Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus
Numa medida inspirada no recente anúncio do primeiro-ministro Luís Montenegro, o reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, anunciou a compra de 600 trotinetes elétricas para reforçar os meios da equipa de vigilantes responsáveis pela segurança do campus. O investimento faz parte da campanha “Campus Sempre Seguro” – um título que, curiosamente, não menciona os buracos no campus, nem as habituais inundações na Zona Técnica Central.
Estagiário
EntretenimentoO reitor da Universidade de Aveiro surpreendeu a comunidade académica ao declarar, sem apresentar qualquer dado concreto, que o aumento da insegurança no campus está ligado ao crescente número de estudantes internacionais. “Nunca tivemos tantos estudantes internacionais. Coincidência? Não acredito em coincidências”, afirmou, com ar sério, enquanto segurava um relatório... em branco.
“Não há razões para alarme. Os vigilantes estão a ser treinados para identificarem ‘comportamentos suspeitos’, como por exemplo estudantes que falem idiomas que não sejam português”, afirmou José Russo Ferreira, responsável pela segurança no campus, que ignorou o facto do seu próprio apelido causar insegurança no campus.
A comunidade internacional não demorou a reagir. “Cheguei aqui há três meses e a única coisa que aumentei foi a venda de pastéis de nata no CUA. Insegurança? Só sinto quando tenho exames de Cálculo”, comentou uma estudante vinda da Polónia.
Esta medida já foi muito elogiada pelo diretor do Departamento de Física da UA que terá agora os seus meios reforçados para percorrer todas as salas do seu departamento à procura de estudantes que estejam a utilizar as salas de estudo para jogar League of Legends.
Já Wilson Carmo, presidente da Associação Académica, rapidamente reagiu à declaração do reitor, classificando-a como “criativa, mas desinformada”. “Queremos dados concretos ou, pelo menos, uma explicação plausível para a correlação entre o aumento de insegurança e os estudantes internacionais. Não vamos aceitar que o barulho de um estudante espanhol a pedir uma caña seja considerado ‘ameaça ao bem-estar do campus’.”
Entretanto Manuel Assunção, antigo reitor da UA, veio a público afirmar que a compra já estava prevista nos mandatos anteriores, com um sorriso que parecia ensaiado em frente ao espelho. A Ria sabe que os atrasos no processo de compra das trotinetes foram atribuídos à burocracia habitual da contratação pública, com piadas de bastidores a sugerirem que os vigilantes receberão as trotinetes na mesma altura em que terminarem as filas nos almoços da cantina – ou seja, nunca.
Recomendações
Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo
Luís Souto, aproveitou este domingo de Páscoa para lançar um vídeo onde ensina os seguidores a cozinhar chanfana. O vídeo é tão longo e didático que a dada altura fazia lembrar as suas aulas de Genética ainda com Power Point em Comic Sans. Fontes próximas admitem que só a introdução demorou mais do que as promessas de Luís Montenegro para a requalificação do Hospital de Aveiro. O vídeo acumula já 13 visualizações, das quais 11 são da esposa do próprio Luís, que o partilhou em todos os grupos de Facebook onde é admin e comentou “meu presidente <3” em cada publicação. Já Alberto Souto, armado em chef rústico, atirou-se ao tradicional cabrito no forno de lenha. Só que a lenha estava molhada - tal como os olhos dos eleitores aveirenses sempre que se lembram do seu último mandato. O vídeo, filmado ao estilo "como acender um forno com zero dignidade", mostra Alberto a soprar brasas com a mesma convicção com que se defendia das críticas sobre endividamento municipal. A dada altura, ouvimos “isto com a antiga equipa da Câmara não acontecia”, mas o cabrito continuou cru e o almoço parece que vai passar a lanche. Fontes próximas garantem que os irmãos não falaram entre si sobre o menu, o que resultou numa quantidade de carne suficiente para alimentar todas as demissões no PSD-Aveiro. A comida era