Ovos fazem subir preço do pão-de-ló de Ovar, mas quase não afetam doces de Arouca
O aumento do custo dos ovos fez aumentar 10 a 15% o preço do pão-de-ló de Ovar, mas terá menos repercussão nas variedades desse bolo e nos doces conventuais do concelho vizinho de Arouca.
Redação
É a própria presidente da Associação de Produtores de Pão-de-Ló de Ovar, Alda Almeida, a explicar à Lusa: “Os preços já aumentaram em março, quando começámos a receber os ovos muito mais caros. Cada produtor gere a sua casa como bem entende, sem influência da associação, mas, no geral, o quilo vai aumentar dois ou três euros”.
No seu próprio estabelecimento, que não atualizou os preços no Natal, Alda cobra agora 20 euros pelo que antes custava 18. Noutras casas, o pão-de-ló cremoso enformado em papel passou de 19 para 21 euros, e há ainda aquelas onde a iguaria “agora chega aos 22 e 23”.
Expectativas de diminuição do preço não há: “Depois da Páscoa, a caixa de 360 ovos pode descer um ou dois euros, mas, isso não se vai repercutir no pão-de-ló. Só em termos técnicos, uma mudança de preço custa tanto a alterar no sistema de faturação que não se justifica o trabalho por tão pouco”.
Já no outro concelho do distrito de Aveiro, a casa “Pão-de-ló de Arouca”, fundada por Angelina Teixeira Pinto e agora gerida por Tiago Brandão, admite que atualizou os preços, mas garante que os que está a praticar na Páscoa “não refletem o aumento real do custo dos ovos” porque, caso contrário, “ia vender muito menos”.
Dos doces com mais saída nesta época, a casa destaca três: a variedade chamada “bôla” de pão-de-ló, que tem a forma tradicional, mas, cozida em forno a lenha, exibe uma camada superior de açúcar; a típica “fatia” de pão-de-ló, que se apresenta como um bloco mais húmido encharcado em calda açucarada; e, de criação mais recente, o “pão-de-ló cremoso”, que, maciço e redondo, parece um queijo da serra, tem uma superfície central esbranquiçada e, logo sob essa camada de açúcar, revela um topo cremoso e uma base consistente, que lhe permite que seja cortado à fatia em vez de comido à colher como o seu congénere vareiro – e que, por encomenda, também está disponível em chocolate.
O quilo da bôla mais simples custa agora 18,5 euros por quilo, o que Tiago diz que é pouco. “Só aumentou 85 cêntimos quando, no mínimo, devia custar mais 1,80 euros, porque não é só o preço dos ovos que está em causa: são também os aumentos salariais, o custo da eletricidade, da água” e até da lenha.
Sujeito à mesma inflação está o gás, que não se usa no fabrico do pão-de-ló, mas se aplica na confeção de outros doces locais como os melindres e até as cavacas, que alguns comem duras como são e “a maioria gosta de molhar no vinho”, seja o de mesa, como fazem alguns seniores, ou o do Porto, como preferem gerações mais jovens.
Em todo o caso, as reservas já começaram a chegar há semanas e, se tudo correr bem, até domingo Tiago Brandão conta vender “umas 6.000 bôlas de pão-de-ló”. Mas são muito milhares mais os melindres, por exemplo, que as senhoras vão confecionando nessa casa, onde, por estes dias, há sete pessoas ao serviço de cozinha e balcão, e outras oito só para embalar produtos.
“Isto não pára”, afirma Tiago. “Começamos às três da manhã e não temos hora para parar”, acrescenta, em referência a uma labuta que tanto se destina a satisfazer os pedidos entregues em mão como as encomendas online.
Na “Loja dos Doces Conventuais”, de Jorge Bastos, também há mais azáfama por estes dias, com oito funcionários na cozinha e 16 ao balcão, dispersos pelos estabelecimentos fixos de Arouca e Porto, e pelo sazonal de Gaia. Cheira bem logo à entrada, a amêndoas e ovos, e há uma mesa inteira forrada a pasta granulada cor-de-laranja, que senhoras exímias moldam em linha: uma faz da massa um rolo, outra desfaz o rolo em pequenos cubos e enfarinha-o, e as seguintes transformam cada cubo numa bolinha ovalada que dispõem sobre os tabuleiros e marcam com um garfo no topo, para lhe dar uns risquinhos de textura.
Essas castanhas doces que vão depois a assar na brasa são das iguarias mais procuradas em Arouca, cumprindo a mesma receita que as freiras do mosteiro local da Ordem de Cister criaram há séculos, mas para as mesas pascais também se procuram os tradicionais charutos e morcelas, a que se juntam agora receitas contemporâneas como pedras parideiras, ovos de pega e doce de chila.
