Mais de 120 velejadores esperados na regata das "4 Horas da Costa Nova"
Mais de 120 velejadores, distribuídos pelas diferentes classes são esperados nos dias 30 e 31 na regata das “4 Horas da Costa Nova”, disse hoje Paulo Ramalheira, presidente do Clube de Vela da Costa Nova.
Redação
A “festa das Regatas à Vela” está de regresso à Costa Nova, retomando as “4 Horas da Costa Nova”, uma das mais antigas provas desportivas da Ria de Aveiro, este ano com a estreia da modalidade de pranchas à vela (“Windsurf).
Paulo Ramalheira disse aguardar que na edição deste ano das 4 Horas da Costa Nova participem mais de 120 de velejadores distribuídos pelas diferentes classes e categorias de vela ligeira e cruzeiros de patilhão móvel, embarcações clássicas e pranchas à vela. “Esta é uma prova desportiva com um forte pendente de lazer e de convívio entre todas as tripulações”, salienta Paulo Ramalheira.
Organizada pelo Clube de Vela Costa Nova (CVCN), a 44ª Edição da Regata das 4 Horas da Costa Nova arranca no dia 30 de agosto, a meio da tarde, registando-se este ano a particularidade de a prova se disputar ao longo dos dois dias na Costa Nova do Prado.
No primeiro dia, a regata será mais técnica, para que os velejadores possam revelar a sua perícia e capacidade de desempenho, enquanto no domingo, “a prova será mais uma jornada de convívio, lazer e de promoção da modalidade”. “Aguardamos com expectativa a participação de atletas de Windsurf, que assim poderão fazer história participando, em estreia, nesta icónica regata do Clube de Vela Costa Nova”, refere Paulo Ramalheira.
Já quanto ao segundo dia e ao longo da manhã, “a frota irá evoluir e dar espetáculo ao longo da frente ria da Costa Nova, que, assim, se irá transformar num anfiteatro natural de onde se vão poder ver os veleiros evoluir nas águas do Canal de Mira”.
“A Regata das 4 Horas da Costa Nova é um instrumento de promoção da vela como desporto de eleição na Ria de Aveiro, nas suas componentes de escola, competição e lazer, e é, justamente, por isso que optamos por “trazer” a prova para junto do público, que irá por certo acorrer em grande número à muralha da Costa Nova”, justifica o presidente do CVCN.
Tirando partido da realização das 4 Horas da Costa Nova, é assinalado o Dia do Clube, com um convívio noturno no dia 30, e haverá ainda uma homenagem póstuma ao antigo presidente da direção, David Calão. O programa compreende ainda a apresentação do livro “Monografia do Barco Moliceiro – 200 Anos de História”, com a presença do autor, João Senos da Fonseca.
A cerimónia de Entrega de Prémios das 4 Horas da Costa Nova terá lugar no domingo, dia 31, pelas 15:00, nas instalações do Clube.
