Passageiros nos aeroportos nacionais aumentam 6% em janeiro para 4,2 milhões
Os aeroportos nacionais movimentaram 4,2 milhões de passageiros em janeiro deste ano, um crescimento homólogo de 5,9%, com o aeroporto do Funchal, na Madeira, a superar os números de Faro.
Redação
O Humberto Delgado, em Lisboa, movimentou 56,9% do total de passageiros (2,4 milhões), registando um aumento de 6,9% em comparação com janeiro de 2024, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE),
O aeroporto de Faro teve um crescimento de 6,1% para 309,9 mil e o do Porto concentrou 22,4% do total de passageiros movimentados (949,6 mil), um incremento de 2,1%.
Como o INE destaca, a infraestrutura aeroportuária do Funchal foi a terceira com maior movimento de passageiros em janeiro de 2025, tendo superado o aeroporto de Faro. No total, em janeiro, o aeroporto do Funchal movimentou 330 mil passageiros, uma subida de 9,3%.
Olhando para o panorama nacional, continuou a verificar-se um máximo histórico no valor mensal, “tendo-se registado o desembarque médio diário de 65,6 mil passageiros em janeiro de 2025, valor superior ao registado em janeiro de 2024 (61,4 mil)”, conclui o gabinete de estatística.
França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado um aumento de crescimentos no número de passageiros desembarcados e embarcados face a janeiro de 2024 de 6,5% e 1,9%, respetivamente.
Espanha e Reino Unido ocuparam o segundo e terceiro lugar como principais países de origem.
Pelo contrário, em janeiro de 2025, registou-se um ligeiro decréscimo de 0,5% no movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais.
O aeroporto de Lisboa representou 76,9% do total, atingindo 14,0 mil toneladas (+0,6% face a janeiro de 2024), enquanto no conjunto dos restantes aeroportos, o movimento de carga e correio diminuiu 4%.
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Campanha para ajudar pessoas carenciadas a comprar medicamentos arranca hoje
“A campanha terá lugar em cerca de 600 farmácias de todo o país, nas quais a população é convidada a doar o seu troco para o Programa Abem, que apoia pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade económica a adquirir os medicamentos de que precisam”, refere o comunicado da campanha do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, coordenado pela Associação Dignitude. A diretora executiva da Associação Dignitude, Maria João Toscano, disse à Lusa que um em cada 10 portugueses não consegue pagar os medicamentos prescritos por não terem dinheiro, destacando que a 14ª Campanha "Dê Troco a Quem Precisa", que decorre até ao dia 26 de dezembro, pretende reduzir o número de pessoas incapaz de comprar remédios por razões financeiras. Neste grupo de pessoas carenciadas, 64% tem entre os 18 e 64 anos, 24% têm mais de 65 anos e 12% são crianças, referiu Maria João Toscano.A dirigente indicou que existem casos de pessoas que têm de escolher entre “pôr comida na mesa para os filhos e para a família ou comprar os medicamentos”. Para mostrar o impacto do Programa Abem, a diretora enviou à Lusa um depoimento de uma pessoa que foi ajudada pela iniciativa e que para pagar a renda da casa não podia comprar os medicamentos que precisava. “O Programa foi muito importante na minha vida, ajudou-me muito. Tenho uma despesa muito grande de medicamentos, tenho muitos problemas de saúde, hipertensão, diabetes, depressão, muita coisa mesmo. Antes não conseguia pagar as despesas todas, para pagar a renda não tinha dinheiro para os medicamentos. Estou muito agradecida pelo apoio, ajudou-me muito a mim e ao meu filho”, indicou a beneficiária da iniciativa, que pediu o anonimato. Maria João Toscano destacou que alguns cêntimos podem fazer a diferença na vida das pessoas, referindo que algumas vivem com doenças crónicas e que, sem medicação, podem ver agravado o seu estado de saúde. Os beneficiários do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento são pessoas em situação de pobreza sinalizadas por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), pela Santa Casa da Misericórdia, entre outras organizações solidárias. Os beneficiários têm acesso a um cartão, que deve ser apresentado numa farmácia aderente à campanha para adquirirem os medicamentos prescritos. Para ter o cartão, as famílias em situação de carência podem ser sinalizadas pelo programa através de entidades locais, que vão desde Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais, a IPSS e outras instituições da área social. A iniciativa, que se realiza duas vezes por ano, angariou 13.102 euros para o programa, em mais de 500 farmácias aderentes, entre 26 de maio e 06 de junho de 2025, o que permitiu ajudar 79 pessoas. Na edição de maio de 2024 foram angariados 14.837 euros, o que permitiu ajudar 90 pessoas e em dezembro de 2024, a campanha angariou 24.101 euros, ajudando 146 pessoas. Através do ʽsiteʼ da Associação Dignitude também é possível fazer doações para o Programa abem por mbway ou por transferência bancária, durante o ano inteiro.
