Fábrica de calçado de Azeméis encerra sem avisar cerca de 70 trabalhadores
Os funcionários de uma fábrica de calçado em Pindelo, no concelho de Oliveira de Azeméis, depararam-se hoje, à chegada ao trabalho, com a empresa fechada e um aviso de que “durante 15 dias não terá dinheiro para lhes pagar”.
Redação
A informação foi disponibilizada à Lusa pela presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), que, identificando a empresa em causa como a YFF II – Young Fashion Footwear, realça que essa unidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto tem em atraso para com os cerca de 70 funcionários o pagamento “dos salários de julho e agosto, e do subsídio de férias”.
“Ninguém sabe o que quer dizer o aviso de que a empresa não tem como lhes pagar nos próximos 15 dias, porque nem está no papel explicado, nem o patrão atende o telefone a ninguém”, afirmou a dirigente sindical, Fernanda Moreira.
Suspensão temporária dos contratos de trabalho ou insolvência são duas consequências possíveis com que os funcionários estão preocupados, embora o SNPIC afirme que “a empresa estava com encomendas” e que não houve quebra de produção que fizesse adivinhar o risco de encerramento da fábrica – que vinha produzindo apenas para o mercado estrangeiro.
Fernanda Moreira não está, contudo, otimista, considerando o historial do responsável pela empresa que, segundo os diretórios disponíveis na Internet, foi constituída em maio de 2022. “O patrão já é conhecido por ter o hábito de abrir e fechar empresas assim. Desaparece de um momento para o outro e abre outra empresa, com outro número de contribuinte, logo nos dias a seguir”.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da YFF II, mas os contactos telefónicos disponíveis estavam desligados.
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Cineclube de Espinho faz ciclo gratuito sobre realizador brasileiro Glauber Rocha
A descrição é de fonte do cineclube dinamizado pela mesma associação cultural que anualmente promove o FEST – Festival Novos Realizadores Novo Cinema, na referida cidade do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto. A programação de setembro também integra filmes de Una Gunjak, Melanie Pereira, Oliver Laxe e Jonathan Millet, mas o destaque do cineclube é “o ciclo especial dedicado ao grande nome do Cinema Novo Brasileiro, com as suas principais obras, obrigatórias de ver ou rever”. O primeiro dos quatro filmes em exibição com assinatura do realizador – que também foi ator, jornalista, crítico de cinema e escritor – será "Deus e o Diabo na Terra do sol" (1964), na sua versão restaurada, que teve estreia em 2022 no Festival de Cannes, 58 anos depois da apresentação original no certame, e aborda “o real e o divino do sertão brasileiro”. Nomeado para a Palma d’Ouro também em Cannes, em 1967, segue-se “Terra em Transe”, onde o autor Paulo Autran tem um dos principais papéis da sua carreira, enquanto Porfírio Diaz, com “o seu sonho de ser imperador do Eldorado”. A terceira obra do ciclo será "António das Mortes" (1969), um 'western' que no mesmo ano deu a Glauber Rocha o prémio de melhor realizador em Cannes, e a quarta será "A Idade da Terra" (1980), um drama experimental que, retratando a “situação política, cultural e racional do Brasil no final dos anos 70”, foi o derradeiro filme do cineasta e o mais polémico da sua carreira. Glauber Pedro de Andrade Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, em 14 de março de 1939. Realizou dezena e meia de filmes, entre curtas e longas metragens, que marcaram o Cinema Novo brasileiro. Da sua filmografia destacam-se igualmente "Barravento" (1961), "Amazonas, Amazonas" (1965), "Câncer" (1972), "História do Brasil" (1974), "Claro" (1975) e "Di Cavalcanti" (1977), curta-metragem que também lhe deu o Prémio do Júri, em Cannes. Presente em Portugal, em 1974, Glauber Rocha é um dos cineastas de "As Armas e o Povo", documentário realizado e produzido pelo Coletivo de Trabalhadores da Atividade Cinematográfica, que retrata os dias que vão da queda da ditadura portuguesa, em 25 de Abril de 1974, às manifestações do 1.º de Maio. Glauber Rocha exilou-se em Portugal, pouco depois, tendo vivido em Sintra até vésperas da morte, no Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1981. Os outros filmes que o Cineclube FEST vai exibir em setembro, em Espinho, são: “Visita de Estudo” (2023), uma “poderosa representação da adolescência” pela realizadora bósnia Una Gunjak; “Sirât” (2025) obra “única e arrebatadora” com que o cineasta espanhol Oliver Laxe ganhou o Prémio do Júri em Cannes; “As Melusinas à Margem do Rio” (2023), um documentário da portuguesa Melanie Pereira sobre mulheres nascidas em famílias imigradas no Luxemburgo; e “Os Fantasmas” (2024), um 'thriller' do francês Jonathan Millet sobre “um grupo secreto de perseguição aos líderes fugitivos do regime sírio”. Apesar de terem entrada livre, as sessões do Cineclube FEST são limitadas aos lugares existentes, pelo que os bilhetes devem ser reservados com antecedência, para levantamento 30 minutos antes do início da exibição.