Recomendações
Autárquicas: Professor Nelson Martins corre pelo PS a Vale de Cambra e quer mais população
O docente da Escola EB 2/3 de Dairas diz que as suas propostas partem “de um conhecimento profundo acerca da realidade sociológica, ambiental, económica e natural do concelho” e, em caso de eleição, identifica “12 pilares” como os essenciais da sua estratégia. Um deles é “o crescimento populacional no interior do município”, através de medidas como “incentivos fiscais, apoios financeiros à natalidade, redução de taxas aos empreendedores das zonas rurais e apoio à construção ou requalificação de primeira moradia”. Na lista de prioridades da sua atuação consta também “a rentabilização dos recursos humanos e financeiros da autarquia, começando por perceber quem são, o que fazem e o que se poderá fazer com pessoas, equipamentos e infraestruturas, privilegiando-se a cultura do mérito como forma de promover a excelência”. Outras apostas são “a transparência e a equidade nos atos de gestão, priorizando o rigor e a rentabilização em vez do despesismo e da prática de medidas avulso que nada acrescentam” e ainda “a proximidade aos munícipes, com visitas regulares às várias localidades e o compromisso de, junto das mesmas, servir o interesse coletivo e não se subjugar ao mando de alguns”. Outros eixos da atuação de Nelson Martins são: o alargamento da rede de abastecimento de água ao domicílio e saneamento; a promoção da mobilidade e eficiência dos transportes, com a introdução de um circuito “que permita que as pessoas das localidades mais afastadas se possam deslocar à sede do concelho”; o reforço dos apoios ao movimento associativo; e articulação com os municípios vizinhos, para se tirar proveito dos territórios e potenciar o desenvolvimento da comunidade”. As outras quatro promessas do candidato são “o aproveitamento das oportunidades potenciadas pelo Portugal 2030”, a criação de uma incubadora de empresas, a adoção de medidas para “melhorar a qualidade de vida dos mais fragilizados” e o apoio “a quem cuida de animais de companhia”. Em paralelo à sua carreira docente, Nelson Martins fundou em 1992 o boletim informativo da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra, e desenvolveu atividade como investigador da história do concelho. Trabalhou também com as camadas jovens do Hóquei Académico de Cambra, sendo que integrou ainda a estrutura local da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e, na sequência de duas candidaturas autárquicas, em 2013 e 2017, exerceu igualmente funções de vereador no executivo camarário. Além de Nelson Martins pelo PS, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Vale de Cambra também concorrem Manuel Campos pelo Chega, André Martins Silva pelo CDS-PP e Miguel Aguiar Soares pelo PSD. Nessa autarquia com 147,3 quilómetros quadrados e cerca de 25.900 habitantes, o executivo camarário é atualmente constituído por cinco eleitos do CDS, um do PS e outro do PSD.
Autárquicas: Joaquim Jorge Ferreira concorre a terceiro mandato pelo PS em Azeméis
Segundo explica hoje à Lusa o cabeça de lista desse município do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, o objetivo é rentabilizar o potencial das infraestruturas já existentes no território. “Em 2017, iniciámos um novo ciclo autárquico no concelho, com o objetivo bem definido de o tornar um dos melhores do país para viver, investir e trabalhar”, começa por referir o autarca socialista. “Esse propósito pressupunha uma transformação nas condições de base do concelho, que eram profundamente penalizadoras, como a ausência de infraestruturas básicas de água e saneamento, mas também requeria a alteração das dinâmicas e capacidade de atração de investimentos e construção”, recorda. Destacando “a construção de infraestruturas básicas, a requalificação de todas as zonas industriais, a construção de equipamentos essenciais como o Parque Urbano ou a recuperação de edifícios como o Teatro Municipal”, Joaquim Jorge Ferreira diz que “a prioridade é agora potenciar ao máximo as dinâmicas que estas novas condições podem criar”. “Concluir este processo de transformação e tornar Oliveira de Azeméis um dos mais relevantes concelhos exige a continuação deste trabalho sério e empenhado”, defende. “Com a nossa diversidade industrial, a riqueza do nosso movimento associativo e os muitos investidores que hoje nos procuram, temos finalmente todas as condições para sermos um dos melhores concelhos do país”, afirma. Com 62 anos de idade, Joaquim Jorge Ferreira é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, ao longo da sua carreira profissional, trabalhou sobretudo como empresário na área das tecnologias de informação e comunicação. Antes de assumir a presidência da Câmara de Oliveira de Azeméis, em 2017, também foi membro da Assembleia Municipal local e vereador do PS. Além desse candidato, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro concorrem também, em Oliveira de Azeméis, Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega e Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP. A autarquia é atualmente liderada pelo PS com maioria absoluta, num executivo integra seis socialistas e três sociais-democratas (eleitos pela coligação PSD/CDS).
