Ribau Esteves é candidato à liderança da CCDR-Centro
José Ribau Esteves, ex-presidente da Câmara de Aveiro, confirmou esta terça-feira, 16 de dezembro, ao Jornal de Notícias (JN) que será candidato à presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro). O ex-presidente da Câmara de Aveiro garantiu ainda ter o "apoio oficial do PSD e PS" e agradece a "confiança dos presidentes dos dois partidos políticos, Luís Montenegro e José Luís Carneiro.
Redação
Em declarações ao JN, Ribau Esteves avança que assume esta candidatura com “com todo o gosto e determinação, visando um empenhado exercício da função de presidente da CCDR-Centro, com energia, proximidade e trabalho de equipa com entidades públicas e privadas, com o Governo do país e dos municípios da região Centro, lutando pelo crescimento e desenvolvimento da nossa região, pela sua afirmação política e por melhor qualidade de vida dos cidadãos”.
O ex-presidente da Câmara de Aveiro garantiu ainda ter o "apoio oficial do PSD e PS" e agradece a "confiança dos presidentes dos dois partidos políticos, Luís Montenegro e José Luís Carneiro.
Recorde-se que, conforme avançado pela Ria, Ribau Esteves e Paulo Fernandes, ex-presidente da Câmara do Fundão eram os nomes mais falados para a liderança da CCDRC-Centro. Na altura, em declarações à Ria, o ex-presidente da Câmara de Aveiro preferiu não fazer comentários.
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Ribau Esteves diz que candidatura à CCDR-Centro nasce da sua “vontade” e defende “verdade” da nota
“É um corolário de um processo de diálogo que existiu entre colegas de presidente de Câmara, com o líder do meu partido, que também é primeiro-ministro, com o Partido Socialista (PS) e com o líder do PS”, resumiu José Ribau Esteves à Ria sobre a candidatura à CCDR-Centro. Segundo o ex-autarca, a candidatura nasceu da sua “vontade”, “disponibilidade” e “determinação” no exercício da função, aproveitando também o seu “património de conhecimento profundo da região Centro, dos fundos comunitários e do planeamento”. “É um desafio que encaro com muita alegria e intensidade, sabendo, obviamente, que terei de esperar até ao final do dia 22 ou início do dia 23 para saber se serei candidato único ou se haverá mais alguém. Não se perspetiva que haja mais alguém, mas qualquer português que cumpra as regras pode apresentar candidatura”, reconheceu, apontando o “final do mês de janeiro” como a data de posse do novo presidente. Em relação às críticas de Hugo Oliveira, presidente da Federação Distrital do PS de Aveiro, que considerou um “abuso” a alegação de Ribau Esteves na nota enviada ao JN de que teria a “confiança dos presidentes dos dois partidos políticos, Luís Montenegro e José Luís Carneiro”, o ex-autarca preferiu não se pronunciar, classificando o assunto como “conversas de política”. “Eu tratei deste assunto com o presidente do PSD, Luís Montenegro e com o José Luís Carneiro, presidente do PS. Não tratei deste assunto com nenhuma distrital, nem do PSD nem do PS”, vincou. “Eles, seguramente, trataram de fazer esse trabalho dentro do partido, mas eu não. Não me coloque nessa conversa porque eu não estive, nem estarei nessa conversa”, continuou. Ribau Esteves assegurou ainda que a nota enviada a vários órgãos de comunicação social foi escrita por si e que corresponde à “verdade”. “Telefone ao Luís Montenegro e ao José Luís Carneiro e eles dirão se trataram comigo ou não trataram. Não me vou meter nesse tipo de conversa”, rematou. Tal comoavançado esta terça-feira pela Ria, José Ribau Esteves confirmou ao JN que será candidato à presidência da CCDR-Centro. Lembre-se que, como noticiado, Ribau Esteves e Paulo Fernandes, ex-presidente da Câmara do Fundão eram os nomes mais falados para a liderança da CCDRC-Centro. Na altura, em declarações à Ria, o ex-presidente da Câmara de Aveiro preferiu não fazer comentários.
