Aveiro sob aviso vermelho devido à agitação marítima
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou de sete para dez os distritos sob aviso vermelho, o mais grave, devido à agitação marítima forte hoje e quinta-feira.
Redação
O IPMA emitiu também avisos laranja e amarelo para vários distritos do continente por causa da chuva, vento forte e queda de neve.
Os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso vermelho a partir das 18:00 de hoje até às 06:00 de quinta-feira, passando depois a laranja até às 15:00 de quinta-feira por causa da ondulação.
O IPMA prevê ondas de noroeste com sete a oito metros, podendo atingir 15 metros de altura máxima.
Por causa da previsão do IPMA, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertou para o agravamento do estado mar em Portugal continental até às 00:00 de sexta-feira.
As barras marítimas de Aveiro, Caminha, Douro, Esposende, Figueira da Foz, Vila Praia de âncora, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Ericeira, Sã Martinho do Porto e Alvor estão hoje fechadas a toda a navegação devido à agitação marítima, segundo a Marinha Portuguesa.
Viana do Castelo e Leixões estão fechadas a embarcações de comprimento inferior a 30 e 24 metros, respetivamente.
O IPMA emitiu também aviso laranja para os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Coimbra e Braga devido à previsão de vento forte com rajadas até 100 quilómetros por hora até às 09:00 de hoje, passando depois a amarelo.
Bragança, Viseu, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Beja, Castelo Branco e Aveiro estão também sob aviso amarelo até quinta-feira por causa do vento forte.
O IPMA colocou também hoje sob aviso amarelo os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Castelo Branco, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga devido à chuva.
Guarda, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga e Castelo Branco também estão sob aviso amarelo devido à previsão de queda de neve acima dos 1.000/1.200 metros entre as 18:00 de hoje e as 00:00 de quinta-feira.
A costa norte da ilha da Madeira e o Porto Santo vão estar sob aviso amarelo entre as 06:00 e as 15:00 de quinta-feira devido à agitação marítima forte.
O aviso vermelho é emitido pelo IPMA nos casos de situação meteorológica de risco extremo. Já o aviso laranja indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Recomendações
Sindicato defende extensão da proibição do uso de telemóveis nas aulas até ao 12.º ano
Em comunicado, o sindicato justifica com a "eventual utilização abusiva ou subversiva" dos aparelhos "em determinados contextos da relação pedagógica, das aprendizagens e das avaliações". A posição é expressa um dia depois de o Governo ter aprovado a proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6.º ano de escolaridade, uma medida que entrará em vigor no próximo ano letivo, com início em setembro. O Spliu quer que a interdição seja extensível do 7.º até ao 12.º ano de escolaridade, sem prejuízo de o uso de telemóveis poder ser autorizado pelos professores, "designadamente para a realização de pesquisas ou outras atividades que contribuam para a consolidação das aprendizagens, mas sem qualquer exceção no que se refere à realização de provas de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa". No comunicado, o sindicato sugere à tutela "a instalação de cacifos adaptados para o efeito nas salas de aula, que permitam o depósito dos 'smartphones' (desligados ou em silêncio) por parte dos alunos, aquando da sua entrada na sala de aula, verificando-se o processo inverso (recolha dos equipamentos), após a conclusão da atividade letiva". Na quinta-feira, o Governo aprovou o decreto-lei que "regula a utilização, no espaço escolar, de equipamentos ou aparelhos eletrónicos com acesso à internet, como 'smartphones', proibindo o seu uso pelos alunos do 1.º e do 2.º ciclos do ensino básico, a partir do próximo ano letivo". Segundo o Governo, "a adoção de medidas de proibição ou de restrição tem em conta os resultados do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas sobre as recomendações emitidas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em setembro de 2024, relativas à utilização de 'smartphones' nos recintos escolares". De acordo com as conclusões do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas, divulgado na quinta-feira, mais de metade das escolas que proibiram o uso de 'smartphones' relataram uma diminuição do 'bullying' (violência escolar) e da indisciplina do 2.º ciclo ao secundário, e na esmagadora maioria os alunos passaram a socializar mais durante os intervalos, a realizar atividade física e a usar os espaços de jogos no recreio. No ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação recomendou a proibição de 'smartphones' do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, ou seja, até aos 12 anos, e o uso limitado no 3.º ciclo. Segundo o estudo, apenas 21,3% das escolas do 1.º ciclo não adotaram a recomendação e 59,1% das escolas de 2.º ciclo também não o fizeram. No 3.º ciclo, 24,9% proibiram o uso desses equipamentos, medida adotada por apenas 7,6% das escolas secundárias. Os maiores impactos na redução do 'bullying' e indisciplina foram relatados pelas escolas que optaram pela proibição, sobretudo no 2.º ciclo (59% e 53,6%, respetivamente), no 3.º ciclo (57,8% e 57,4%) e no secundário (55,6% e 59,5%). Os diretores das escolas partilharam dificuldades na fiscalização e aplicação das normas, sobretudo nas escolas onde coexistem diferentes níveis de ensino, e defenderam que essa aplicação deve ser feita de forma faseada e com um período de sensibilização.