Câmara de Estarreja abre candidaturas para recuperação de casas degradadas
“Decorre em setembro, no Gabinete de Atendimento ao Munícipe de Estarreja (GAME), o período de candidaturas ao programa Casa Melhor – Melhoria de Habitações Degradadas de Munícipes Carenciados de Estarreja”, informa a Câmara em nota de imprensa. O “Casa Melhor” prevê “o apoio financeiro não reembolsável para a execução de obras em habitação própria e permanente, de cidadãos social e economicamente desfavorecidos”. “Dotar as habitações de conforto, acessibilidade, salubridade e de segurança” são objetivos do programa, que já vai na sua 23.ª edição. O “Casa Melhor é um programa lançado anualmente pela Câmara Municipal de Estarreja “com o objetivo de apoiar cidadãos residentes no concelho” na recuperação das suas casas, que “não possuam capacidade financeira para custear a sua realização”. De acordo com a nota de imprensa, são contempladas obras de conservação ou de melhoria das condições de segurança e mobilidade nas habitações. Os candidatos devem residir no concelho há pelo menos dois anos e cumprir outros requisitos, como o rendimento familiar per capita não ser superior ao salário mínimo nacional. O imóvel tem também de ser propriedade do candidato, que não pode possuir outra habitação, nem ter beneficiado do apoio do programa nos últimos cinco anos.
Espinho: Ricardo Sousa fez queixa no Constitucional contra a candidatura de Jorge Ratola
Conforme adiantou Ricardo Sousa à Agência Lusa, depois de se terem esgotado os meios internos para “repor a legalidade dos atos”, o social-democrata diz ter dado entrada no Tribunal Constitucional de uma ação para anular a deliberação da Comissão Política Nacional do PSD. Recorde-se que a discussão sobre a candidatura a Espinho começou em novembro, quando a concelhia aprovou o nome de Ricardo Sousa como candidato à Câmara Municipal de Espinho. Mais tarde, em julho, foi anunciado pela distrital do PSD, por indicação da hierarquia nacional, que seria Jorge Ratola, atual adjunto do Primeiro-Ministro e ex-vice-presidente da Câmara de Aveiro, o cabeça-de-lista. Aquando da nomeação de Jorge Ratola, Ricardo Sousa classificou a alteração como um “ajuste de constas pessoal” do primeiro-ministro Luís Montenegro. Apoiado por mais 110 militantes, o presidente da concelhia pediu a impugnação da candidatura. De acordo com a Lusa, Conselho de Jurisdição Nacional do PSD não deu razão a Ricardo Sousa com base em dois argumentos que o queixoso considera “facilmente desmontáveis”: uma sondagem em que “supostamente o candidato indicado pela secção local não estaria bem colocado” e o desrespeito pelo calendário eleitoral “por um pretenso documento de orientação estratégica aprovado pela Comissão Política Nacional do PSD a 11 de dezembro de 2024”. Ricardo Sousa aponta que, no primeiro caso, a concelhia nunca foi consultada sobre a sondagem, que não teve acesso aos números exatos, que o estudo de opinião não tinha Jorge Ratola como uma das alternativas e que “os estatutos do PSD não fazem nenhuma referência a sondagens, quanto mais a estas serem causa de exclusão de um candidato”. No segundo caso, o presidente da concelhia afirma que “os estatutos também não definem nenhum tipo de calendário ou ‘timing’ para a Comissão Política de Secção indicar o seu candidato à câmara municipal” e nota que houve candidatos definidos em “pelo menos mais 18 concelhos” antes da aprovação do tal documento.