TikTok reativa centro eleitoral para acesso a informação credível
Num comunicado, a plataforma, que já usou este instrumento nas eleições legislativas e autárquicas, assegurou que tem um “compromisso contínuo” em “oferecer um espaço respeitador, onde as pessoas possam expressar-se e construir comunidades”. Por isso, está a tomar “medidas proativas” para as presidenciais. “A nossa equipa local de eleições continuará a trabalhar, juntamente com a tecnologia, para limitar conteúdos prejudiciais e capacitar os utilizadores a distinguir factos de ficção”, indicou. Assim, “para ajudar as pessoas a aceder facilmente a informações fidedignas sobre a votação e as eleições”, o TikTok lançou o seu centro eleitoral na terça-feira. “Este recurso dentro da app fornece detalhes essenciais sobre as eleições presidenciais em português, incluindo links para fontes credíveis que explicam onde e como votar”, além de destacar “datas importantes, dicas de literacia mediática do TikTok e informações adicionais sobre os candidatos”. De acordo com a plataforma, antes do seu lançamento, “o TikTok colaborou com os reguladores nacionais portugueses responsáveis por proteger a integridade do processo eleitoral para apresentar a sua abordagem”, acrescentando que “durante o período eleitoral, os utilizadores são direcionados para o centro eleitoral através de sugestões de pesquisa dedicadas, marcadores em vídeos relevantes e tags em conteúdos publicados por GPPPA [contas de partidos, políticos e governos]”. Na mesma nota, o TikTok aponta que, neste âmbito, identifica “contas de meios de comunicação afiliados ao Estado” e atribui “selos de ‘verificado’ para indicar que as contas são autênticas”, exigindo que “os criadores etiquetem conteúdos realísticos gerados por IA”. “Estamos altamente atentos a tentativas de minar as interações autênticas no TikTok e contamos com equipas que trabalham em tempo integral para combater comportamentos enganadores”, salientou, apontando uma proibição de “operações de influência oculta”, em que “redes de contas atuam de forma enganadora para tentar influenciar a discussão pública sobre temas sociais importantes”. “Também proibimos o roubo de identidade e tentativas de aumentar artificialmente o alcance de conteúdos através de interações falsas, como redes de bots”, salientou. Por fim, destacou, “o TikTok proíbe há muito tempo a publicidade política paga” por considerar “que não é compatível com experiências autênticas e criativas dos utilizadores”. Assim, “contas de governos, políticos ou partidos políticos (“GPPPA”) não podem usar funcionalidades de publicidade ou monetização e estão sujeitas a regras adicionais devido ao seu papel de interesse público nos processos cívicos”.
Segundo dia de greve da função pública com 75% de adesão na educação
“Ainda é cedo para dados mais concretos, mas neste momento estamos com 75% na educação, com muitas escolas encerradas, 90% das cantinas das universidades e politécnicos estão fechadas e na área da saúde ainda não temos números, mas também está a ser afetada”, disse à Lusa Jaime Santos, presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS). De acordo com Jaime Santos, nos serviços municipalizados, mais concretamente na recolha do lixo, a indicação é que esta só era feita na segunda-feira, logo a greve no setor é elevada. O SITOPAS convocou dois dias de greve, na quinta-feira e hoje, contra as propostas do pacote laboral apresentado pelo Governo, que dizem ser um “desrespeito para com os trabalhadores”.