Câmara de Santa Maria da Feira aprova orçamento de 185 ME para 2026
Aprovado esta segunda-feira pelos seis eleitos presentes do PSD e um do Chega, face à abstenção de três vereadores do PS, o documento que vai gerir as contas da Câmara reflete alguma “continuidade”, mas, em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, Amadeu Albergaria, afirmou: “Este orçamento tem sobretudo a função de preparar aquilo que queremos concretizar nos próximos quatro anos”. O autarca, que embora já assumisse a presidência da câmara desde a renúncia de Emídio Sousa, em março de 2024, foi eleito nas autárquicas de 12 de outubro, com maioria absoluta, disse que o documento foi “construído com a participação da sociedade civil e que, por isso, expressa preocupações reais e anseios legítimos”, nomeadamente no que se refere a duas empreitadas “estruturantes” para o concelho: “Em articulação com o Governo, avançaremos com os projetos de execução do Tribunal de Santa Maria da Feira e do Túnel da Cruz, preparando o arranque destas duas obras”. Outras intervenções destacadas em 2026 são a conclusão da nova Unidade de Saúde Familiar de Romariz, dotada com 200.000 euros, e o início da de Fiães, com 500.000; o arranque da construção do Centro Escolar da Feira, com 5,85 milhões; a conclusão da 4.ª e 5.ª fases dos Passadiços do Uíma, com mais de 833.000 euros; a requalificação urbana da Avenida Sá Couto, com 1,4 milhões; o arranjo dos centros urbanos das freguesias de Nogueira da Regedoura e Milheirós de Poiares, respetivamente com um milhão e 1,5 milhões; e a execução do projeto do Túnel da Cruz, junto ao nó da autoestrada A1, com um milhão de euros. Com uma dívida municipal na ordem dos 14,3 milhões de euros e um saldo de gerência de 63 milhões, a autarquia propõe-se também proceder à “redistribuição dos seus bons resultados financeiros”, começando pelas freguesias desagregadas em 2025: “As freguesias-sede das antigas uniões terão uma majoração de 20% durante dois anos, enquanto as restantes freguesias desagregadas terão uma de 50% durante quatro anos”. A tesouraria da Câmara permitirá igualmente “manter medidas com impacto direto nas famílias, como o Programa de Apoio à Natalidade, e concretizar um compromisso estruturante: o aumento de 50% do apoio para a construção de novas creches, novos lares e outras valências das instituições particulares de solidariedade social”. Quanto a impostos, o IMI, que continuará na taxa de 0,35%, permitiu angariar este ano mais de 17,7 milhões de euros e em 2026 deverá acumular 18,25; já o IRS, que se mantém nos 5%, diminuirá de um total na ordem dos 7,3 milhões de euros para 7,1 milhões de euros, e a derrama, que na Feira continuará de 1 ou 1,5%, permitiu à Câmara ganhar 5,58 milhões em 2025 e deverá assegurar 5,87 milhões em 2026. Quanto à despesa da autarquia, 33,4% da mesma corresponde a gastos com pessoal, mas esses vão diminuir para 26,5% no próximo ano, porque, se em 2025 a Câmara gastou mais de 38,7 milhões de euros com recursos humanos, em 2026 ficar-se-á pelos 32,4 milhões. Amadeu Albergaria explica que isso se deve aos “ajustamentos efetuados para dotações de vencimentos, que foram revistas em alinhamento com a execução verificada nos anos anteriores, eliminando margens que se revelaram superiores ao efetivamente gasto”. O vereador do Chega, Luís André Santos, votou a favor do orçamento, o que atribuiu à intenção de “democraticamente reconhecer os resultados que o povo feirense decidiu nas eleições de outubro”. O eleito do Chega pretendeu assim dar “um voto de confiança” ao novo executivo e mostrou-se satisfeito com a inclusão no documento de “algumas propostas” do partido, sendo que, quanto ao Túnel da Cruz, expressou a sua reprovação ao projeto, por ser uma obra “demorada, onerosa e ainda sem estudo adequado”. Os três vereadores socialistas, por sua vez, abstiveram-se, o que Márcio Correia atribuiu a sentido de “responsabilidade política” face ao arranque de um novo ciclo de gestão autárquica. “O PS concede o benefício da dúvida ao novo executivo do PSD, recentemente empossado, na expectativa de que acolha e implemente as propostas que foram apresentadas”, referiu, realçando que o orçamento “não responde de forma adequada a problemas estruturais que continuam a condicionar a vida das famílias e o desenvolvimento equilibrado do concelho”, por prolongar “fragilidades” em áreas essenciais como “a mobilidade, o elevado custo da água e a insuficiente oferta de habitação a preços acessíveis”.