Governo marca eleições autárquicas para 12 de outubro
A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo. A 26 de junho, o Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro. Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro. As últimas eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro de 2021, em 2017 foram a 01 de outubro, em 2013 a 29 de setembro, em 2009 realizaram-se em 11 de outubro e em em 2005 a 09 de outubro. Antes, as autárquicas realizavam-se em dezembro.
Portugal registou 69 mortes em excesso durante alerta de calor
“Durante o período de alerta de tempo quente que teve início a 28 de junho de 2025 foi detetado um excesso de mortalidade, observando-se 69 óbitos em excesso em Portugal Continental”, indicou a DGS. De acordo com o índice Ícaro (que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade) de 2 de julho de 2025, a autoridade de saúde alerta ser “previsível que se mantenha um impacto significativo do calor sobre a mortalidade nos próximos três dias, podendo motivar uma revisão em alta do excesso de mortalidade”. A DGS salienta que o calor extremo é um fenómeno conhecido por ter potencial impacto negativo na saúde, como consequência de desidratação e/ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores. Antevendo a onda de calor que viria a registar-se, a Direção-Geral de Saúde, de acordo com as informações mais atualizadas do IPMA e dos restantes parceiros, emitiu a 25 de junho de 2025, nas suas diferentes plataformas, várias recomendações à população de proteção contra o calor. A DGS refere que irá manter uma monitorização regular da situação, atualizando a informação sempre que necessário. Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA. No domingo, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius (ºC). As 31 estações, de um total de 90, em que foram alcançados ou ultrapassados máximos foram, além de Mora, Alvega com 46ºC (último máximo era de 45,4ºC), seguido de Alvalade, Coruche, Tomar, Pegões, Avis, Mértola, Santarém, Amareleja, Reguengos, Beja, Proença a Nova, Zebreira, Alcoutim, Estremoz, nelas, Chaves, Cabeceira de Bastos, Moimenta da Beira, Arouca, cabril, Zambujeira, Vila Real, Viseu, Pampilhosa da Serra, Vinhais, Lamas de Mouro, Foía e Montalegre, que alcançou os 34,4ºC (anterior máximo tinha sido de 34ºC em 20 de junho de 2003. Na estação de Portalegre foi também ultrapassado, no domingo, o anterior máximo absoluto da temperatura mínima do ar, em junho, com 31,5ºC. De acordo com os dados do IPMA, ainda no domingo, cerca de 82% das estações meteorológicas registaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 35°C e cerca de 37% das estações meteorológicas alcançaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 40°C. O dia 29 foi o mais quente do mês com um valor médio de temperatura máxima de 38,5°C (desvio em relação à média mensal de +11,8°C) e um valor médio de temperatura mínima de 28,7°C (desvio em relação à média mensal de +8,4°C).