tanta que tiveram de improvisar um novo convidado: Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, que, agora em fim de mandato, anda a aceitar tudo o que seja petiscos e tainadas. Os irmãos Souto, sempre atentos às oportunidades, ponderam agora lançar um outro familiar para reitor da UA. Entretanto, Ribau Esteves, depois de uma semana de recuperação em casa pelas violentas dores de costas que o impediram de sair da cadeira no Hotel Meliá na apresentação de Luís Souto, já foi visto novamente muito irritado com toda a situação. Fontes próximas afirmam que já viu os vídeos e deixou claro que não apoia nenhum dos irmãos. Sobre Alberto diz que “continua igualzinho, a gastar dinheiro em lenha sem critério”. De Luís afirma que “tem mais vocação para chefe de cozinha do que para presidente”. Ribau terá ainda acrescentado: “o Luís foi o único aveirense que acreditou que as obras do Hospital arrancam esta ano… deve pensar que a Câmara é como a Bimby: é carregar num botão e esperar milagres”. O almoço terminou sem intoxicações alimentares, mas não por falta de sorte. Felizmente, como as urgências do Hospital de Aveiro estão encerradas neste domingo de Páscoa, ninguém se atreveu a repetir o prato. “Mais vale prevenir do que precisar de médico”, terá dito um dos convivas, enquanto escondia o tupperware com sobras de cabrito no porta-bagagens.
PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.
Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou. O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.
Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.
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Luís Souto diz que “as portas estão abertas” com a oposição e não descarta entregar pelouros
O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), Luís Souto, garante “não ter preconceitos de falar com uns e com outros” no sentido de encontrar soluções para Aveiro. Na sua opinião, “a comunicação [com a oposição] é fundamental para que a Câmara possa funcionar com uma atitude construtiva”, sendo que diz ser também “muito fácil” falar com os opositores. “São pessoas que conhecemos há muitos anos e com quem tivemos sempre cordialidade no trato”, assume. Apesar das declarações públicas de Luís Souto evidenciarem que a sua estratégia passa por governar em minoria, em permanente diálogo e com disponibilidadade para consensos, a Ria sabe que esta narrativa não está a colar no PS-Aveiro. Os socialistas definiram a sua estratégia para os próximos dias e optaram por fazer um teste inicial à liderança do novo edil aveirense, como forma de confirmar se as palavras de Luís Souto tinham algum fundamento. Foi com esse objetivo que a nova bancada do Partido Socialista (PS) na Assembleia Municipal apresentou uma proposta para a Mesa deste órgão ser constituída por um secretário indicado pelos socialistas. Mas a coligação 'Aliança com Aveiro' bloqueou esta iniciativa e nem o apoio da bancada do PS à eleição de Miguel Capão Filipe como presidente da Assembleia Municipal mudou essa posição. Recorde-se que a composição da CMA, anteriormente governada em maioria pelos eleitos da coligação ‘Aliança com Aveiro’ – em 2021, a ‘Aliança’ elegeu seis vereadores contra três eleitos do PS -, passou a não ter nenhuma força política maioritária – tal como a ‘Aliança’, o PS conquistou quatro assentos na Câmara, enquanto o Chega tem agora um vereador. Neste cenário, a que Luís Souto diz que a ‘Aliança’ “tem de se adaptar”, o novo presidente assinala que tem de “acompanhar os desenvolvimentos e ver até que ponto há uma atitude colaborativa e um espírito construtivo no relacionamento com os vários parceiros”. Questionado sobre se este acompanhamento se pode traduzir na atribuição de pelouros, Luís Souto não negou a possibilidade, mas também não a confirmou, repetindo as mesmas ideias: “Não temos preconceitos nenhuns. Vamos acompanhar qual é a postura de uns e de outros nos próximos tempos”. Se Paula Urbano, líder da concelhia do PS, já afirmou, em entrevista à Ria, que o