Cais das estações ferroviárias de Ovar e Esmoriz vão ser alargados em 2026
De acordo com documentos consultados pela Agência Lusa, os cais das estações ferroviárias de Ovar e de Esmoriz vão ser alargados. A intervenção deve acontecer no segundo semestre de 2026 e está inserida nas obras de renovação da Linha do Norte entre Ovar e Espinho.
Redação
Na estação Ovar, a largura na parte maior deve passar dos 2,80 metros para os 6,68 metros. Na parte mais pequena, a largura deve passar de um metro para 6,46 metros. Atualmente, a largura da parte mais pequena constitui um risco de segurança e um obstáculo de acessibilidade, uma vez que a passagem de comboios rápidos é muito sentida pelos passageiros, que não têm como se desviar.
Em Esmoriz, o cais central tem entre 1,14 metros e 4,34 metros de largura e será alargado para acomodar a instalação de uma passagem superior. Dos documentos consultados pela Lusa não é possível perceber qual a medida exata do alargamento.
O alargamento, que se insere no projeto posto a concurso no início do mês por 90 milhões de euros, ainda não tinha sido anunciado pela Infraestruturas Portugal. Para além das renovações previstas para as estações, está também prevista, no âmbito da mesma obra, a renovação dos apeadeiros de Válega, Carvalheira - Maceda, Cortegaça, em Ovar, e de Paramos e Silvalde, já no concelho de Espinho.
Recomendações
PJ detém suspeita de atear fogo numa casa em Estarreja por vingança
Em comunicado, a PJ salientou que a mulher, de 50 anos, foi detida fora de flagrante delito. A PJ adiantou que a detida terá agido por vingança por, alegadamente, o dono da casa não lhe ter pagado trabalhos domésticos que realizou. “A suspeita deslocou-se à habitação do devedor, partiu o vidro de uma janela e introduziu, no interior da casa, palha a arder”, especificou. O incêndio, que aconteceu em maio, destruiu a habitação e só não atingiu prédios vizinhos graças à intervenção dos bombeiros, frisou. A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de eventuais medidas de coação.
Autárquicas: Ricardo Campelo Magalhães concorre pela IL a Azeméis para baixar impostos
Em declarações à Lusa, o cabeça de lista e presidente da concelhia do partido da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto afirma: “A atitude reformista com que o PS foi eleito em 2017 está completamente perdida apenas oito anos depois, com uma liderança longe não só dos munícipes como do próprio 'staff' da Câmara. É algo difícil de medir, mas é palpável”. Referindo que a lista da IL envolve “uma equipa jovem, mas com experiência profissional”, o candidato resume as suas propostas à intenção de “dar nova vida a Oliveira de Azeméis” e enquadra-as em quatro áreas temáticas. A primeira está relacionada com a dicotomia “município rico, município pobre” e representa “a vontade de baixar impostos e taxas, desburocratizar [os serviços] e aproximar” a estrutura autárquica da população, o que, em termos concretos, incluirá “o aumento do Benefício Municipal em IRS e a descida das taxas de saneamento”. Essa rede pública, juntamente com a de distribuição de água, constitui a segunda grande preocupação de Ricardo Campelo Magalhães, que realça que “Oliveira de Azeméis tem a segunda fatura de água mais cara do país” e, apesar do crescimento da estrutura de abastecimento, ainda exibe uma taxa de cobertura do território “abaixo de dois terços”. As outras propostas da IL prendem-se depois com centralidade e mobilidade. No primeiro caso, o candidato pretende “recentrar o concelho em si, com diversas políticas para consumir local, melhorar a mobilidade, reduzir o parqueamento pago – como prometido pelo executivo (…) – e melhorar o marketing do município”. Quanto à mobilidade, propõe-se acabar com a tendência do atual executivo para “deixar as estradas e os equipamentos do concelho sem manutenção para alcatroar as estradas em ano de eleições” e levar outras estruturas “ao ponto de precisarem de grandes intervenções, que sejam inauguráveis”. “Na IL somos pela eficiência, comprometendo-nos a fazer a manutenção das estradas e dos equipamentos quando necessário, para bem da população e do orçamento”, conclui. Com 45 anos e residente em Oliveira de Azeméis, Ricardo Campelo Magalhães tem um Mestrado em Economia Internacional pela Faculdade de Economia do Porto e é atualmente sócio-gerente da empresa de mediação de seguros Campelo de Magalhães. Antes disso, foi analista na empresa Finantech e consultor na auditora KPMG, em São Paulo, assim como ‘trader’ na então Fincor. “Em termos associativos, foi representante de Portugal no IREF (Institut de Recherches Économiques et Fiscales), organizador e professor dos chamados ‘Campos da Liberdade’ do Language of Liberty Institute e ‘blogger’ n’O Insurgente”, acrescenta. Já nível político, foi candidato da IL pelo distrito de Aveiro nas eleições legislativas de 2022 e 2025, sendo o atual líder da concelhia do partido em Oliveira de Azeméis. Além de Ricardo Campelo Magalhães pela IL, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Oliveira de Azeméis concorrem também Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega, Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP, e Joaquim Jorge Ferreira pelo PS. Esse último é o atual presidente da autarquia com 163 quilómetros quadrados e cerca de 70.000 habitantes. Tem maioria absoluta na Câmara e lidera a um executivo com seis eleitos socialistas e três vereadores sociais-democratas (pela coligação PSD/CDS), candidatando-se em outubro ao seu terceiro mandato.
