilo está-se mesmo a degradar, cada vez mais está pior”, sublinhou, pedindo esclarecimentos sobre os concursos em curso. Em resposta, Ribau Esteves assegurou que o processo de reabilitação do estádio já está em marcha. “Temos uma obra adjudicada que é a reabilitação de tudo o que são estruturas metálicas de segurança”, revelou, acrescentando que já foi lançado o concurso para a reabilitação da “estrutura principal da cobertura”, degradada por “oxidação”. O autarca desvalorizou o debate político em torno da revisão orçamental, classificando-o como “aproveitamento de pretexto”. “As intervenções orçamentais, em termos políticos, não servem para nada. (…) Não está em causa nenhuma piscina, nenhum pavilhão, nenhum empréstimo, não está em causa coisíssima nenhuma”, afirmou, ainda que tenha admitido a possibilidade de uma quarta revisão, caso ocorram imprevistos nos concursos ou adjudicações.

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UA inaugura “BIOMEDIC Lab” para reforçar ensino e inovação em Engenharia Biomédica
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UA inaugura “BIOMEDIC Lab” para reforçar ensino e inovação em Engenharia Biomédica

Localizado no segundo piso do DFis, o BIOMEDIC Lab assume-se como um espaço moderno, “aprazível” e “mais flexível”. No vidro transparente da entrada, destacam-se, em letras pretas e laranjas, as palavras que lhe dão nome. No interior, ressaltam à vista, entre outros aspetos, as várias mesas-redondas e as cadeiras distribuídas ao longo de todo aquele espaço. Em frente à porta de entrada, uma estante exibe diversos equipamentos, como "mãos programáveis" ou um "medidor de tensão arterial", entre outros. Estes dispositivos fazem parte da vasta gama de recursos avançados ali disponíveis, prontos a serem explorados em contexto de aprendizagem prática. Além da inauguração do espaço, o momento contou com uma mostra de projetos desenvolvidos por estudantes da licenciatura em Engenharia Biomédica, no âmbito da unidade curricular “Laboratórios e Engenharia Biomédica”. Entre os trabalhos apresentados, destacou-se o de Leonor Leal e Tiago Castro, estudantes do 2.º ano, que criaram um “estetoscópio digital” capaz de visualizar em tempo real a frequência cardíaca e respiratória. Tiago explicou à Ria que o dispositivo utiliza um “sensor de infravermelhos” para medir as pulsações, e que, através do uso ou não de uma membrana, é possível captar diferentes tipos de vibrações. “Com a membrana conseguimos detetar as vibrações cardíacas a uma distância curta. Sem a membrana, conseguimos medir as respiratórias a uma distância maior”, apontou. Leonor destacou o potencial do projeto em contextos hospitalares, particularmente na triagem. Segundo a estudante, “muitas vezes, os doentes ficam bastante tempo à espera, e com um sistema destes os médicos teriam acesso imediato a dados como a frequência cardíaca e respiratória, mesmo antes da consulta”, justificou. O projeto foi inicialmente desenvolvido no antigo laboratório de Engenharia Física, e Tiago não escondeu algum saudosismo ao afirmar que teria gostado de ter trabalhado já neste novo espaço. “Está bem organizado, é um espaço que nos pertence e onde podemos trabalhar em conjunto. Teria sido muito mais interessante desenvolver este projeto aqui”, exprimiu. Outro projeto que gerou curiosidade entre os que por lá se encontravam foi o de Carolina Guerra, Diogo Santos e Daniela Costa, do 3.º ano. O grupo desenvolveu uma cadeira de rodas controlada pelos movimentos da cabeça, pensada para pessoas com tetraplegia. Diogo partilhou que, depois de várias ideias em cima da mesa, optaram por esta por ser a mais exequível no tempo disponível e responder a uma necessidade real. “Há soluções para paraplégicos que usam as mãos, mas não conhecíamos uma abordagem prática para tetraplégicos que apenas conseguem mover a cabeça e o pescoço”, contou. Grande parte da construção do protótipo foi feita “fora da sala de aula”, sendo os testes realizados nas sessões práticas. Para Diogo, o novo laboratório representa uma melhoria significativa nas condições de trabalho. Comparando com os espaços anteriores, afirmou que “trabalhar numa mesa-redonda facilita muito mais a comunicação entre o grupo. Antes estávamos em filas, dispersos, e com poucos recursos ao alcance. Este espaço vai melhorar não só esta cadeira, como muitas outras”, considerou. Durante a cerimónia, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, sublinhou o simbolismo do momento com um toque de humor e nostalgia: “Já não cortava uma fita desde o tempo (…) da Nave Multiusos”. “Espero que a seguir a estas salas que venham outras e que elas impulsionem a relação entre a universidade e as empresas”, desejou. João Miguel Dias, diretor do DFis, destacou o percurso que levou à criação deste novo espaço. Lembrou que a formação em Engenharia Biomédica começou na UA em 2016, com um mestrado integrado, e foi-se consolidando com a criação da licenciatura e do mestrado em separado. Mais recentemente, no ano letivo 2023/24, foi lançado o programa doutoral. “Tomámos a iniciativa de criar um laboratório dedicado à biomédica porque acreditamos muito nesta área — é importante para o país e para todos nós”, defendeu. Referindo-se ao espaço, explicou que foi possível requalificar uma zona antes usada para investigação, tornando-a mais “aprazível”, “mais flexível” e totalmente dedicada ao ensino. Aqui, serão lecionadas várias disciplinas e desenvolvidos projetos de mestrado e doutoramento. A realização do “BIOMEDIC Lab” partiu da iniciativa e do apoio financeiro da Sword Health, empresa que nasceu na própria UA e que hoje é uma referência mundial em terapias digitais de saúde. Márcio Colunas, fundador da Sword Health, fez questão de estar presente neste momento simbólico de regresso aquela que considera ser ainda a sua “casa”. “Para mim é um prazer, porque é um voltar a casa. Formei-me aqui, e a Sword nasceu aqui. Hoje desenvolvemos cuidados de saúde apoiados em inteligência artificial, mas queremos manter e reforçar esta ligação com as universidades, especialmente com a Universidade de Aveiro”, vincou. “Há 15 anos, (…) a ligação entre empresas e a Universidade de Aveiro era muito diferente. Queremos cada vez mais essa aproximação”, continuou.