Regiões defendem em Bruxelas mais apoios para responder aos desiquilíbrios do turismo
O apelo foi feito durante um debate realizado com o comissário europeu responsável pelos Transportes e Turismo Sustentáveis, Apóstolos Tzitzikostas, no âmbito da reunião plenária do Comité das Regiões da União Europeia. No encontro, no qual intervieram os presidentes da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, e de Aveiro, José Ribau Esteves, os dirigentes locais e regionais apelaram a um maior reconhecimento do seu papel na gestão dos “impactos do turismo desequilibrado e solicitaram recursos adequados para lhes fazer face”. Entre os principais constrangimentos apontados pelos intervenientes, resultantes do desequilíbrio da atividade turística nos “destinos mais populares”, está a sobrelotação, a pressão sobre as infraestruturas e os recursos naturais, a gentrificação e o aumento dos custos da habitação. Para fazer face a estes problemas, os membros do Comité das Regiões defenderam a “necessidade urgente de apoiar destinos que exigem abordagens diferentes para gerir os fluxos turísticos”, incluindo a sua limitação ou reorientação ou a restrição da oferta de arrendamento de curta duração. Manifestaram ainda preocupação com o impacto das alterações climáticas nos destinos europeus e sublinharam a importância de trabalhar com as comunidades locais em questões como a distribuição de água, a habitação, a mobilidade e o ordenamento do território. Os dirigentes locais e regionais apelaram, igualmente, a um acesso mais facilitado ao financiamento e a dados mais concretos, que permitam um “acompanhamento eficaz do impacto local do turismo”. Nesse sentido, os membros do Comité das Regiões manifestaram a sua expectativa pela nova estratégia da União Europeia para o Turismo Sustentável, que deverá ser apresentada pela Comissão Europeia no primeiro trimestre de 2026. Durante a sessão plenária foram também evocados os 40 anos da adesão de Portugal e Espanha à União Europeia, tendo as delegações dos dois países apresentado uma declaração conjunta, na qual reafirmam o compromisso com as políticas europeias para as regiões e para os cidadãos. Na reunião plenária de hoje do Comité das Regiões decorreu ainda um debate com o comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Christophe Hansen, durante o qual os líderes locais e regionais apelaram a um maior ênfase regional na Política Agrícola Comum (PAC) pós-2027 e a uma maior participação territorial na governação da PAC.
Últimas
Fábrica Centro Ciência Viva celebrou 21º aniversário com inauguração de novo Steam Lab
O vigésimo primeiro aniversário da Fábrica ficou marcado com a inauguração do novo Steam Lab, um espaço que Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, salienta como uma nova valência que nasce com o objetivo de diversificar a oferta “para as famílias começarem a poder visitar e participar dada esta ativa renovação e atualização do serviço educativo” que a Fábrica promove. O novo espaço da fábrica conta com diversas experiências que envolvem áreas desde a realidade virtual à robótica, sem esquecer as Artes, fazendo jus ao compromisso STEAM: a promoção da aprendizagem prática e interdisciplinar. O aniversário marca “o início de duas décadas”, com os impactos do “que se vai desenvolvendo em grande escala temporal” a começarem a revelar “um impacto que é extremamente significativo, não só na cidade e na região de Aveiro, mas também a nível nacional”, dá nota o diretor. No total, a Fábrica conta com 20 novos laboratórios Steam em marcha, distribuídos por oito municípios, e o número de visitantes tem vindo “sempre a crescer”, salienta Pedro Pombo. O diretor da Fábrica de Aveiro aponta ainda a coordenação de 137 Clubes de Ciência Viva estabelecidos “dentro da rede nacional” como um “programa itinerante de atividades na região centro e norte de Portugal muito interessante”. O diretor da Fábrica de Aveiro destacou também o projeto TechLabs, estabelecido em todas as escolas do município de Aveiro como um projeto que “permite esta intervenção na educação STEAM de uma forma continuada e estruturada”. A internacionalização e a ligação com a universidade foram outros dois pontos salientados por Pedro Pombo no 21º aniversário. A nova exposição, ‘Feito