APA e Murtosa reforçam “ligação entre o Porto de Recreio da Torreira e a comunidade”
De acordo com o documento, ao abrigo deste contrato, a Administração do Porto de Aveiro cede ao Munícipio da Murtosa diversos equipamentos e infraestruturas, “incluindo estacaria de fixação do quebra-mar, passadiços, edifícios de apoio, ponte-cais, rampa de varadouro, terraplenos e respetivas redes e infraestruturas”. O Porto de Aveiro esclarece que esta parceria vem responder a uma necessidade de garantir uma “gestão eficaz das infraestruturas, permitindo reforçar a ligação entre o Porto de Recreio da Torreira e a comunidade, preservando um equipamento de relevância local e regional, ligado à tradição náutica e à valorização da Ria de Aveiro”. A assinatura do contrato contou com a presença de Eduardo Feio, presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, e de Januário Cunha, presidente da Câmara Municipal da Murtosa. Na nota de imprensa, a APA avança ainda que em “outubro deste ano” será lançado um procedimento para a remoção dos passadiços no Porto de Recreio, “de forma a mitigar constrangimentos à circulação marítima e garantir a segurança da navegação”. A intervenção terá uma duração estimada de “60 dias” e incluirá a “demolição e remoção do passadiço o e do quebra-mar flutuante, da rampa de acesso, dos apoios individuais para atracação de embarcações, bem como o desmantelamento do equipamento de instalações elétrica”.
Autárquicas: Miguel Viegas concorre pela CDU à Feira para remunicipalizar água
Em declarações à Lusa, o cabeça-de-lista da coligação entre PCP e Partido Ecológico Os Verdes diz que essa questão merece especial destaque num conjunto de medidas eleitorais cuja “principal prioridade é combater a degradação dos serviços públicos” neste município do distrito de Aveiro. “O abastecimento de água voltará a ser do município caso a CDU vença as eleições. É preciso que todos saibam que o capital da [concessionária] Indaqua tem vindo a ser disputado por vários fundos de investimento e não podemos permitir que um bem de primeira necessidade esteja nas mãos de privados cujo único objetivo é a maximização do lucro”, afirma. Sendo também médico veterinário, professor da Universidade de Aveiro e investigador nos domínios da governança e políticas públicas, Miguel Viegas defende depois a necessidade de combater as “assimetrias do território” da Feira, implementar uma “verdadeira política municipal de habitação” e construir “uma nova escola secundária no sul do concelho”. O candidato da CDU propõe-se igualmente garantir “ligações regulares” de transportes públicos entre as diversas freguesias do concelho, aumentar as soluções de mobilidade e estacionamento no centro da cidade da Feira, e melhorar a acessibilidade aos grandes polos de emprego e serviços em Aveiro e na Área Metropolitana do Porto. Referindo que as restantes ideias do programa eleitoral da CDU vêm sendo “construídas com as populações”, nomeadamente no que se refere também a ambiente e cultura, o cabeça-de-lista de comunistas e ecologistas resume: “Queremos devolver o município aos seus habitantes, colocando os direitos sociais e os serviços públicos no centro da governação local”. Natural de Paris, onde nasceu em 1969, e residindo atualmente em Coimbra, Miguel Viegas começou por formar-se em Medicina Veterinária em 1993, após o que exerceu em várias empresas do ramo durante 19 anos e em todo o país. Posteriormente licenciou-se e doutorou-se em Economia na Universidade do Porto, enveredando em 2010 pela carreira académica na Universidade de Aveiro. “Pelo meio, tirou dois mestrados: um em Planeamento Regional e Urbano, na Universidade de Aveiro, e outro em Treino Desportivo, na Universidade de Coimbra”, acrescenta a Concelhia da Feira do PCP. Quanto à sua carreira política, o candidato da CDU já foi deputado na Assembleia Municipal de Ovar, entre 2009 e 2013, e daí seguiu para o Parlamento Europeu, onde cumpriu o mandato de 2014 a 2019. Miguel Viegas pertenceu a várias associações em Ovar e é ainda dirigente nacional na FENPROF - Federação Nacional dos Professores. Segundo o PCP da Feira, as listas da CDU nesse concelho refletem “uma candidatura jovem e intergeracional”, em que a média de idades dos candidatos