RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Festival gastronómico “Vamos aos Cricos” regressa a Ílhavo

O “Vamos aos Cricos! – Festival Gastronómico de Produtos da Ria” está de volta aos restaurantes e cafés do Município de Ílhavo, de 29 de março a 4 de maio. A iniciativa, uma aposta do Município de Ílhavo pretende promover a “economia local e consumo dos produtos frescos da Ria”.

Festival gastronómico “Vamos aos Cricos” regressa a Ílhavo
Redação

Redação

25 mar 2025, 15:40

A Ria de Aveiro atravessa, em vários pontos, o Município de Ílhavo, e nas suas águas salgadas e pouco profundas está o habitat perfeito para os bivalves, de qualidade ímpar – o crico (ou berbigão), o mexilhão, a navalha (longueirão ou lingueirão), a amêijoa, o choco e a ostra. São, por isso, muitas as famílias do Município de Ílhavo que se dedicam a esta atividade artesanal, que tem passado de geração em geração.

 “Atualmente, existem cerca de um milhar de mariscadores licenciados na Ria”, dá nota o município de Ílhavo. O “Vamos aos Cricos! – Festival Gastronómico de Produtos da Ria” arranca este sábado, dia 29, e prolonga-se até dia 4 de maio. A iniciativa pretende celebrar o “património biológico e alimentar”, com o objetivo de promover a gastronomia local e estimular a economia local.

As experiências gastronómicas vão ser complementadas com um programa de atividades culturais e desportivas. No dia 13 de abril realiza-se a iniciativa “Vamos aos cricos com quem sabe!”, no Canal de Mira. A atividade tem inscrição gratuita, realizada para o email [email protected], e é direcionada para maiores de 12 anos. O programa inclui, ainda, o “ExperimentaRia”, entre 9 a 13 de abril – cinco dias de atividades promovidas pelos parceiros da Estação Naútica do Município de Ílhavo.

O Museu Marítimo de Ílhavo vai acolher ainda, no dia 26 de abril, uma Oficina de Cozinha à qual se seguirá uma “Conversa de Mar”, com Anabela Valente, mariscadora e pescadora artesanal, sobre o tema “Pesca tradicional e aquacultura: uma visão inovadora”. O “Vamos aos Cricos! – Festival Gastronómico de Produtos da Ria” é promovido pelo Município de Ílhavo, em parceria com a Associação de Pesca Artesanal da Ria de Aveiro (APARA).

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Águeda: Urgueira comemora este fim de semana a Romaria do Milagre da Nossa Senhora da Guia
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Águeda: Urgueira comemora este fim de semana a Romaria do Milagre da Nossa Senhora da Guia

A festividade arranca este sábado, 30 de agosto, pelas 20h30, com a recitação do terço e a procissão em direção à capela da Nossa Senhora da Guia. No dia seguinte, as celebrações arrancam às 11h30 com a eucaristia seguida da procissão. Da tarde de tarde, a partir das 14h00, segue-se a atuação do Rancho Folclórico de Lisboa, pelas 15h30, do Grupo de Concertinas da Gafanha da Nazaré e, pelas 16h30, do Rancho Folclórico de Gondarém. A organização está a cargo do Centro da Amizade Macieirense. Nos terrenos da Senhora da Guia existe um forno coletivo para uso dos habitantes das redondezas. De acordo com uma lenda local, no dia da festividade, o forno era aceso dois, ou três dias antes até aquecer o suficiente. No dia da festa tiravam o rescaldo e ia lá dentro um homem, com um cravo na boca, que punha o pão a cozer. Ao pão deste forno eram atribuídas faculdades de cura para algumas doenças, razão porque era religiosamente guardado pelo ano fora e dado aos doentes.

