RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Estagiário

Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus

Numa medida inspirada no recente anúncio do primeiro-ministro Luís Montenegro, o reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, anunciou a compra de 600 trotinetes elétricas para reforçar os meios da equipa de vigilantes responsáveis pela segurança do campus. O investimento faz parte da campanha “Campus Sempre Seguro” – um título que, curiosamente, não menciona os buracos no campus, nem as habituais inundações na Zona Técnica Central.

Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus
Estagiário

Estagiário

Entretenimento
29 nov 2024, 11:26

O reitor da Universidade de Aveiro surpreendeu a comunidade académica ao declarar, sem apresentar qualquer dado concreto, que o aumento da insegurança no campus está ligado ao crescente número de estudantes internacionais. “Nunca tivemos tantos estudantes internacionais. Coincidência? Não acredito em coincidências”, afirmou, com ar sério, enquanto segurava um relatório... em branco.

“Não há razões para alarme. Os vigilantes estão a ser treinados para identificarem ‘comportamentos suspeitos’, como por exemplo estudantes que falem idiomas que não sejam português”, afirmou José Russo Ferreira, responsável pela segurança no campus, que ignorou o facto do seu próprio apelido causar insegurança no campus.

A comunidade internacional não demorou a reagir. “Cheguei aqui há três meses e a única coisa que aumentei foi a venda de pastéis de nata no CUA. Insegurança? Só sinto quando tenho exames de Cálculo”, comentou uma estudante vinda da Polónia.

Esta medida já foi muito elogiada pelo diretor do Departamento de Física da UA que terá agora os seus meios reforçados para percorrer todas as salas do seu departamento à procura de estudantes que estejam a utilizar as salas de estudo para jogar League of Legends.

Já Wilson Carmo, presidente da Associação Académica, rapidamente reagiu à declaração do reitor, classificando-a como “criativa, mas desinformada”. “Queremos dados concretos ou, pelo menos, uma explicação plausível para a correlação entre o aumento de insegurança e os estudantes internacionais. Não vamos aceitar que o barulho de um estudante espanhol a pedir uma caña seja considerado ‘ameaça ao bem-estar do campus’.”

Entretanto Manuel Assunção, antigo reitor da UA, veio a público afirmar que a compra já estava prevista nos mandatos anteriores, com um sorriso que parecia ensaiado em frente ao espelho. A Ria sabe que os atrasos no processo de compra das trotinetes foram atribuídos à burocracia habitual da contratação pública, com piadas de bastidores a sugerirem que os vigilantes receberão as trotinetes na mesma altura em que terminarem as filas nos almoços da cantina – ou seja, nunca.

Recomendações

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
Estagiário

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025

“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Estagiário

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro

Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou.  O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
Estagiário

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro

"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.

Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria
Estagiário

Aquecimento na UA: Reitoria a "banhos de calor", enquanto estudantes fazem Erasmus na Sibéria

No restante campus, a realidade é bem mais glacial. Nos departamentos, estudantes, funcionários e docentes testam, involuntariamente, o conceito de "resiliência climática". Cobertores, luvas e até gorros de lã fazem agora parte do novo traje académico da Universidade de Aveiro. “Estamos a trabalhar na técnica do pinguim: encostadinhos uns aos outros para preservar o calor", revelou um estudante de Engenharia Mecânica, enquanto bufava nas mãos. Mas nem todos têm essa sorte. Em alguns departamentos, mesmo que ligassem o aquecimento o efeito seria mais simbólico do que prático, fruto do estado dos equipamentos. “Temos consciência disso, mas mesmo assim o calor na UA escapa mais rápido do que o nosso orçamento anual”, desabafou um funcionário da área da manutenção dos Serviços de Gestão Técnica. Os aquecedores, que não sentem uma revisão desde o tempo do Renato Araújo (primeiro reitor eleito da UA), são hoje peças de museu que só aquecem corações… de saudade. Quando questionada sobre a disparidade climática entre a Reitoria e o resto do campus, uma fonte anónima (que se identificou apenas como "Manuel Mãos Frias") disse: “É uma questão de prioridades. As decisões importantes para a universidade precisam de mentes quentes e corações confortáveis. Os estudantes? Esses que usem cachecol." Entretanto, os estudantes preparam um novo protesto, já batizado de "Marcha dos Pinguins", para exigir "calor para todos" e "mantas polares para cada departamento". “Se isto continuar assim, o meu próximo Erasmus vai ser no Polo Norte. Ao menos lá, sabemos ao que vamos”, afirmou uma estudante de Economia, enquanto tentava escrever com luvas de ski. Enquanto isso, o Estagiário da Ria recomenda: se for para a Reitoria, leve protetor solar. Nos departamentos? Gorros, cachecóis e, se possível, um saco de água quente.