de Ciência: Os Materiais do Nosso Futuro’, patente na Fábrica é precisamente um dos exemplos da colaboração com a academia aveirense. “Foi feita pelos investigadores [do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro] que tiveram toda a habilidade de desenvolver estes conteúdos e trabalhar connosco e depois a exposição foi toda desenhada por nós, (…) mas é um projeto conjunto que pretende realmente mostrar a investigação que se faz na universidade”, frisa. Para o futuro, um dos objetivos apontados por Pedro Pombo para a Fábrica passa precisamente por “diversificar as fontes de financiamento”, de forma a “promover cada vez mais a sustentabilidade da Fábrica a todos os níveis”. A sessão de abertura do aniversário ficou a cargo do reitor da Universidade de Aveiro (UA), Paulo Jorge Ferreira. Na sua intervenção, sublinhou que o objetivo de “cativar os mais jovens para a Ciência”, presente desde o arranque do projeto pela mão da antiga reitora Helena Nazaré, continua a ser cumprido. “Na altura era importante [a criação da Fábrica], era visionário fazer isso; hoje, eu diria, é ainda mais importante pela simples razão que nós temos ainda menos jovens: e quando se tem menos talentos, é ainda mais grave desperdiçar algum. Por isso, temos sítios onde se expõem os mais jovens à ciência e temos sítios onde os cativamos para as universidades”, frisa. À Ria, Helena Nazaré sublinha precisamente a importância da iniciativa da Fábrica, sobretudo há 21 anos, quando “a compreensão pública da ciência ainda, pelo menos em Portugal, não estava na ordem do dia”. “Foi muito importante para dar a conhecer aos jovens o que é a ciência, para que é que serve a ciência (…) e também agora já estão a integrar a investigação de topo que a universidade tem, o que é muito importante”, atenta a antiga reitora. Paulo Jorge Ferreira aponta ainda a importância da Fábrica para o desenvolvimento da ligação entre a universidade e a atividade empresarial, lembrando que a Fábrica acolheu, em tempos, um laboratório da Nokia. “É interessante ver como é que essa linha se foi desenvolvendo, como é que marcou a universidade e a atividade da mesma e como é que também contribuiu para termos neste espaço, na sua totalidade, atividade científica e atividade empresarial em conjunto e articulação”, aponta. O reitor da UA frisa ainda o papel fulcral da Fábrica na captação e do Parque de Ciência e Inovação (PCI) na retenção de talentos. “A fábrica é importante nesse esforço de angariação [de talentos], para nós e para outros, e por isso o Parque de Ciência e Inovação é importante no esforço de reter na região o talento e valorizar as empresas desta região”, salienta Paulo Jorge Ferreira. A iniciativa contou ainda com a presença de João Machado, vereador responsável, entre outras, pela pasta da Aveiro Tech City. À Ria, o vereador aponta a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro como um “parceiro essencial” do município, salientando que “nos últimos oito anos” tem sido feito “um trabalho ímpar nesta área”. “Temos mudado muito as nossas escolas através da Fábrica da Ciência, temos formado muitos docentes do nosso município e temos investido também muito nos nossos alunos”, aponta João Machado. O vereador repara que “até dezembro de 2027 está garantido o financiamento para que as nossas escolas continuem a receber esta formação”, num investimento de “quase 600 mil euros” através do Programa Portugal 2030. “Só queremos é continuar a aumentar a participação dos nossos professores, que os nossos alunos continuem a aproveitar ao máximo e que, ao mesmo tempo, durante estes próximos anos também continuem a aparecer novos projetos, como têm aparecido”, assegura João Machado. Também Pedro Russo, membro da direção da Ciência Viva e futuro presidente da direção, marcou presença no aniversário em Aveiro. À Ria evidenciou como “bastante interessante” o facto de a Fábrica ter todos os anos “uma ideia nova, que não é apenas uma ideia pontual, é estrutural que realmente tem um impacto que vai para além das paredes deste Centro de Ciência Viva que é a Fábrica”. “Acho que o trabalho que têm feito aqui com a Aveiro Tech City, com o apoio do município, mas sempre muito alavancado em todo o conhecimento tecnológico que existe na universidade, está