RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus

Numa medida inspirada no recente anúncio do primeiro-ministro Luís Montenegro, o reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, anunciou a compra de 600 trotinetes elétricas para reforçar os meios da equipa de vigilantes responsáveis pela segurança do campus. O investimento faz parte da campanha “Campus Sempre Seguro” – um título que, curiosamente, não menciona os buracos no campus, nem as habituais inundações na Zona Técnica Central.

Paulo Jorge Ferreira anuncia investimento de 600 trotinetes para reforçar a segurança no campus
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Entretenimento
29 nov 2024, 11:26

O reitor da Universidade de Aveiro surpreendeu a comunidade académica ao declarar, sem apresentar qualquer dado concreto, que o aumento da insegurança no campus está ligado ao crescente número de estudantes internacionais. “Nunca tivemos tantos estudantes internacionais. Coincidência? Não acredito em coincidências”, afirmou, com ar sério, enquanto segurava um relatório... em branco.

“Não há razões para alarme. Os vigilantes estão a ser treinados para identificarem ‘comportamentos suspeitos’, como por exemplo estudantes que falem idiomas que não sejam português”, afirmou José Russo Ferreira, responsável pela segurança no campus, que ignorou o facto do seu próprio apelido causar insegurança no campus.

A comunidade internacional não demorou a reagir. “Cheguei aqui há três meses e a única coisa que aumentei foi a venda de pastéis de nata no CUA. Insegurança? Só sinto quando tenho exames de Cálculo”, comentou uma estudante vinda da Polónia.

Esta medida já foi muito elogiada pelo diretor do Departamento de Física da UA que terá agora os seus meios reforçados para percorrer todas as salas do seu departamento à procura de estudantes que estejam a utilizar as salas de estudo para jogar League of Legends.

Já Wilson Carmo, presidente da Associação Académica, rapidamente reagiu à declaração do reitor, classificando-a como “criativa, mas desinformada”. “Queremos dados concretos ou, pelo menos, uma explicação plausível para a correlação entre o aumento de insegurança e os estudantes internacionais. Não vamos aceitar que o barulho de um estudante espanhol a pedir uma caña seja considerado ‘ameaça ao bem-estar do campus’.”

Entretanto Manuel Assunção, antigo reitor da UA, veio a público afirmar que a compra já estava prevista nos mandatos anteriores, com um sorriso que parecia ensaiado em frente ao espelho. A Ria sabe que os atrasos no processo de compra das trotinetes foram atribuídos à burocracia habitual da contratação pública, com piadas de bastidores a sugerirem que os vigilantes receberão as trotinetes na mesma altura em que terminarem as filas nos almoços da cantina – ou seja, nunca.

Recomendações

Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo
Estagiário

Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo

Luís Souto, aproveitou este domingo de Páscoa para lançar um vídeo onde ensina os seguidores a cozinhar chanfana. O vídeo é tão longo e didático que a dada altura fazia lembrar as suas aulas de Genética ainda com Power Point em Comic Sans. Fontes próximas admitem que só a introdução demorou mais do que as promessas de Luís Montenegro para a requalificação do Hospital de Aveiro. O vídeo acumula já 13 visualizações, das quais 11 são da esposa do próprio Luís, que o partilhou em todos os grupos de Facebook onde é admin e comentou “meu presidente <3” em cada publicação. Já Alberto Souto, armado em chef rústico, atirou-se ao tradicional cabrito no forno de lenha. Só que a lenha estava molhada - tal como os olhos dos eleitores aveirenses sempre que se lembram do seu último mandato. O vídeo, filmado ao estilo "como acender um forno com zero dignidade", mostra Alberto a soprar brasas com a mesma convicção com que se defendia das críticas sobre endividamento municipal. A dada altura, ouvimos “isto com a antiga equipa da Câmara não acontecia”, mas o cabrito continuou cru e o almoço parece que vai passar a lanche. Fontes próximas garantem que os irmãos não falaram entre si sobre o menu, o que resultou numa quantidade de carne suficiente para alimentar todas as demissões no PSD-Aveiro. A comida era tanta que tiveram de improvisar um novo convidado: Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, que, agora em fim de mandato, anda a aceitar tudo o que seja petiscos e tainadas. Os irmãos Souto, sempre atentos às oportunidades, ponderam agora lançar um outro familiar para reitor da UA. Entretanto, Ribau Esteves, depois de uma semana de recuperação em casa pelas violentas dores de costas que o impediram de sair da cadeira no Hotel Meliá na apresentação de Luís Souto, já foi visto novamente muito irritado com toda a situação. Fontes próximas afirmam que já viu os vídeos e deixou claro que não apoia nenhum dos irmãos. Sobre Alberto diz que “continua igualzinho, a gastar dinheiro em lenha sem critério”. De Luís afirma que “tem mais vocação para chefe de cozinha do que para presidente”. Ribau terá ainda acrescentado: “o Luís foi o único aveirense que acreditou que as obras do Hospital arrancam esta ano… deve pensar que a Câmara é como a Bimby: é carregar num botão e esperar milagres”. O almoço terminou sem intoxicações alimentares, mas não por falta de sorte. Felizmente, como as urgências do Hospital de Aveiro estão encerradas neste domingo de Páscoa, ninguém se atreveu a repetir o prato. “Mais vale prevenir do que precisar de médico”, terá dito um dos convivas, enquanto escondia o tupperware com sobras de cabrito no porta-bagagens.