Últimas

Ribau Esteves seguro da herança que deixa a Aveiro, mas PS critica as opções
Cidade

Ribau Esteves seguro da herança que deixa a Aveiro, mas PS critica as opções

Fernando Nogueira, vereador eleito pelo Partido Socialista (PS), deu nota de que “um saldo de gerência de 33,5 milhões e uma execução da despesa orçamentada da ordem dos 57% é bastante inferior àquilo que era esperado”. Para o socialista houve “alguma incapacidade de realizar aquilo a que a Câmara se propôs” e “alguma aposta parcialmente errada, pelo menos no exercício corrente, de realizar a sua despesa em projetos e propô-los a financiamento”. “A Câmara apresenta liquidez por não conseguir concretizar alguns projetos de montante elevado em carteira, independentes desse financiamento, e embora esteja justificado pela incapacidade de realização em despesa de capital não deve ser ignorado o indicador de alerta precoce de desvios orçamentais face ao que ele pode representar em termos de comportamento sobre orçamentação”, alertou Fernando Nogueira. O vereador apontou ainda que apesar de reconhecer “algumas melhorias” no espaço público, as obras destacadas por José Ribau Esteves, como a do monumento invocativo à Muralha, “foram processos quase unipessoalmente tratados com muitas críticas às opções e com muita falta de consenso sobre o que elas representam, custaram e o que trazem de bom”. Fernando Nogueira revelou ainda preocupação relativamente ao aumento de turismo, referido por Ribau Esteves, considerando que este “sucesso” adveio da abertura do Rossio, projeto ao qual os socialistas referem ter tido “uma grande resistência”. “(…) Devíamos ter mais cuidado relativamente ao que queremos para a cidade em termos do turismo. Aquilo que é resultado positivo hoje, pode, a longo prazo, ser negativo como tem sido em muitos sítios”, reparou. O socialista criticou também a falta de capacidade do atual executivo de “fazer pontes” nas tomadas de decisão. “É uma marca deste executivo e desta governação a falta de discussão política”, considerou. “Falar de discussão pública quando ela foi sempre adversativa, de combate, de oposição sem nenhuma tentativa de antes de tomar decisões reunir para procurar algumas linhas de contacto é uma marca, em geral, destes mandatos e desta maneira de estar na política”, entendeu Fernando Nogueira. À Ria, José Ribau Esteves apontou que o seu executivo vai deixar “coisas positivas” a Aveiro. “Nós ganhamos [as eleições] com claríssima maioria, portanto governamos a executar o nosso programa com toda a intensidade e compromisso com os cidadãos até ao fim do mandato”, reparou. “Nada do que fazemos está fora do nosso programa de candidatura; e por outro lado, na dimensão financeira, em vez de recebermos uma Câmara endividada com problemas de credibilidade e de organização, como eu recebi (…) vamos entregar uma Câmara com solidez financeira, com todo um conjunto de parâmetros com qualidade, com uma relação da dívida com receita absolutamente equilibrada, com capacidade de endividamento, com muitos contratos e muitas reservas de fundos comunitários já tratadas com as diferentes autoridades de gestão”, apontou o edil.