Distrito de Aveiro sob aviso amarelo a partir de amanhã devido à agitação marítima
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Os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo entre as 06:00 de terça-feira e as 00:00 de quarta-feira devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste até quatro metros. O aviso amarelo, o menos grave, é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Em comunicado, o IPMA explicou que estão previstas ondas com altura significativa até quatro metros na costa ocidental na terça-feira, e que poderão atingir altura máxima até sete metros. “Salienta-se os valores muito elevados do período de pico, esperados, entre 15 a 20 segundos, o que se traduzirá em ondas muito energéticas e com volume de água elevado, aumentando significativamente o risco de fortes correntes de retorno junto à costa”, indica o IPMA. Segundo o Instituto, no período de maré cheia durante a tarde, conjugado com uma amplitude de maré previsivelmente elevada, várias praias poderão ficar sem areal disponível. “Derivado à ondulação ter uma direção de noroeste, a costa sul do Algarve não ficará tão exposta a esta situação, prevendo-se ondas de sudoeste até um metro”, segundo o IPMA. A ondulação manter-se-á forte na costa ocidental ao longo da semana, com alturas significativas entre dois a três metros.“Esta situação, não sendo inédita, é pouco frequente nos meses de julho e agosto, pelo que se recomenda o acompanhamento dos avisos e o cumprimento das recomendações sugeridas pelas autoridades competentes”, refere ainda o Instituto, salientando que a situação resulta do posicionamento do ciclone pós-tropical ERIN.

PJ detém suspeita de atear fogo numa casa em Estarreja por vingança
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PJ detém suspeita de atear fogo numa casa em Estarreja por vingança

Em comunicado, a PJ salientou que a mulher, de 50 anos, foi detida fora de flagrante delito. A PJ adiantou que a detida terá agido por vingança por, alegadamente, o dono da casa não lhe ter pagado trabalhos domésticos que realizou. “A suspeita deslocou-se à habitação do devedor, partiu o vidro de uma janela e introduziu, no interior da casa, palha a arder”, especificou. O incêndio, que aconteceu em maio, destruiu a habitação e só não atingiu prédios vizinhos graças à intervenção dos bombeiros, frisou. A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de eventuais medidas de coação.

Autárquicas: Ricardo Campelo Magalhães concorre pela IL a Azeméis para baixar impostos
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Em declarações à Lusa, o cabeça de lista e presidente da concelhia do partido da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto afirma: “A atitude reformista com que o PS foi eleito em 2017 está completamente perdida apenas oito anos depois, com uma liderança longe não só dos munícipes como do próprio 'staff' da Câmara. É algo difícil de medir, mas é palpável”. Referindo que a lista da IL envolve “uma equipa jovem, mas com experiência profissional”, o candidato resume as suas propostas à intenção de “dar nova vida a Oliveira de Azeméis” e enquadra-as em quatro áreas temáticas. A primeira está relacionada com a dicotomia “município rico, município pobre” e representa “a vontade de baixar impostos e taxas, desburocratizar [os serviços] e aproximar” a estrutura autárquica da população, o que, em termos concretos, incluirá “o aumento do Benefício Municipal em IRS e a descida das taxas de saneamento”. Essa rede pública, juntamente com a de distribuição de água, constitui a segunda grande preocupação de Ricardo Campelo Magalhães, que realça que “Oliveira de Azeméis tem a segunda fatura de água mais cara do país” e, apesar do crescimento da estrutura de abastecimento, ainda exibe uma taxa de cobertura do território “abaixo de dois terços”. As outras propostas da IL prendem-se depois com centralidade e mobilidade. No primeiro caso, o candidato pretende “recentrar o concelho em si, com diversas políticas para consumir local, melhorar a mobilidade, reduzir o parqueamento pago – como prometido pelo executivo (…) – e melhorar o marketing do município”. Quanto à mobilidade, propõe-se acabar com a tendência do atual executivo para “deixar as estradas e os equipamentos do concelho sem manutenção para alcatroar as estradas em ano de eleições” e levar outras estruturas “ao ponto de precisarem de grandes intervenções, que sejam inauguráveis”. “Na IL somos pela eficiência, comprometendo-nos a fazer a manutenção das estradas e dos equipamentos quando necessário, para bem da população e do orçamento”, conclui. Com 45 anos e residente em Oliveira de Azeméis, Ricardo Campelo Magalhães tem um Mestrado em Economia Internacional pela Faculdade de Economia do Porto e é atualmente sócio-gerente da empresa de mediação de seguros Campelo de Magalhães. Antes disso, foi analista na empresa Finantech e consultor na auditora KPMG, em São Paulo, assim como ‘trader’ na então Fincor. “Em termos associativos, foi representante de Portugal no IREF (Institut de Recherches Économiques et Fiscales), organizador e professor dos chamados ‘Campos da Liberdade’ do Language of Liberty Institute e ‘blogger’ n’O Insurgente”, acrescenta. Já nível político, foi candidato da IL pelo distrito de Aveiro nas eleições legislativas de 2022 e 2025, sendo o atual líder da concelhia do partido em Oliveira de Azeméis. Além de Ricardo Campelo Magalhães pela IL, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Oliveira de Azeméis concorrem também Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega, Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP, e Joaquim Jorge Ferreira pelo PS. Esse último é o atual presidente da autarquia com 163 quilómetros quadrados e cerca de 70.000 habitantes. Tem maioria absoluta na Câmara e lidera a um executivo com seis eleitos socialistas e três vereadores sociais-democratas (pela coligação PSD/CDS), candidatando-se em outubro ao seu terceiro mandato.