à Câmara é de 42 anos e à Assembleia Municipal de 49, e com 40 % de candidatos não militantes. Quanto a paridade, a mesma fonte realça: “Registamos com orgulho que as listas da CDU para os órgãos municipais são compostas por uma maioria de mulheres – 54% na Câmara e 55% na Assembleia – e é interessante constatar que 24% das listas candidatas às Assembleias de Freguesia são encabeçadas por elas”. Além de Miguel Viegas pela CDU, nas autárquicas do próximo dia 12 de outubro também concorrem à Câmara da Feira José Costa Carvalho pelo PAN, Frutuoso Tomé pelo CDS-PP, Filipe Honório pelo Livre, Eduardo Couto pelo BE, Márcio Correia pelo PS e Amadeu Albergaria pelo PSD. Esse último é o atual presidente da autarquia com mais de 213 quilómetros quadrados e 136.000 habitantes. Assumiu a presidência em março de 2024, na sequência da renúncia de Emídio Sousa para tomar posse como deputado parlamentar, e lidera agora um executivo composto por sete eleitos do PSD e quatro do PS.
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Urgências de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Aveiro encerradas este fim de semana
Além de Aveiro, estarão ainda encerradas, sábado e domingo, as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do hospital do Barreiro e o serviço de pediatria do hospital de Vila Franca de Xira. No sábado, estarão também encerradas as urgências de Obstetrícia e Ginecologia dos hospitais de Setúbal e das Caldas da Rainha, enquanto no domingo o mesmo acontece no Hospital Garcia da Orta. Quanto às urgências referenciadas, que apenas recebem casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou pela linha SNS 24, o portal indica as pediátricas dos hospitais Amadora-Sintra e de Loures, entre as 00:00 e as 24:00, nos dois dias. Referenciadas estarão também as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Braga (sábado das 08:00 às 20:00 e domingo das 08:00 às 24:00), de Santarém (sábado, das 00:00 às 08:30), de Leiria (sábado e domingo, 00:00 - 24:00) e do Amadora-Sintra (domingo, 00:00 - 24:00). As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.
Nova residência universitária privada avança, mas preços dos quartos ainda não são conhecidos
Conforme noticiado pela Ria em janeiro, a nova residência está a ser construída “no terreno junto ao Seminário, à antiga Reitoria da Universidade de Aveiro e ao Hospital Infante D. Pedro”. A operação, que está a cargo da empresa Coordenada Decisiva, Lda, “vai contar com uma área comercial com 840 m2, onde está prevista a instalação de um equipamento de restauração e bebidas, com esplanada e uma zona de espaço verde com 1.306 m2”. Recorde-se que esta operação remonta a 2023 a um terreno vendido pela CMA, por 2,5 milhões de euros, “com o objetivo principal de possibilitar a construção de uma residência universitária de estudantes, dando um contributo para aumentar a oferta do mercado para habitação estudantil, numa zona de localização privilegiada”. Se em janeiro se falava na criação de 219 quartos, o jornal online Construir, num artigo publicado esta quinta-feira, não deixa claro que o número não possa aumentar para “240”. Depois de começar por falar nos 219 previamente anunciados, o jornal explica que vão ser feitos “60 quartos-suíte” por cada um dos quatro andares superiores, o que totaliza 240 quartos. Mais à frente, na nota técnica divulgada pelo jornal, o número de 240 alojamentos é reiterado. O mesmo se pode dizer em relação aos lugares de estacionamento. No corpo da notícia são repetidos os números que tinham sido divulgados em janeiro: 124 lugares em cave e 68 lugares à superfície. Por seu lado, a nota técnica, publicada no final do artigo, também dá conta de outros números. Aí consta que devem surgir “170 lugares cobertos” e “90 lugares à superfície”. Outro valor que difere é o do investimento na residência. Aquando do início da obra, a CMA falava num investimento privado de "cerca de 12 milhões de euros". Na notícia agora publicada, a Construir avança que a estrutura representa um investimento de “cerca de 15 milhões de euros”. O que ainda persiste como mistério é o valor a ser cobrado por cada quarto. Relembre-se que, quando questionado pela Ria, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, recusou