partido não se quer constituir como “força de bloqueio”, mas que também não vai aceitar pelouros, a posição do Chega não fecha por completo a porta. Na sequência da noite eleitoral, o vereador eleito disse à Agência Lusa que estava disposto a ajudar à “estabilidade governativa”, mas assinalava que ainda era “prematuro” falar em pelouros. À conversa com os jornalistas no final da tomada de posse dos órgãos autárquicos do Município, Diogo Soares Machado preferiu não adiantar novidades sobre possíveis negociações e disse que, durante a próxima semana, iam existir desenvolvimentos. Nesse sentido, garantindo que o Chega não abdica das suas propostas, o responsável indica que, se estas forem bem recebidas, então “Aveiro é governável”. Não obstante, o novo vereador deixou alguns reparos ao discurso de Luís Souto que, recorde-se, disse que a oposição devia “acatar a decisão popular”. Segundo diz, da mesma forma que a oposição “respeita” a vitória da ‘Aliança’, também o presidente deve “respeitar” os aveirenses que não deram a maioria à coligação. Sobre a distribuição de pelouros dentro do executivo, Luís Souto preferiu não revelar detalhes sobre aquilo que já tem programado. O autarca deixou apenas a nota de que vai assumir as pastas da cultura, do desporto e do ambiente. Das quatro freguesias em que quem ganhou as eleições não conseguiu ter maioria – o PS em Glória e Vera Cruz e a ‘Aliança’ em Esgueira, Eixo e Eirol e Aradas -, apenas Aradas não viu o executivo a ser aprovado na primeira tentativa. Lembre-se que Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia reeleita, suspendeu os trabalhos da sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos após ter sido reprovada a eleição do primeiro vogal do futuro executivo. Luís Souto afirma que foi dada “bastante autonomia” aos autarcas para terem “margem de manobra” na negociação dentro de cada freguesia. Em Aradas, o presidente afirma que o processo ainda está a decorrer e que terá um “bom desenlace”, até porque, no seu entender, “a população não iria entender uma situação de bloqueio total da gestão da freguesia”. “Isso depois repercute na qualidade de vida do dia-a-dia da população”, aponta. Nos bastidores da política local, acredita-se que a postura de maior recato de Catarina Barreto ao longo dos últimos dias evidencia que está a ser preparada uma solução de governabilidade para a Junta de Freguesia de Aradas. A confiança de Luís Souto, preconizada na perspetiva de um "bom deselance" para breve, reforça essa teoria. Mas a Ria sabe que Catarina Barreto, desde o dia em que o seu executivo foi reprovado, não voltou a estabelecer contactos com o movimento independente 'Sentir Aradas' e com o Partido Socialista. Pelo que, existindo boas perspetivas para breve, isso poderá antever que a estratégia passará por um entendimento com o Chega. Os próximos dias serão decisivos e uma negociação com Diogo Soares Machado nunca será fácil sem um acordo de entendimento alargado que envolva também a governação na CMA.
Deputada do PSD pede posição ao ministro quanto à requalificação de escola em Espinho
A parlamentar social-democrata lamentou as diferenças naquilo que diz respeito à atuação da Câmara Municipal de Ovar sobre a Escola Secundária de Esmoriz e da autarquia espinhense sobre a Escola Básica e Secundaria Domingos Capela. Segundo aponta, “enquanto no caso de Ovar existe um projeto pronto e forte envolvimento municipal, em Espinho o Município – que outrora era socialista ou independente, honestamente nem nós, Espinhenses, sabemos o que foi – não deu informação concreta sobre o andamento do processo. E essa incerteza tem, naturalmente, gerado alguma preocupação”. Carolina Marques, que refere que ambas as escolas mencionadas “servem comunidades escolares muito ativas e expressivas” e pediu uma posição ao ministro “com o objetivo de tranquilizar ambas as comunidades escolares, professores, alunos e funcionários”. Não obstante, a deputada sublinha que “saber que o governo está empenhado em dar resposta”.