Em 2024 editaram-se menos livros e o preço aumentou face a 2023
No relatório anual estatístico de Cultura de 2024, o INE explica que os dados em relação ao mercado livreiro são provisórios, mas demonstram que os 11.615 livros editados representam o segundo valor mais baixo em cinco anos. O INE faz uma comparação do mercado livreiro entre 2020 e 2024, indicando que em 2020, ano marcado pela pandemia da covid-19, foram editados 10.279 livros. Nos anos seguintes, o número de livros impressos foi subindo gradualmente - 12.302 livros em 2021, 13.157 em 2022 e 13.557 em 2023 -, registando-se no ano passado 11.615 obras impressas. Estes dados têm por base a atribuição do número de depósito legal, da Biblioteca Nacional de Portugal. Do total de livros impressos editados no ano passado, 87% foram primeiras edições e os restantes 13% reedições. Em Portugal, a literatura dominou a tipologia de livros editados em 2024 (67,4%), seguindo-se as denominadas “obras de referência”, como dicionários e enciclopédias (4,9%), e os manuais escolares (4,1%). Em 2024, publicaram-se obras de 9.484 autores, o que representa uma diminuição de 6,5% face ao ano anterior. Os livros foram o terceiro bem cultural mais exportado por Portugal em 2024, representando 7,3% do total de exportações. Segundo o INE, as exportações de bens culturais atingiram 244,8 milhões de euros em 2024, com um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior, e os livros foram o terceiro produto mais exportado (7,3%), logo a seguir aos artigos de joalharia (39,2%) e aos bens de artesanato (36,8% do total). Quando às importações, o valor total atingiu 513,7 milhões de euros, numa ligeira diminuição de 0,8% face a 2023. Nesta área, os bens culturais mais importados foram os artigos de joalharia (34,3% do total), os livros (15,8%) e os “bens de audiovisual e média interativa” (13,3%).
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Debate AAUAv: Leonor Lopes quis mais “luta”, Joana Regadas assumiu a defesa do seu legado
O debate começou morno, apesar de o primeiro tema ser um dos mais quentes: a dívida que acumula a AAUAv. Joana Regadas não escondeu as dificuldades, mas falou de uma redução de “100 mil euros” do passivo da associação. O trajeto, explica, fez-se graças a acordos com entidades externas, como é o caso da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), e ao acordo de pagamento de dívida com os Serviços de Ação Social da UA (SASUA) estabelecido a 12 anos. Apesar de avaliar o último ano como positivo, a recandidata não se compromete a repetir o feito no próximo ano e confessa também que os problemas acabaram por condicionar a atividade da direção. Das “147” atividades planeadas, “14” ficaram por fazer devido ao resultado negativo de “250 mil euros” apresentado no Relatório de Atividades de Contas (RAC) do seu antecessor. A estudante foi questionada sobre o atual valor da dívida, mas a pergunta ficou sem resposta. Leonor Lopes deixou no ar a ideia de que pode ter havido falhas na gestão da associação, mas focou as críticas na falta de apoio estatal. Segundo considera, o “crónico subfinanciamento” das associações e do ensino superior pode ser uma das respostas para os desequilíbrios de tesouraria e, por isso, é preciso “lutar”. O problema, na sua ótica, não pode ser visto de forma isolada, mas em paralelo com as restantes problemáticas com que se batem os estudantes. Também devido ao desequilibrar das contas, não foi possível realizar a tradicional semana de concertos do “Integra-te”. Joana Regadas recusou que a medida tenha sido fruto de um “ano atípico” e preferiu falar em “inovação”. Para a ainda presidente, a solução encontrada este ano permitiu alargar a abrangência do processo de integração - tanto do ponto de vista temporal, com um mês inteiro dedicado, como na variedade das atividades. A ideia não mereceu discordância do lado de Leonor Lopes, que disse que era uma opção “como outra qualquer”. A candidata da Lista D é da opinião que as festas académicas devem trazer retorno financeiro à associação e enfatizou também que devem representar um momento de “reivindicação”. Joana Regadas já tinha mencionado que o desfile do Enterro era um importante momento para os estudantes se expressarem, mas Leonor Lopes disse que ainda é necessário “limar” arestas. O tema das manifestações e da reivindicação, que Leonor Lopes fez questão de colocar sempre no centro do debate, também não foi descurado pela candidata da Lista A. Joana Regadas, no entanto, assinala que os estudantes podem tomar posição de duas formas diferentes: através da saída à rua, mas também pela via do diálogo privado e institucional com os decisores. A adversária não cedeu na sua forma de apresentar a