RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Aveiro continua a ser um dos distritos onde se regista mais crimes de violência doméstica

A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, este ano, até dia 15 deste mês, 10.251 crimes relacionados com violência doméstica, que provocaram 13 mortes – 11 mulheres e dois homens –, indicou este domingo a corporação num comunicado. Aveiro foi um dos distritos onde se registou maior número de ocorrências.

Aveiro continua a ser um dos distritos onde se regista mais crimes de violência doméstica
Redação

Redação

24 nov 2025, 10:10

Segundo a GNR, que vai desencadear ações de sensibilização ao longo de toda a semana, no quadro do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, entre 01 de janeiro e 15 deste mês, foram detidos 1.380 suspeitos (349 em flagrante e 1.031 fora de flagrante) e apreendidas 864 armas.

Os distritos do Porto, Aveiro e Lisboa são os que apresentam o maior número de denúncias, enquanto Portalegre e Bragança relataram os valores mais baixos.

Em 2024, sublinha a corporação, a GNR contabilizou 11.876 crimes de violência doméstica, em que os distritos do Porto, Aveiro, Braga, Setúbal e Lisboa concentraram novamente o maior número de ocorrências, enquanto Portalegre e Bragança se mantêm com os menores valores.

Nesse ano, registaram-se 13 mortes – 12 mulheres e um homem –, pelo que há agora um reforço das ações de sensibilização, direcionadas para a prevenção de comportamentos violentos contra as mulheres, em todo o território nacional. No âmbito destes crimes, foram detidos 1.450 suspeitos (373 em flagrante e 1.077 fora de flagrante) e apreendidas 1.222 armas.

Em 1999, lembra-se no comunicado, as Nações Unidas instituíram oficialmente o dia 25 de novembro como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, com o objetivo de alertar para uma realidade que continua a afetar milhões de mulheres em todo o mundo.

“A GNR tem vindo a reforçar as campanhas de sensibilização e a investir em formação específica do seu efetivo, garantindo uma resposta cada vez mais qualificada na participação, enquadramento, tratamento e acompanhamento de situações de violência doméstica”, refere a corporação no comunicado.

Paralelamente, acrescentou, tem como prioridade melhorar a rede de salas de atendimento às vítimas e reforçar a articulação com as entidades parceiras.

Atualmente, os Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) integram 186 militares especializados em todo o país e registaram, até 15 de novembro de 2025, 4.056 inquéritos, dos quais 3.956 já concluídos (cerca de 97,5%).

“A violência doméstica é um crime público, de denúncia obrigatória e de responsabilidade coletiva. A sua prevenção, investigação e combate constituem prioridades da política criminal vigente e assumem-se como prioridade absoluta para a Guarda Nacional Republicana, que se mantém firmemente empenhada na proteção das vítimas e na promoção de uma sociedade mais segura”, sublinha a GNR.

A corporação policial sublinha que se alguém precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica que participe no Portal Queixa Eletrónica (queixaselectronicas.mai.gov.pt), por telefone, através do número europeu de emergência (112), no Posto da GNR mais próximo à sua área de residência ou em www.gnr.pt/contactos.aspex.

Também podem ser denunciados através da aplicação App MAI112 disponível e destinada exclusivamente aos cidadãos surdos, em www.112.pt/Paginas/Home.aspx, ou ainda na aplicação SMS Segurança, direcionada a pessoas surdas em www.gnr.pt/MVC_GNR/Home/SmsSeguranca.

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A exposição de Rodrigo Vilhena será inaugurada pelas 17h00. A mostra, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, reunirá um conjunto de pinturas a óleo e aguarelas que evocarão “momentos históricos vividos pelas embarcações São Gabriel (1497), Cinco Chagas (1594), São Francisco Xavier (1625), Amável Donzela (1788), Camões (1875), Pedro Nunes (1917) e Império (1970)”. “O visitante é convidado a assumir-se como passageiro destas embarcações e a contemplar o céu e o mar nas suas transformações de luz ao longo do dia”, explica. A exposição ficará patente na Sala da Pintura até 30 de abril de 2026. Antes da inauguração, será ainda apresentado o jogo educativo digital do Museu Marítimo de Ílhavo, desenvolvido pela equipa da EduCITY, um projeto da Universidade de Aveiro financiado pela FCT. O recurso nasceu no âmbito da premiação “EduCITY, Prémio INOVA mais 2024”. Através da app “EduCITY”, os visitantes poderão explorar a tradição bacalhoeira de Ílhavo. Às 15h00, terá ainda lugar uma oficina para famílias “O Mar por objeto”, dirigida a crianças entre os 6 e os 10 anos. A proposta incide sobre a exposição temporária “O Mar por objeto, as Mulheres, a Ciência e o lado Oceano”. Ao longo da atividade, as famílias serão desafiadas a descobrir a mostra através de um peddy paper que conduz à exploração dos objetos utilizados pela bióloga do Museu Marítimo. As inscrições devem ser realizadas aqui: [email protected].