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‘Aliança’ entrega listas para Aveiro com “renovação profunda” e com muitos apoiantes presentes
“Ele não costuma participar na entrega [das listas]”, escusou-se o candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto, que garante estar em contacto “quase diário” com Ribau Esteves. Lembrado que o atual presidente acompanhou Luís Montenegro ao Tribunal aquando da entrega de listas da AD no círculo eleitoral de Aveiro para as eleições legislativas do passado dia 18 de maio, Luís Souto considera que se tratava de “outro contexto”. O cabeça-de-lista da “Aliança” sublinha que o autarca tem cumprido os mínimos no apoio à sua candidatura e admite que “se ele, entretanto, tiver um bocadinho de agenda e entenda [aparecer numa ação de campanha], nós ficaríamos muito felizes”. Apesar do atual presidente da CMA ter sido muito crítico, numa fase inicial, da opção tomada pelo primeiro-ministro ao indicar Luís Souto como candidato à autarquia, a verdade é que Ribau Esteves já veio assumir o apoio à candidatura e Luís Souto parece cada vez mais alinhado com o edil aveirense. O candidato e o aparelho partidário acreditam que, depois de tempos mais agitados, Ribau Esteves vai gradualmente participar nas iniciativas e mostrar que o partido está unido no essencial: impedir que o Partido Socialista e Alberto Souto voltem a governar a autarquia. Entre as bandeiras do PSD e da coligação - ainda com o nome ‘Aliança Mais Aveiro’ - Luís Souto foi tirando fotografias com todas as equipas candidatas aos órgãos autárquicos do Município, agradecendo sempre a presença das diferentes listas das freguesias. Entre as fotos, o candidato surgiu junto à equipa que o acompanha na disputa pela Câmara Municipal e que agora se deu finalmente a conhecer. Nas palavras de Luís Souto, é uma “renovação profunda” para dar um “sinal de novo ciclo”. Entre os candidatos que surgem em lugar elegível, apenas a vereadora Ana Cláudia Oliveira, indicada pelo CDS-PP, é uma repetição nas listas. A principal surpresa foi Rui Santos, atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos, que é o número dois de Luís Souto. O cabeça-de-lista enaltece a “experiência política” do colega e afirma que a escolha “dá um sinal importante de que Aveiro está muito para além dos limites do concelho”. Depois de ter criticado Alberto Souto, candidato do Partido Socialista, por ser candidato sem residir no concelho de Aveiro, Luís Souto recusa qualquer hipocrisia ou semelhança: “Eu disse que era vantajoso que o presidente da Câmara de Aveiro seja residente em Aveiro para ser coerente com todas as medidas que ele próprio vai tomar […]. Acho um princípio interessante de que o presidente seja alvo das medidas que ele toma”. Para número quatro da lista à Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto escolheu Pedro Almeida, que é professor convidado na Universidade de Aveiro e ex-diretor do PCI - Parque da Ciência e da Inovação. De acordo com o cabeça-de-lista, a escolha “traz consigo a aposta na digitalização, na modernização dos processos e na inovação”. Nesse sentido, o candidato aproveitou para responder à oposição, que se tem mostrado contra o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, embora sem nunca mencionar o processo. Luís Souto diz que tem vindo a assistir a uma “cruzada que já não é só do Partido Socialista” contra o investimento em Aveiro, numa referência aos restantes candidatos que têm partilhado a sua opinião contra o projeto. No entanto, embora defenda que Ribau Esteves continua a ter “plena legitimidade formal e política” para tomar decisões até ao final do seu mandato, o candidato não se comprometeu em não fazer qualquer alteração aos últimos projetos do atual presidente, caso venha a ser eleito. Durante a conversa com os jornalistas, Luís Souto teve ainda tempo de piscar o olho ao eleitorado do Chega. O cabeça-de-lista da “Aliança” nota que o aparecimento desta força política “só pode favorecer o Partido