FADU, UA e AAUAv querem trazer para Aveiro o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal
Universidade

FADU, UA e AAUAv querem trazer para Aveiro o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal

Depois de Portugal ter recebido esta competição em 2018 na cidade de Coimbra, a FADU apresenta nova intenção de organizar o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal, que ainda na última edição, na Hungria, em 2024, envolveu cerca de 5 mil participantes, provenientes dos diferentes países europeus, com mais de 15 modalidades desportivas em competição. Segundo a FADU a intenção é organizar o evento em 2032 e a iniciativa “surge com o objetivo de reforçar o papel de Portugal na promoção do desporto universitário e consolidar o historial de organização de grandes competições internacionais no país”. Recorde-se que a UA/AAUAv, em conjunto com a FADU Portugal, já organizaram no passado diversos eventos de elevada relevância no panorama desportivo universitário europeu, acolhendo vários Campeonatos Europeus Universitários - incluindo o 1º Campeonato Europeu Universitário de Basquetebol em 2001 e, mais recentemente, o Campeonato Europeu Universitário de Basquetebol 2023, assim como a Assembleia Geral e a Gala da EUSA em 2019, e também a reunião do Comité Executivo e cerimónia de atribuição dos Jogos Europeus Universitários, ainda no último ano, em abril de 2024. Para Ricardo Nora, presidente da FADU, “Portugal tem demonstrado, através da FADU e das suas universidades, um forte empenho no movimento desportivo universitário europeu, sendo anfitriões ativos dos eventos da EUSA. Acreditamos que a Universidade de Aveiro tem excelentes condições desportivas e logísticas para acolher os Jogos Europeus Universitários e uma motivação e empenho no projeto EUSA que permite a realização de um evento único e de sucesso.” Também Pedro Dias, secretário de estado do Desporto, vê com bons olhos a presente candidatura, afirmando que a mesma “contribuirá para confirmar a longa tradição do Desporto Universitário em Portugal e o elevado nível de capacidade organizativa, desportiva e desportivas e de acolhimento da FADU.” Otimista quanto à intenção de organizar este evento também está o Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, que reforça a boa tradição de organização de eventos desportivo na Universidade de Aveiro. “Portugal tem uma longa tradição de desporto universitário e a realização dos EUSA GAMES 2032, em Aveiro irá reforçar ainda mais este legado. Estamos confiantes que as nossas capacidades organizativas, as instalações desportivas de classe mundial e o espírito dinâmico da nossa comunidade académica contribuirão para a realização de um evento de alto nível.” Para Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv este é “o passo ideal para completar todos estes eventos desportivos que a UA e a AAUAv têm vindo a organizar”. “Somos reconhecidos pelo desporto, por isso acho que é o passo ideal. As condições quer da cidade, quer da universidade, e o investimentos que estão previstos para o futuro são ideais para recebermos os Jogos Europeus Universitários”, disse a líder estudantil. Os Jogos Europeus Universitários são um evento multidesportivo que envolve atletas de universidades europeias, realizado a cada dois anos e acolhido por diferentes cidades universitárias da europa. As cidades húngaras de Debrecen e Miskolc receberam a última edição dos Jogos Europeus Universitários, depois de Lodz, na Polónia, ter sido escolhida para organizar a edição de 2022.