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O programa dessa festa do distrito de Aveiro foi apresentado na noite de sexta-feira aos representantes das 24 associações que, entre grupos carnavalescos, coletivos de ‘passerelle’ e escolas de sambas, integram cerca de 2.000 pessoas, todas elas protagonistas nos principais corsos do evento. Devido às mudanças no executivo camarário após as eleições autárquicas de outubro, o orçamento para o Entrudo vareiro de 2026 ainda não está definido, mas fonte da autarquia adiantou que a verba disponível deverá ser “num valor idêntico ao da última edição”, quando a programação geral custou cerca de um milhão de euros e, só na terça-feira de Carnaval e nos quatro dias anteriores, a cidade recebeu perto de 150.000 visitantes. O que muda é o preço dos bilhetes, que, segundo a autarquia, vão sofrer “um pequeno aumento” devido à maior despesa em aspetos como o aluguer de estruturas e a contratação de policiamento. O novo tarifário refletir-se-á, por exemplo, no ingresso de acesso à Noite Mágica da segunda-feira de Carnaval, que no último Entrudo custava cinco euros em pré-venda e seis no dia da festa, e agora mantém o mesmo preço se adquirido antecipadamente, mas obrigará a desembolsar 7,5 euros se comprado na própria data. No Grande Corso de Domingo, por sua vez, é a venda antecipada que fica mais cara 50 cêntimos: os bilhetes de bancada continuarão a custar 15 euros se adquiridos no próprio dia, mas passam de 13 para 13,5 quando comprados até 30 de janeiro, e o mesmo se aplica aos ingressos de peão, que na data do desfile se mantêm nos 10 euros, mas, na fase prévia, sobem de 7,5 para oito. Há muitas outras propostas que são de entrada gratuita, como o espetáculo de Quim Barreiros e o desfile da Farrapada, em que o público é convidado a participar com as suas próprias fantasias, mas, no que se refere às atividades de acesso pago, a autarquia promete vantagens para os mais rápidos: “Os primeiros 1.000 bilhetes para o Espaço Folião têm desconto e até 30 de janeiro há preços mais baixos para todos os outros bilhetes”. Seja para momentos-altos do cartaz, como o desfile das escolas de samba no sábado à noite e o Grande Corso de Terça-feira, seja para os concertos no Espaço Folião, por artistas como o brasileiro Jorge Aragão, o luso-angolano Dillaz e os portugueses Mizzy Miles e Phoenis RDC, todas as propostas que implicam acesso pago terão bilhetes disponíveis nas plataformas ‘online’ a partir de 01 de dezembro e nos estabelecimentos físicos da cidade do dia 09 em diante. O presidente da Câmara, Domingos Silva, acredita que o ajuste no preçário do evento não prejudicará aquilo que antecipa como “uma edição de excelência, que valoriza as tradições e oferece experiências diversificadas capazes de afirmar o Carnaval de Ovar como um evento de referência nacional”. Garantindo “um forte dispositivo de segurança e estratégias definidas para melhorar a experiência do público”, o autarca social-democrata realça que o evento está a ser preparado com “paixão, entrega e horas incontáveis de labor” por parte dos seus cerca de 2.000 participantes. “Quem vier ao Carnaval de Ovar pela primeira vez vai certamente regressar, porque a alegria que se vive nas ruas é tão genuína quanto contagiante”, conclui.

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“A ligação da A17 à zona industrial de Vagos continua a ser um desejo, já o era em 2005, quando eu era presidente de Câmara. Quis o destino que, passados 20 anos, seja eu a pessoa responsável pela sua construção: espero construí-la durante estes quatro anos”, assegurou. O social-democrata Rui Cruz venceu as eleições autárquicas no dia 12 de outubro e regressou à liderança da Câmara de Vagos, onde já tinha estado entre 2001 e 2013. Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que, para que esta obra possa ser uma realidade, “muito trabalho foi feito”, quer pelo seu antecessor antes da sua primeira passagem pela presidência do município, como pelo seu sucessor. “Primeiro, foi preciso criá-la e inscrevê-la no Plano Diretor Municipal de Vagos, um processo de revisão que terminou em 2009. Depois, foi necessário fazer o projeto e o programa de expropriação de parcelas, e adquirir e expropriar as parcelas, para agora podermos lançar a concurso público faseadamente ou não”, indicou. O presidente da Câmara de Vagos espera conseguir lançar o concurso público em 2026, faltando identificar o tipo de financiamento para a obra. “Vamos ver que tipo de financiamentos é que temos para a estrada, porque é uma estrada que custa vários milhões de euros ao Município de Vagos e a ideia é fazê-la sem impacto na tesouraria e na atividade normal. Eu chamo de atividade normal, às competências da Câmara Municipal”, concluiu. Em janeiro de 2024, o executivo municipal da Câmara de Vagos, na altura liderado por Silvério Regalado, aprovou por unanimidade a execução da ligação da zona industrial de Vagos à A17, com um custo estimado de 5,8 milhões de euros. O projeto de execução da ligação da zona industrial de Vagos à A17 contempla quatro troços, devidamente interligados, com início na zona industrial, passando pela Caminho dos Cavaleiros, que posteriormente conectará ao cruzamento com a Estrada Nacional 109, na freguesia de Santo André de Vagos, onde se fará a ligação com a A17. “Esta é uma obra de grande importância estrutural para o concelho de Vagos no seu todo, mas com especial enfoque nos empresários e nas suas empresas, na capacidade logística que vão ganhar depois da conclusão da mesma”, vincou, na altura, Silvério Regalado.