Autárquicas: CDU repete candidatura de Quintino Matos à Câmara da Murtosa
Nascido em 1969 e desde há cerca de 30 anos com atividade comercial na Murtosa, no distrito de Aveiro, Quintino Pinto Matos tenta novamente a eleição para a Câmara, apresentando-se como “uma pessoa simples, mas conhecedora dos problemas do Município”. Em declarações à comunicação social, o cabeça de lista diz-se “motivado pelo desejo de ser ativo na resolução dos problemas dos cidadãos”, e afirma que quer dar especial atenção à saúde e à educação, lembrando que houve a transferência de competências nessas áreas para a autarquia. Quintino Matos critica a gestão municipal dos últimos anos, em que se fazem infraestruturas sem acautelar a sua manutenção futura, numa “navegação à vista”, nomeadamente edifícios públicos. “A gestão atual limitou-se a resolver problemas à medida que surgiam, sem um projeto de futuro ou preocupação com a manutenção do existente”, disse. Por um “genuíno serviço público”, o candidato da CDU (coligação PCP/PEV) quer uma maior envolvimento e participação da população na gestão autárquica, porque “não basta dizer o que está mal no café sem indicar alternativas”. Quintino Matos admite que a eleição para presidente da Câmara é difícil, mas sublinha que o voto na CDU pode ser uma "mais-valia" e uma "solução". Além de Quintino Matos, concorrem à Câmara da Murtosa o atual presidente, Januário Cunha (PSD), Paulo Amorim (JPM), Bruno Tavares (Chega) e Augusto Vidal Leite (PS). Nas eleições autárquicas de 2021 o PSD foi o partido mais votado para a Câmara da Murtosa, com 71,10% dos votos e quatro mandatos, seguido do PS, com 15,97% e um mandato, enquanto o CDS obteve 04,84% sem qualquer mandato, tal como a CDU, que obteve 02,32% dos votos. As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.
Autárquicas: Professora aposentada Isabel Vieira é a candidata da CDU na Mealhada
“Continuaremos a bater-nos pela reativação da parte da linha que liga a Figueira da Foz à Pampilhosa como estruturante de um novo desenvolvimento do concelho e ainda a construção de uma casa mortuária que sirva todos os munícipes”, destacou. De acordo com a antiga professora de matemática, que já tinha sido candidata à Câmara Municipal de Mealhada em 1989, também pela CDU, a sua candidatura “não olha exclusivamente para a expressão local dos problemas, como outras pretendem fazer”. “Demarca-se das más políticas das forças em que se inscrevem, mas assume que o bem-estar das populações do nosso concelho depende, de forma absolutamente decisiva, das opções políticas gerais. Por isso, somos uma candidatura com compromissos políticos e ideológicos, que não disfarçamos quando estamos a discutir matérias autárquicas”, acrescentou. Segundo Isabel Vieira, de 83 anos, a sua candidatura dá destaque “à situação e aos problemas dos trabalhadores”. “Incluímos os trabalhadores das autarquias e refiro a insistência com que a CDU tem defendido a melhoria da atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade atribuído pela Câmara Municipal”, apontou. Além de Isabel Vieira, pela CDU, concorrem à Câmara da Mealhada o atual presidente António Jorge Franco, pelo Movimento Independente Mais e Melhor; Guilherme Duarte, pelo PS; Nelson Fernandes, pelo PSD; Francisco Lopes, pelo Chega; e Ana Luzia Cruz, pelo BE. António Jorge Franco foi eleito presidente da Câmara Municipal da Mealhada em 2021, pelo Movimento Independente Mais e Melhor com 37,82% dos votos, enquanto o PS arrecadou 29,54%, a Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada 19,20%, a CDU 4,27%, o BE 3,10% e o Chega 1,58%. O executivo da Câmara Municipal da Mealhada é formado por três eleitos do Movimento Independente Mais e Melhor, três do PS e um da Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada. As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.