Só de castanhas doces, por exemplo, Jorge conta vender nesta Páscoa umas 2.000 caixas de 24 unidades, cada uma a 11 euros. O preço dessas delícias já foi atualizado em janeiro, antes do aumento dos ovos, e não vai sofrer mais alterações.
“É uma opção nossa, para o preço não ficar muito elevado”, explica, “mas ficamos prejudicados porque, além de estes produtos envolverem um processo manual de fabrico muito mais delicado, têm ainda a desvantagem do IVA: à mesa servimos os doces a 13%, mas, mal os embalamos para o cliente levar para casa, a caixa já tem que ser taxada a 23%, pelo que é difícil competir com as outras pastelarias”.
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Aveiro sob aviso amarelo até amanhã devido à agitação marítima
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"No âmbito de uma investigação pelo crime de violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito, de 49 anos, exercia violência verbal, psicológica e física contra a vítima, sua companheira de 41 anos", refere um comunicado da GNR. Segundo a Guarda, no decorrer das diligências policiais foi dado cumprimento a três mandados de busca, dois domiciliários e um em veículo, dos quais resultou a apreensão de seis espingardas de caça e 406 munições. A GNR refere ainda que os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Aveiro.
Clube de futebol de Anadia e dirigentes absolvidos em caso de auxílio à imigração ilegal
O processo tinha como arguidos o atual presidente e um ex-presidente do clube de futebol AC Famalicão e dois empresários de jogadores, que estavam acusados de dezenas de crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documento. O caso começou a ser julgado em outubro de 2024, mas acabou por estender-se por mais de um ano, devido às dificuldades do tribunal para localizar várias testemunhas de acusação. Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que o tribunal “deu como não provados todos os factos da acusação respeitantes ao elemento subjetivo do libelo acusatório”. Apesar de o tribunal ter “abundante prova documental” sobre a entrada em Portugal de cidadãos brasileiros com o propósito de ingressar no mercado de futebol, a juíza assinalou que "o que estava na génese da acusação, que dizia respeito à angariação efetuada pelos arguidos, não ficou demonstrada". “Não há qualquer prova segura que tenha havido uma angariação [de jogadores brasileiros] com intenção lucrativa”, esclareceu a juíza, adiantando que também não resultou provado o auxílio à permanência ilegal em Portugal. A magistrada referiu ainda que a prova testemunhal produzida “foi muito parca”, adiantando que o tribunal teve uma “limitação séria” para localizar as testemunhas. “Apenas conseguimos ouvir dois dos cidadãos brasileiros que prestaram provas e foram inscritos no plantel do AC Famalicão”, explicou. Em causa estava um esquema de contratação de jogadores brasileiros, através de cartas-convite e manifestações de interesse, usando documentação falsa, para jogar no AC Famalicão ou noutros clubes da região, a troco de alojamento e alimentação, bem como quantias monetárias baixas. A acusação do Ministério Público (MP), consultada pela Lusa, refere que, durante as épocas desportivas 2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020, os arguidos colocaram a jogar no AC Famalicão e em vários clubes da Associação de Futebol de Aveiro mais de 40 jogadores brasileiros que se encontravam ilegalmente em território nacional. Os jogadores entravam no país ao abrigo do “regime de isenção de vistos” celebrado entre Portugal e o Brasil, sobretudo para estadias de turismo que não excediam os três meses, tendo alguns deles pagado quantias monetárias superiores a mil euros aos arguidos brasileiros, que seria para custear as suas despesas de alimentação e alojamento em território nacional. De acordo com a acusação, alguns atletas ficaram alojados na sede do clube em "parcas condições de habitabilidade", onde os quartos eram ocupados por vários atletas, designadamente oito ou mais atletas por quarto, sendo a alimentação fornecida pelos arguidos. O MP dizia que os arguidos "aproveitaram-se da vulnerabilidade e das graves carências socioeconómicas daqueles atletas", defraudando-os das expectativas que tinham em jogar futebol num clube com maior grandeza do que aquele onde anteriormente jogavam, não tendo pagado qualquer retribuição aos referidos atletas apenas facultando alojamento e alimentação. Além deste caso, há um processo idêntico que também está a ser julgado no Tribunal de Aveiro, envolvendo outro clube de futebol da região e os dois empresários brasileiros.