Animação de Natal em Espinho reduzida para menos de metade para priorizar obras
A decisão foi tomada pelo atual executivo, liderado pelo social-democrata Jorge Ratola, eleito nas autárquicas de 12 de outubro com maioria absoluta, passando a despesa com a programação alusiva ao Natal e à Passagem de Ano de 704.232 euros, em 2024, para 335.024 euros. “Todos vivemos intensamente o espírito natalício, e a cidade e o concelho merecem uma programação diversificada, com momentos diferenciadores e distintivos, valorizando sempre os agentes culturais locais”, afirmou o presidente da Câmara à Lusa. “Mas, num quadro de equilíbrio e responsabilidade, e no cumprimento do compromisso assumido com os nossos munícipes, importa priorizar a requalificação do espaço público, a intervenção em arruamentos e passeios, a melhoria da limpeza urbana e dos espaços verdes, a requalificação dos equipamentos municipais e a reorganização dos serviços municipais, promovendo maior transparência, celeridade e eficiência", acrescentou Jorge Ratola. Praticamente iguais mantêm-se os gastos com iluminação natalícia, que, face aos 133.081 euros de 2024, custarão menos oito euros este ano. No restante, a programação do concelho faz-se este ano com propostas apostadas em “dinamizar a cidade, promover o comércio local e potenciar a economia do concelho”. Isso passa não só pelo funcionamento do Mercadinho de Natal na praça da Câmara e pelo Mercado de Artesanato no posto de Turismo junto à estação de comboios, mas também por iniciativas como concertos em igrejas e ruas da cidade, atuações de DJ, animação teatral itinerante e um desfile de Pais Natais motards este sábado à tarde. Para a Biblioteca e o Museu Municipal, em específico, estão anunciadas várias oficinais infantis gratuitas relacionadas com a criação de decorações de Natal. Quanto ao ‘réveillon’, está previsto fogo de artifício na Praia da Baía, após o que se seguirá um concerto de Ano Novo a 02 de janeiro, uma ceia solidária a 03 e a 11.ª Corrida São Silvestre de Espinho a 04.
Naufrágio ao largo de Aveiro faz um morto e quatro pescadores continuam desaparecidos
Segundo a fonte, a vítima mortal é o pescador que se encontrava em paragem cardiorrespiratória quando foi resgatado por tripulantes de uma outra embarcação, tal como avançado pela Ria. Pelas 14:40, segundo a mesma fonte, mantinham-se quatro pescadores desaparecidos, todos de nacionalidade indonésia. Tal como noticiado, uma embarcação de pesca naufragou esta terça-feira, 16 de dezembro, ao largo de Aveiro. Conforme explica uma nota da Marinha Portuguesa, o alerta foi recebido às “07h50, através da Emergency Position Indicator Radio Beacon (EPIRB) da embarcação de pesca, com sete tripulantes de nacionalidade indonésia a bordo, que terá sofrido uma entrada de água enquanto navegava a mais de 200 milhas náuticas (aproximadamente 370 quilómetros) de Aveiro”. Neste momento, “estão a decorrer buscas pelas restantes vítimas no local, através de uma embarcação de pesca e de um navio mercante, tendo também sido ativados o NRP Figueira da Foz e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa”.
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Ribau Esteves diz que candidatura à CCDR-Centro nasce da sua “vontade” e defende “verdade” da nota
“É um corolário de um processo de diálogo que existiu entre colegas de presidente de Câmara, com o líder do meu partido, que também é primeiro-ministro, com o Partido Socialista (PS) e com o líder do PS”, resumiu José Ribau Esteves à Ria sobre a candidatura à CCDR-Centro. Segundo o ex-autarca, a candidatura nasceu da sua “vontade”, “disponibilidade” e “determinação” no exercício da função, aproveitando também o seu “património de conhecimento profundo da região Centro, dos fundos comunitários e do planeamento”. “É um desafio que encaro com muita alegria e intensidade, sabendo, obviamente, que terei de esperar até ao final do dia 22 ou início do dia 23 para saber se serei candidato único ou se haverá mais alguém. Não se perspetiva que haja mais alguém, mas qualquer português que cumpra as regras pode apresentar candidatura”, reconheceu, apontando o “final do mês de janeiro” como a data de posse do novo presidente. Em relação às críticas de Hugo Oliveira, presidente da Federação Distrital do PS de Aveiro, que considerou um “abuso” a alegação de Ribau Esteves na nota enviada ao JN de que teria a “confiança dos presidentes dos dois partidos políticos, Luís Montenegro e José Luís Carneiro”, o ex-autarca preferiu não se pronunciar, classificando o assunto como “conversas de política”. “Eu tratei deste assunto com o presidente do PSD, Luís Montenegro e com o José Luís Carneiro, presidente do PS. Não tratei deste assunto com nenhuma distrital, nem do PSD nem do PS”, vincou. “Eles, seguramente, trataram de fazer esse trabalho dentro do partido, mas eu não. Não me coloque nessa conversa porque eu não estive, nem estarei nessa conversa”, continuou. Ribau Esteves assegurou ainda que a nota enviada a vários órgãos de comunicação social foi escrita por si e que corresponde à “verdade”. “Telefone ao Luís Montenegro e ao José Luís Carneiro e eles dirão se trataram comigo ou não trataram. Não me vou meter nesse tipo de conversa”, rematou. Tal comoavançado esta terça-feira pela Ria, José Ribau Esteves confirmou ao JN que será candidato à presidência da CCDR-Centro. Lembre-se que, como noticiado, Ribau Esteves e Paulo Fernandes, ex-presidente da Câmara do Fundão eram os nomes mais falados para a liderança da CCDRC-Centro. Na altura, em declarações à Ria, o ex-presidente da Câmara de Aveiro preferiu não fazer comentários.