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
Estagiário

PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025

“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Estagiário

Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro

Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou.  O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.

Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
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Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro

"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.

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PSD e CDS-PP propõem novo nó de acesso à A1 entre Anadia e Oliveira do Bairro
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PSD e CDS-PP propõem novo nó de acesso à A1 entre Anadia e Oliveira do Bairro

No projeto de resolução entregue em AR, o PSD e o CDS-PP começam por recordar que esta já é uma “reivindicação antiga e legítima das populações dos dois concelhos”. “Trata-se de um investimento estratégico e fundamental para o desenvolvimento económico e social de uma região, não só do ponto de vista da mobilidade e da melhoria da qualidade de vida das populações, mas também do ponto de vista da competitividade empresarial”, pode ler-se no texto que suporta o projeto de resolução. Para os dois grupos parlamentares, “a realidade atual comporta, em si, significativos constrangimentos, o maior dos quais as dezenas de quilómetros a percorrer até aos nós de acesso à A1 mais próximos, localizados em Aveiro Sul e na Mealhada, que distam entre si 23,6 quilómetros- uma das maiores distâncias entre os nós da A1”. No texto da iniciativa parlamentar, os deputados defendem ainda que a criação do novo nó de acesso é “essencial” a nível empresarial através da “atração de novos investimentos, com impacto positivo na criação de emprego e no aumento do rendimento das famílias". "Além de contribuir para o aumento da competitividade regional e para a promoção do desenvolvimento em toda a região”, continua.  Ao longo do texto, o PSD e o CDS-PP destacam ainda os aspetos da “sustentabilidade” e da “mobilidade” para justificar a obra, concluindo que: “A existência de um estudo prévio, elaborado pelos dois municípios, de uma possível localização do novo nó entre a Zona Industrial de Amoreira da Gândara e a Serena reforça a vontade e a premência da realização deste investimento para toda a região da Bairrada”. No final, a AD – Coligação PSD/CDS-PP relembra que assumiu este “compromisso para com os anadienses e oliveirenses, por entender tratar-se de uma obra de interesse público”. Assim, ambos os grupos parlamentares propõem que a AR recomende ao Governo: “Que, na renegociação da concessão da Autoestrada A1, fique consignada a obrigação da concessionária de criar um nó de acesso à A1 entre Anadia e Oliveira do Bairro”. 

Festival da sardinha na Costa Nova arranca esta quinta-feira
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Festival da sardinha na Costa Nova arranca esta quinta-feira

De acordo com a organização, estima-se que venham a ser servidas na tenda “gigante” cinco mil refeições, num total de cerca de uma tonelada de sardinhas. “Esta é uma festa onde a comunidade piscatória é anfitriã, colocando todo o seu saber gastronómico na preparação da melhor sardinha grelhada, mas também as suas histórias em torno da faina”, refere uma nota de imprensa. O Festival da Sardinha, que encerra domingo, dia 13, é organizado pela Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro com o apoio do Município de Ílhavo, servindo as refeições ao almoço, entre as 12h e as 15h, e ao jantar entre as 19h e as 23h.

Autárquicas: Presidente da Câmara de Castelo de Paiva recandidata-se a segundo mandato
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Autárquicas: Presidente da Câmara de Castelo de Paiva recandidata-se a segundo mandato

Depois de há quatro anos ter conquistado a Câmara de Castelo de Paiva ao PS, com o lema “Mudar Castelo de Paiva”, José Rocha recandidata-se agora sob o lema “Vamos em frente”. Em declarações, o autarca disse que o município “tem assistido a um desenvolvimento que não se via há muitos anos”, mas reconhece que o primeiro mandato acaba por ser insuficiente para colocar em prática tudo aquilo a que os social-democratas se propuseram. José Rocha diz que quer continuar a fixar pessoas em Castelo de Paiva, assumindo como prioridades o aumento da cobertura da rede de saneamento para os 40% (era de 18% no início do primeiro mandato) e a criação de uma nova zona industrial para cativar novos investimentos para o concelho. Este engenheiro florestal, de 39 anos, começou o seu percurso político na JSD, tendo sido eleito, em 2014, presidente da Concelhia do PSD. O social-democrata concorreu pela primeira vez à presidência da Câmara em 2017, mas perdeu as eleições, tendo desempenhado o cargo de vereador da oposição até 2021. Ao nível associativo, foi presidente da Federação Académica de Viseu e é presidente do conselho fiscal da Associação Florestal Entre Douro e Vouga. Além do PSD, também o PS já anunciou o seu candidato à Câmara, que será Ricardo Cardoso, atual líder da concelhia socialista e presidente da Junta de Freguesia de Sardoura. Nas autárquicas de 2021, o PSD conquistou 4.375 votos (40,04%) garantindo três assentos no executivo. O PS, que geria o município há três mandatos, foi a segunda força política mais votada, com 3.417 votos (31,27%), tendo eleito dois vereadores. Os independentes do Movimento “Mudar Para Melhor” (MPM), com 1.544 votos (14,13%), e do movimento “Um Concelho Para Todos” (UCPT), com 1.164 votos (10,65%), conseguiram um vereador cada um. As eleições autárquicas vão realizar-se a 12 de outubro.