UA lança Centro de Competências para a Gestão de Dados de Investigação
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Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o projeto foi o mais bem classificado entre as “14” candidaturas aprovadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa Nacional de Ciência Aberta e Dados Abertos de Investigação (PNCADAI), inserido no Plano de Recuperação e Resiliência. O UAveiro RDM Center visa oferecer suporte técnico, consultoria e formação em boas práticas de gestão de dados de investigação à comunidade científica da UA. Entre os serviços prestados, destaca-se o apoio à utilização de infraestruturas de publicação de dados, como o repositório institucional DUnAs, bem como o acompanhamento no uso de ferramentas de planeamento e curadoria de dados. O centro atua também como um motor de alinhamento institucional com as diretrizes da European Open Science Cloud (EOSC), promovendo a abertura, transparência e responsabilidade social da ciência. Ao garantir a partilha e preservação dos dados gerados em projetos financiados por fundos públicos nacionais e europeus, o projeto contribui para a consolidação de uma cultura de investigação mais acessível e colaborativa. Para além da criação de políticas institucionais de gestão de dados, o projeto contempla o reforço da capacitação da comunidade académica e científica através de formações específicas. A UA integra ainda uma “rede nacional de data stewards”, profissionais dedicados à gestão de dados de investigação, promovendo “um espaço de partilha, aprendizagem e colaboração”. O projeto, “que decorre até ao final de 2025”, permite à UA “um forte investimento em capacidade de armazenamento e computação, de modo a acomodar as necessidades correntes e de um futuro a médio/longo prazo da sua comunidade científica”, realça ainda a nota. O UAveiro RDM Center resulta de uma colaboração entre diversas unidades da UA, nomeadamente a vice-reitoria para a Investigação, Inovação e Formação de 3.º Ciclo, o Gabinete de Apoio à Investigação, os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia, e os Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação. O UAveiro RDM Center é um projeto colaborativo entre a vice-reitoria de Investigação, Inovação e Formação de 3.º Ciclo, o Gabinete de Apoio à Investigação, os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia e os Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação da UA. Também no âmbito do PNCADAI, foi criado um consórcio, o Re.Data, com coordenação da Universidade do Minho, em parceria com a Universidade de Coimbra e participação do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade Nova de Lisboa, e que tem como missão fomentar uma comunidade nacional dedicada à gestão de dados FAIR, apoiando os 14 centros GDI selecionados pela FCT e assegurando a articulação com a legislação e infraestruturas nacionais e europeias. O ciclo de webinars promovido pelo UAveiro RDM Center arrancou a “12 de junho”.