solução e disse que é preciso mais contacto “cara-a-cara” de forma a mobilizar os estudantes. A fila para as cantinas dos SASUA também foi discutida, com Leonor Lopes a defender o alargamento da oferta da refeição social a outras unidades, como é o caso do restaurante universitário. Joana Regadas preferiu apontar baterias para a Cantina do Crasto, que muitas vezes se encontra fechada devido à realização de eventos. É uma visão que a recandidata não subscreve, uma vez que coloca em causa a oferta de uma refeição digna a muitos estudantes. A responsável da Lista A sugeriu ainda a criação de um preço especial para estudantes bolseiros, de modo que a refeição se torne ainda mais acessível a todos. É uma solução que a Lista D não nega, mas que vê como insuficiente. “Pretendemos que todos os estudantes possam ter acesso a um preço reduzido, uma vez que 2,80€ [preço da refeição social na Universidade de Aveiro] é um preço excedente e absurdo para algumas famílias”, completou Leonor Lopes. Se a cabeça-de-lista da Lista D ainda apontou críticas à forma de organização da Taça UA, Joana Regadas respondeu que o evento era “único” no panorama nacional e congratulou-se pela promoção de atividade física que o evento representa. As estudantes discordaram ainda no pagamento da quota de sócio da AAUAv. Leonor Lopes quer acabar com a taxa e disse que os benefícios são “irrisórios”. A opinião até foi partilhada por Joana Regadas, mas, para a Lista A, a solução passa por encontrar mais parceiros e reforçar o que é oferecido aos estudantes. Do lado dos estudantes, que tiveram a oportunidade de colocar questões a ambas as candidatas, as perguntas que se surgiram prenderam-se com a progressão dos estudantes nos 2º e 3º ciclo de estudos do ensino superior e com o trabalho feito pelos núcleos. A líder da Lista A assinala que a progressão dos estudantes em mestrado foi um problema que se adensou este ano, aquando da proposta do Governo para descongelamento da propina do 2º ciclo de estudos. Apesar de a medida ter caído, Joana Regadas assinala que é importante fixar as propinas de mestrado e releva ainda que o problema toma maiores proporções nos doutoramentos. Por seu lado, Leonor Lopes aproveitou para falar da necessidade de reforçar as bolsas e de dar contratos de trabalho aos investigadores precários que atuam como bolseiros de investigação. O debate sobre os núcleos da AAUAv foi um dos momentos que Leonor Lopes aproveitou para atacar a recandidata. A estudante explica que tem procurado falar com representantes dos núcleos e que tem encontrado queixas relativamente ao tempo de resposta da direção da associação. O feitiço havia de se virar contra o feiticeiro porque, mais à frente, quando era tempo da Lista A colocar uma questão à Lista D, Joana Regadas aproveitou para usar o argumento de Leonor Lopes em benefício próprio. A candidata questionou a adversária sobre como iria dar melhor resposta se sua lista para a direção tem apenas “13” membros. A candidata da Lista D apontou que seu projeto “representa mais que um número” e afirmou que a sua composição não seria um entrave. Quanto à ligação aos núcleos, Joana Regadas reconhece que o trabalho de apoio é “difícil” e que nem sempre a direção da AAUAv consegue dar resposta em tempo útil. Contudo, a candidata afirma que foram dados importantes passos ao longo do último ano, nomeadamente com o alargamento do estatuto de dirigente associativo aos dirigentes dos núcleos. No momento de questionar a adversária, Leonor Lopes lembrou aquilo que considera ter sido uma fraca mobilização na manifestação contra a propina do passado dia 28 de outubro, que se realizou em Lisboa. A questão, recorde-se, já tinha sido colocada na Assembleia Geral de Alunos (AGA) de dia 6 de novembro. Como na altura, Joana Regadas voltou a justificar que a divulgação não foi feita de forma mais atempada porque aconteceu em coordenação com o Conselho da Associações Académicas Portuguesas (CAAP) de forma a ter “mais impacto”. A dirigente estudantil nota ainda que a AAUAv não conseguiu levar tanta gente como no passado Dia do Estudante, que se comemora a 24 de março, porque nessa altura a maioria dos presentes eram representantes da direção da associação, algo que, por indisponibilidade, não voltou a acontecer. A candidata responde ainda que o trabalho de contacto com os estudantes tem sido feito, quer seja presencialmente, quer seja através das redes de contacto internas da associação, mas reflete que não há adesão. Nesse sentido, diz que não vai “obrigar” os estudantes a estarem presentes e sublinha que vai apoiar sempre que estes quiserem manifestar-se. As eleições para os órgãos sociais da AAUAv estão marcadas para esta quinta-feira, 18 de dezembro.