Autárquicas: Ex-candidato do PSD a Espinho diz-se afastado por "ajuste de contas" de Montenegro
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Autárquicas: Ex-candidato do PSD a Espinho diz-se afastado por "ajuste de contas" de Montenegro

As declarações do ex-cabeça de lista à referida câmara surgem depois de o PSD nacional avocar o processo da sua candidatura e a semana passada ter apresentado como candidato alternativo Jorge Ratola, ex-vice-presidente da Câmara de Aveiro e atual adjunto do Primeiro-Ministro. “O partido foi utilizado pelo seu presidente para um ajuste de contas pessoal que me visa diretamente e tem como único propósito a minha eliminação política”, declara Ricardo Sousa. “O PSD é um partido estruturante do regime democrático, com mais de 50 anos de história, não pode ser usado como instrumento de vinganças pessoais ou para satisfazer caprichos familiares”, acrescenta. Ricardo Sousa recorda que foi escolhido como candidato em novembro de 2024 por unanimidade da concelhia do PSD, à qual preside, e confirmado em fevereiro no plenário de militantes que aponta como “o mais concorrido dos últimos 30 anos” – e no qual, mesmo depois de revelada a oposição por parte da estrutura nacional, o seu nome mereceu “61 votos a favor, nove abstenções e nenhum voto contra”. É por isso que o ex-candidato afirma hoje que o procedimento que inviabilizou a sua candidatura, “além de abrir um grave precedente, é absolutamente inédito em Espinho”, onde “desde 1976 a vontade da concelhia sempre foi respeitada” – inclusive durante a escolha do próprio Montenegro em 2001, quando “se assistiu a grandes divisões e votos contra e nem por isso se deixou de respeitar a vontade da comissão política”. Ricardo Sousa realça, aliás, que os militantes locais seguiram “critérios objetivos” ao escolhê-lo como cabeça de lista para as autárquicas de 2025. “Tenho um percurso político e cívico que fala por si. Fui 12 anos autarca em Espinho, fui adjunto no governo liderado por Pedro Passos Coelho e fui chefe de gabinete do presidente da Câmara de Espinho [Pinto Moreira] durante dois anos, tendo saído pelo meu pé. Fui ainda deputado eleito pelo meu distrito na XV Legislatura”, refere. Admitindo que “só um motivo muito forte poderia levar a que, pela primeira vez na história, não se respeitasse a vontade das bases”, o ex-candidato afirma: “Tinha que se garantir o afastamento do Ricardo Sousa e para isso foram fabricados meios que justificassem o fim”. Como exemplos, o líder dos sociais-democratas de Espinho indica que no PSD nacional “acenaram com uma suposta sondagem realizada em outubro de 2024” à qual não teve acesso e onde o nome de Jorge Ratola não figurava, e menciona também os convites alternativos feitos a figuras como “Salvador Malheiro, Miguel Guimarães ou Nelson Couto”, do que resultou “a recusa de toda a gente, dada a manifesta falta de razoabilidade com que o processo estava a ser gerido”. Na perspetiva de Ricardo Sousa, foi depois disso que “o presidente do partido, em desespero de causa, escolhe um adjunto do seu gabinete”. Lamentando que a decisão do PSD nacional inviabilize “qualquer entendimento com a IL e o CDS-PP”, precisamente quando Espinho está envolvido “em suspeitas e polémicas” devido ao caso Vórtex e era “fundamental” que os sociais-democratas alargassem a sua base eleitoral, o ex-candidato afirma: “Todo este trabalho de meses foi agora deitado ao lixo porque o presidente do partido não admite ter um candidato que não controle absolutamente, ficando claro que privilegia subserviência e abomina a independência”. Manifestando-se ainda “aberto ao diálogo”, Ricardo Sousa adianta que pediu esclarecimentos à Comissão Política Nacional do PSD sobre os motivos para a não-homologação do candidato indicado pela secção local do partido e solicitou igualmente a ata da reunião em que essa deliberação foi tomada. “Por não encontrarmos motivos plausíveis para o que se está a passar, (…) queremos perceber com que base política e estatutária se tomou esta decisão”, conclui. Às eleições de 12 de outubro em Espinho foram já anunciadas as candidaturas de Jorge Ratola pelo PSD, Pilar Gomes pela CDU, Luís Canelas pelo PS e ainda Maria Manuel Cruz como independente – já que, embora sendo essa a atual presidente da câmara na sequência da renúncia de Miguel Reis em 2023, se desvinculou entretanto do partido por esse ter preferido apoiar o seu vereador Luís Canelas. O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo, pelo PS; Luís Canelas, eleito pelo PS, mas agora sem pelouros, após a presidente lhe retirar a confiança política; e Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues, pelo PSD.