Ribau Esteves quebra o silêncio e fala de Ângela Almeida e da "surpresa" Firmino Ferreira
Cidade

Ribau Esteves quebra o silêncio e fala de Ângela Almeida e da "surpresa" Firmino Ferreira

Relativamente aos acontecimentos mais recentes da vida do PSD-Aveiro, José Ribau Esteves mostrou-se surpreendido com o facto de Ângela Almeida não ser licenciada, contrariamente ao que afirmava. O edil garante que não tinha conhecimento da situação, referindo que não se envolve nas questões da vida pessoal dos colegas por uma “questão de princípio”. “Sabia aquilo que toda a gente sabia, não sei mais nada”, afirma o autarca que diz ainda que não falou com a também presidente da Junta de Freguesia de Esgueira desde os acontecimentos da quarta-feira passada. Sobre se considera existirem condições para que Ângela se mantenha à frente da freguesia de Esgueira, José Ribau Esteves refere que “as condições de cada pessoa em relação à natureza política e à natureza pessoal são da conta de cada um”, apontando que “só houve uma vez na minha vida que entendi que uma pessoa não tinha condições” para se manter em funções, dando conta que procedeu formalmente “a quem de direito”. “A presidente Ângela Almeida é uma pessoa que eu conheci na política, quando me candidatei, uma pessoa da minha estima e consideração, uma excelente presidente de Junta”, sublinhou Ribau Esteves. Relativamente às mais recentes demissões na secção concelhia, José Ribau Esteves sublinha ser “a vida normal dos partidos”. “Como é lógico preferíamos todos estar todos de acordo em relação ao candidato à Câmara, estarmos todos de acordo em relação ao candidato a deputado em representação do nosso município: mas a democracia não é feita assim”, entende. “Estarmos todos de acordo em relação a listas de deputados com centenas de pessoas é um exercício seguramente impossível em qualquer partido”, reitera. Sobre a indicação de Firmino Ferreira para a lista de deputados às eleições legislativas, o edil afirma “não conhecer o que aconteceu”, mas sublinha ser “uma surpresa absoluta”. “Nenhum de nós - que conhece o presidente Firmino há tantos anos - o veria deputado”, repara. “É uma surpresa absoluta, mas do que eu li parece que ele próprio também ficou surpreendido”, aponta o presidente da CMA que refere saber “da dificuldade e das tensões” dos processos. José Ribau Esteves considera ainda "chocante” o lugar atribuído a Aveiro na lista de deputados. “É obviamente chocante para nós todos a pessoa de Aveiro baixar de terceiro para décimo primeiro [lugar]”, considera o edil aveirense dando nota que a explicação para essa descida só pode ser dada pelo “secretário-geral e presidente do partido”. Sobre o apoio a Luís Montenegro, José Ribau Esteves frisa que o partido pode contar com o seu apoio, evidenciando que, apesar das discordâncias sobre a forma como foi conduzido o processo autárquico pela direção nacional do PSD, continua disponível para apoiar o partido nesta campanha. “O partido sabe o que eu fiz e que tive disponível na eleição anterior e obviamente sabe igual no que respeita a esta eleição”, aponta o autarca. “Eu não tenho qualquer dúvida e é a minha profunda convicção que haverá uma maioria de portugueses, que não acredito que propiciem (…) uma maioria absoluta, mas que possibilite que a Aliança Democrática (PSD-CDS) ganhe as eleições, e julgo que há condições para que ganhe com um bocadinho mais de folga (…), ao Partido Socialista, do que aquilo que aconteceu o ano passado”, reitera.

Luís Souto reage à crise no PSD-Aveiro: "Ao cidadão comum isto não interessa nada"
Cidade

Luís Souto reage à crise no PSD-Aveiro: "Ao cidadão comum isto não interessa nada"

Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro, foi anunciado na passada quarta-feira, 26 de março, pela direção nacional do PSD, em 11.º lugar na lista de deputados às eleições legislativas pelo círculo de Aveiro, contrariamente ao esperado. A indicação da estrutura local para a distrital recaía, inicialmente, sob Ângela Almeida, presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e deputada na legislatura cessante. Para Luís Souto, as disputas internas dos partidos são “problemas que vão surgindo de Norte a Sul”, não querendo exprimir opinião por “não estar ligado a esse processo de escolha de deputados”. “Sempre que se está a escolher candidatos, nomes, há sempre dificuldades, dores de parto, como eu digo, não é? Portanto, isto não é nada de novo”, refletiu. À Ria garantiu ainda estar focado no processo autárquico. “Não vou dizer que é agradável assistir a isso, obviamente que não é agradável, mas, como digo, são processos que não são comunicantes, nem têm nada que ser e é um processo com o qual eu não estou de facto relacionado”, refletiu. Recorde-se que, na passada sexta-feira, Firmino Ferreira revelou à Ria que Luís Souto soube do convite deste para integrar a lista de deputados “da parte de tarde” dessa quarta-feira [quando foram revelados os nomes do círculo de Aveiro]. Sobre esta conversa, o candidato pelo PSD/CDS/PPM não confirmou e respondeu apenas à Ria que o “presidente Firmino liga-me todos os dias, várias vezes. Isso eu posso confirmar”. “Uma caixa para a Rádio Ria: Firmino e Luís Souto falam todos os dias, é verdade, pronto”, ironizou. Questionado ainda sobre o que achou do nome de Firmino Ferreira para integrar a lista de deputados pelo círculo de Aveiro, o candidato pelo PSD/CDS/PPM optou por não dar a sua “opinião pessoal”. “Poderia ter, mas é uma posição minha de me manter à margem do processo relativo à escolha dos candidatos a deputados. Como disse, é sempre um processo. É doloroso em todos os partidos, só que há partidos que não mostram tanto”, referiu. Relembre-se que no dia em que a Ria avançou com a notícia de que Ângela Almeida não era licenciada pela Universidade de Aveiro (UA), tal como se apresentava, foi publicada a lista de deputados pelo círculo de Aveiro. Sobre não ser licenciada, Luís Souto assegurou também à Ria que desconhecia essa informação. “Que não era licenciada? Então, mas acha que eu ando a verificar se as pessoas são diplomadas ou se não são diplomadas?”, atirou. “O que eu tenho a dizer sobre a Ângela Almeida é o seguinte: uma excelente presidente da Junta (…). É preciso que as pessoas saibam. Teve uma grande vitória em Esgueira, quando as pessoas pensavam que não ia conseguir ganhar, porque Esgueira é um terreno muito difícil (…). O nosso futuro não é virar a página e agora esquecer a Ângela Almeida”, vincou Luís Souto. “A Ângela Almeida está em funções, é a presidente da Junta, a sua equipa, o seu trabalho, a experiência e o trabalho que tem desenvolvido em Esgueira falam por si e são para nós uma semente para o futuro”, continuou. Sobre as oito demissões no partido, Luís Souto interpelou a Ria se algumas dessas demissões tinham sido por sua causa. “Antes pelo contrário, realçam sempre que nunca esteve em causa o nome do candidato autárquico (…). Isto significa que eu tenho o apoio de todo o partido... Agora não é só do partido, mas também da aliança constituída”, reforçou fazendo referência ao CDS-Aveiro e ao PPM. “Tirando um caso ou outro, nós sabemos, logo no início, que está no seu direito de discordar (…). Vão entrevistar o Simão Santana, o nosso anterior presidente da concelhia, se em algum momento ele disse: ‘eu estou muito desagradado com a escolha deste nome’ (…). Eu acho que isso nunca se passou, mas ele pode-vos dizer”, exemplificou. A Ria tentou contactar Simão Santana, mas este não quis prestar qualquer declaração quanto ao assunto. Questionado ainda se estas demissões terão implicação na sua campanha, o candidato pelo PSD/CDS/PPM descartou tal opção. “Neste momento nós estamos a começar. Este debate de sábado (…) foi um momento que não estava no nosso calendário de organização da campanha, mas eu entendi que era muito importante estar presente porque os temas da mobilidade saudável e da descarbonização não são temas da esquerda (…). Claro que não é agradável ver isso nas notícias, mas, sinceramente, eu não estou para desviar a minha atenção para essas questões. E depois também digo outra coisa... Acredite que ao cidadão comum de Aveiro isto não interessa nada”, rematou.