Socialista”, porque vai roubar espaço ao centro-direita, até agora nas mãos da coligação. Por ainda acreditar ser representante dessa ala política, o candidato deixa um apelo aos aveirenses que “tenham uma admiração pelo Chega a nível nacional”, algo que diz respeitar, e por André Ventura, cujas qualidades “ninguém pode negar”: “Não vejo razão para que não se possam rever neste espaço, que tem sido o espaço de toda esta área”. Foi há poucos meses que Luís Souto se apresentou aos aveirenses como candidato à autarquia aveirense pela coligação ‘Aliança com Aveiro’. Numa sessão pública de apresentação da candidatura, numa unidade hoteleira da cidade, Luís Souto deixava claro aquela que passaria a ser uma das suas linhas orientadoras: inovação, mas sem rutura com o passado. O candidato escolhido por Luís Montenegro assumia assim que pretendia dar continuidade ao “bom trabalho” que reconhece à atual liderança de Ribau Esteves, mas também prometia “elementos de inovação”. Foi o que aconteceu. Depois de toda a polémica associada à sua escolha como candidato à CMA, não era expectável que a maioria dos elementos da equipa de Ribau Esteves surgisse nas novas listas autárquicas - e acabou por se confirmar. Tal como a estratégia seguida por Alberto Souto, também Luís Souto optou por uma renovação profunda das listas da coligação à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. Do atual Executivo Municipal, apenas Ana Claúdia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro, transita para a lista à Câmara Municipal, sendo que as restantes escolhas são caras novas e várias com ligações à Universidade de Aveiro, em lugares elegíveis. A grande surpresa é, inevitavelmente, a escolha de Rui Santos, advogado, ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vagos, entre 2009 e 2013, e atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos - cargo que exerce desde 2017. Figura próxima de Silvério Regalado (presidente da Câmara Municipal de Vagos até 2024 e atual secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território), Rui Santos começou a ser visto ao lado de Luís Souto pouco tempo depois do anúncio da sua candidatura à autarquia aveirense. Nos bastidores do partido fala-se que a sua entrada no núcleo duro de Luís Souto resulta de uma indicação de Silvério Regalado e da distrital do PSD, com o objetivo de acrescentar experiência política à coligação. Nos sociais-democratas reconhece-se como desvantagem o facto de Rui Santos não ser visto como um “homem de Aveiro”, mas acredita-se que a sua rodagem autárquica é essencial para complementar a ação governativa de Luís Souto. Opinião diferente tem o núcleo duro de Ribau Esteves, onde há quem considere que a entrada de Rui Santos é uma forma de posicionar Silvério Regalado como futuro pretendente à autarquia de Aveiro, depois de ter sido apontado como um dos nomes mais falados já para esta eleição. Em terceiro lugar surge, sem surpresas, Ana Cláudia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro e vereadora de Ribau Esteves com os pelouros da Mobilidade, Transportes e Obras Particulares. É a única integrante da equipa de Luís Souto, em lugares elegíveis, com experiência executiva numa Câmara Municipal. Caso a coligação vença, é expectável que reforce responsabilidades no Executivo, capitalizando o conhecimento adquirido nos últimos anos. Já como número 4 e 5, Luís Souto optou por fugir da ‘bolha partidária’ e escolheu duas figuras independentes, com percurso profissional relevante. Curiosamente, há duas coisas em comum na estratégia de Luís Souto e Alberto Souto na composição das listas: a opção por colocarem nos lugares cimeiros candidatos mais ligados às estruturas partidárias e a opção por colocarem logo de seguida figuras independentes com passado ligado à Universidade de Aveiro. É o caso de Pedro Almeida, número 4 da lista da ‘Aliança com Aveiro’. Formou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro e iniciou a sua carreira como investigador no IEETA - Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, entre 2000 e 2007. Ao longo dos últimos anos, conta com passagens pela Inova-Ria, como presidente da direção, e pela Associação de Antigos Alunos da UA como vice-presidente. Mas o seu percurso profissional foi essencialmente na Associação Fraunhofer Portugal Research, uma organização privada sem fins lucrativos criada pela Fraunhofer-Gesellschaft - o maior instituto de investigação aplicada da Europa - em parceria com entidades portuguesas. Desde novembro de 2013 que está ligado a esta associação, tendo apenas feito uma pausa para assumir a direção-geral do Parque da Ciência e Inovação (PCI), depois de ser proposto para estas funções pelo maior acionista do parque: a Universidade de Aveiro. Em quinto aparece Rui Marques Vieira, professor auxiliar com agregação no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e investigador do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da UA, onde tem desenvolvido estudos de investigação na área da formação de professores, desenvolvimento curricular, com destaque para a dimensão das capacidades de pensamento crítico, didática de educação em ciências para o ensino básico e educação para o desenvolvimento sustentável. Destaca-se ainda na candidatura à Câmara Municipal a indicação do CDS-PP de Inês Mineiro, empresária local que chegou a ser deputada municipal pelo partido em Aveiro, como número 6; a presença de António Granjeia, atual presidente do Clube dos Galitos, como suplente; e a escolha da ex-deputada do partido, Isménia Franco, para fechar a lista. Já na lista à Assembleia Municipal, Luís Souto opta também por um equilíbrio entre a renovação e a entrada de quadros com experiência em órgãos municipais. Tal como anunciado, a lista será liderada por Miguel Capão Filipe, indicado pelo CDS-PP. O atual vereador de Ribau Esteves será acompanhado de nomes como Armando Vieira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha e do conselho diretivo da ANAFRE, Joaquim Marques, ex-vereador do PSD nos tempos em que Alberto Souto era o presidente autarquia, Gonçalo Caetano Alves, ex-vereador e ex-presidente da concelhia do CDS-Aveiro e um empresário conhecido do setor privado da educação, ou de Maria Costa Veiga, atual secretária da Assembleia Municipal e uma pessoa próxima de Ângela Almeida, atual presidente da Junta de Freguesia de Esgueira. Fecha a lista o histórico autarca de São Bernardo, o atual presidente da Junta de Freguesia Henrique da Rocha Vieira. Destaca-se ainda a presença de Leonardo Maio e Ana Carlota Braga, presidentes da JSD e da JP, respetivamente, que garantem a presença de jovens na lista ao estarem em lugares elegíveis na lista à Assembleia Municipal. Recorde-se que no passado, a JSD-Aveiro chegou a ter um presidente em lugares elegíveis na lista à CMA: foi o caso de João Machado, atual vereador, nas eleições autárquicas de 2017. A Ria sabe que nos bastidores do partido há a consciência de que será difícil continuar a garantir a eleição de seis vereadores. Para além do partido estar a viver uma mudança de ciclo, com a saída de Ribau Esteves, há também o surgimento de novos partidos, que ajudam a dispersar o voto dos eleitores, e a expectativa que o Chega reforce significativamente o seu resultado. Apesar disso, o núcleo duro da candidatura e os seus militantes mais próximos continuam muito confiantes num vitória destacada, porque acreditam que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ tem uma enorme vantagem nas freguesias, onde o PS não tem qualquer presidência, e que os eleitores aveirenses não avaliam como positivo os mandatos de Alberto Souto à frente da autarquia, fruto da sua gestão financeira. 