Câmara de Vagos quer construir mais de quatro dezenas de fogos neste mandato
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“A Câmara é proprietária de dois loteamentos que têm espaço para dezenas de fogos, provavelmente mais de quatro dezenas de fogos, mais para venda a custos controlados do que propriamente arrendamento acessível. Penso que isto é possível nos próximos quatro anos”, assegurou. O social-democrata Rui Cruz regressou no dia 12 de outubro à presidência da Câmara de Vagos, funções que já tinha desempenhado entre 2001 e 2013. Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que este concelho do distrito de Aveiro não tem grandes carências em termos de habitação social. “Aquilo que Vagos precisa, neste preciso momento, é de entrar numa nova geração de políticas de habitação, a que eu chamo de habitação municipal, para distinguir da habitação social, apesar de esta também ser municipal. Falo de construção de habitação para venda a custos acessíveis ou a custos controlados e de arrendamento acessível, mas mais venda a custos controlados do que propriamente arrendamento acessível”, referiu. De acordo com Rui Cruz, esta é uma resposta especialmente para jovens casais que trabalham, mas que não conseguem ter habitação com as atuais condições de mercado, sendo mesmo obrigados a regressar a casa dos pais. “Os valores para este investimento ainda não lhe sei dizer, mas os locais existem: a Câmara Municipal é proprietária de dois loteamentos, um na Gafanha da Boa Hora, outro em Vagos, para esse efeito”, acrescentou. À Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Vagos afirmou que pretende que a construção destes fogos seja uma realidade nos próximos quatro anos, indicando que o projeto de arquitetura até poderá ser desenvolvido na autarquia. “O Banco Europeu de Investimento tem uma linha específica para habitação municipal e o Município tem capacidade de endividamento, bastante capacidade de endividamento e, por isso, acho que é possível realizar ao longo do mandato. Então, se for na modalidade de venda a custos controlados, é mesmo possível”, afirmou. O autarca aludiu ao facto de a Comissão Europeia estar a reponderar instrumentos financeiros para reforçar a questão da habitação, que “não é um problema que é só português, não é só do Porto e Lisboa, é do país inteiro e é da Europa também”. “Portanto, existirão medidas, provavelmente de fundo perdido para esse efeito, o que vai ainda mais facilitar a vida aos municípios que queiram avançar com esta modalidade da construção de habitação municipal, a custos controlados ou arrendamento acessível”, destacou. Para além da construção destes fogos, Rui Cruz apontou ainda que as dificuldades nesta área exigem a celeridade do licenciamento, bem como a redução de custos, para além da dinamização do solo urbano. “Andámos 14 anos a rever o PDM [Plano Diretor Municipal]. Criámos, aumentámos os perímetros urbanos para 98 mil habitantes [o concelho tem menos de 30 mil habitantes] e não soubemos potenciar. Há terrenos que têm valor, mas que continuam a não ser vendíveis para construção porque não há acessibilidade: é preciso abrir caminhos nos perímetros urbanos”, concluiu.