Entrevista: Joana Regadas recandidata-se à AAUAv e destaca redução da dívida em “100 mil euros”
Apesar de se recandidatar com o mesmo lema do ano anterior, Joana Regadas rejeita a ideia de que o novo projeto represente uma mera repetição do mandato em curso. “A decisão foi muito ponderada. (…) Para mim não faria sentido encabeçar uma lista, um projeto, para que ele estagnasse de alguma forma”, afirmou. A candidata sublinhou ainda que houve um longo período de reflexão sobre a forma de evoluir e crescer, mantendo os pilares considerados essenciais no ano passado, mas “sem cair no erro do conforto”. Nesse sentido, destacou a renovação “considerável” da equipa, que conta agora com “59%” de novos elementos, bem como a necessidade de dar resposta às atuais preocupações dos estudantes. “Não é por acaso que continuamos com o mesmo lema do Unidos pela Voz, porque de facto é a voz de cada um dos estudantes que faz com que este projeto se mova”, alertou. Numa outra fase da entrevista, a candidata foi questionada sobre a situação financeira da Associação Académica. A atual presidente classificou o processo de reajuste como “desafiante” para toda a equipa. “Foi termos uma idealização do projeto que expusemos à comunidade (…) e depois quando nos deparamos com esse relatório de atividades e contas teve de haver um reajuste e tivemos de agir de uma forma mais fria”, recordou. Recorde-se que, tal como noticiado pela Ria, só no ano de 2024, a AAUAv terminou com um saldo negativo superior a 250 mil euros.Perante este cenário, Joana Regadas admitiu a existência de alguns “problemas associados à grande estrutura de recursos humanos”. Segundo a dirigente, foi realizada uma “reformulação no início do mandato”. “Por isso, é que mantemos ainda uma presidência maior neste ano para conseguirmos ter um acompanhamento mais próximo, porque não temos nenhum gestor de recursos humanos e, neste momento, temos uma estrutura profissional de 19 funcionários”, atentou. Ainda assim, a presidente adiantou que a AAUAv conseguiu reduzir a dívida total em cerca de “100 mil euros” ao longo do primeiro semestre do ano civil. “Esta redução deve-se muito aos acordos que foram feitos, ao longo do ano, quer seja para perdões de dívida, quer seja por métodos de pagamento da dívida a longo prazo”, explicou. Joana Regadas frisou ainda que esta diminuição resultou de uma gestão “muito cuidada” por parte da tesouraria, do gabinete financeiro e de toda a estrutura associativa, destacando também a aposta na formação interna como um eixo a reforçar ao longo do próximo mandato. Questionada sobre o Integra-te e o Enterro, iniciativas que, de acordo com o manifesto da Lista A, se manterão no próximo ano, a candidata esclareceu que, à semelhança da edição deste ano, o Integra-te continuará a não contar com a tradicional semana de concertos. “Confesso que não foi uma decisão de todo fácil. Foi uma decisão muito ponderada”, exprimiu. Segundo a dirigente, esta opção resultou de um dos principais reajustes impostos pela análise ao relatório de atividades e contas do ano anterior. “Foi o principal reajuste e o grande responsável para aquilo que será o relatório de atividades e contas que iremos apresentar em breve”, garantiu. “Por isso, de uma forma muito resumida, a decisão será para manter”, continuou. Relativamente ao Enterro, Joana Regadas reconheceu que se trata do evento que mais impacto tem “a nível financeiro”. Apesar do receio associado ao atual contexto de maior dificuldade económica, a dirigente assegurou que a edição deste ano registou um “resultado positivo”. Num comentário breve às críticas surgidas nas redes sociais relativamente à decisão da AAUAv de não permitir que os espaços dos estudantes apresentassem temáticas que “apelassem à violência”, “contivessem cariz sexual explícito” ou “entrassem em conflito com parceiros da associação”, Joana Regadas adiantou que, “em princípio”, esta será uma medida a manter. “Sei que foi controversa, há muitas coisas a melhorar