Vagos Sensation Gourmet aposta na fusão entre gastronomia, tradição e arte
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Vagos Sensation Gourmet aposta na fusão entre gastronomia, tradição e arte

De acordo com a organização, o evento “mais saboroso do verão” utilizará como combinação alguns dos “ingredientes mais preciosos” da Praia da Vagueira. “As tradicionais peixeiras, pescadores, vendedores de rua, ‘chefs’, cozinheiros, ‘sommeliers’, músicos e pintores e muitos outros, para a confeção de um prato que juntará, no largo da Praia da Vagueira, a cozinha e a arte, cultivando e trazendo as melhores memórias destes 10 anos de evento”, acrescentou. O Vagos Sensation Gourmet irá decorrer nos dias 04,05,06 e 11,12 e 13 de julho, na Praia da Vagueira, concelho de Vagos, distrito de Aveiro. “A edição deste ano marcará a estreia no evento da ‘chef’, Teresa Horta Colaço (jurada do MasterChefKids), do Francisco Moreira e Carlos Afonso (apresentadores do canal de televisão 24H Kitchen) e de José Diogo Costa (Estrela Michelin e recém-premiado jovem ‘chef’ do ano pelo Guia)”, informou. Já os ‘sommeliers’ responsáveis pelo evento são António Lopes e André Figuinha, acompanhados de talentos em ascensão como Pedro Escoto (Feitoria, Lisboa), eleito Melhor Jovem Sommelier do Ano 2025; Joana Reis (Avenida, Lagos), Sommelier do Ano pela Revista de Vinhos; e Leonel Nunes (Il Galo D’Oro, Funchal), premiado com o Sommelier Award do Guia Michelin. No mundo do bar, a presença internacional de Jarred Brown e Anistatia Miller (Londres) e Fernando Sousa (vencedor do WorldClass Portugal), do The Royal Cocktail Club, no Porto. A apresentação do evento estará a cargo de João Paulo Sousa, da televisão SIC. O Vagos Sensation Gourmet é organizado pela Câmara Municipal de Vagos, em estreita colaboração com as associações e agentes locais.

Incêndios: Disponíveis para combate 67 meios aéreos, menos nove do que o previsto
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Incêndios: Disponíveis para combate 67 meios aéreos, menos nove do que o previsto

“À data, o dispositivo aéreo da ANEPC conta com 69 aeronaves, das quais duas estão inoperativas por motivos de manutenção”, refere a Proteção Civil, numa resposta enviada à Lusa, após os autarcas de Grândola, Ourique e Moura se terem queixado da falta de meios aéreos para combate aos incêndios rurais nestes concelhos e apelado a uma solução urgente para dar resposta às populações. A Diretiva Operacional Nacional (DON) que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) prevê para o período de 01 a 30 de junho, denominado 'nível Charlie’, 76 meios aéreos. No entanto, apenas estão operacionais para o combate aos fogos 67. Segundo a ANEPC, os helicópteros ligeiros inoperacionais para manutenção estão sediados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdez (Viana do Castelo) e Santa Comba Dão (Viseu). Em Arcos de Valdevez existe um outro helicóptero que está operacional. Na resposta enviada à Lusa pela Proteção Civil apenas são mencionados os locais onde existem meios aéreos, faltando referir quais as aeronaves em falta. A Lusa questionou a Força Aérea Portuguesa, entidade responsável pela contratação dos meios aéreos de combate a incêndios rurais, sobre os motivos para a falta de aeronaves, mas até ao momento não obteve resposta. No início do mês de junho, quando entrou em vigou o 'nível Charlie’, fonte do setor afirmou à Lusa que a falta de meios aéreos estava relacionada com a documentação para poderem operar e falta de candidatos nos concursos. A ANEPC indicou que tem atualmente ao dispor 36 helicópteros ligeiros sediados nos CMA de Arcos de Valdevez , Famalicão, Fafe, Chaves (2), Ribeira de Pena, Bragança, Alfandega da Fé, Baltar, Vale de Cambra, Vila Real, Armamar, Águeda, Viseu, Aguiar da Beira, Mêda, Guarda, Seia, Covilhã, Cernache, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Alcaria, Castelo branco, Proença-a-Nova, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Santarém, Lourinhã, Montijo, Évora, Monchique, Cachopo e Loulé. Estão também operacionais cinco helicópteros pesados localizados nos CMA de Macedo de Cavaleiros, Braga, Pombal, Ferreira do Zêzere e São Brás de Alportel e quatro helicópteros de reconhecimento, avaliação e coordenação em Vila Real, Lousã, Ponte de Sor e Beja. Existem também 18 aviões médios anfíbios em Mirandela (2), Vila Real (2), Viseu (2), Cernache (2), Castelo Branco (2), Proença-a-Nova (2), Ponte de Sor (2), Beja (2) e Portimão (2). Segundo a Proteção Civil, estão ainda ativos dois aviões anfíbios pesados em Castelo Branco e dois aviões de reconhecimento, avaliação e coordenação sediados nos CMA de Viseu e Ponte de Sor. O DECIR vai ser reforçado a 01 de julho e para essa altura estão previstos 79 meios aéreos.