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UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”
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UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”

Com o anfiteatro completamente lotado, o DMat celebrou o legado de João David Vieira. Ao longo da tarde, familiares, antigos estudantes, professores e diretores aplaudiram-no repetidamente. Entre discursos, memórias e fotografias, multiplicaram-se também os abraços. O momento teve ainda direito a reencontros improváveis, como o de um antigo estudante que viajou do Algarve apenas para reencontrar o “professor João”, contou-nos o homenageado antes de conversarmos com ele. Já sentados num sofá, numa sala que nos descreveu como “difícil” de conquistar, no terceiro piso, começamos por lhe questionar como se sentia ao ser homenageado. João David Vieira disse estar feliz, embora tenha admitido que, quando recebeu o convite, sentiu-se “constrangido”. “Defendi sempre que quando houvesse alguma coisa a comemorar o fizessem com as pessoas em vida a menos que falecessem sem contar. Quando me contactaram fiquei constrangido, mas fiquei contente”, confidencia-nos. Perguntamos-lhe como era antes o anfiteatro que agora passa a ter o seu nome, responde-nos com uma gargalhada espontânea: “Era onde dava muitas das aulas, nos últimos anos, a partir de 1996. (…) Era um anfiteatro com 120 cadeiras de madeira. Tudo cheinho, cheinho”, descreve. Quanto à tecnologia de que o espaço atualmente dispõe, como o projetor, entre outros equipamentos, João David Vieira não se mostrou surpreendido. Revelou até já conhecer todos os pormenores, já que acompanhou, de perto, a fase de “pré-montagem”. “Eu estive na montagem deste edifício. Estava tudo a ser preparado para instalar a tecnologia que fosse necessária, nessa altura. A cablagem estava toda por baixo para projetores e até pedi uma coisa, só que eram 50 mil contos, e disseram nem pensar, que era estar numa sala e haver ligação para mais dois ou três anfiteatros, onde pudessem ouvir a mesma aula e interagir. Mas era muito caro. Não consegui. Mas toda a infraestrutura ficou montada nessa altura”, recorda. Aos 84 anos, e naquela sexta-feira, estar no DMat não foi propriamente uma novidade. Conta que ainda mantém ali um gabinete e que costuma passar por lá “de vez em quando” “Depois de aposentado estive sete anos em colaboração, em nome da Reitoria, com Cabo Verde para ajudar a montar a universidade de lá, em Moçambique, em São Tomé, a dar formação a professores”. Quando lhe perguntamos como gostaria que o departamento evoluísse, João David responde sem hesitar: “Com toda a liberdade sempre em qualidade e, como digo, algo que seja inclusivo”. “Nunca me lembro de ter havido aqui alguém que foi escolhido, segregado, movido por uma ideia política, religiosa… Vinha pela qualidade que tinha e a capacidade humana para desenvolver com impacto”, relembra. Aos atuais docentes deixa ainda uma mensagem curta: “Estão na excelência. Falta-vos ainda escrever um verso”. Em entrevista à Ria, José Alexandre Almeida, atual diretor do DMat, mostrou-se satisfeito com a homenagem. “O departamento está prestes a completar 50 anos, mas, na verdade, deu-se início ao primeiro curso de matemática com Ciências da Educação, na altura, muito dirigido para a formação de professores. A propósito deste momento decidimos homenagear um dos pilares do Departamento de Matemática, um dos seus fundadores e a quem muito o departamento deve tal como o conhecemos hoje”, partilha. José Alexandre foi também aluno de João David Vieira, entre os anos de 1994 e 1996. Na licenciatura em Ensino de Matemática, descreve-o como “exigente”. “Éramos imensos no quarto ano de seminário e todos tínhamos de fazer uma monografia. [O professor João] era bastante exigente na aprovação do plano curricular e obrigava todos a fazer os testes que chamava minibásicos, que muitos consideravam quase ofensivos. Além disso, todos tínhamos de realizar provas orais. Era um momento que exigia muito a todos os alunos, na altura, e havia momentos de grande tensão”, relembra. Sobre o anfiteatro que passa agora a chamar-se “Auditório David Vieira”, o diretor do DMat descreve o momento como “marcante”. “Ele não precisava desta homenagem para deixar o seu legado, mas é uma forma de reconhecimento e gratidão. Ele bem merece. Não estamos a fazer favor nenhum. Desta forma, ficará para sempre gravado aquele espaço que é um local, como ele referiu, de referência pelas muitas aulas que ele ali lecionou e com um anfiteatro, tal como hoje, sobrelotado”, explica. Relativamente ao futuro do DMat, José Alexandre revelou à Ria que o departamento está, “neste momento”, a consolidar a sua oferta formativa e que “em breve” irá fazer uma nova aposta na “oferta do primeiro ciclo”. Sem adiantar qual será o curso, acrescentou ainda que gostava que o departamento se potenciasse “ainda mais” ao nível da investigação e da excelência “que o nosso centro de investigação que está integrado atingiu muito recentemente”. “Não nos queremos acomodar de todo. Queremos perspetivar e projetar esse futuro da melhor forma”, vincou. A sessão de homenagem contou ainda com a intervenção de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, de Júlio Pedrosa, antigo reitor, bem como dos docentes Mário Rosa, Eduardo Marques de Sá, Domingos Cardoso e Liliana Costa. A tarde terminou no terceiro piso com direito a brinde e bolo.