Tomada de Posse: Luís Souto pede à oposição que “acate a decisão popular”
O Salão Nobre dos Paços do Concelho encheu para assistir à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do Município. Para além dos eleitos e de alguns cidadãos, destaca-se ainda a presença de Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Firmino Ferreira, presidente da concelhia de Aveiro do PSD e deputado à Assembleia da República, e Pedro Frazão, deputado à Assembleia da República eleito pelo Chega. Após terem tomado posse todos os novos deputados municipais, vereadores e presidentes da Junta de Freguesia do Município de Aveiro, chegou o momento de discursar Luís Souto. O autarca, que deixou a Assembleia Municipal para presidir à Câmara, começou por afirmar que a decisão dos eleitores aveirenses foi “clara” e que, com a mudança na presidência, se inicia um “novo ciclo”. Luís Souto destacou o papel das freguesias no resultado final das eleições, tendo sido decisivas as votações nas freguesias mais rurais do concelho. O autarca voltou a sublinhar que a coesão dentro do Município é, consigo, uma prioridade da Câmara Municipal e reafirmou o que já tinha dito aquando da apresentação do seu programa eleitoral: “Chegou a hora das freguesias”. Apesar do resultado ter sido favorável, Luís Souto recorda que, na Câmara Municipal, o objetivo era mesmo manter a maioria – recorde-se que foram eleitos quatro vereados da ‘Aliança com Aveiro’, quatro vereadores do PS e um vereador do Chega. O novo presidente aponta que, ao longo da campanha, chegou a “alertar” para a possibilidade de serem criados mecanismos de “bloqueio” e que os cidadãos foram desafiados a “assumir a responsabilidade”. Não tendo sido cumpridos os desejos do autarca, existe agora um novo cenário político que a ‘Aliança’ “tem de aceitar” e que exige diálogo com a oposição. No processo de governação, Luís Souto garante que vai procurar soluções em conjunto “sem preconceitos político-partidários”, mas deixa um aviso: “A vitória foi nossa […] e isso exige da parte de quem não venceu o acatamento da decisão popular”. O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro não deixou de referir alguns “maus exemplos” da ação política que diz ter encontrado durante a campanha. Primeiro, apontou o dedo à falta de isenção das instituições e, depois, acusou “alguma comunicação social” de ter atitudes “facciosas e parciais”. Nas suas palavras, o “palco estava montado e as luzes da ribalta estavam ligadas, mas parece que não era para nós”. Feito o balanço da campanha, Luís Souto começou a falar com os olhos colocados no futuro. O objetivo, conforme indicado na campanha, é dar “continuidade” à dinâmica imprimida nos mandatos presididos por José Ribau Esteves. “Não viemos para reverter ou destruir o que foi feito. Queremos Aveiro com o pé no acelerador e não no travão”, rematou. Não obstante, o recém-empossado presidente não esqueceu que, durante a campanha, falou em “continuidade com inovação”. Por isso, garante que há “correções” a fazer e que deve haver uma aposta em “novas soluções que devem sempre ser suportadas no conhecimento científico e técnico”. Para a habitação, Luís Souto falou de uma “política integrada” com respostas de base pública, privada ou público-privada, aproveitando sempre a totalidade dos mecanismos implementados pelo governo. Da mesma forma, na saúde, o autarca defende uma visão “integrada” que não se cinja ao setor público, mas que abrace também o privado e o social, com especial atenção para a saúde mental. Entre as prioridades destacadas pelo novo presidente foi também destacado desenvolvimento sustentável, a avaliação da oferta de transportes públicos ou um “reformismo” que passa pela simplificação de processos da Câmara. Como principais passos a dar no futuro próximo, Luís Souto retomou a intenção