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Teatro Aveirense fecha 2025 com Bumba na Fofinha, António Fagundes e Noiserv
Em outubro, o destaque vai para “Sombra”, solo de stand-up de Bumba na Fofinha, que regressa a Aveiro a 2 de outubro para duas sessões. Logo depois, entre 8 e 11, a cidade volta a ser palco do PRISMA / Art Light Tech, festival de arte e tecnologia inserido na Aveiro Tech Week, que chega à 7.ª edição com o tema “A Forma das Coisas”. O mês inclui ainda concertos de Bombazine (dia 16) e Carlos Fino com a Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro (dia 17), a estreia de mais um espetáculo comunitário do Cantar-o-Lar (dia 26), uma nova edição do Festival Novos Bardos (27 a 31) e termina com “O Meu Super Herói”, de Elmano Sancho (dia 31). O mês de novembro arranca com a ópera “Adilson”, de Dino D’Santiago (dia 7), coproduzida pelo Teatro Aveirense. Segue-se a estreia de “Gosto, Logo Existo”, projeto que junta a Orquestra das Beiras e o LP Studio (dia 15). A comédia brasileira “Dois de Nós”, com António Fagundes, Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins, sobe ao palco de 20 a 23. O encerramento dos Festivais de Outono’25 acontece a 28, e Noiserv atua no dia seguinte. Em dezembro, a programação abre com o Trio Catch, formação alemã que se apresenta pela primeira vez em Portugal. A estreia de “Precópio”, da Red Cloud Teatro de Marionetas, ocupa o palco de 5 a 7. A música mantém-se em evidência com um concerto solidário que junta a Banda do Exército - destacamento do Porto e a Banda Sinfónica do Conservatório de Música de Aveiro (dia 6), o projeto Girls 96 (dia 11) e o regresso dos Danças Ocultas com o seu 10.º álbum (dia 12). O mês inclui ainda a estreia nacional de “A Caminho da Escola”, da companhia Campi Qui Pugui (dia 14), e encerra com o tradicional Concerto Coral - Cantar o Natal, no dia 21, da Escola Artística do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, o Teatro Aveirense ultrapassou no primeiro semestre de 2025 os números do ano anterior, quando Aveiro foi Capital Portuguesa da Cultura. Citado na nota, para José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro ,este resultado “é reflexo de uma estratégia cultural consistente, assente numa programação qualificada, na requalificação do edifício e na valorização dos recursos técnicos e humanos”. Já José Pina, diretor do teatro, sublinhou “o aumento sustentado da adesão do público e a capacidade de o teatro afirmar-se nacional e internacionalmente, com uma programação atual, desafiante e transversal, enraizada na comunidade local”. No reforço da infraestrutura técnica, o Município anunciou a aquisição de novos projetores, num investimento de “41 mil euros”, elevando para “660 mil euros” o total aplicado desde 2020 em equipamentos. Este investimento, garante a autarquia, tem sido fundamental para atrair estreias e produções de grande escala. Entre as novidades do trimestre destaca-se ainda a publicação dedicada à terceira edição do Laboratório de Dramaturgia, iniciativa do Centro de Documentação do Teatro Aveirense, criado em 2021 para valorizar o espólio histórico e registar a atividade atual.
Fábrica Centro Ciência Viva recebe jovens de seis países para debater alterações climáticas
Ao longo dos cinco dias do “Campus Internacional Climántica – eCO2rivers”, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, os jovens entre os 13 e os 18 anos terão a oportunidade de participar em workshops de dança, canto, improvisação teatral e musical, artes plásticas, fotografia, edição de vídeo, DJ, holografia e robótica. O programa, assente numa abordagem STEAM, procura desenvolver produtos de comunicação de ciência através da arte, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a emergência climática. O evento conta ainda com a participação de 12 investigadores e 38 divulgadores de ciência da Universidade de Aveiro e de instituições espanholas. A organização é partilhada entre a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o projeto Climántica. Segundo explica a nota, com base no conhecimento adquirido no campus, os alunos estão a trabalhar em equipas para desenvolver dois tipos de projetos: um teatro musical e várias curtas-metragens de sensibilização ambiental sobre as alterações climáticas. Está ainda a decorrer um programa de capacitação de professores do 3º ciclo do ensino básico e secundário, que inclui palestras com investigadores e workshops. O evento final de encerramento está marcado para o dia 3 de setembro, das 11h30 às 13h00, no auditório do Centro de Congressos de Aveiro. Na ocasião serão apresentadas as curtas-metragens produzidas pelos alunos, bem como o teatro musical. A iniciativa contará com a presença de Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, de Rogério Carlos, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, de Francisco Soñora-Luna, da Universidade de Santiago de Compostela e coordenador do projeto Climántica e de Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A edição deste ano do Campus Internacional Climántica surge no âmbito do projeto europeu eCO2rivers, focado no impacto das alterações climáticas nos rios e zonas húmidas da Península Ibérica, e que tem como propósito criar um documentário e materiais educativos que promovam o cuidado com estes ecossistemas. A Universidade de Aveiro, através da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, integra o consórcio responsável, juntamente com o IES Virxe do Mar e o IES Lope de Veja (Espanha) e a Associação Diogo de Azambuja (Portugal).
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