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Reitor da UA e AAUAv mostram-se apreensivos em relação à redução de colocados no Ensino Superior
Universidade

Reitor da UA e AAUAv mostram-se apreensivos em relação à redução de colocados no Ensino Superior

Conforme noticiado pela Ria, o número de estudantes colocados na 1.ª fase sofreu uma quebra sem precedentes: menos 6.064 alunos, o que corresponde a uma redução de 12,1% face a 2024. Na UA, a tendência foi semelhante, com uma descida significativa. Enquanto no ano passado apenas 1,2% das vagas ficaram por preencher, este ano a taxa subiu para 17,1%. Das 2.334 vagas disponíveis, 400 não foram ocupadas. No entendimento de Paulo Jorge Ferreira a quebra deve-se a algo que “ocorreu este ano e que não ocorreu nos outros”. O também presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) defende que uma maior taxa de retenção no 12º ano pode ajudar a justificar o menor número de colocados. Embora acredite que menos alunos tenham conseguido concluir o ensino secundário no último ano, o responsável reconhece não ter ainda uma explicação definitiva para a diminuição registada. Uma das possibilidades prende-se com a mudança nas condições de acesso ao Ensino Superior, nomeadamente com a exigência do exame nacional de português. Segundo Paulo Jorge Ferreira, a obrigatoriedade de realizar a prova pode ter gerado um “problema” e reduzido o lote de potenciais candidatos às universidades e institutos politécnicos. O reitor afasta, contudo, a hipótese de a quebra estar relacionada com fatores demográficos, lembrando que “há 18 anos não houve uma redução de 15% nos nascimentos”. Ao mesmo tempo, considera que “15% dos jovens não se desconvenceu da importância de uma formação superior”. Apesar de tudo, o reitor mantém alguma esperança de que haja uma recuperação na segunda fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Depois de estarem colocados todos os candidatos, Paulo Jorge Ferreira pede que se analisem os números com “frieza”. Olhando para o caso concreto da UA, Paulo Jorge Ferreira nota que a instituição sentiu mais o impacto porque, no último ano, as vagas estavam “virtualmente quase todas preenchidas”. No país, acredita que a UA segue a tendência das regiões homólogas, onde a pressão e a procura são ligeiramente inferiores às registadas em Lisboa e no Porto. O reitor nota também que a UA foi especialmente afetada no sentido em que, nalgumas das áreas que tem forte representação, houve uma “redução muito drástica” do número de candidatos a nível nacional. O curso de Engenharia de Computadores e Informática é o curso da UA que mais vagas sobrantes deixa para a 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, ainda com 46 lugares por preencher. O curso de Biologia deixa 42 vagas e o curso de Ciências do Mar deixa 27. Alguns cursos, como Geologia ou Meteorologia, Oceanografia e Clima, só tiveram um aluno colocado. Joana Regadas considera que os números merecem “muita reflexão”. Sendo a Universidade de Aveiro uma instituição que tem um “programa curricular diferenciado que capta muitos estudantes”, é preciso, no entender da dirigente associativa, perceber porque é que este ano isso não foi suficiente para cumprir os objetivos. Os custos associados à frequência no Ensino Superior em Aveiro podem ser parte da explicação, acredita. A crença é sustentada pelas conversas que diz já ter tido esta manhã, dia 25 de agosto, com alguns pais dos novos estudantes. Joana Regadas conta que no centro das preocupações têm estado os custos do alojamento na cidade: “Muitos pais querem encontrar um quarto e as opções são de 350 euros para cima. Os 350 na sua grande maioria são quartos sem contrato e sem recibo. Acredito que isto também esteja a pesar no momento de escolher Aveiro”. No entanto, a estudante não acredita que o aumento dos custos com o alojamento possa ser o único fator a justificar a quebra. Cautelosa, Joana Regadas defende que é preciso esperar pela segunda fase de candidaturas para poder tirar conclusões. Aí, será possível observar se os estudantes preferiram optar pelo privado ao invés do público e que tipo de mudanças existem no acesso ao ensino politécnico. Ainda como hipótese, Joana Regadas nota que é preciso refletir sobre o possível impacto da alteração das condições de acesso ao Ensino Superior e da desinformação associada. No mesmo sentido, a dirigente acrescenta que é importante questionar se as pessoas deixaram de ver valor nas universidades. A presidente da AAUAv não deixa de se mostrar preocupada com o que os números podem representar a longo prazo. Conforme afirma , se a tendência se mantiver no próximo dez anos, Portugal vai passar a ter um mercado de trabalho “enfraquecido”. Com as matrículas já a decorrer, Joana Regadas alerta ainda para o perigo de haver quem se matricule, mas que depois não seja capaz de suportar a despesa que a frequência na universidade significa. A “sobrelotação” da cidade de Aveiro traz problemas acrescidos e o preço da habitação, somado aos restantes encargos financeiros associados, representa um novo orçamento para as famílias. A mesma questão é levantada por Paulo Jorge Ferreira. O reitor da UA recorda que no último ano houve instituições que chegaram a preencher 100% das vagas e que tinham transitado para a 2ª fase do concurso em desvantagem. O problema deve-se sobretudo às dificuldades em encontrar alojamento a preços comportáveis. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira crê que as medidas tomadas pelas instituições para aumentar a capacidade de alojamento vão mitigar o problema. A segunda fase de candidaturas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior começou hoje, dia 25, e termina no próximo dia 3 de setembro.