a ter um impacto muito grande na comunidade escolar”, aponta Pedro Russo a título de exemplo. O futuro presidente da direção da Ciência Viva aproveitou ainda a oportunidade para desafiar os estudantes da UA a envolverem-se “muito mais com as atividades que fazem aqui na Fábrica”. “Com certeza que a Fábrica tem as portas abertas e sei que muitos deles trabalham aqui: isto é um espaço para a própria comunidade estudantil e a universidade lançar novos projetos e novas ideias. A Ciência Viva está sempre aberta às ideias dos estudantes”, atenta. Pedro Russo deverá assumir a presidência da direção da Ciência Viva em janeiro de 2026. Assume que o novo cargo vai ser “um desafio”, embora se sinta “bastante entusiasmado” e confiante no projeto. “É um trabalho que neste momento está bastante enraizado no território português e acima de tudo enraizado em pessoas, não só na equipa da Ciência Viva,(…) mas também em todos os diretores e toda a equipa dos 21 centros de Ciência Viva que temos em todo o país”, repara. O atual membro da direção aponta ainda os “quase 900” clubes de Ciência Viva nas escolas, bem como os professores e alunos envolvidos nessa realidade como parte da comunidade. “O meu papel vai ser um papel apenas de continuar, de apoiar e acima de tudo de tentar encontrar mais apoio para o trabalho que tem vindo a ser feito”, frisa. Não esconde, no entanto, que está à espera de desafios: a nível da competitividade e a nível de financiamento. “O senhor reitor hoje falou muito desta importância da transição entre formação e criar alguma riqueza, que é uma riqueza que será sempre económica, mas também é muito a riqueza cultural, social, tecnológica e científica e a Ciência Viva tem um papel muito importante no início desse trajeto”, repara, em relação aos desafios que Portugal e a Europa enfrentam a nível da competitividade do setor. Pedro Russo sublinha também que “a nível de financiamento por questões geopolíticas” também se podem vir a sentir algumas diferenças. “Estes desafios que são da sociedade atual também vão ter um impacto no trabalho que nós estamos a fazer: temos de estar atentos, de trabalhar e temos de contribuir para resolvê-los: com ciência, com tecnologia, mas também com muita humanidade”, finaliza.
Candidatura de Luís Souto garante que Rosário Carvalho aceitou convite antes de recuar
A resposta surge após Rosário Carvalho ter afirmado, em declarações à Ria na noite de sexta-feira, que não integra nem irá integrar a equipa de Luís Souto, contrariando o que havia sido avançado pela candidatura horas antes, em nota oficial. “A Dra. Rosário Carvalho foi convidada a integrar o grupo de trabalho responsável pela conclusão do programa eleitoral e aceitou o convite, estando programadas sessões de trabalho já na próxima semana”, refere. Na nota, a coligação esclarece que foi “com base nessa aceitação, e com a sua concordância, que a Aliança Mais Aveiro, tornou pública a nota de imprensa”. No entanto, defende que “passadas escassas horas” da publicação da nota, Rosário Carvalho comunicou à candidatura a sua “indisponibilidade”, invocando uma “eventual incompatibilidade devido ao cargo que desempenha e que inicialmente não considerou”. “Lamentamos o sucedido, mas estamos muito tranquilos quanto à correção do comportamento da Aliança Mais Aveiro em todo o processo”, afirma na nota de imprensa enviada este sábado. A candidatura liderada por Luís Souto de Miranda dá assim o caso como “esclarecido” e “encerrado” e assegura estar concentrada na reta final da elaboração do programa eleitoral. “Continuamos concentrados na conclusão do Programa Eleitoral, (…) que queremos apresentar aos nossos concidadãos alicerçados no rigor, na seriedade das propostas e que seja indutor da melhoria da qualidade de vida em Aveiro e dos aveirenses”, realça. “Continuaremos a pugnar por uma candidatura que defende e valoriza as pessoas de Aveiro”, finaliza. Recorde-se que, em declarações à Ria, Rosário Carvalho afirmou que se “expressou mal” a Luís Souto e que a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro “está acima de qualquer partido”. “Eu neste momento sou a maior representante da Misericórdia, portanto não posso tomar partido nenhum para o bem da Misericórdia: a instituição está acima de tudo”, vincou.