de criar uma Agência Municipal do Investimento e Inovação, um Conselho Estratégico Municipal e, na área da cultura, um novo Centro de Arte Contemporânea e o Centro Interpretativo do Sal. Numa mensagem para o Governo, com quem diz que tem “muito para conversar”, Luís Souto alertou que vai estar “atento e insistente” para resolver questões como a do Hospital de Aveiro, do eixo Aveiro-Águeda, das portagens que ainda se mantêm e de “outras propostas que terá para o futuro de Aveiro”. Nesse sentido, o autarca não deixou de assinalar que a presença de um secretário de Estado na tomada de posse é “simbólica de uma amizade com Aveiro” e que significa que “podemos contar com ele”. Em tom de agradecimento, Luís Souto voltou-se para Ribau Esteves, presidente cessante, dizendo que espera “estar à altura” da herança deixada. No mesmo sentido, garantiu que vai continuar em comunicação com o ex-presidente que governou Aveiro ao longo de 12 anos e que esse diálogo é, em si mesmo, um “ativo” para o Município. A falar para a família, o primeiro a ser nomeado foi o irmão Alberto Souto, que foi o “principal adversário” na corrida à CMA como candidato pelo PS. Luís Souto diz que foi “duro” estar no lado oposto do irmão, mas ressalva que, com “a liberdade de pensamento e de opção política com que foram criados pelos pais, havia o risco de isto vir a acontecer”. Da mesma forma, deixou ainda uma palavra ao falecido irmão Paulo Henrique que, “quem sabe estaria a rir-se de tudo isto, mas certamente com uma pontinha de orgulho pelos irmãos”. Antes do final do discurso, o novo presidente agradeceu ainda à mulher, aos filhos e aos netos.
33 escolas do Município de Aveiro recebem Bandeira Verde
Com 33 escolas distinguidas, Aveiro destacou-se como “um dos Municípios mais ativos na promoção da sustentabilidade e na formação de cidadãos conscientes do ponto de vista ambiental”, segundo escreve a autarquia. Na nota de imprensa pode ainda ler-se que as distinções são “resultado de um trabalho e um empenho contínuo na implementação do Eco-Escolas”. Recorde-se que o programa Eco-Escolas, coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), é “uma iniciativa internacional destinada a todos os graus de ensino – do pré-escolar ao ensino superior – que procura encorajar ações e premiar o trabalho de qualidade desenvolvido pelas escolas na gestão ambiental e na sensibilização das suas comunidades”. Os estabelecimentos aveirenses distinguidos foram: Escola Básica de Barrocas, Escola Básica de Glória, Escola Básica de Santiago e Escola Básica João Afonso (Agrupamento de Escolas de Aveiro), Escola Básica de Eixo e Escola Básica de Azurva (Agrupamento de Escolas de Eixo), Escola Básica de Alumieira, Escola Básica de Esgueira, Escola Básica de Quinta do Simão e Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães (Agrupamento de Escolas de Esgueira), Escola Básica de Areais, Escola Básica de Presa, Escola Básica n.º 1 de São Bernardo, Escola Básica n.º 2 de São Bernardo, Escola Básica de Solposto e Escola Secundária José Estêvão (Agrupamento de Escola José Estêvão), Escola Básica de Aradas, Escola Básica de Leirinhas, Escola Básica de Quinta do Picado, Jardim de Infância de Quinta do Picado e Escola Secundária Dr. Mário Sacramento (Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento), Escola Básica de Póvoa do Paço, Escola Básica de Quintã do Loureiro, Escola Básica de Sarrazola, Escola Básica de Taboeira e Escola Básica Rio Novo do Príncipe (Agrupamento de Escolas de Rio Novo do Príncipe), Casa Vera Cruz, Centro de Infância Arte e Qualidade, Centro Infantil da Casa do Povo de Oliveirinha, Colégio D. José I, Escola Profissional de Aveiro e Florinhas do Vouga (Estabelecimentos de Educação e Ensino Privado e IPSS’S) e Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (Ensino Superior).