1. Luís Souto Miranda 2. Rui Santos 3. Ana Cláudia Oliveira 4. Pedro Almeida 5. Rui Marques Vieira 6. Inês Mineiro 7. Sílvia Ribau 8. Ricardo Matos 9. Teresa Christo Suplentes 1. Ana Estrela Esteves 2. António Granjeia 3. Célia Maio 4. João Jubero 5. Maria Brito 6. Rui Félix Duarte 7. Carlos Fonseca 8. Sandra Pereira 9. Isménia Franco 1. Luís Miguel Capão Filipe 2. Armando Vieira 3. Sónia Gomes 4. Joaquim Marques 5. Gonçalo Caetano Alves 6. Maria Costa Veiga 7. Leonardo Maio 8. Arlindo Tavares 9. Ana Carlota Braga 10. Manuel Cartaxo 11. Armando Peres 12. Ana Oliveira 13. Nuno da Paula 14. João Manuel Oliveira 15. Ana Salomé Ferreira 16. José Gonçalves 17. Manuel Veríssimo Marques 18. Bárbara Dias 19. Victor Oliveira 20. Maria Abreu 21. Luís Claro de Jesus 22. Joana Paixão 23. Eneide Ferreira 24. Eduardo Jardim 25. Ana Almeida 26. Rodrigo Frade 27. Henrique da Rocha Vieira Suplentes 28. Marta Lopes 29. Rui Almeida 30. João Rocha 31. Beatriz Santos 32. Danilo Almeida 33. António Carapinheira 34. Vânia Simões 35. Rogério Cachide 36. Manuel Casimiro 37. Mariana Tavares 38. Ricardo Sabino 39. Joaquim Ferreira 40. Isabel Ramos 41. Marisa Coutinho 42. Diogo Nascimento 43. André Estima Duarte 44. Lara Mendonça 45. Miriam Rocha 46. Ricardo Sá 47. Ana Moreira 48. Tomé Coutinho 49. Ana Catarina Silva 50. Anabela Nunes 51. Gonçalo Vieira 52. Pedro Torres 53. Flora Santos 54. Carlos Pais
Autárquicas: Professor Nelson Martins corre pelo PS a Vale de Cambra e quer mais população
O docente da Escola EB 2/3 de Dairas diz que as suas propostas partem “de um conhecimento profundo acerca da realidade sociológica, ambiental, económica e natural do concelho” e, em caso de eleição, identifica “12 pilares” como os essenciais da sua estratégia. Um deles é “o crescimento populacional no interior do município”, através de medidas como “incentivos fiscais, apoios financeiros à natalidade, redução de taxas aos empreendedores das zonas rurais e apoio à construção ou requalificação de primeira moradia”. Na lista de prioridades da sua atuação consta também “a rentabilização dos recursos humanos e financeiros da autarquia, começando por perceber quem são, o que fazem e o que se poderá fazer com pessoas, equipamentos e infraestruturas, privilegiando-se a cultura do mérito como forma de promover a excelência”. Outras apostas são “a transparência e a equidade nos atos de gestão, priorizando o rigor e a rentabilização em vez do despesismo e da prática de medidas avulso que nada acrescentam” e ainda “a proximidade aos munícipes, com visitas regulares às várias localidades e o compromisso de, junto das mesmas, servir o interesse coletivo e não se subjugar ao mando de alguns”. Outros eixos da atuação de Nelson Martins são: o alargamento da rede de abastecimento de água ao domicílio e saneamento; a promoção da mobilidade e eficiência dos transportes, com a introdução de um circuito “que permita que as pessoas das localidades mais afastadas se possam deslocar à sede do concelho”; o reforço dos apoios ao movimento associativo; e articulação com os municípios vizinhos, para se tirar proveito dos territórios e potenciar o desenvolvimento da comunidade”. As outras quatro promessas do candidato são “o aproveitamento das oportunidades potenciadas pelo Portugal 2030”, a criação de uma incubadora de empresas, a adoção de medidas para “melhorar a qualidade de vida dos mais fragilizados” e o apoio “a quem cuida de animais de companhia”. Em paralelo à sua carreira docente, Nelson Martins fundou em 1992 o boletim informativo da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra, e desenvolveu atividade como investigador da história do concelho. Trabalhou também com as camadas jovens do Hóquei Académico de Cambra, sendo que integrou ainda a estrutura local da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e, na sequência de duas candidaturas autárquicas, em 2013 e 2017, exerceu igualmente funções de vereador no executivo camarário. Além de Nelson Martins pelo PS, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Vale de Cambra também concorrem Manuel Campos pelo Chega, André Martins Silva pelo CDS-PP e Miguel Aguiar Soares pelo PSD. Nessa autarquia com 147,3 quilómetros quadrados e cerca de 25.900 habitantes, o executivo camarário é atualmente constituído por cinco eleitos do CDS, um do PS e outro do PSD.