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CIS reporta pedidos de ajuda sobre imagens sexuais de menores criadas com IA
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CIS reporta pedidos de ajuda sobre imagens sexuais de menores criadas com IA

À agência Lusa, o CIS salienta que a produção ilegal de conteúdo sexual de menores com IA provém de "pares ou colegas de escola, e são partilhadas através de grupos de WhatsApp e por vezes publicadas em ‘stories’ do Instagram”. O CIS refere que este tipo de conteúdo tem sido amplificado pela IA que possibilita criar, rapidamente, ‘sites’ inteiros com diferentes tipos de conteúdo. “Atualmente, qualquer imagem ou vídeo pode ser gerado de forma rápida, gratuita e acessível a qualquer pessoa, e em qualquer lugar. Estes conteúdos podem, ou não, ser realistas, e podem, ou não, incluir áudio”, menciona o centro. Recentemente, um relatório da Internet Watch Foudation (IWF) revelou que o abuso sexual infantil gerado com IA aumentou 400% no primeiro semestre do ano, tendo sido detetadas 210 páginas ‘online’ com este tipo de conteúdo. Neste sentido, o CIS afirma que “não existe, pelo menos para o grande público, uma tecnologia capaz de identificar, de forma eficaz, se um conteúdo foi gerado artificialmente no momento. Tal como aconteceu com outras tecnologias ao longo da história, ferramentas criadas com determinados fins, são rapidamente usadas para fins maliciosos, tais como gerar imagens difamatórias ou íntimas”. O CIS explica que a partir do momento em que imagens de jovens estão disponíveis ‘online’, qualquer pessoa pode utilizá-las para gerar material sexual artificial, manipulando digitalmente a imagem, “tornando-se mais fácil criar identidades falsas para abordar crianças e jovens, facilitando processos de aliciamento ou obtenção de conteúdo sexual ilegal”. Além disso, “já existem inúmeras plataformas cujo único objetivo é criar imagens íntimas de mulheres, uma realidade que rapidamente se estendeu ao conteúdo sexual de menores”. Na semana passada, o Facebook encerrou um grupo italiano com quase 32.000 utilizadores no qual eram partilhadas e comentadas fotos de mulheres em momentos de intimidade, presumivelmente sem a sua permissão, após várias denúncias recebidas.  Nesta matéria, os perigos passam pela exposição de menores, manipulação de imagens, risco de aliciamento, chantagem e danos psicológicos, bem como a circulação rápida e difícil de controlar dos vários tipos de conteúdos. As denúncias que chegam ao CIS têm origem na Linha Internet Segura (LIS), operacionalizada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que “integra um serviço de denúncia de conteúdos ilegais ‘online’”. O CIS é coordenado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e resulta de um Consórcio que envolve a DGE - Direção-Geral da Educação, o IPDJ - Instituto Português do Desporto e Juventude, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a APAV e a Microsoft Portugal.