Urgências de obstetrícia de Aveiro fechadas “metade dos dias” de julho
“Neste mês de julho de 2025 foi notícia, uma vez mais, o agravamento das condições assistenciais em ginecologia e obstetrícia, desta feita na Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULSRA), com o encerramento em cerca de metade dos dias do mês da urgência obstétrica, por falta de médicos especialistas”, lamentou o SIM em comunicado. Na quarta-feira, o conselho de administração da ULSRA confirmou à Lusa que o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia encontrava-se encerrado, após a demissão do diretor, que foi apresentada “na sequência da escala de urgência submetida para o mês de julho, que apresenta um elevado número de encerramentos”. Esses fechos temporários, de acordo com os responsáveis hospitalares, são “justificados pela total recusa dos médicos especialistas em realizar horas extraordinárias”, uma responsabilidade que o SIM rejeita. “Todos os médicos ginecologistas-obstetras da ULSRA já ultrapassaram largamente o número de horas extraordinárias anuais a que estão legalmente obrigados, não lhes podendo ser imputada a responsabilidade pela quebra da assistência médica diferenciada nesta área, o não preenchimento das escalas de urgência ou a falta de solidariedade” com a unidade de saúde, alegou o sindicato. De acordo com a estrutura sindical, os recursos humanos médicos “são escassos”, traduzindo-se em 20 especialistas e 10 médicos internos, que estão ainda em fase de formação. Desses 20 especialistas, por questões de idade, doença ou parentalidade, “só 11 prestam serviço de urgência e, destes, oito fazem urgência noturna”, referiu também o SIM, adiantando que, relativamente aos internos, quatro não prestam serviço nas urgências por estarem na fase inicial de formação ou em estágio noutra instituição. “A falta de perspetiva na melhoria das condições de trabalho, a curto médio prazo, faz temer pelo abandono do serviço de mais médicos, com o consequente agravar da degradação assistencial médica ginecológica e obstétrica na ULSRA”, avisou o SIM. Na quinta-feira, dia 3, os deputados do PS eleitos por Aveiro questionaram a ministra da Saúde sobre as eventuais medidas a adotar para evitar o encerramento da urgência de obstetrícia do hospital.
Ana Torrão é a candidata da IL à Junta de Freguesia de Aradas
Conciliando a vida profissional com a maternidade, a candidata afirma ter um “profundo compromisso” com a freguesia onde vive. Numa nota enviada à Ria, este sábado, 5 de julho, a IL destaca a sua candidatura como parte de uma estratégia de renovação da política local, apostando em propostas “sérias, transparentes e próximas da realidade das pessoas”. “Acreditamos que Aradas merece uma liderança atenta, competente e determinada a valorizar o potencial da freguesia, rompendo com as lógicas de estagnação e dependência partidária”, refere o partido. Além de Ana Torrão pela IL, também já foram anunciadas outras candidaturas à presidência desta junta. Catarina Barreto, atual presidente da Junta de Freguesia, recandidata-se pelo projeto da coligação Aliança Mais Aveiro. Pelo Partido Socialista, a candidatura será liderada por Sónia Aires, atual assistente social na Câmara Municipal de Aveiro e também natural da freguesia. Gilberto Ferreira, gestor comercial, volta a ser candidato pelo movimento de cidadãos independentes “Sentir Aradas”. Recorde-se que, nas eleições autárquicas de 2021, a IL não apresentou candidatura. Na freguesia de Aradas, a coligação "Aliança com Aveiro" (PSD/CDS/PPM) venceu com 46,28% dos votos, elegendo sete mandatos para a Assembleia de Freguesia. Em segundo lugar ficou o movimento independente "Sentir Aradas", que conquistou 19,13% dos votos e três mandatos. A coligação "Viva Aveiro" (PS/PAN) obteve 17,87% e também garantiu três mandatos. Os restantes partidos – Bloco de Esquerda (BE), Chega e CDU – não conseguiram eleger representantes para a Assembleia de Freguesia.