a ideia de colocar uma cláusula no contrato de venda do terreno que definisse um teto máximo por quarto a ser cobrado aos estudantes. Entretanto, a Ria procurou também ouvir o responsável da empresa Coordenada Decisiva Lda., mas até ao momento não obteve qualquer resposta. Tal como noticiado anteriormente, as residências privadas em cidades como Lisboa, Porto, Braga e Covilhã são especialmente procuradas por estudantes internacionais oriundos de países onde os rendimentos familiares são, em regra, superiores aos de Portugal. Um bom exemplo disso é a “Micampus Residências”, presente em Braga, Covilhã e Porto, que, no caso de Braga, a opção mais barata de alojamento que tem disponível implica uma renda de 500/mês para os estudantes. Recorde-se ainda que, segundo os dados do Observatório do Alojamento Estudantil, consultados em janeiro pela Ria, o preço médio dos quartos em Aveiro situava-se nos 340 euros. De acordo com a Construir, dos “240” quartos previstos, “16” são dedicados a pessoas com mobilidade reduzida e vão ter uma maior área para permitir a movimentação dos residentes. Cada quarto vai estar equipado com uma “cama individual com arrumação, uma secretária, estantes de parede e também guarda-roupa embutido”. A Construir garante ainda que todas as unidades de alojamento vão ser equipadas com “instalações sanitárias modulares totalmente equipadas, que vão de encontro com o conceito de modularidade de construção e que maximizam a rapidez na montagem do edifício”. A publicação avança que o edifício vai estar dividido em cinco pisos e uma cave. No piso térreo estarão disponíveis os espaços comerciais e as zonas comuns e administrativas da residência, nomeadamente a biblioteca, as salas de estudo, o refeitório e os espaços polivalentes. Já a cave vai ser dedicada a áreas de lazer e permanência, um auditório, zonas técnicas e um estacionamento. O projeto aposta numa estrutura realizada em perfis metálicos SinProfile que, segundo diz o arquiteto em resposta enviada à Ria, se destaca pela “rapidez de construção, resistência, custo otimizado e integração em outros sistemas”. Miguel Ibraim da Rocha acrescenta que a estrutura permite ainda reduzir o impacto ambiental. À Construir, o responsável explica que a opção de expor na fachada os perfis metálicos estruturais se baseia na lógica formal das estruturas industriais. O objetivo, afirma, é “conferir ao edifício uma leitura formal de verticalidade e ritmo, reforçando a sua presença urbana e identidade visual”. A publicação avança também que a estrutura principal do edifício é composta por perfis metálicos laminados e soldados, o que permite uma construção modular, rápida e precisa, com uma grande redução de resíduos e desperdícios em obra. Por seu lado, as fachadas são resolvidas com um sistema ventilado de painéis metálicos perfurados, o que garante eficiência térmica, ventilação natural e manutenção simplificada. De acordo com o arquiteto, são painéis que oferecem uma expressão “leve e tecnológica”, o que contribui para uma linguagem arquitetónica “coerente e funcional”. Nos quartos vão ser instaladas portadas metálicas que, de acordo com o jornal, funcionam como dispositivos de sombreamento e privacidade. No exterior vai ser criada uma torre completamente transparente de acessos verticais. O objetivo é dinamizar o conjunto e conferir ao edifício uma identidade única que o torne facilmente identificável à vista.
PJ detém suspeita de atear fogo numa casa em Estarreja por vingança
Em comunicado, a PJ salientou que a mulher, de 50 anos, foi detida fora de flagrante delito. A PJ adiantou que a detida terá agido por vingança por, alegadamente, o dono da casa não lhe ter pagado trabalhos domésticos que realizou. “A suspeita deslocou-se à habitação do devedor, partiu o vidro de uma janela e introduziu, no interior da casa, palha a arder”, especificou. O incêndio, que aconteceu em maio, destruiu a habitação e só não atingiu prédios vizinhos graças à intervenção dos bombeiros, frisou. A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de eventuais medidas de coação.
Autárquicas: Ricardo Campelo Magalhães concorre pela IL a Azeméis para baixar impostos
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