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UA: Share Toy transforma Espaço Multiusos em oficina solidária de reparação de brinquedos
Perto das 16h00, o ambiente era já de grande movimento. Dezenas de estudantes ocupavam várias mesas brancas espalhadas pela sala, onde se viam peluches, componentes eletrónicos, papel de embrulho e escovas de limpeza. Ao centro, uma coluna de som animava o espaço com músicas de Natal, entre elas, “Mistletoe”, de Justin Bieber, e “Underneath the Tree”, de Kelly Clarkson. No chão, acumulavam-se centenas de presentes já embrulhados, cada um identificado com um post-it verde que revelava o que continha no interior. Logo à entrada, André Rodrigues e José Oliveira, estudantes de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, trabalhavam rodeados de sacos de plástico cheios de peluches. Com agulha e linha na mão, estavam encarregues de costurar os brinquedos de tecido antes de seguirem para lavagem. “Temos de escolher e ver o que é preciso ser cosido para depois ser lavado. A probabilidade de se estragar ou de ir enchimento para a máquina de lavar causa sempre problemas”, explica André. O estudante recorda que aprendeu a costurar “ao calhas”, ainda no segundo ciclo, durante um curso de robótica. “Tivemos uma competição em que tivemos de usar robôs decorados com qualquer coisa. (…) No secundário também fiz parte de um clube de tricot, mas muito pouco tempo…. Foi só um ano…Não fiz lá grande coisa”, assegura com uma risada. Já para José, esta era a primeira experiência com costura. “Não tenho experiência nenhuma… Ele é o meu tutor”, brinca, admitindo que o processo não estava a ser “fácil”. “O maior problema é enfiar a linha na agulha”, confessa, enquanto se aventurava pela primeira vez na iniciativa do Share Toy. André, mais habituado à tarefa, revela o truque à Ria: usar a agulha mais fina. “Eu não sou especialista nisto, mas acho que é melhor usar umas agulhas fininhas que é para não danificar tanto o que estamos a coser, mas depende… Há uns tecidos que não faz diferença”, assegura. Pela segunda vez a participar no Share Toy, sublinha a importância da iniciativa. “Isto é tão bom por uma questão de reciclagem como por uma questão das pessoas mais necessitadas”, refere. José concorda: “Tem tudo de bom. Temos de dar natais felizes não só a nós. Felizmente, temos acessos a estes brinquedos, mas há outras pessoas que não têm”. Numa mesa mais à frente, João Silva e Wesley Pereira, também do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, reparavam um telefone de brincar. “Estou a preparar uns conectores de pilhas para trocar uns que estavam ferrugentos neste brinquedo para depois as pilhas fazerem bom contacto e funcionarem. (…) Estava a tirar a solda que estava a mais no conector para depois o poder encaixar e conectar os cabos da placa”, explica João. O processo, admite, exige alguma destreza. “Não é uma coisa que qualquer pessoa consiga fazer, mas também não é a parte mais difícil do processo. Acho que é mesmo a triagem, a identificação do problema, e às vezes o desmontar do brinquedo sem tentar partir nada”, assinala. Para ambos os estudantes, esta era a segunda vez que participavam no Share Toy. Tal como André, Wesley chama a atenção para a importância ambiental da iniciativa. “Incentiva a reciclagem, o reuso e incentiva também a solidariedade com as pessoas mais carenciadas”, salienta. João destaca ainda a vertente social do projeto. “É uma iniciativa muito interessante porque consegue unir pessoas, literalmente, de qualquer área. As pessoas de eletrónica que já têm conhecimentos podem ajudar no arranjo dos brinquedos, as pessoas que não têm conhecimentos, mas que tenham algum interesse podem tentar aprender com as pessoas de eletrónica”, opina. Além das mesas de costura e eletrónica, Filipe Santos, do Núcleo de Estudantes de Robótica Diversificada (NeRD) e responsável pelo Share Toy, refere que há ainda uma área com impressoras 3D para pequenas reparações, uma mesa dedicada à triagem completa dos brinquedos e, por fim, o espaço de embrulho- a última etapa antes dos presentes seguirem para as instituições de solidariedade social da região de Aveiro. Nesta que foi a última “oficina do Pai Natal”, de um total de quatro sessões, Filipe assinala que, este ano, a adesão superou a da edição anterior. “No ano passado, tivemos cerca de 80 inscrições e este ano cerca de 150 inscrições”, destacou. Sobre o número de brinquedos entregues este ano, o responsável refere que o balanço final ainda não está fechado, mas que as previsões são positivas. “No ano passado sei que entregamos cerca de 750 brinquedos embrulhados. Este ano, contamos superar esse número”, admite. “Sei também que no ano passado levamos para as lavandarias da UA cerca de uma tonelada de peluches e roupa. Este ano, não temos tantos peluches, mas foi um número bastante positivo em relação ao ano passado”, continua. Sem esquecer o propósito do Share Toy, um projeto do NeRD e do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) Student Branch da UA, associada do Programa de Voluntariado da UA, que nasceu em 2016, Filipe recorda ainda: “O nosso foco é entregar [brinquedos] a crianças carenciadas aqui em Aveiro”. E assim aconteceu. Até às 19h00 desta quarta-feira, a oficina continuou em funcionamento, onde como destaca o responsável, “toda a gente é bem-vinda”.
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