Autárquicas: Joaquim Jorge Ferreira concorre a terceiro mandato pelo PS em Azeméis
Segundo explica hoje à Lusa o cabeça de lista desse município do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, o objetivo é rentabilizar o potencial das infraestruturas já existentes no território. “Em 2017, iniciámos um novo ciclo autárquico no concelho, com o objetivo bem definido de o tornar um dos melhores do país para viver, investir e trabalhar”, começa por referir o autarca socialista. “Esse propósito pressupunha uma transformação nas condições de base do concelho, que eram profundamente penalizadoras, como a ausência de infraestruturas básicas de água e saneamento, mas também requeria a alteração das dinâmicas e capacidade de atração de investimentos e construção”, recorda. Destacando “a construção de infraestruturas básicas, a requalificação de todas as zonas industriais, a construção de equipamentos essenciais como o Parque Urbano ou a recuperação de edifícios como o Teatro Municipal”, Joaquim Jorge Ferreira diz que “a prioridade é agora potenciar ao máximo as dinâmicas que estas novas condições podem criar”. “Concluir este processo de transformação e tornar Oliveira de Azeméis um dos mais relevantes concelhos exige a continuação deste trabalho sério e empenhado”, defende. “Com a nossa diversidade industrial, a riqueza do nosso movimento associativo e os muitos investidores que hoje nos procuram, temos finalmente todas as condições para sermos um dos melhores concelhos do país”, afirma. Com 62 anos de idade, Joaquim Jorge Ferreira é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, ao longo da sua carreira profissional, trabalhou sobretudo como empresário na área das tecnologias de informação e comunicação. Antes de assumir a presidência da Câmara de Oliveira de Azeméis, em 2017, também foi membro da Assembleia Municipal local e vereador do PS. Além desse candidato, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro concorrem também, em Oliveira de Azeméis, Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega e Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP. A autarquia é atualmente liderada pelo PS com maioria absoluta, num executivo integra seis socialistas e três sociais-democratas (eleitos pela coligação PSD/CDS).
Autárquicas: Ana Rita Moreira será a candidata do PAN à Câmara de Aveiro
A candidata tem 24 anos, é natural da Covilhã e reside em Aveiro há quatro anos. Apesar de não ter experiência política, em entrevista à Ria, garantiu que a entrega será “total e a disponibilidade também”. À Ria acrescentou também que a equipa será “coesa” e com “objetivos definidos”. Para estas eleições autárquicas, Ana Rita Moreira assegurou que o programa do PAN Aveiro assentará em quatro “grandes prioridades”: habitação; mobilidade; proteção animal e espaços verdes. No que toca ao primeiro campo reconheceu que a questão da oferta e da procura é “muito complexa”. “Há um grande problema a nível nacional, mas aqui na zona de Aveiro é uma questão que tem de ser trabalhada”, frisou. Para tal, a candidata revelou que o partido quer aumentar a “oferta da habitação pública e garantir soluções acessíveis e sustentáveis”. Relativamente à mobilidade, a cabeça de lista apelou à promoção de transportes públicos “mais eficientes e acessíveis”, bem como ao melhoramento das ligações entre o centro de Aveiro e as próprias freguesias. Na proteção animal sublinhou um maior investimento no centro de recolha oficial de animais de companhia, assim como nas campanhas de esterilização. No que toca aos espaços verdes, o partido quer trazer para a cidade de Aveiro “mais zonas acessíveis e levar a cabo a manutenção e o cuidado dessas mesmas áreas”, alegando ser essencial para o bem-estar das pessoas. Ao contrário dos restantes partidos que já procederam à entrega de listas de candidatos no tribunal, o PAN Aveiro apenas concorrerá à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. O partido procederá à entrega de listas a estes órgãos autárquicos na tarde de hoje, dia 18. Recorde-se que nas últimas autárquicas, em 2021, o PAN apresentou-se coligado com o PS, tendo a coligação “Viva’Aveiro” alcançado “26%” dos votos. Em 2017, quando concorreu sozinho, o partido [PAN] obteve “3,29%”, com o PS a somar “30,97%”. Lembre-se ainda que já, em entrevista à Ria, no âmbito do podcast eleições autárquicas, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, exprimiu que na sua opinião a coligação [com o PAN] tinha “falhado”. “Falhou o recurso a determinadas pessoas da sociedade civil, que em determinado momento até podem ter tido uma ação que foi importante, em determinado contexto e muito circunscrito, como por exemplo a questão do líder do movimento ‘Juntos pelo Rossio’, mas que em sede de eleições autárquicas acabou por revelar que não foram as decisões ideais para melhorarmos o nosso resultado”, opinou também.