Animação de Natal em Espinho reduzida para menos de metade para priorizar obras
A decisão foi tomada pelo atual executivo, liderado pelo social-democrata Jorge Ratola, eleito nas autárquicas de 12 de outubro com maioria absoluta, passando a despesa com a programação alusiva ao Natal e à Passagem de Ano de 704.232 euros, em 2024, para 335.024 euros. “Todos vivemos intensamente o espírito natalício, e a cidade e o concelho merecem uma programação diversificada, com momentos diferenciadores e distintivos, valorizando sempre os agentes culturais locais”, afirmou o presidente da Câmara à Lusa. “Mas, num quadro de equilíbrio e responsabilidade, e no cumprimento do compromisso assumido com os nossos munícipes, importa priorizar a requalificação do espaço público, a intervenção em arruamentos e passeios, a melhoria da limpeza urbana e dos espaços verdes, a requalificação dos equipamentos municipais e a reorganização dos serviços municipais, promovendo maior transparência, celeridade e eficiência", acrescentou Jorge Ratola. Praticamente iguais mantêm-se os gastos com iluminação natalícia, que, face aos 133.081 euros de 2024, custarão menos oito euros este ano. No restante, a programação do concelho faz-se este ano com propostas apostadas em “dinamizar a cidade, promover o comércio local e potenciar a economia do concelho”. Isso passa não só pelo funcionamento do Mercadinho de Natal na praça da Câmara e pelo Mercado de Artesanato no posto de Turismo junto à estação de comboios, mas também por iniciativas como concertos em igrejas e ruas da cidade, atuações de DJ, animação teatral itinerante e um desfile de Pais Natais motards este sábado à tarde. Para a Biblioteca e o Museu Municipal, em específico, estão anunciadas várias oficinais infantis gratuitas relacionadas com a criação de decorações de Natal. Quanto ao ‘réveillon’, está previsto fogo de artifício na Praia da Baía, após o que se seguirá um concerto de Ano Novo a 02 de janeiro, uma ceia solidária a 03 e a 11.ª Corrida São Silvestre de Espinho a 04.
Naufrágio ao largo de Aveiro faz um morto e quatro pescadores continuam desaparecidos
Segundo a fonte, a vítima mortal é o pescador que se encontrava em paragem cardiorrespiratória quando foi resgatado por tripulantes de uma outra embarcação, tal como avançado pela Ria. Pelas 14:40, segundo a mesma fonte, mantinham-se quatro pescadores desaparecidos, todos de nacionalidade indonésia. Tal como noticiado, uma embarcação de pesca naufragou esta terça-feira, 16 de dezembro, ao largo de Aveiro. Conforme explica uma nota da Marinha Portuguesa, o alerta foi recebido às “07h50, através da Emergency Position Indicator Radio Beacon (EPIRB) da embarcação de pesca, com sete tripulantes de nacionalidade indonésia a bordo, que terá sofrido uma entrada de água enquanto navegava a mais de 200 milhas náuticas (aproximadamente 370 quilómetros) de Aveiro”. Neste momento, “estão a decorrer buscas pelas restantes vítimas no local, através de uma embarcação de pesca e de um navio mercante, tendo também sido ativados o NRP Figueira da Foz e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa”.