e o tema será novamente levado ao Conselho de Núcleos, para limar algumas áreas cinzentas que é importante colocar a preto e branco. Ainda assim, consideramos que, no final de contas, toda a gente teve oportunidade de experienciar a melhor semana do ano, nas melhores condições”, refletiu. No seguimento da conversa, Joana Regadas alertou ainda para a necessidade de se melhorarem as instalações da Universidade, face à “sobrelotação” das mesmas. No caso da Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) atentou para o facto da mesma ainda não ter uma cantina - apesar de já existir um projeto de construção - o que tem impossibilitado os estudantes de acederem a uma “refeição social” e a uma “refeição completa”. “É necessário dar foco a este problema e, de uma vez por todas, deixarmo-nos de pequenos remendos e pequenas soluções e tentar encontrar uma solução definitiva para aquilo que é um problema que se arrasta há anos e anos”, vincou. Alargando a análise aos campus de Santiago e do Crasto, a candidata apontou também fragilidades na resposta das cantinas universitárias. No caso do Crasto, a candidata atentou para o fecho frequente da mesma. “A resposta tem sido a 'cantina fecha, porque é necessário albergar alguns eventos'. (…) Tem umas instalações ótimas, mas é necessário repensar se isto é uma prioridade (…) e, depois, estamos a colocar em segundo plano o acesso à refeição social”, reforçou. Apesar de os Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro (SASUA) terem optado por praticar o preço da refeição social também no 3D, sempre que a cantina se encontra encerrada, a dirigente alertou que essa alternativa “não corresponde a uma refeição completa”. “O estudante tem de ter a oportunidade de ter uma refeição com sopa, com a peça de fruta, com o prato principal e com tudo aquilo que é necessário nutricionalmente”, continuou. Tal como avançado pela Ria, a partir de fevereiro, a Cantina do Crasto vai passar ainda a disponibilizar um prato simples com o preço de 2,20 euros. Face ao aumento, no início deste ano, da refeição social para 2,80 euros, Joana Regadas justificou que esta foi a “solução” que se encontrou para garantir que os estudantes numa situação “mais complicada” tivessem acesso a uma refeição com um preço mais baixo. Durante a conversa, a dirigente adiantou ainda que está ainda a ser equacionada pela AAUAv a possibilidade de os “estudantes bolseiros terem outro tipo de preço na refeição social”. Prestes a concluir a conversa, Joana Regadas falou ainda sobre a proposta do Governo para a revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), sobre a Taça UA e sobre a dinamização de um “Museu AAUAv”. A entrevista, na íntegra, pode ser ouvida no Spotify. As eleições para os órgãos sociais da AAUAv acontecem já esta quinta-feira, 18 de dezembro.
Aveirense Dinis Mota recusa participar na Eurovisão e propõe concerto para ajudar povo da Palestina
No comunicado, Dinis Mota escreve que “enquanto cidadão, músico, ser humano […] nunca poderia estar do lado do agressor”. Isso significa, portanto, que caso se mantenha a participação de Israel na competição, o artista não marcará presença, caso venha a ser selecionado. Recorde-se que esta já tinha sido uma posição assumida por 11 dos 16 concorrentes do concurso. Dinis Mota explica não ter assinado a declaração conjunta com os restantes músicos, uma vez que “acredita que a música pode ser pensada como um instrumento ativo de paz, diálogo e ação” e, por isso, “necessitou de tempo para uma tomada de posição”. Em alternativa, sugere que Portugal se junte aos outros países que já decidiram não participar na Eurovisão, bem como “a todos os que queiram fazer parte do movimento”, para organizar um festival alternativo na Áustria, mesmo local onde se realiza a Eurovisão. A ideia seria que o evento tomasse a forma de um “concerto solidário” e que os lucros revertessem para ajuda humanitária ao povo palestiniano.
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