Entrevista: Leonor Lopes defende mais oposição e proximidade na AAUAv
Para Leonor concorrer à direção da AAUAv não é uma novidade. A candidata já havia tentado apresentar uma candidatura em 2024, então pela Lista M, que acabou por não ser aceite por “não cumprir o disposto no Regulamento Eleitoral e nos Estatutos da AAUAv”. À Ria, Leonor Lopes admitiu que esta candidatura nasce da vontade de assegurar oposição dentro da associação. “Sabemos que quando há uma lista única, a AAUAv tem uma postura diferente, tanto na campanha como no seu mandato. (…) É necessário haver oposição, até porque o que se verifica, nos últimos anos, é que a lista de continuidade do mandato cessante da AAUAv é que normalmente vence as eleições”, reconheceu. No seguimento, a candidata apontou que a Lista D apresenta posições “muito concretas” nas quais discorda da atual direção da AAUAv. “Temos o objetivo de, principalmente, questionar a Associação Académica sobre os pontos que consideramos importantes, neste caso, a reivindicação dos direitos dos estudantes”, sublinhou. Apesar de reconhecer uma “melhoria” na transição do mandato de Wilson Carmo para o de Joana Regadas, Leonor Lopes apontou críticas à proximidade da AAUAv com os estudantes. “Houve uma queda de candidaturas, há cada vez mais estudantes a desistir do Ensino Superior (…), a AAUAv tem falado disso, mas quando se trata de fazer alguma coisa, nomeadamente, manifestações (…) sinto que a associação peca nisso atualmente”, atentou. Questionada sobre possíveis soluções, a candidata defendeu, entre outras medidas, que os núcleos devem assumir-se como um “ponto de contacto ainda mais próximo com os estudantes”. No manifesto, a Lista D defende ainda a necessidade de criar mais momentos de participação estudantil, como a Assembleia Geral de Alunos (AGA). Relativamente à AGA, embora reconheça que estas têm sido mais divulgadas, Leonor Lopes deixou críticas à forma como é apresentado o “ponto de informações”. “Pelo menos, eu sinto que quando divulgam os pontos das AGA’s, que é normalmente o segundo ponto que abordam, é um bocadinho vago”, referiu. Ao longo da entrevista, a candidata abordou também as longas filas na Cantina de Santiago e a necessidade de existirem “mais cantinas a preço social”. “Existe a Cantina de Santiago, a Cantina do Crasto - que às vezes volta e meia fecha também por falta de funcionários -, mas existem outros espaços de cantina que poderiam estar também a servir aos estudantes que queiram almoçar a um preço adequado para uma refeição social completa (que todos os estudantes têm direito)”, reforçou. Como exemplo, apontou a “cantina dos grelhados” ou o “restaurante universitário”. “Eu acho que a prioridade seria garantir que todos os estudantes têm acesso às refeições a preço acessível”, vincou. Tal como avançado pela Ria, a partir de fevereiro, a Cantina do Crasto vai passar a disponibilizar um prato simples com o preço de 2,20 euros. Face ao aumento, no início deste ano, da refeição social para 2,80 euros, Leonor considera que o prato simples era uma “solução realista” face à impossibilidade do valor da refeição social ser reduzido. Ainda assim, defendeu que a AAUAv “tem o papel de fazer pressão junto da administração da universidade para que estes problemas sejam resolvidos”. “Não acho que haja necessidade de aumentar o preço da refeição social. Em conversa com os estudantes, senti muito descontentamento em relação a essa medida. (…) [O papel da AAUAv] passa por fazer pressão e por não baixar a cabeça, porque o papel da associação é representar os estudantes e contribuir para que tenham uma vida mais digna enquanto estudantes”, atentou. Ao longo da conversa, a candidata abordou ainda a proposta do Governo para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e recordou que uma das medidas defendidas pela Lista D passa pela eliminação da quota de sócio. “Eu percebo que possa ser uma das fontes de rendimento para a Associação Académica, mas, atualmente, a quota de sócio serve quase exclusivamente para conseguir um desconto no preço do bilhete da semana académica, do Enterro, e uma obrigatoriedade para participar, por exemplo, na Taça UA, um evento organizado pela Associação Académica”, explicou. Numa fase final da entrevista, Leonor Lopes falou ainda sobre a sustentabilidade financeira da AAUAv e sobre o protocolo da associação com a Câmara Municipal de Aveiro. A entrevista, na íntegra, pode ser ouvida no Spotify. As eleições para os órgãos sociais da AAUAv acontecem já esta quinta-feira, 18 de dezembro.